A cena dele encaixado nela, se movimentando com firmeza, a forma como os corpos se encontravam, como Marina gemia alto e puxava Claudio pra mais fundo...
Merda! Assistir ele fodendo com a Marina, bem na minha frente, me deu mais tesão do que qualquer transmissão pela internet. Me deixou de pau duro na hora.
A cada estocada que ele dava, parecia que ela gemia mais alto, e eu sentia minha própria respiração acelerando.
Não consegui segurar por muito tempo. Saí da porta do quarto quase tropeçando nos próprios pés, com o pau latejando, e fui direto pro banheiro.
Fechei a porta, me encostei na parede fria e tirei o pau pra fora da calça com urgência. A cena ainda estava viva na minha cabeça — os gemidos, os corpos, a boca da Marina. Me masturbei rápido, com força, e gozei com um gemido abafado, respingando por toda a pia. Levei alguns minutos pra recuperar o fôlego.
E então veio a pergunta que eu tentei afastar, mas que, naquele momento, já latejava dentro do meu peito: que porra era essa que eu tava sentindo?
Tesão pela Marina, claro. Aquela mulher era um espetáculo. Mas... e o Cláudio?
Por que ver ele metendo com tanta intensidade, o suor escorrendo pelas costas, os gemidos dele misturados aos dela, me deixava tão excitado assim?
Caralho!
***
Os dias passaram rápido. Fui chamado pra tomar uma cerveja depois do trabalho, mas recusei — não curtia beber durante a semana.
Cláudio estava em casa quando cheguei, ocupado no seu novo estúdio. Ele tinha deixado o jantar pronto na cozinha.
Tomei um banho longo, depois voltei pro meu quarto, peguei o livro que tinha comprado e comecei a ler.
— Que livro é esse? — perguntou Cláudio, surgindo na porta, já de banho tomado.
— Porra, que susto — respondi rindo, sem ter visto a hora passar. — “Jantar Secreto”, de um autor brasileiro.
— É bom?
— Muito. Se quiser, te empresto depois — fechei o livro e coloquei de lado. — Já jantou?
— Não, e você?
— Já. Ainda bem. Não ia conseguir comer depois de ler esse livro. Mas vamos lá, eu te faço companhia.
Na cozinha, ele esquentou o prato e sentou. Conversamos sobre meu trabalho.
— Ah, lembrei. Estava vendo os e-mails recebidos pelo Lobo, como você pediu — Eu disse, me lembrando.
— E aí, o que tem?
— O que não tem, né? Vários pedidos e fetiches. Anotei alguns que acho que dá pra fazer. Tem que agradar os fãs, né?
Depois de ir buscar no meu quarto, entreguei a ele a lista que havia feito, cheia de ideias picantes.
— Vou dar uma olhada depois — murmurou ele.
— Além de fetiches, tem gente se declarando pro Lobo e pra Ovelha, pedidos de casamento — falei rindo. — E até propostas de programas. Fiz uma lista dessa parte também.
— Eu não sou garoto de programa — ele respondeu com o semblante mais sério.
— Não seja burro, cara. Dinheiro é dinheiro. Você já ganha se exibindo na net, deixando os outros com tesão. Você gosta de sexo, gosta de homem, gosta de mulher...
— Você sabe que meu pai...
— Para com isso, Cláudio. Tu já se livrou da sombra daquele velho faz tempo. E eu nem tô dizendo pra você ir pro calçadão de Copacabana.
— Sei lá...
— E vou te dizer mais... Como ninguém conhece a cara do Lobo, e nós somos parecidos, eu ate posso fazer alguns também.
Cláudio me encarou com intensidade, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Aquilo me pegou desprevenido, senti até um calor esquisito no peito. Depois ele sorriu.
— Mano, eu te conheço a vida inteira e você ainda consegue me surpreender.
Cláudio ficou de olhar as listas.
***
Na sexta, depois do trabalho, saí com o pessoal do escritório pra tomar uma cerveja. Antes, eu teria ligado pra chamar o Cláudio. Agora, eu já sabia onde ele estaria.
Quando cheguei em casa, percebi que ele tinha mesmo visto a lista de fetiches.
Da sala, escutei gemidos abafados vindos do estúdio. A curiosidade me chamou, mas fui primeiro até a cozinha, peguei um biscoito e comi ali mesmo, encostado na bancada, com o som do prazer invadindo o ambiente.
Fui em direção ao quarto de filmagem. A porta estava entreaberta.
Cláudio e Marina estavam ao vivo.
O Lobo, de cueca e máscara, estava de pé, com a barriga apoiada sobre a mesa. Seus braços e pernas estavam presos, o corpo curvado, vulnerável. A bunda empinada.
A Ovelha estava de pé atrás dele, com o chicote na mão, dominando a cena. Seu sorriso era pura luxúria.
Cláudio estava de costas, totalmente entregue, e nem me viu ali na porta. Marina, com o chicote em mãos, lançou um olhar direto pra mim.
— Como vocês pediram... — ela disse para a câmera, sorrindo. — Vou tirar a cueca do meu Lobo.
Ela pegou uma tesoura, cortou a lateral da cueca e deixou o pau do Cláudio cair livre, duro, brilhando de tesão.
Com a mão leve, brincou com ele, o deixou pulsando, depois largou. Cláudio gemeu alto quando levou a primeira chicotada com a bunda já exposta.
Marina começou a castigá-lo com o chicote. Uma, duas, três vezes. Cada nova rodada era seguida por mais fichas dos espectadores. A pele clara da bunda dele começava a ficar marcada, avermelhada, e o tesão da audiência só crescia.
Eu devia estar com pena... Mas não estava. Marina parecia uma deusa: os cabelos presos em um rabo de cavalo, o olhar predador, e o corpo só de lingerie branco. Me deu vontade de ajoelhar pra ela ali mesmo.
Quando ela largou o chicote e começou a tirar a roupa, não resisti: tirei a minha também. Ela olhou pra mim enquanto descia a calcinha devagar, deixando a buceta molhada à mostra.
Ela parou diante do Lobo ajoelhado, colocou a buceta no rosto dele e gemeu:
— Chupa minha bucetinha, meu Lobo... Faz direito, que tem plateia hoje.
Aquela cena... Meu amigo ali, com a bunda vermelha marcada pelas chicotadas, a cara enterrada na buceta molhada da Marina. Os gemidos dela enchiam o quarto, se misturando aos sons da pele sendo chicoteada e o respirar ofegante dele, preso na entrega total.
Eu estava ali, parado na porta, fora do alcance da câmera, mas completamente dentro daquele momento. O pau pulsava, duro, latejando como se fosse explodir a qualquer instante. Minha mão, trêmula no começo, deslizou e começou a acariciar o membro que já gritava por atenção.
Cada estocada, cada gemido, cada suspiro de Marina fazia o fogo dentro de mim crescer. Meu olhar não desgrudava do quadro que se formava diante dos meus olhos — Cláudio, vulnerável e forte, dominado e dominador, a buceta da mulher entre seus dentes, seu corpo inteiro entregue ao prazer e à dor misturados.
No meio daquele turbilhão de sensações, uma dúvida sutil me atravessou a mente novamente — será que eu era mesmo heterossexual?
Porque ali, naquele instante, o desejo não fazia distinção de gênero ou rótulos. Eu queria os dois.
Merda...
Com a mão firme, comecei a me masturbar, cada vez mais rápido, cada vez mais profundo. A respiração se tornou ofegante, eu mal podia acreditar no quanto aquilo me levava ao limite.
Marina gemia, Cláudio arfava, a pele dele ainda marcada pela surra que a Ovelha tinha dado, o corpo brilhando de suor. Eu não conseguia desviar o olhar.
Quando ela gozou, arqueando as costas, mordendo o lábio pra segurar o gemido, e ele engoliu a porra dela na boca, senti uma explosão dentro do meu peito.
Depois ela pegou o chicote de novo e voltou a bater nele, eu acompanhei cada detalhe do momento, o cheiro, a entrega total deles... e minha.
Cláudio gemia, e cada gemido dele aumentava meu tesão. Quando o som da pele sendo marcada se misturou com os gritos da Marina, eu gozei, com vontade, melando minha barriga.
***
Mais tarde, os dois apareceram no meu quarto. Cláudio carregava uma caixa. Marina estava séria, mas havia um brilho diferente em seus olhos.
— Aqui. É pra você — disse ele, entregando a caixa e sentando com cuidado na beirada da cama. Marina ficou em pé, de frente pra mim.
Abri a tampa.
— O que é isso?
— Queremos que você se apresente com a gente. Em frente às câmeras — disse Marina, se aproximando e sentando do meu lado.
— Vamos nos divertir muito — Cláudio completou, com um sorriso malicioso.
Olhei pra ele. Por um instante, nossos olhares ficaram presos. A tensão era real. Marina deslizou a mão pela minha coxa, mas não tocou nada além disso. O silêncio foi tomado por uma eletricidade estranha, gostosa, suja.
— E aí... Vai brincar com a gente? Ou vai continuar só assistindo escondido? — ela sussurrou no meu ouvido.
Olhei para Claudio, depois para dentro da caixa.
Meu novo papel já estava escolhido.
A máscara de Leão me encarava
CONTINUA...
DEIXE SEU COMENTARIO !
Coloquei o conto no Wattpad, de uma olhada
Wattpad: F_Liannn