A noite estava quente, e o apartamento pequeno guardava o calor do dia entre suas paredes. Clara deixou o vinho escorrer lentamente entre os lábios, seus olhos fixos em Luiza, que se reclinava no sofá com um sorriso provocante.
— Você sempre me olha assim? — Luiza perguntou, a voz um pouco mais rouca que o normal.
Clara não respondeu com palavras. Em vez disso, aproximou-se, deixando o copo de lado, e deslizou os dedos pela perna exposta de Luiza, sentindo o arrepio que seu toque causava.
— Eu quero saber como você sabe que eu quero isso — sussurrou Luiza, puxando Clara para mais perto.
O primeiro beijo foi lento, explorador. O sabor do vinho misturou-se ao gosto natural de Luiza, e Clara sentiu o corpo queimar. Suas mãos subiram, encontrando a cintura firme, depois a curva dos seios sob o tecido fino do vestido.
Luiza arqueou as costas, um gemido escapando quando os dedos de Clara encontraram seu mamilo já duro.
— Não tem pressa... — Clara murmurou, mordiscando seu pescoço enquanto deslizava a mão para baixo, sentindo o calor entre suas pernas.
O toque foi leve no início, apenas uma promessa. Mas quando Luiza agarrou seus cabelos e puxou seu rosto para outro beijo profundo, Clara afundou os dedos nela, sentindo seu corpo tremer.
Os sons sujos da umidade, os suspiros abafados, o cheiro do desejo no ar—tudo se misturava enquanto se moviam juntas, cada uma levando a outra mais perto do limite.
E quando Luiza finalmente caiu sobre ela, ofegante, os lábios ainda procurando os de Clara no escuro, só restou uma certeza:
Elas fariam isso de novo. E de novo. E de novo.