- A Melissa e o Paulo… onde eles estão, JP? - Ela voltou a ficar desesperada, se afastando de mim.
- Em casa, ruivinha. Eles estão bem e seguros - fiz um carinho em seus ombros magros. A tensão foi sendo dispersada com o gesto.
- O Thiago…
- Morto - trinquei os dentes de raiva. - Ele nunca mais vai fazer mal a você e às crianças. O capeta que se vire com a alma do filho da puta no inferno!
- Obrigada - voltou a me abraçar. - Eu sei que ele era seu…
- Não - a repreendi antes que terminasse sua frase - Thiago não era mais o garoto que aprendi a amar na infância, ele mereceu o destino dele.
Fernanda sorriu fraco, em algum ponto ela devia saber que me doía ter feito o que fiz. Thiago era meu irmão, porra! Eu devia tê-lo protegido e tirado desse caminho de merda em que se enfiou. Essa culpa eu carregaria até o túmulo. Seria conhecido como o cara que mandou matar o próprio sangue. Não sabia o que sentir, era uma mistura de tristeza, raiva e solidão. Pelo menos agora eu tinha os meus sobrinhos, Melissa e Paulo — duas pestinhas lindas e bagunceiras.
- JP, o Samuel acabou de abrir o bico - virei-me para André na porta da sala. Vi seu olhar indo até a ruivinha nos meus braços.
- O que ele disse? - perguntei, me afastando de Fernanda. Não queria que André entendesse errado aquela cena.
- O dinheiro não estava na casa do Thiago. O filho da puta levou para um apartamento que havia comprado de um conhecido. O careca ficou sabendo através de uns amigos dele, mas não está no nome dele o lugar - André me mostrou a foto do condomínio.
- Pega o carro e vai atrás da minha grana. Aquele filho da puta já atrasou demais nossas vidas - mandei.
- É pra já, irmão! - André confirmou e saiu da sala, mas não antes de dar uma boa olhada na ruiva atrás de mim.
Eu conhecia bem aquele garoto. André podia ser muito inteligente e eficaz no que fazia, sendo meu braço direito nos negócios, mas ele não conseguia me enganar, sabia o que aquelas olhadas na Fernanda significavam, e para bem da verdade, gostaria muito que a ruiva desse uma chance para o meu amigo.
ELIAS:
Ainda estava em choque com tudo o que havia acontecido nas últimas semanas. TH estava morto, o meu lindo rosto estava estampado no jornal local e, por último, o pior de todos, eu estava oficialmente sem um lar. Meu pai não esperou nem 24 horas para me escorraçar da sua casa.
Andei solitário pelo bairro como um novo sem teto. Tinha apenas uma bolsa de mão com alguns produtos de higiene pessoal, documentos e dinheiro. Nas costas carregava uma mochila cheia de roupas e alguns calçados. Ficaria protegido do frio das ruas pelo menos.
- Elias - um motoqueiro me gritou do outro lado da rua. O homem estava com uma mochila de entregador de lanches nas costas.
- Oi - dei um aceno com a mão, estava confuso, não reconhecia o sujeito. O cara riu, percebendo que eu não fazia ideia de quem era por trás do capacete.
- Sou eu, Felipinho, pô! - disse quando retirou o capacete da cabeça. Um sorriso estampou seu belo rosto.
- Ah, Felipe! Tudo bem? - Me aproximei dele com as bolsas pesadas. O moreno olhou tudo aquilo um pouco curioso.
- Tudo bem. Mas diz aí, qual é dessas coisas todas? Ta de mudança? - apontou com a cabeça.
- Ah, isso… fui expulso de casa pelo meu pai. Longa história.
- Como é? Mas e aí, vai morar na rua? Que merda, Elias - se indignou com a minha situação.
Felipe era um moreno bem comum, sendo quase um estereótipo dos “meninos de quebrada”, se é que se podia dizer assim. Ele era um pouco mais alto que eu e tinha um físico magro, saradinho. Tinha um cabelo bem estiloso e moderno com dois risquinhos nas laterais da cabeça branca como neve — o famoso “nevou”. O conjunto todo o deixava muito bonito e sexy. O pau marcava bem na bermuda jeans apertada.
- Se quiser um lugar para passar os dias, mano. Só mora eu e o Caio, meu primo, lembra dele?
- Não.
- Quando você ver, vai lembrar. Sobe aí com suas coisas, vou te deixar lá em casa. Eu trabalho até umas 22:00, mas relaxa, é bom que você se ajeita no seu cantinho até tudo passar - o moreno ia me bombardeando de informações. Não tive nem tempo de pensar em recusar sua oferta.
- Obrigado, não quero atrapalhar vocês - falei, subindo na garupa após ele segurar a mochila de lanches na frente do seu corpo.
- Que nada, mano, vai ser até bom. A gente quase não fica em casa e quando estamos lá, não tem nada para fazer. Vai ser bom ter um loirinho andando pelos corredores - brincou, dando partida na moto.
Conhecia Felipe da época da escola, ele era um aluno repetente que foi pagar matéria na minha sala. Não vou mentir, Felipe era insuportável no começo, sendo bem travesso e delinquente. As coisas só mudaram de rumo quando, em um trabalho de dupla, acabamos trocando algumas mãos bobas e, sem querer querendo, nos relacionamos intimamente — com direito à minha primeira mamada em um pau e gozada na garganta. Ele foi a minha primeira vez em tudo, para dizer a verdade.
- Aqui não tem os luxos da casa dos seus pais, mas já é melhor que passar a noite na rua, né? - Dizia ao entrarmos na casa.
O lugar realmente não era nenhum quarto de um hotel 5 estrelas, mas era espaçoso e confortável. Era bagunçado por ser a casa de dois homens, com direito a tênis e roupas amontoadas no sofá da sala. Um enorme narguilé com 3 carvões mortos e cinzentos enfeitava a mesa de vidro no centro do cômodo. Essências e outras coisas estavam jogadas ao lado do vaso.
- Pode arrumar suas coisas no meu quarto. Tem espaço no guarda-roupa e uma cama de solteiro extra - me disse empolgado.
- Não sei nem como agradecer, Felipe - falei emocionado. - Você é muito foda! - Corri para abraçá-lo.
- Relaxa, somos amigos, e amigos são para essas coisas, né? - me falou enquanto me agarrava forte.
- Sim.
- À noite eu volto, beleza? - me disse após se soltar do meu abraço. - O Caio vai vir só no final de semana, então pode ficar tranquilo, quando ele chegar a gente conversa sobre a sua mudança.
- Ok.
Felipe deu uma última olhada em tudo e vazou com sua mochila. Um arrepio percorreu meu corpo ao me lembrar do seu volume roçando minhas coxas durante o abraço, mas apaguei aquilo da mente, não podia sair querendo sentar em qualquer pau que via pela frente. Ou podia?
- A chave - falei desesperado após me lembrar da única coisa que consegui esconder da polícia no dia do assassinato de TH no motel.
Após revirar a mochila, eu a encontrei, a conhecia muito bem, era do seu apartamento.
Um pouco apressado, me arrumei com a primeira peça de roupa que encontrei e corri para pedir um Uber. Não perderia essa oportunidade, precisava tentar encontrar algo antes que a polícia soubesse dessa sua casa. Muito provavelmente, não deveria estar no seu nome.
- Elias, você por aqui uma hora dessas? - O porteiro me olhou da janelinha da portaria. Era o seu Carlos, um senhor de meia-idade e muito simpático.
- Então, vim só para pegar umas roupas que esqueci no apartamento do TH - menti. - Tem como o senhor me deixar entrar? Vai ser rápido.
- Nem precisa pedir, meu rapaz, a casa é toda sua. Vivia mais aqui do que em qualquer outro lugar - riu. Era quase tocante a sua inocência, me sentia até mal por mentir para aquele velho senhor. - E você precisa de roupas mesmo, olha para essa camisa e short, garoto.
Apontou para a minha camisa apertada no corpo e o short curto que vinha até metade das minhas coxas pálidas.
- Pois é, seu Carlos! O senhor está certo - falei apressado ao passar pelo portão e subir os degraus das escadas.
O apartamento do TH ficava no terceiro andar do prédio. Estava tão ansioso que nem percebi a rapidez com que subi todos os degraus. O lugar estava em um breu absurdo, as cortinas estavam todas fechadas e algumas malas de viagem estavam encostadas no canto. Elas foram as primeiras que revirei para ver o que o desgraçado havia colocado dentro, mas nada, apenas encontrei peças de roupas e calçados. Fui para o seu quarto, que conhecia muito bem, e o desmontei dos pés à cabeça — em vão. — O moreno era esperto, não deixaria nada fácil.
- Que droga, TH! - resmunguei ao sentar na cama e sentir um calombo em minha bunda. O colchão parecia ter sido modificado, ou alguém — TH — havia escondido algo dentro dele.
Fui correndo até a cozinha e peguei uma faca afiada, a qual usei para desferir um golpe na cama de casal — lugar onde fui comido muitas vezes pelo moreno. — A minha surpresa não foi outra quando maços de dinheiro embolados em elásticos pularam para fora do colchão. Como um velocista, fui enchendo a mochila velha que peguei na sala e a enchi com todo o dinheiro que encontrei. TH me devia aquilo, ele tinha me usado para saciar seu tesão por muito tempo. Após encher a mochila, saí do apartamento com pressa, o seu Carlos se assustou com a minha euforia, mas pouco disse, só desejou “boa noite” e trancou a janelinha da portaria.
- Está acordado ainda? - Felipe voltou no final da noite. O moreno parecia cansado devido ao dia estressante.
- Estava esperando você. Disse que chegaria às 22:00 - olhei-o de lado na cama. Estava vestido com um moletom e uma camisa fina para dormir.
- Valeu - deu uma olhada no meu corpo e logo depois uma apertada no pau. - Vou tomar um banho. Comeu alguma coisa? Trouxe uma pizza de calabresa do serviço, se quiser, pega na cozinha, ainda está quente.
A forma como o moreno tirou a camisa e a bermuda jeans na minha frente foi surreal de sexy — era quase uma cena pornográfica.
- Acho que vou querer um pedaço da sua pizza. Gosto bastante de calabresa, a sua deve ser bem gostosa - respondi um pouco malicioso. O moreno me olhou com um sorrisinho de lado, mas não fez menção de me rebater. Balançando a cabeça com um sorriso no rosto, Felipe foi para o banheiro. A sua bunda na cueca boxer ficava bem marcadinha e perfeita sob o tecido.
- O que sobrar, guarda na geladeira, loirinho! - gritou do banheiro.
- Tá bom!
Fiquei na cozinha pelo tempo que Felipe tomou seu banho. O moreno parecia revigorado quando surgiu no cômodo secando a cabeleira branca. O cheiro de sabonete era refrescante.
- Gostou da minha calabresa? - perguntou-me malicioso. O sorriso safado estampado no rosto.
- A melhor - lambi os lábios - só achei fina demais, sabe - provoquei - a pizza, sabe… é um pouco fina.
- Sei, - apertou o volume no short fino que usava. Era um tecido bem gasto que deixava o pauzão ainda mais em evidência - é porque não foi bem manuseado.
- Manuseado? Kkkk - ri.
- Sim, uai! É uma calabresa diferente - me acompanhou, caindo na risada.
- Você deve estar bem cansado, vem! Vamos dormir, amanhã é quarta-feira, não tem que trabalhar?
- Nem fala, só de pensar eu já desanimo. Merecia até um carinho depois de trabalhar o dia todo - passou o braço pelo meu pescoço, a nossa proximidade me arrepiou da cabeça aos pés.
- Aonde quer um carinho? - O olhei com um sorriso malicioso. Aproveitei a nossa proximidade para alisar seu abdômen definido.
- Bem aqui - pegou a minha mão livre e a levou ao volume que marcava no seu short. Sua pica já dava sinal de vida.
Sem rodeios, apertei seu pau pelo tecido, o deixando duro em segundos em minhas mãos. O Felipe suspirou de tesão.
- Cai de boca, Elias. Chupa bem gostoso a pica do seu macho - me pediu com uma carinha de cachorro pidão. Não podia fazer essa desfeita, o moreno merecia um agrado no final de um dia estressante.
Me ajoelhei vagarosamente na sua frente no meio da cozinha, fitando-o de baixo para ver suas reações, ele conseguia ser ainda mais sexy daquele ângulo. Podia ver seu pomo de adão subir e descer, e o seu abdômen se contrair com os toques e apertos que dava na sua pica.
Em uma puxada só, o deixei sem suas roupas de baixo, fazendo sua rola pular para fora, me acertando na lateral do rosto.
- Ah, puta que pariu! - o moreno suspirou ao sentir minha língua capturar o melzinho que escorria da cabeça do seu pau - tá bem putinho, né, loirinho? Não lembrava de você ser assim na época da escola.
Sua pica era mediana, um pouco grossa, com veias calibrosas. A cabeça era como um cogumelo roxo — dava para ver pelo chapéu de pele que cobria só metade da glande. — Me sentia chupando um daqueles cremosinhos/sacolé, mas com a diferença de ser quente e pulsante na minha boca úmida.
- Ah, loirinho, que boquinha deliciosa! Tava querendo uma mamada dessa há um tempo - arfou, me pegando pelo cabelo, assumindo a velocidade e o modo como iria mamar seu pau.
Me engasguei na sua pica várias vezes, descansando toda vez que ficava sem ar. O moreno, mesmo eufórico para gozar na minha garganta, deixava que me recuperasse dos engulhos.
- Está gostando? - perguntei após limpar minha boca babada com o antebraço. Ansioso, o apertei nos meus dedos, manuseando seu pau com delicadeza.
- Porra… mamada dos deuses - me elogiou. Sorri vitorioso, voltando a mamar sua pica com ainda mais vontade de satisfazê-lo.
O Felipe me observava maravilhado, não contendo a vontade de meter na minha boca como se fosse um cuzinho. Eu, obviamente, o recebi todo. Queria que o moreno de cabelos brancos nunca esquecesse daquele boquete.
Os poucos pentelhos do seu saco roçavam meu queixo, enquanto uma surra de pica na garganta fazia meus olhos lacrimejarem. Felipe, mesmo não tendo o dote de TH, me fodia a garganta como um macho potente. Sua gana só foi saciada quando, em urro de prazer, despejou todo seu leite na minha boca, da qual não perdi a oportunidade de engolir como um bom putinho. Não deixei uma gota escapar. O moreno teria a melhor versão minha no sexo.
- Isso mesmo, Elias. Limpa toda a pica do seu macho - fazia carinho na minha cabeça enquanto eu o lambia para buscar restos do seu gozo.
- Delícia!
- Gostou, é?
- Sim.
- Que bom - o moreno me levantou do chão - amanhã te alimento com mais leite, me ouviu? Agora eu vou dormir, loirinho. Estou morrendo de sono e depois dessa gozada maravilhosa que me fez ter, vou apagar - sorriu.
O abracei, acompanhando-o até o quarto, onde me deitei ao seu lado na cama. Não foi preciso uma palavra ser dita, só pelos seus braços possessivos me segurando no lugar eram sinais necessários. Felipe me queria deitado ao seu lado. Dormi aquela noite tendo seu peito colado nas minhas costas e os seus braços me envolvendo. A sua rola descansou no meio da minha bunda, me encoxando em alguns momentos, mas nada que ultrapassasse isso. Felipe realmente estava cansado demais para trepar.
João Paulo (JP)
Havia acabado de comer mais uma daquelas dançarinas gostosas, quando, sem avisar, o André entrou no quarto.
- O que você quer, André? - perguntei, um pouco cansado. Minha voz estava arrastada e rouca devido à preguiça do pós-sexo.
- O dinheiro, - me olhou sério - alguém achou o dinheiro antes da gente. Ainda não sei quem é, mas o porteiro da noite me disse que um tal de Carlos estava na hora em que essa pessoa entrou no apartamento.
Levantei-me em um pulo, dando um soco no criado-mudo. A garota que não sabia o nome, e também não fazia questão de saber, se assustou ao perceber o clima tenso.
- Vaza! - ordenei, a deixando paralisada por uns 5 segundos, mas ela pareceu voltar à realidade. Apenas vestida com a calcinha de renda vermelha, a puta saiu correndo do quarto, não trocando nenhuma palavra com André. As tetas pulavam conforme corria.
- O que vamos fazer? - me perguntou.
- Quero saber quem é o filho da puta primeiro, depois vou meter um tiro na testa do desgraçado! - esbravejei.
Continua.
Uma promissora saga...