Há alguns dias estava morando com meu antigo colega de escola, Felipe, um mavambo gostoso e simpático. Ele ainda continuava o mesmo tarado daquela época, não poupando nenhum buraco, saciando as necessidades do seu pau com quem estivesse a fim de dar. Era complicado manter a sanidade mental perto de um moreno igual a ele, exalando testosterona, sendo um exemplo perfeito de macho viril.
- Puta.que.pariu - falou pausadamente. - Chupa, putinho, chupa essa pica que nem um bezerrinho que você é - o moreno alucinava de tesão com minha boca o engolindo por inteiro.
Havíamos acabado de tomar o café da manhã, Felipe já estava trajado com suas roupas casuais de entregador – calça jeans azul escuro rasgada nas coxas, tênis da nike e uma camiseta de manga longa para proteger do sol. – Não foi necessário mais que uma boa olhada no seu volume glorioso no tecido jeans para que caísse de boca no seu pau. Tive que me segurar muito para não virar o rabo naquela mesma hora e pedir uma boa surra de piroca. Sabia que o moreno não tinha esse tempo sobrando, e também que era fascinado em uma boa mamada, de sentir o pau espirrando gozo na garganta de suas fodas.
- Ah, cacete! - Ele urrou ao despejar toda sua gala na minha boca. O líquido descia quente e cremoso.
Engoli tudo como havia feito desde o primeiro dia que cheguei na sua casa, o moreno delirava com a minha fome por seu esperma.
- Vou encher seu bucho com minha porra, em Elias - riu ao sentir minha língua lamber seus ovos peludos.
- E eu vou beber tudo como um bom putinho - disse-o após me levantar do chão. Meus joelhos estavam um pouco vermelhos.
- Agora é sério, Elias. Tenho que ir trabalhar, vou ficar fazendo entrega até umas 10:00 da manhã - Felipe dizia enquanto fechava a braguilha da calça. Alguma coisa me dizia que ele não queria muito ir, e eu, bom, era o motivo. - Prepara o rabinho para o seu macho, quero te foder essa noite. Por mais que sua boquinha seja dez de dez.
- Estou pronto, já - provoquei, amassando o seu instrumento na roupa. Felipe estava quase perdendo a batalha.
- Não, eu tenho que trabalhar mesmo, loirinho - o moreno me deu uma última olhada e saiu pela porta da sala, carregando o capacete e a mochila nas costas.
Felipe sempre saía muito cedo, era até difícil acompanhar sua rotina, sendo bem trabalhador.
Seu primo Caio ainda não havia voltado. Felipe não sabia ao certo quando ele chegaria. O Caio era mecânico de veículos pesados, sabia desmontar um trator e caminhão como ninguém, ganhando bem para alguém tão jovem. Por causa disso, ficava muito tempo fora em fazendas e sítios. — Ainda não lembrava muito bem do seu rosto, mas não me era estranho, tinha uma vaga lembrança dele nos tempos que seguia o Felipe até sua casa para transar.
O dia estava entediante, não havia nada para fazer. O Felipe voltava muito tarde a noite, e com isso ficava todo o tempo trancado no quarto. Com uma ideia mirabolante, decidi que faria uma surpresa para o moreno, uma receita de torta que havia visto na internet.
Fui animado para o mercado, pouco me importando com o sol que fazia, só tinha em mente o quão feliz o Felipe ficaria com a torta de frango.
-Cento e cinquenta e sete reais, lindinho - a mulher do caixa me disse ao passar o último pacote de salgadinhos no leitor. Havia me empolgado na compra.
- Nossa, tudo isso? - respondi, mas não me importando de verdade com o valor da compra. A quantia de dinheiro que havia na conta e na mochila que peguei no apartamento do TH era mais que suficiente para ter uma vida nova. - As coisas estão realmente o olho da cara, né? - Puxei assunto.
- Pois é - a mulher de cabelos cacheados sorriu cordialmente. - Dinheiro ou cartão? - perguntou.
- Pix.
Estava terminando de enviar o valor para a moça do caixa, quando uma sensação de ser observado me gelou a espinha.
- Tudo bem, moço? Parece assustado - a mulher me fez voltar à realidade. Minha feição não devia estar muito boa.
- Tudo, só um pouco pensativo - respondi, sucinto. Lhe dando um sorriso amarelo que não enganava nem cego.
Após pagar as compras, saí com as sacolas penduradas em cada um dos braços e assim fui para casa um pouco desconfiado, olhando para todos os lados. Queria que a sensação de ser observado passasse logo. Não estava muito longe da casa do Felipe quando observei um carro preto dobrar a esquina. Podia estar enlouquecendo, mas já havia visto aquele mesmo automóvel na frente do mercado quando sai. Os vidros escuros escondiam o rosto do motorista, o que deixava tudo pior.
Tentei seguir normalmente meu caminho, fingindo não percebê-lo no meu encalço. Mas em vão…
- E aí, bom dia - um rapaz bonito apareceu na janela do carro ao encostar do meu lado na calçada - estou procurando um clube aqui perto, sabe me dizer onde fica? - me perguntou educado.
- Oi, sou novo nesse bairro, mas acho que há uns 4 quarteirões têm um espaço para festas - apontei na direção.
- Valeu!
- Tranquilo.
O cara me deu uma última olhada, saindo logo em seguida com seu carro luxuoso e misterioso.
JOÃO PAULO (JP)
“Achei o tal do Carlos, o porteiro do apartamento do Th. Ele me disse que o filho da puta que pegou o dinheiro foi um casinho do seu irmão, um tal de Elias. Acho que o veadinho não tinha recebido a grana que o Thiago prometeu. Estou na cola dele há uns dias “O André me disse após atender o telefone.
“Se esse moleque gastar um real, eu acabo com ele, eu juro que faço da vida dele um inferno!” Esbravejei.
André desligou após um tempo, me passando os planos para achar o garoto, o amante do meu irmão TH.
- Dia ruim, irmão? - Roberto, meu amigo, se aproximou da mesa do escritório. A música estava estourando no salão da boate.
- Um garoto que achou que podia roubar a minha grana. O André já está na cola do desgraçado - respondi, bebericando minha bebida que estava na mesa.
- Não quer descansar, JP? Ou sei lá, conversar com alguém? Não faz nem um mês que perdeu seu irmão. Eu seguro as pontas aqui, mano - se simpatizou com a minha situação.
- Eu tentei, eu juro que tentei, Roberto! O TH era um psicopata assassino do caralho. Eram seus próprios filhos e mulher - botei para fora o que queria ouvir, ele me conhecia há anos. Aquela merda estava me matando, não podia mais tentar manter a pose de durão. O Roberto e o André eram de confiança.
- Eu sei, eu sei, JP. Todos sabem o quanto tentou ajudar seu irmão a sair do vício e da própria mente doente - apertou meu ombro. - Você foi um bom irmão, o melhor que TH poderia ter. Melissa e Paulo merecem um pai de verdade, pelo menos não um doente que vai tentar matá-los.
- Valeu, irmão! Precisava conversar com alguém, de verdade. Vou para casa, cuida dessa merda por mim - levantei-me da cadeira giratória.
- Relaxa, ninguém vai derrubar o nosso império - disse-me com um sorriso no rosto. Ele adorava se imaginar em uma máfia italiana poderosa, o que me tirava boas risadas.
Comecei nessa vida com apenas uma boate no centro da cidade, depois fui expandindo os negócios com vendas de drogas e outros entorpecentes no local. Minhas amizades na polícia deixavam as coisas mais fáceis, me rendendo uma boa grana. TH fazia parte da gerência de uma das boates, mas se envolveu com uma das atendentes, Fernanda, mãe dos seus dois filhos, Melissa e Paulo — meus sobrinhos. — O Thiago sempre foi instável, me gerando diversos problemas que sempre fodiam com meu nome. As coisas só foram piorando conforme ele foi se afundando em drogas e em amizades que só ferraram ainda mais com sua personalidade. Roberto e André testemunharam a maioria das nossas discussões. Eles entendiam o motivo da minha decisão de dar fim ao Thiago — mesmo eu me sentindo um monstro com isso.
- Tá afim hoje, JP? - Uma loira se aproximou de mim na porta da boate, encostando seus peitos no meu corpo. O cheiro de álcool era perceptível conforme falava próxima ao meu rosto.
- Hoje não… - tentei lembrar seu nome, mas não consegui. Essa minha mania de não saber os nomes das garotas que comia me deixaria ainda enrascado.
- Quando quiser, me liga - falou no pé do meu ouvido, e como um fantasma, desapareceu na escuridão da boate.
“Amanhã eu vou ter você aqui, Elias.” Pensei assim que sentei no banco do carro. André havia me mandado fotos do garoto no mercado e na rua quando o viu no bairro esta manhã. O porteiro Carlos havia acertado a localização da casa do garoto, mas Elias não morava mais com o pai. A minha sorte era que André sempre foi muito bom no que fazia, era capaz de localizar uma pessoa até em outro estado se preciso. O loirinho não tinha chance alguma contra este aspirante a detetive do FBI.
ELIAS:
A parte da tarde demorou para passar, estava ansioso para fazer a surpresa para o Felipe, e isso me deixava ainda mais agitado. Pensando em distrair a mente, entrei em lojas online no meu celular, navegando sem muita perspectiva de encontrar algo interessante. A minha pesquisa durou quase 50 minutos, mas achei o que queria, um videogame – PS5. – Felipe iria adorar se eu comprasse um para ele, e era exatamente o que faria. Dinheiro não me faltaria por um bom tempo, e assim o fiz, comprei o PS5 à vista. Estava repondo o dinheiro na conta por partes, não podia chegar com aquela mochila cheia de dinheiro no banco.
– Oi, veio mais cedo por que? - perguntei ao vê-lo entrar no quarto. Ainda não eram nem 18:00 da tarde.
– Não aguentei esperar, quero comer seu rabo o quanto antes - o cretino me devorou com os olhos.
Felipe não esperou nem um minuto a mais sequer, o desespero era tanto que o moreno já estava tirando as roupas do corpo. Não era romântico como em filmes e novelas. Tudo aconteceu como em um filme pornográfico. Felipe era ágil e ansioso, mas sabia respeitar o meu momento, diferente de TH.
- Tem camisinha? - Lembrei-o.
- Claro… só deixa eu pegar na carteira - o moreno foi atrás da calça para pegar a carteira no bolso de trás.
Felipe não demorou muito para encontrar a carteira e veio para perto de mim com a pica balançando no ar.
- Ai, caralho! - o moreno arfou ao sentir meus lábios sugando a cabeça da sua pica. - Desse jeito vou gozar na sua boca.
- Então coloca essa camisinha na pica logo - dei uma última chupada e voltei para a cama, lambendo os lábios. O sabor da sua rola era uma delícia.
- Vou arregaçar esse seu cuzinho - o moreno riu, se apressando para vestir a camisinha no pau.
Esperei-o com as pernas levantadas, cada uma sendo encaixada nas dobras dos braços, deixando meu cuzinho bem aberto para que tivesse a melhor visão e acesso. Felipe assistia com um olhar faminto, não contendo um sorriso ao ver meu cuzinho piscando sem parar.
- Porra, Elias! - O moreno se aproximou e me segurou pelas partes internas das minhas coxas.
Aos poucos ele se enfiou no meio das minhas pernas, fincando a cabeça da rola na minha entrada piscante. O meu anelzinho de carne não suportou a pressão e deu passagem para o seu mastro, o que ele aproveitou para empurrar cada centímetro dentro de mim. Felipe não era superdotado, mas doía mesmo assim, pois afinal de contas, era grosso, e também meu cuzinho era apertado. Um sopro de dor escapou da minha boca, deixando o moreno um pouco mais delicado, pois sabia que podia me machucar se fosse muito mais rápido.
- Vou enfiar mais um pouco - o moreno me disse após voltar a penetrar sua pica no meu rabo.
Não demorou muito para Felipe me preencher todo com seu pau, iniciando as estocadas com lentidão, me deixando louco e ansioso para mais intensidade. Após muito me maltratar com sua calmaria, o moreno decidiu me enrabar com pressão, saindo e voltando com velocidade e força, sendo um verdadeiro show pornográfico de sons abafados de gemidos e pele na pele, deixando a casa banhada em luxúria crua.
- Ai, ai, Felipe! Fode meu cu, isso… fode! - pedia, assumindo as rédeas, o laçando com as minhas pernas envolta da sua cintura.
- Cuzinho guloso, né, putinho? - Ele se transformou em um macho impiedoso, me comendo cada vez mais forte.
Eu delirei com sua pica no meu rabo, só sabia rebolar e gemer palavras emboladas e sem nexo.
- Que porra é essa? Tu fode bicha agora, Felipe? - Um homem irritado brotou na porta do quarto. As roupas estavam sujas e gastas.
- Primo? Eu posso explicar! - O moreno tirou sua pica do meu rabo, correndo para vestir sua cueca e calças que estavam jogadas do outro lado do cômodo. - Esse é um amigo de escola, o Elias, lembra dele? - Felipe tentava se explicar.
- E isso explica o motivo dele estar aberto que nem uma puta na cama? - Caio apontou na minha direção. O cara era ameaçador, aparentando ser muito mais velho do que sua idade de fato. - Desde quando tu come cu de veado, primo? - disse após não obter a resposta da sua primeira pergunta.
- Ele é diferente, é amigo - Felipe tentou se explicar, mas o outro apenas riu sem humor. Eu ainda estava pelado na cama.
- Amigo de cu é rola, Felipe - o Caio esbravejou, vindo na nossa direção como um touro bravo. - Se for comer macho, que faça isso no motel, não em casa, caralho! Eu não estou nem aí se você fode, ho…
Caio parou de falar ao ser jogado no chão por dois homens mascarados, Felipe e eu nos assustamos, mas não tivemos muito o que fazer, pois um deles apontou a arma na nossa direção.
- Que porra é essa, tão malucos? - Caio perguntou irritado, mas logo o homem que o havia imobilizado colocou o cano da arma em sua nuca, silenciando-o.
- Quietinho porra, ou tá querendo conhecer Jesus? Um movimento e eu mato os três sem pensar duas vezes - O mesmo homem falou bravo. A arma continuava apontada para a cabeça de Caio.
O comparsa, um pouco mais alto, se aproximou do sofá, me fitando por um tempo da cabeça aos pés. Conhecia aqueles olhos de algum lugar, não me era estranho o seu jeito de caminhar também.
- É esse, chefe! - Ele me segurou pelo pulso e me jogou no chão. O Felipe pouco podia fazer, os dois homens estavam armados e não pareciam blefar ao dizer que atirariam a qualquer movimento.
- O próprio.
- Cês tavam fodendo o loirinho? - O cara zombou, me levantando do chão. Ele não parecia nem um pouco desconfortável com a minha nudez.
- Onde escondeu o dinheiro, Elias? - O outro cara ignorou a situação, não se importando com o que fazíamos ali. Era claro que pensava que eu havia dado para os dois primos no quarto.
Após o medo passar um pouco, consegui lembrar da voz do homem, era o mesmo do carro do mercado, e o que tirou sarro de mim era o careca da fatídica noite no motel com o TH.
- Era você no carro, não era? - perguntei, mas o homem se irritou e apontou a arma na minha direção.
- Caralho, moleque! Só mostra a porra do dinheiro e a gente te deixa em paz, porra! - esbravejou.
- No quarto… em uma mochila preta - respondi.
As coisas pareciam nunca melhorar, só podia ser um pesadelo. O TH foi o maior erro da minha vida e agora estava pagando pelos meus pecados.
- Não parece ter toda a grana aqui - o homem balançou a mochila no ar. Felipe e Caio ficaram em silêncio o tempo todo.
- Tu gastou a grana, Elias? - O outro cara do carro me perguntou após verificar a mochila e olhar para dentro.
- Sim, mas não muito, só um pouco - falei, choroso.
- Está brincando comigo? Tu tá tirando com a minha cara, moleque? - Jogou a mochila no meu peito. - Veste as suas roupas e vem com a gente, o JP vai decidir o que fazer com você agora. Só reza para ele te matar rápido - suspirou cansado. Por algum motivo, senti que o cara não gostava da ideia de matar, ficando um pouco decepcionado ao ver que havia gastado a grana da mochila.
- E quanto aos dois bostas? - o outro homem perguntou, apontando para Felipe e Caio do outro lado.
- Os caras são trabalhadores, pô. Deixa quieto, não quero mais sangue nas minhas mãos por um bom tempo - respondeu.
Tive tempo de olhar uma última vez para Felipe, que estava preocupado com meu destino, mesmo não entendendo nada do que estava acontecendo. Consegui dizer um último pedido de desculpas com os lábios, sem som, antes de os dois homens me levarem para fora da casa. Não foi necessária muita força para me colocar no banco de trás do carro.
- Para onde vão me levar? - perguntei, trêmulo.
- Tu fez merda, moleque, só isso que tem que saber - o mesmo cara do carro preto de manhã me olhou um pouco triste. Sem a máscara preta. Ele tinha um rosto lindo, quase não combinando com o ar ameaçador dos seus atos.
O outro homem riu, e como em um trem descarrilhado, vi minha vida passar diante dos meus olhos.
O que o destino estava planejando para mim? Esse tal de JP é tão ruim assim para o demônio do TH ter medo dele? O homem devia ser o próprio capeta na terra. Não foram poucos os momentos em que vi e ouvi o Thiago tremer ao ouvir o nome João Paulo no celular. Uma simples ligação dele fazia o Thiago ficar branco como fantasma.
Continua…