A mala já estava encostada no canto do quarto, fechada, pronta. Eu olhava para ela como quem encara uma sentença inevitável. Amanhã eu partiria, e o peso não era só das roupas lá dentro — era da saudade que eu já sentia antes mesmo de ir.
Foi então que ouvi a batida na porta. Três toques firmes. Meu coração disparou, e eu sabia, antes mesmo de abrir, quem estava ali.
Pedro entrou sem esperar convite, o rosto sério, mas os olhos denunciando tudo.
— Então é isso… amanhã você vai embora. — disse, com a voz rouca, carregada de algo entre raiva e tristeza.
Assenti, sem conseguir esconder a dor.
— É… acabou. As férias, pelo menos.
Ele se aproximou devagar, como se estivesse lutando contra si mesmo, até que parou diante de mim.
— Eu disse que não ia deixar você fugir de novo… e olha só. — a mão dele tocou meu rosto, com uma delicadeza que contrastava com as palavras. — Mas se você tem que ir… eu quero te despedir do meu jeito.
— Do seu jeito? — perguntei, tentando sorrir apesar do nó na garganta.
Ele me puxou pela cintura, colando nossos corpos.
— Quero que a última coisa que você leve daqui… seja eu.
O beijo veio em seguida, quente, urgente, cheio de saudade antecipada. Minhas mãos agarraram seus ombros, como se pudessem segurar aquele momento para sempre.
— Pedro… — minha voz saiu trêmula. — Você tem sua esposa… seus filhos… sua igreja. Não pode… não pode me prometer nada.
Ele não me deixou terminar. A boca dele caiu sobre a minha, firme, ardente, desesperada. O beijo foi um grito calado, um “não fala mais nada”, um “me deixa só sentir agora”.
Suas mãos seguraram meu rosto, como se quisessem me prender ali, no instante que desmoronava entre nós. A culpa, a razão, o peso do mundo — tudo desapareceu naquele toque.
Quando nos afastamos, apenas o suficiente para respirar, ele encostou a testa na minha.
— Eu sei de tudo isso. Mas também sei do que sinto aqui… — levou minha mão até o próprio peito, o coração disparado. — E isso ninguém consegue apagar. Nem ela, nem eles, nem a igreja.
Eu fechei os olhos, deixando as lágrimas ameaçarem cair, e sussurrei:
— Então me beija de novo. Antes que seja tarde.
E ele me beijou. Não havia mais palavras. Só a urgência de dois corpos que sabiam que a despedida seria cruel demais para ser enfrentada sóbrios de desejo.
— “Menino, vem que tio Olívio vai nos levar pra cidade. Amanhã a gente parte cedo. Esqueceu que você não viaja sozinho ainda?” — a voz da minha avó cortou o ar, quase nos pegando no beijo.
Pedro engoliu em seco e, por um segundo, foi só reflexo: afastou os lábios, a respiração ainda quente no meu rosto. Minhas mãos ficaram presas às dele; as batidas do coração pareciam querer sair pela boca. A porta entreaberta deixava entrar o som do corredor, passos abafados, a rotina implacável esperando lá fora.
— Já vou — respondi, a voz falhando, procurando uma normalidade que não existia mais entre nós.
— Vai com Deus, menino; E não esquece as coisas.
Pedro virou o rosto, olhos sombrios por um segundo, e segurou minha mão com força — um toque que dizia mais que qualquer promessa. A avó fechou a porta com passos lentos, e o som do trinco foi como um último metrônomo medindo o tempo que ainda tínhamos.
— “Menino, vem que tio Olívio vai te levar pra cidade. Amanhã a gente parte cedo. Esqueceu que você não viaja sozinho ainda?” — a voz da minha avó cortou o ar, quase nos pegando no beijo.
Pedro engoliu em seco e, por um segundo, foi só reflexo: afastou os lábios, a respiração ainda quente no meu rosto. Minhas mãos ficaram presas às dele; as batidas do coração pareciam querer sair pela boca. A porta entreaberta deixava entrar o som do corredor, passos abafados, a rotina implacável esperando lá fora.
— Já vou — respondi, a voz falhando, procurando uma normalidade que não existia mais entre nós.
— Vai com Deus, menino — ouvi a avó dizer, a figura dela aparecendo na sombra do batente, um sorriso distraído que não suspeitava de nada. — E não esquece as coisas.
Pedro virou o rosto, olhos sombrios por um segundo, e segurou minha mão com força — um toque que dizia mais que qualquer promessa. A avó fechou a porta com passos lentos, e o som do trinco foi como um último metrônomo medindo o tempo que ainda tínhamos.
Quando a casa ficou só nossa de novo, ele puxou-me para mais perto, como se tentasse guardar cada centímetro de mim na pele. Sussurrou no meu ouvido, abafado, urgente:
— Eu te espero. Volta pra mim.
— Eu volto — respondi, e a palavra saiu num fio, mais do que um compromisso: um pacto nascido daquilo que vivemos.
Ficamos ali, encostados, um contra o outro, sabendo que cada segundo podia ser o último antes da partida. Pedro fez um movimento rápido, pegou a pequena mochila que eu havia deixado no chão, e a fechou com cuidado — como se fechar aquela mala fosse fechar também a possibilidade de ficar e saímos.
A estrada até Barbacena foi silenciosa. Minha avó cochilava no banco de trás, e tio Olívio dirigia concentrado. Eu, perdido em lembranças de Pedro, nem percebi quando a cidade surgiu diante de nós. Já estava noite quando ele estacionou diante de um hotel simples.
— Vamos descansar aqui — disse, entregando os documentos na recepção. — Amanhã seguimos viagem cedo.
Minha avó ficou com um quarto só pra ela. tio Olívio insistiu que eu dividisse com ele. Tio tio Olívio subiu primeiro e logo eu vovó subimos.
Entrei no quarto atrás de tio tio Olívio, ainda com a cabeça pesada de saudade de Pedro. Mas bastou ele fechar a porta, se virar para mim e deixar a toalha cair que o ar mudou.
O corpo dele… definido, firme, imponente. Aos 78, tinha um vigor que faria muito garoto morrer de inveja. O olhar dele me atravessava.
— Vai ficar só me olhando? — ele provocou, a voz grave. — Ou vai vir sentir o que é homem de verdade?
Senti o calor subir pelo meu corpo. Engoli seco e respondi:
— Eu quero… quero você.
Ele riu baixo, aproximando-se. Passou a mão pelo meu rosto, depois desceu até meu peito, meu abdômen, até a cintura.
— Bom garoto. Eu gosto assim… disposto, entregue.
O beijo dele me pegou de surpresa, quente, intenso, e quando dei por mim já estava encostado na cama, ofegante, enquanto ele me explorava com as mãos firmes.
— Você tá com fome de prazer… eu sinto. — murmurou no meu ouvido. — Mas hoje… não vai ser só eu que vou te dar isso.
— Como assim? — perguntei, quase sem fôlego, já rendido ao toque dele.
tio Olívio deu um sorriso malicioso, se afastou um passo e disse:
— Eu preparei uma surpresa maravilhosa pra você.
Bateu duas vezes na porta. Ela se abriu devagar e três homens entraram, nus, corpos diferentes mas todos excitados, prontos. Os olhos deles caíram sobre mim, e a tensão no ar ficou quase insuportável.
— Eles também querem sentir você. — disse tio Olívio, voltando a me segurar pelo queixo. — Mas primeiro… você é meu.
Meu coração disparou. O tesão tomou conta antes que eu pudesse pensar.
tio Olívio me empurrou contra a cama, despiu-me rápido e, sem demora, me ofereceu o pau dele.
— Chupa. Quero sentir essa boquinha quente.
Obedeci, faminto, mamando com vontade. O gosto dele me deixava ainda mais aceso. Enquanto isso, os outros se aproximaram, roçando as glandes no meu corpo, explorando cada pedaço de mim.
Logo eu estava cercado. Um pau na minha boca, mãos me tocando por todo lado, e tio Olívio me virando de costas.
— Agora é hora de abrir você todinho — ele disse, a voz rouca.
Senti a glande quente pressionar minha entrada e gemei alto.
— Quero… quero cada centímetro dentro de mim…
— Então toma — ele rosnou, entrando de uma vez, profundo, me preenchendo por inteiro.
Meu gemido ecoou no quarto. Um dos homens aproveitou e me ofereceu o pau na boca. Enquanto tio Olívio me fodia com força, eu chupava outro, gemendo abafado.
Logo um segundo homem veio por trás, pedindo espaço.
— Divide ele comigo, tio Olívio. Essa bunda aguenta nós dois.
tio Olívio riu, sem parar o movimento. — Aguenta sim. Esse menino nasceu pra ser preenchido.
Senti a pressão aumentar quando o segundo entrou junto. Meu corpo inteiro tremeu.
— Ahhh… sim… me enchem… rasgam de prazer!
E assim foi: DP intenso, enquanto um na minha boca e o outro se masturbava olhando. Eu estava tomado por todos os lados, cada parte explorada, sem descanso.
O prazer aumentava até não dar mais. Primeiro, o homem na minha boca gemeu alto e gozou, enchendo minha garganta de gozo quente. Engoli tudo sem hesitar. No instante seguinte, tio Olívio e o outro explodiram dentro de mim ao mesmo tempo, me enchendo até transbordar.
Mal tive tempo de respirar. O quarto homem me puxou e entrou em mim com força, acelerando sem piedade.
— Agora é a minha vez. Vou te arrebentar todinho.
Eu só conseguia gemer, entregue. Até que ele me puxou de frente, tirou o pau da minha bunda e socou na minha boca.
— Engole meu gozo.
E explodiu ali mesmo, enchendo minha boca mais uma vez.
Caímos juntos na cama, ofegantes, o cheiro de sexo impregnado no ar. Eu, exausto, me aninhei contra o peito de tio Olívio e adormeci.
Quando abri os olhos, já era manhã. A luz suave entrava pela janela. Eu estava nu ao lado dele, que me olhava com um sorriso malicioso.
Passou a mão no meu rosto e sussurrou:
— Menino… você nasceu pra ser putinha. Uma delícia feita pra dar prazer. Pena que já acabou.
Fiquei em silêncio, arrepiado, com o gosto da noite ainda na boca. A lembrança dessas férias vão me acompanhar a vida inteira...