O banho gelado trouxe um alívio passageiro, mas foi como tentar apagar um incêndio florestal com um copo d'água. Cada gota que escorria pelo meu corpo parecia reviver a memória dos gemidos, dos xingamentos sujos que ecoavam na minha mente. Enrolei-me na toalha e voltei para o quarto, o ar ainda pesado com o cheiro do meu próprio sexo.
Entrei no quarto, tranquei a porta e coloquei meu pijama e pelo espelho vi meu notebook, era como se ele me convidasse para usá-lo, cliquei em vídeos aleatórios, mas minha busca não era por enredos ou beijos românticos. Eu procurava por sons. Por gemidos guturais, por palavrões sussurrados ou gritados, por aquele mesmo tom de urgência e posse que tinha ouvido do quarto ao lado. Cada "vai, sua puta" ou "enche essa boceta" era um choque direto no meu clitóris, que já latejava novamente, insatisfeito e faminto, eu passava por vídeo recomendados olhando os cards de várias formas e categorias diferentes. De repente uma escuridão tomou conta do quarto, agora absoluta por causa do temporal que derrubou a energia, a tela do notebook iluminava meu rosto com uma luz fantasmagórica...
A voz da minha mãe do corredor me fez pular. "Lariane, cê tá bem? A janta tá na mesa." Respondi com um fio de voz, tentando disfarçar a respiração ofegante. Desci, comi sem saber o sabor da comida, meus sentidos todos voltados para dentro, para aquele calor que insistia em arder. Na pia, lavando a louça, minha vista se fixou na fruteira e a lembrança de um card de um vídeo recomendado veio a tona. Era um pepino, verde-escuro, firme não muito grande, mas certamente irresistível fez minha imaginação voar até o vídeo das duas garotas brincando com o mesmo vegetal, um convite direto e obsceno.
Peguei o vegetal com uma naturalidade que me surpreendeu. Lavei-o sob a água corrente, sentindo sua superfície lisa e fresca. Minhas mãos tremiam ligeiramente ansiando por algo que eu nem sabia o que seria. De volta ao quarto, tirei meu pijama e fiquei nua novamente, diante do espelho, iluminada apenas pelo clarão intermitente dos raios lá fora.
Levei o pepino à boca. Minha língua percorreu seu comprimento, sentindo suas imperfeições, seu cheiro de terra e frescor. Era proibido, era errado, e isso só alimentava o fogo. Enquanto isso, minha outra mão se ocupava em esfregar minha boceta, já tão molhada que meus dedos deslizavam sem qualquer esforço. O tesão era uma entidade viva, tomando conta da minha razão.
Comecei a passar a ponta arredondada do pepino na minha entrada, um roçar lento e provocante. Eu me observava no espelho, os olhos vidrados, a boca entreaberta. Levei o vegetal novamente à boca, lambendo-o antes de voltar a pressioná-lo contra mim. Era um ciclo de preparação, de profanação ritualística.
Quando tentei introduzi-lo, senti uma resistência, um aperto que me fez gemer baixo no travesseiro. A frustração misturou-se com a necessidade. Dois dedos entravam facilmente, mas o pepino era mais desafiador. A ideia surgiu como um lampejo de gênio depravado. Fui ao banheiro e peguei um pote de creme hidratante da minha mãe, voltei correndo e passei uma porção generosa no vegetal, que agora brilhava sob a luz fraca, escorregadio e promissor.
Desta vez, quando pressionei, foi diferente. O creme fez com que ele deslizasse para dentro com uma facilidade obscena. Um alongamento profundo, um preenchimento que eu nunca tinha experimentado. Um pequeno desconforto apareceu, mas logo deu lugar a uma onda de prazer tão intensa que meu corpo todo tremeu. Eu estava louca, possuída, observando hipnotizada no espelho a forma como meu corpo aceitava aquele objeto.
Fui empurrando mais e mais, até que apenas uma pequena ponta ficou para fora. Senti meus fluidos misturados ao creme escorrendo pelas minhas coxas. Então, comecei a mover. Era lento no início, tirando e colocando, cada movimento uma descoberta de novas profundidades, novos pontos de prazer dentro de mim. Meus gemidos eram abafados pelo travesseiro, sons roucos e animalescos que eu nem reconhecia como meus.
Troquei de posição, de bruços, com o pepino ainda cravado em mim. A sensação de estar tão preenchida, tão "arregaçada" como pensei, era a coisa mais erótica que eu já tinha vivido eu simplesmente voltaria no tempo e trocaria a noite que perdi minha virgindade por esse mesmo pepino facilmente. Deixei o vegetal quase todo dentro e apenas mexi meus quadris em pequenos círculos, sentindo ele massagear meu interior. O orgasmo se aproximou não como uma onda, mas como um tsunami. Quando ele chegou, foi uma explosão de alívio total, um terremoto que fez meus dedos se agarrarem aos lençóis e um grito silencioso se formar na minha garganta. Continuei me mexendo, prolongando a agonia deliciosa até que meu corpo ficou exausto e pesado.
Tirei o pepino lentamente, uma sensação de vazio seguindo seu rastro. Me sentei de frente para o espelho, ofegante, e olhei para o meu reflexo. Meus olhos estavam brilhantes, minha pele corada. E lá embaixo, minha boceta estava entreaberta, inchada e usada, um testemunho silencioso do meu abandono. Passei a mão sobre ela, uma sensação de felicidade profunda e proibida tomando conta de mim. Estava estragada, arrombada, e nunca me senti tão completa. Envolvi-me num cobertor, o cheiro do meu sexo e do pepino ainda no ar, e afundei no sono mais profundo e satisfeito da minha vida.
drino