Osol da tarde caía pesado sobre o quintal dos fundos da casa de João, iluminando a churrasqueira que ainda exalava o cheiro de carne grelhada. As garrafas de cerveja vazias se acumulavam na mesa de plástico ao lado de dois pratos sujos de restos de picanha e linguiça. A televisão, ligada no volume máximo, transmitia um jogo de futebol, mas os olhos de João e Rogério já não acompanhavam mais o placar há algum tempo. As esposas tinham saído para um bingo na igreja, deixando os dois sozinhos pela primeira vez em meses, e a conversa, como sempre acontecia quando o álcool soltava a língua, tinha descambado para territórios mais íntimos.
Rogério, um homem de ombros largos e barriga levemente arredondada pelos anos de churrasco e cerveja, recostou-se na cadeira de plástico com um sorriso maroto estampado no rosto. Ele tomou um longo gole da lata de cerveja que segurava, passando a língua pelos lábios úmidos antes de soltar um arroto satisfatório.
— Pois é, meu amigo… — disse ele, baixando a voz como se estivesse compartilhando um segredo de estado. — A Marcia não para de reclamar que eu transo pouco com ela. Mas não é falta de vontade, não. É que o negócio aqui — ele bateu na virilha com a mão livre, fazendo o tecido da bermuda jeans se mover levemente — é grande demais pra qualquer mulher aguentar direto.
João, mais magro e com os cabelos grisalhos já rareando na frente, quase engasgou com a cerveja. Ele limpou a boca com o dorso da mão, olhando para o amigo com uma mistura de incredulidade e diversão.
— Tá louco, Rogério? — riu, balançando a cabeça. — Todo homem acha que o pau dele é maior do que é. Isso é coisa de adolescente, cara.
— Não tô falando merda não, João. — Rogério se inclinou para frente, os olhos brilhando com um misto de desafio e excitação. — Juro por Deus. Você já viu o tamanho do meu pau, não?
João sentiu um calor estranho subir pelo pescoço. Ele nunca tinha visto, na verdade. Em todos aqueles anos de amizade, de churrascos, pesqueiros e viagens juntos, nunca tinha ocorrido a ele pensar no pau do Rogério. Mas agora, com o álcool aquecendo o sangue e a conversa tomando aquele rumo, era impossível não imaginar. Ele tentou disfarçar, tomando outro gole de cerveja.
— Não vou cair nessa, não — disse, secamente. — Você tá bêbado.
— Bêbado nada! — Rogério bateu a lata na mesa, fazendo João pular. — Aposto que o meu é maior que o seu. E se eu ganhar, você bate uma pra mim.
João quase cuspiu a cerveja.
— O quê?! — ele riu, nervoso. — Que porra é essa, Rogério? Você tá maluco?
— E se você ganhar, eu que bato uma pra você. — Rogério cruzou os braços, o sorriso se alargando. — Medo de perder, Joãozinho?
O apodo infantil, que Rogério só usava quando queria provocá-lo, fez João sentir um arrepio na espinha. Ele olhava para o amigo, tentando decifrar se aquilo era brincadeira ou se Rogério estava falando sério. O jeito como os olhos do outro homem o fixavam, desafiadores, não deixava dúvidas: ele não estava brincando. E, pior, João sentia algo estremecer dentro de si, uma curiosidade que não deveria existir.
— Você tá falando sério? — João engoliu em seco, a mão apertando a lata de cerveja com mais força do que o necessário.
— Sério pra caralho. — Rogério se levantou, o movimento fazendo a bermuda se ajustar de um jeito que deixava pouca coisa à imaginação. — Vamos lá, João. Não seja covarde.
João hesitou. O álcool tinha deixado sua cabeça leve, os pensamentos turvos. Ele não deveria aceitar. Era uma loucura. Mas a ideia de ver o pau do Rogério, de comparar, de… fazer aquilo, era como um fogo queimando por dentro. Ele tomou mais um gole, a cerveja já morna, e então assentiu, devagar.
— Tá bom. — Sua voz saiu rouca. — Mas se eu ganhar, você não reclama.
— Não vou reclamar não — Rogério riu, já desabotoando a bermuda com uma confiança que fazia João se sentir ainda mais nervoso. — Porque eu não vou perder.
João observou, hipnotizado, enquanto Rogério deixava a bermuda cair no chão, revelando uma cueca box preta que mal conseguia conter a protuberância entre suas pernas. O tecido estava esticado, a forma inconfundível de um pau duro pressionando contra o algodão. João sentiu a própria respiração acelerar. Ele não deveria estar olhando. Não deveria estar querendo olhar. Mas não conseguia desviar os olhos.
— Vamos lá, João. — Rogério puxou a cueca para baixo apenas o suficiente para libertar o pau, que saltou para fora, grosso e longo, a cabeça roxa já brilhando com um fio de pré-gozo. — Medir é crer.
João engoliu em seco. Ele não tinha visto um pau de perto desde… bom, desde nunca, se fosse pra ser sincero. O dele, ele conhecia bem, mas o de outro homem? Nunca. E aquele era impressionante. Mais grosso do que ele imaginava, as veias saltadas, a pele esticada sobre a ereção. Ele sentiu um aperto no próprio pau, que começava a inchar dentro da calça.
— Onde que tá a fita métrica? — João perguntou, a voz trêmula.
Rogério riu, pegando a fita que estava em cima da mesa, entre as ferramentas de churrasco.
— Aqui, ó. — Ele jogou a fita para João, que a pegou com mãos que tremiam levemente. — Mas não vai adiantar medir por cima, não. Tem que ser direto na pele.
João sentiu o rosto queimar.
— Não precisa exagerar — murmurou, mas já estava se inclinando para frente, a fita esticada entre os dedos.
— Medo de encostar, João? — Rogério provocou, dando um passo à frente, o pau balançando levemente com o movimento. — Ou será que você tá com tesão?
— Cala a boca — João resmungou, mas não conseguiu evitar que seus olhos se fixassem naquilo novamente.
Ele esticou a fita, tentando medir sem tocar, mas era impossível. O pau de Rogério estava duro demais, quente, pulsando. A ponta da fita escorregou, roçando levemente na pele. João sentiu um arrepio percorrer seu corpo inteiro. Era macio. Quente. Duro.
— Não adianta, João. — Rogério segurou o pulso dele, impedindo que ele se afastasse. — Tem que medir direito. Encosta.
João olhou para cima, encontrando os olhos de Rogério. Havia algo ali, algo que não era só provocação. Era desejo. Era permissão. Ele engoliu em seco, então, com um suspiro trêmulo, deixou que seus dedos roçassem a base do pau do amigo. A pele estava quente, quase queimando. Ele sentiu o pulsar do sangue sob seus dedos, a textura aveludada contrastando com a dureza por baixo.
— Isso — Rogério sussurrou, a voz rouca. — Agora mede direito.
João obedeceu, esticando a fita ao longo do comprimento. Dezoito centímetros. Dezoito centímetros. Ele nunca tinha visto algo tão grande na vida. Seu próprio pau, agora latejando dentro da calça, não chegava nem perto. Ele sentiu um misto de inveja e excitação, a boca secando.
— Satisfeito? — Rogério perguntou, mas sua voz não era mais de desafio. Era baixa, carregada de algo mais íntimo.
João não respondeu. Ele não conseguia. Porque, de repente, Rogério tinha segurredo sua mão e a pressionado com mais firmeza contra o próprio pau.
— Agora você tem que pagar a aposta — Rogério murmurou, guiando a mão de João para cima e para baixo, em um movimento lento. — Bate uma pra mim, João.
João deveria ter recuado. deveria ter dito não. Mas a sensação do pau de Rogério em sua mão, quente e pesado, era demais. Ele sentia o próprio coração batendo forte, o sangue latejando em seus ouvidos. Sua mão começou a se mover, tímida a princípio, mas logo ganhando confiança à medida que Rogério gemia baixinho, incentivando-o.
— Isso… — Rogério fechou os olhos, a cabeça inclinada para trás. — Mais firme, João. Não tenha medo.
João apertou os dedos em torno do pau, sentindo o peso, a dureza. Ele começou a mover a mão mais rápido, o som úmido do atrito enchendo o ar entre eles. Seu próprio pau doía, preso dentro da calça, mas ele não ousava tocá-lo. Não ainda. Não enquanto estivesse fazendo aquilo.
— Mais rápido — Rogério ordenou, os quadris começando a se mover em sincronia com a mão de João. — Assim… puta merda, João. Você tem jeito pra isso.
As palavras foram como gasolina no fogo. João sentiu um arrepio de prazer percorrer sua coluna. Ele não estava só fazendo aquilo por obrigação. Ele estava gostando. A mão dele se moveu mais rápido, o punho apertando com mais força, os dedos deslizando sobre a cabeça úmida do pau de Rogério. Os gemidos do amigo ficavam cada vez mais altos, mais desesperados.
— Vou gozar — Rogério aviso, a voz estrangulada. — Não para, João. Não para, caralho.
João obedeceu, os olhos fixos no pau que latejava em sua mão. Ele viu o momento exato em que Rogério perdeu o controle: as veias pulsando, a cabeça inchando, e então um jorro quente e espesso atirado para cima, atingindo o peito de Rogério, escorrendo pelos dedos de João. O cheiro forte de esperma encheu o ar, primitivo e intoxicante. Rogério gemeu longo e rouco, os quadris tremendo enquanto João continuava a masturbá-lo, tirando cada gota.
Quando acabou, Rogério abriu os olhos, o peito arfando. Ele olhou para João com uma expressão que era metade satisfação, metade surpresa.
— Puta que pariu, João — ele riu, ofegante. — Você é bom nisso pra caralho.
João sentiu o rosto queimar. Sua mão ainda estava envolta no pau de Rogério, que agora começava a amolecer, mas ainda grossos e úmido. Ele se afastou como se tivesse sido queimado, limpando a mão na própria calça. Seu pau doía, latejando dentro da roupa, implorando por alívio.
— Eu… eu vou… — ele gaguejou, sem conseguir formar uma frase coerente.
Rogério riu, sabendo exatamente o que João precisava.
— Vai lá, João. — Ele deu um tapinha no ombro do amigo, o gesto quase paternal, se não fosse pelo brilho malicioso em seus olhos. — Vai bater uma pra você também. Eu sei que você tá doido pra isso.
João não respondeu. Ele se virou, quase tropeçando na própria cadeira, e correu para dentro de casa, direto para o banheiro. Fechou a porta com um baque, trancando-a como se isso pudesse apagar o que tinha acabado de acontecer. Mas não adiantava. Sua mente ainda estava cheia da imagem do pau de Rogério, da sensação dele em sua mão, do cheiro do esperma.
Ele desabotoou a calça com mãos trêmulas, puxando-a para baixo junto com a cueca. Seu pau saltou para fora, duro e vermelho, a cabeça já escorrendo pré-gozo. João gemeu baixinho, aliviado por finalmente libertá-lo. Sem perder tempo, ele cuspiu na mão e a envolveu em torno do próprio pau, começando a se masturbar com urgência.
Do lado de fora, Rogério bateu na porta, a voz abafada pela madeira.
— Tá gostoso, João? — ele riu. — Ou você precisa de uma ajudinha?
João ignorou, ou tentou ignorar. Mas a voz de Rogério, o som da risada, só o deixavam mais excitado. Ele fechou os olhos, imaginando as mãos do amigo no lugar das suas, e isso foi suficiente para fazê-lo gemer alto, os quadris se movendo para frente e para trás enquanto ele se punhetava com força.
— Isso — Rogério incentivou, como se soubesse exatamente o que João estava imaginando. — Goza pra mim, João. Eu quero ouvir.
As palavras foram a gota d’água. João sentiu o orgasmo se aproximando, inexorável. Seu punho se moveu mais rápido, os dedos apertando a cabeça do pau enquanto o prazer explodia dentro dele. Um jorro quente de esperma atingiu o azulejo do banheiro, seguido por outro, e outro, até que ele estava ofegante, tremendo, a mão ainda envolta em seu pau que pulsava com os últimos espasmos.
Do lado de fora, Rogério riu baixinho.
— Bom, João? — ele perguntou, a voz cheia de malícia. — Melhor do que a sua mão, não é?
João não respondeu. Ele não conseguia. Ainda ofegante, ele se limpou rapidamente com um pouco de papel higiênico, arrumando a roupa com mãos que ainda tremiam. Antes que pudesse sair, porém, ouviu o som de carros chegando na frente da casa.
— Merda — ele sussurrou.
As esposas tinham voltado.
Que delícia de conto!! É tão bom bater uma com uma mão amiga...