Diário de Felipa – Realizando um fetiche.



Boa tarde, pessoal.

Hoje, eu irei falar da realização de um fetiche, que ocorreu ontem, numa boate em São Paulo.

Todo mundo sabe que só me envolvo com homens pretos. Sempre fui curiosa com meus próprios limites. Acho que, no fundo, parte de mim sempre quis entender até onde eu poderia ir com a minha liberdade e fetiche, o quanto eu conseguiria me sentir dona do meu corpo, sem medo de olhares, julgamentos ou culpas.

Essa ideia de dançar quase nua numa boate nasceu faz tempo, mas eu nunca tive coragem de realizar até então. Entre conversas e risadas com amigas. Há um mês, uma delas comentou sobre uma festa temática em São Paulo, onde as pessoas se vestiam de forma provocante e libertina. Esse papo ficou martelando na minha cabeça por semanas.

Não era só sobre mostrar o corpo. Era sobre me ver de outro jeito. Eu, Felipa, que tantas vezes fui rotulada pela minha preferência por me relacionar com homens pretos, pelas minhas escolhas, queria inverter o olhar — ser eu quem escolhe como quer ser vista.

Terça-feira passada, “bati o martelo”, comprei esses adesivos, feita de tiras pretas. Uma amiga me ajudou a colocar as tiras. Quando olhei no espelho e me vi diferente: poderosa, safada, bonita de um jeito que nunca vi, o que me deu mais coragem.
Fui com uma roupa por cima e só tirei, quando cheguei nessa boate maravilhosa. Minha amiga me acompanhou para registrar tudo.

Chegamos na boate por volta das onze da noite, sem saber exatamente o que esperar. As luzes piscavam em tons vermelhos e lilás, um grave contínuo de funk, afrobeat e batidas eletrônicas que comandava o ritmo de todo mundo ali dentro. Eu e a minha amiga pegamos nossos drinks no bar, algo cítrico com gin e hortelã, e fiquei observando ao redor. Mulheres dançavam em plataformas, algumas com roupas de couro, outras com brilhos que refletiam o laser do teto. Havia muita sensualidade naquele local. Era bonito de ver. Caminhamos pelo lugar, para sentir o ambiente me absorver.

Havia uma pista principal, um mezanino mais reservado e uma área externa com sofás, para o olhar se perder. Ficamos um tempo encostadas em uma coluna, tomando as nossas bebidas, até que algo dentro de mim simplesmente me fez ter coragem. Tirei a parte de cima da roupa, o suficiente para sentir o ar frio nos ombros e os pelo se arrepiar. O som invadiu minha alma, e de repente, eu não pensei mais. Tirei o resto da roupa, fiquei apenas com as tiras pretas cruzando o corpo, e comecei a dançar.

Quando fui para a na pista, a música mudou. Começou a tocar um samba eletrônico, cheio de percussão. Eu só fui, fechei os olhos e dancei. Não pensei em quem olhava, nem em quem julgava.

Dancei com o coração aberto, como se aquela pista fosse o meu palco e minha libertação. Vi muitos olhares, sim — muitos, curiosos, atentos, outros fascinados e surpresos, mas pela primeira, esses olhares não me incomodaram, até gostei. Era como se cada passo dissesse: eu estou aqui, viva, inteira, sem medo. Minha amiga registrou tudo. Quando a música acabou, o suor já escorria pela minha pele. Voltei e peguei o copo, sentei para descansar um pouquinho. Naquele momento, me senti leve e solta.

Vieram alguns homens com copos na mão, tentando puxar conversa, elogiando, perguntando meu nome, de onde eu era. —Alguns foram educados, outros um pouco ousados demais. Eu sorria, respondia tudo, mas sem deixar ninguém me tocar, se aproximar de verdade.

Ontem, não fui ali pra isso, para conhecer, para transar. Fui para realizar esse fetiche, queria sentir o prazer da liberdade, e não o jogo de sedução, do sexo.

Um deles insistiu em me pagar uma bebida, e aceitei, mais pela conversa do que pelo interesse. Um rapaz me disse que eu parecia diferente, “livre de um jeito bonito”, foram as palavras dele. Eu ri. Ele não fazia ideia do quanto aquilo era verdadeiro.

Fiquei ali, dançando, rindo, observando as pessoas, sendo observava por muitos. Foi uma das poucas vezes na vida em que não precisei de companhia pra me sentir completa.

Quando, eu e a minha amiga resolvemos sair da boate. No espelho do banheiro, antes de sair, vi meu reflexo suado, com o batom um pouco borrado, e pensei: foi por isso que eu vim. Vesti a roupa e voltamos de carro. Deixei-a na casa dela e voltei para o meu apê.

— Hoje foi curtinha e diferente. Vocês gostaram das fotos? Comentem aí?

Beijos da Felipa.

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Comentários


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fernando1souza2 Comentou em 10/11/2025

Q coisa mais linda!

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farmaceutico- Comentou em 10/11/2025

Muito bom

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isadoralemos Comentou em 09/11/2025

Arrasou gata

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bruce- Comentou em 09/11/2025

Que noite incrível vc teve! Essa realização deve ter sido incrível pra vc. E, é claro, para os sortudos que viram essa maravilha de mulher vestida assim. Vc é uma delícia de mulher!Votado.

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educontos Comentou em 09/11/2025

Deliciosa, gostosona, safadona

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zanaleitte Comentou em 09/11/2025

Linda demais.

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rolasuculenta Comentou em 09/11/2025

pena que só curte negros, você uma delicia......




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Diário de Felipa – Realizando um fetiche.

Codigo do conto:
246769

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
09/11/2025

Quant.de Votos:
27

Quant.de Fotos:
5