Mas a vida corre, transcorre, decorre e escorre. Ano após ano a paixão esfria, o sexo reduz, a realidade distancia. Trabalho, filhos, dificuldades e idades, tudo em uma conspiração lenta que frustra, inquieta e silencia. Os beijos diminuem, os carinhos são fugazes e as transas fugidias.
Aqui a estória tem 3 versões:
“A” de alfa. O macho trai ou não, bebe ou não, bate ou não, mas para “Ele” existe a certeza da posse e do direito de uso do corpo dela. A princesa sofre: as vezes chora, as vezes foge, as vezes morre.
“B” de besta. Mas não é só ele que é besta: aqui são ambos! O empate sela a sorte e define o destino até a morte. Escolhem viver infelizes por razões além de si: filhos, sociedade ou dinheiro. E mesmo quando um trai, com vergonha o faz… e sofre!
“C” de corno. Essa deu sorte! Trai, e mais o atrai. Trepa, e mais ele a quer. O casal esquenta e apimenta. Ela não é mais princesa é Rainha: tem para servi-la um reizinho mansinho e alguns súditos vigorosos. E o reizinho? Bem… ele é bonzinho, sorridente e agradece aqueles que fazem ela contente. Ajuda, apoia, confia e, de vez em quando, enfia. É confidente, sabe de tudo, sorri consciente. Se orgulha da felicidade dela!
O mundo terá paz quando todo homem for feliz em ser corno. Por que? Quem divide come mais! É mais relaxado, menos neurado. Além disso, se o manso amansa multiplica a comilança.
Mas para chegar neste ponto a mulherada precisa entender que não nasceu para ser de um homem só! Mulheres deveriam ser livres ainda que casadas, afinal... que mal há em dar uma trepada? Casamento não é título de propriedade, é acordo cujo objetivo é buscar felicidade (ou… ao menos deveria ser!). Se fazer um homem feliz é digno, fazer dois ou três é muito mais.
E se você se pergunta: e o autor? Sim, sou CORNO por amor! Me orgulho do meu mulherão que mais uns dois botam a mão…
O Mansinho!