Lido da forma correta: “Quem manda nesta p***a sou eu. Fica bem mansinho, porque este é o seu papel.”
Ao leitor, sugiro pensar na biologia da situação: Chifre nasce ou cresce somente quando rola entra!
E, por incrível que pareça, a Esposinha que chifrou todos os namorados, na hora de galhar o maridinho resolver ser concienciosa. A partir da velha, a ideia pareceu voar de asa delta em furacão. Para um ex, para um colega de turma, para uma médica, para um amigo, enfim para um monte gente,a ideia durava alguns dias e era descartada sem nada acontecer. Nada. Nadinha! Pavoroso...
Já lia contos eróticos e sempre dizem que leva alguns anos entre o casal curtir a ideia e as “Esposinhas” passarem a se divertir mais a vontade. Vi os anos passarem… Em cada transa ambos, nós, Esposinha e Mansinho, subiamos pelas paredes fantasiando a hora H. Mas o meu chifre que é bom, nada! Nem chifrinho de beijo. Surreal querer ser traído e levar um choque de fidelidade!
Fiquei tão pirado que, com um amigo do casal, vou chamá-lo de “P”, alvo do desejo dela, eu não me contive e enviei uma mensagem de whatsapp muito discreta mas com significado para “bom entendedor”. Ele percebeu e respondeu discretamente aceitando, dizendo que seria um “bom amigo”. Esposinha descartou na hora. Na cabeça dela ela foi “oferecida”, não escolheu. Dali para frente encrencou com o cara. E eu, subindo pelas paredes de tesão com a ideia, fiquei frustradissimo. A verdade é que o cara nitidamente gostava dela (percebi antes dela falar nele) e, do que eu o conhecia, era comedor experiente. Ele era o meu sonho de consumo para plantar os chifres na minha testa…
Nesta época ela já vinha concentrando a atenção em um magrelo, que ela conhecia a muito tempo. Carinha, na minha opinião, meio sem graça. Mas ela já trocava olhares e toques sutis com ele a uns 15 anos e, por várias razões, o pau não havia comido a xaninha ainda. Em dado momento a mira travou neste alvo. E, num ato de carinho, ela me sondou. A resposta, claro, foi: “Meu amor quero te ver voltar para casa com um sorriso no rosto e perguntar: Você está feliz? Ele foi carinhoso? Foi bem comida?”
E começou uma dança de acasalamento que qualquer pavão ficaria impressionado com a complexidade. Confesso que minha natureza é mais direta. Prefiro algo simples como: “Tá afim? Vamos pra cama?” O magrelo já era separado, mas ficou cheio de medinhos (ele não sabia que eu era parte tão interessada no processo quanto ela). Ela, por ser “mulher casada”, não queria parecer oferecida. Eu, se pudesse, arrastava os dois puxando pela orelha para um motel e levava um livrinho daqueles “Sexo para Idiotas”.
Mas desta vez me contive. Sabia que se mandasse uma mensagem para ele, tudo desandava. Sabia que se mostrasse muito interesse para ela, ela iria começar a resistir. Tinha que ser por absoluto controle dela! Então, sempre que ela falava sobre ele a resposta era: “Acho que com esse você vai ter um pouquinho de dificuldade…”. Isto a instigava sem ser explícito.
Conto curtinho mas resume bem uns 3 anos. Neste meio tempo conversamos muito como iria funcionar. Porque para ser legal tem que ter uma “regra do jogo” do casal.
Não li o 3 ainda mas está se colocando no certo lugar de corninho