Minha adaptação à nova casa foi fácil, apesar do inconveniente de estar ainda mais longe do meu trabalho na Avenida Paulista e os meus banhos de sol nua de todas as manhãs deixarem de acontecer por falta de lugar apropriado e de tempo. Outra consequência foi o fato de não poder receber visitas do meu amante Fernando eventualmente.
Sempre que ia visitar seus pais Letícia me procurava. Em princípio apenas para saber se estava tudo bem com a casa e com eles. Com o tempo nossas conversas ficaram mais longas e os assuntos diversificados. Assim ficamos amigas e íntimas. Letícia confidenciou-me aos poucos, a experiência contada em “Letícia a Bi” que teve com sua prima. Eu ouvia sem fazer perguntas nem comentários, para deixá-la à vontade e foi assim que ela se sentiu. Além disso, eu fui expondo a ela a minha vida. Além de contar sobre meu casamento fracassado, também revelei meu caso com Fernando. Isso a fez ter mais confiança em mim ao ponto de também se abrir sobre a inclusão do marido da prima no relacionamento. “Quem diria? ” Pensei. Apesar já me considerar liberal em relação a sexo, eu não estava preparada para ouvir sobre um relacionamento entre duas mulheres diretamente de uma das participantes, principalmente sendo a Letícia. Ela disse que nunca havia revelado aquilo a ninguém, mas sempre teve necessidade de desabafar e viu em mim a pessoa certa para isso. Porém, eu que não tinha segredo com meu amante, confidenciei a ele sobre a experiência homossexual de minha amiga. Ele ouviu com interesse e me avisou que ela poderia ter visto em mim mais do que uma amiga, uma substituta de sua prima. Eu, que também havia pensado nessa possibilidade, fui incentivada por ele a descobrir até onde iriam as investidas de Letícia. Foi o que aconteceu.
Num domingo, depois de passar na casa dos pais, Letícia me procurou e convidou-me para conhecer a região do Vale do Paraíba, onde ela morava, no fim de semana seguinte. O marido dela iria viajar na sexta-feira e eu ficaria hospedada em seu apartamento e de lá faríamos alguns passeios pelas cidades próximas. Aceitei o convite. Fernando não fez objeção. Ele apenas me pediu para que lhe ligasse sempre que pudesse. Assim foi feito.
Na sexta-feira à noite os pais de Letícia me deram carona até o edifício onde ela mora. Eles também tinham um apartamento no mesmo prédio que, por sinal, era amplo e bonito e de onde eles pouco saiam. Porém, fiquei maravilhada mesmo com o apartamento de Letícia. Uma cobertura enorme, com três suítes, sala ampla e solárium com deck, hidromassagem para quatro pessoas e teto de vidro retrátil. Ao ver aquele espaço eu comentei com minha amiga que era perfeito para o meu hobby de tomar banho de sol nua. Porém, não conversamos muito naquela noite porque eu estava cansada. O quarto onde eu iria ficar já estava arrumado e logo fui dormir.
Na manhã seguinte, cedinho acordei com barulho vindo da cozinha. Era Letícia e seus pais tomando café da manhã. Ela me pediu desculpas pelo barulho, justificando que eles tinham o hábito de acordar bem cedo para fazer a primeira refeição que, por sinal, era o único momento em que eles iam àquela cobertura. As outras refeições eles faziam nos restaurantes da cidade e que logo o espaço seria nosso.
Dito e feito. Assim que o casal saiu ela foi ao deck, tirou o robe que estava usando sem nada por baixo e me convidou para ocupar, assim como ela, uma das espreguiçadeiras. Não antes de sugerir que eu também ficasse nua. Aquele sábado mal havia começado e lá estávamos nós duas permitindo que os primeiros raios de sol tocassem nossos corpos totalmente. Entre um e outro gole de batidinhas, conversamos sobre vários assuntos até que Letícia relembrou de sua prima. Contou que ela também teve um ofurô instalado em casa especialmente para curtirem a três. Quanto mais Letícia falava sobre sua prima, mais a sua voz ficava embargada. Num certo momento ela não conteve o choro. Após consolá-la eu pedi para usar o telefone. Liguei a cobrar para Fernando (naquela época celular era coisa rara e nem mesmo a Letícia e seu marido tinham algum). Meu amante perguntou como ela estava.
_ Posicionada de costas na espreguiçadeira com um dos braços cobrindo os olhos - respondi.
_ Então vá até lá e beije-a – disse ele que logo se despediu e desligou o telefone.
Indecisa, com medo da reação da minha amiga, inclusive com a possibilidade de ter que alugar outra casa fui até Letícia e, bem devagar, aproximei meu rosto até nossos lábios se tocarem. Foi só um selinho, mas antes de me separar Letícia envolveu-me com seus braços e logo nossas línguas estava se tocando.
_Sonhei com isto desde que lhe conheci – disse Letícia num breve momento em que nossas bocas se separaram.
Voltamos a nos beijar. Eu estava totalmente passiva às ações de Letícia que logo trocou minha boca pelos meus seios. Como ela chupava gostoso... porém Letícia não parou por alí. Desceu seu rosto até a minha grutinha e lá tocou com sua língua do jeito certo como só quem tem uma buceta sabe como ela deve ser tocada. Fiquei totalmente entregue. Até então eu achava que só algo volumoso entrando e saindo de lá era capaz de dar mais prazer do que uma masturbação. E o prazer foi ficando intenso. Tentei retardar meu gozo, mas não aguentei por muito tempo. Minha amiga percebeu e voltou a procurar a minha boca. Não sei quanto tempo durou nosso beijo; só sei que foi um dos momentos mais prazerosos de minha vida. E não parou ali. Letícia se ajeitou para que seus seios ficassem próximos à minha boca. Beijei e chupei cada mamilo do jeito que eu gosto de ser chupada. Brincava com os biquinhos usando a ponta de minha língua, mamava como um bebê, mordiscava... fiz tudo com muito tesão também estimulado pelos gemidos de minha parceira até ela voltar a comandar a coisa e me fazer gozar novamente com sua língua em minha gruta. Acho que eu não estava preparada para tanto prazer. Mesmo nas maratonas de sexo com Fernando, poucas vezes eu fiquei assim tão exausta e satisfeita.
Enquanto eu descansava, Letícia foi até seu quarto e uma coisa passou pela minha cabeça: ela não gozou nenhuma vez enquanto eu tive dois orgasmos tão intensos que me deixaram sem forças para levantar da espreguiçadeira. Letícia voltou trazendo uns frascos. Abriu o registro do ofurô e enquanto a água subia lentamente ela deitou-se sobre mim... peitos com peitos, pernas com pernas, boca com boca. Entre um beijo e outro ela dizia coisas como: “estou realizando os sonhos que venho tendo desde que lhe conheci”, ou “sempre quis ter uma negra como parceira e você está mostrando que valeu a pena esperar”. Quando a água chegou a um certo nível, Letícia levantou-se, pegou em minha mão e convidou para acompanha-la ao equipamento. Primeiramente ela sentou-se na borda e abriu as pernas expondo totalmente sua xoxotinha fazendo um convite para mim sem usar palavras. Confesso que relutei. Uma coisa era ter minha buceta chupada por uma mulher. Outra coisa era eu colocar minha boca numa buceta. Pesou na minha decisão o fato de Letícia ter me proporcionado tanto prazer enquanto ela mesma nada recebeu. Criei coragem e tentei fazer o mesmo que ela havia feito comigo minutos antes. Ajoelhada no ofurô, com a cabeça entre as coxas da minha amiga, senti pela primeira vez o gostinho da intimidade de uma mulher e parece que aquele gostinho teve um efeito imediato em mim. Senti prazer em brincar com o clitóris de minha amiga usando minha língua. Também, imitando o que ela acabara de fazer comigo, comprimi minha boca naquela xoxota e enfiei minha língua ao mais fundo que pude alcançar. Foi quando ouvi os primeiros gemidos de minha parceira. Com minhas mãos, abri os seus lábios de baixo e lambi alternadamente cada lado e também como ela havia feito comigo, mordisquei seu clitóris com certa dificuldade poque o dela era pequeno. Pequeno, porém, gostoso de brincar. Letícia começou a gemer cada vez mais alto até dar um grito e comprimir meu rosto com suas coxas. Não acreditei que fiz uma mulher gozar e estava achando tão natural quanto se estivesse na cama com um homem.
O fim de semana estava só começando. Sem que saíssemos do ofurô, Letícia despejou um pouco de líquido de cada frasco e acionou a hidromassagem. Em pouco tempo uma espuma perfumada estava transbordando. Os jatos d’água proporcionavam uma sensação deliciosa e o perfume da espuma parecia ter um efeito afrodisíaco. Não só eu senti esse efeito. Lado a lado com minha parceira, começamos a nos beijar. Uma mão dela procurou minha xoxota. Eu abri minhas pernas e retribuí seu gesto e com a outra mão acariciei os seios de minha amiga.
Letícia mostrou que era experiente. Foi com seus dedos comprimindo e esfregando levemente meu clitóris que eu tive mais um orgasmo naquela manhã. Para retribuir o prazer, pedi para que ela sentasse novamente na borda do ofurô e voltei a invadir com a língua a xoxota de minha parceira. O orgasmo dela não demorou e assim que aconteceu voltamos a relaxar sob o efeito dos jatos de hidromassagem. Não sei sobre a Letícia, mas eu cheguei a cochilar por um bom tempo. Depois saímos da hidro e fomos tomar uma ducha para tirar a espuma de nossos corpos. Não é preciso dizer que nos amassamos bastante sob o jato forte do chuveirão. Também foi óbvio que nos enxugamos trocando muitas carícias. Juntamos nossas espreguiçadeiras e ficamos deitadas abraçadinhas por um tempo. O sol começou a ficar forte demais e nós duas, que não havíamos aplicado protetor, precisamos sair do solárium. Para darmos um tempo, Letícia me levou para um tour por alguns pontos interessantes da cidade. Também fomos a um condomínio de casas, próximo à uma das rodovias que ligam o Vale ao Litoral Norte de São Paulo, onde ela me mostrou a obra de sua futura residência. Sem se preocupar em ser vista por algum futuro vizinho, Letícia trocou comigo um demorado beijo e disse que se eu topasse, meu espaço naquela verdadeira mansão já ficaria reservado. Confusa, eu nada respondi.
Fomos até um restaurante, demos um passeio por uma das praças da cidade e finalmente voltamos para o apartamento de Letícia. Nossas roupas ficaram no chão, próximas à porta de entrada. Em vez de irmos ao deck, fomos para o quarto principal onde nos curtimos em todas as posições imagináveis naquela cama king.
Descansamos no final da tarde. À noite fomos a uma pizzaria. Ficamos apenas o tempo suficiente antes de voltarmos para a cama de Letícia onde intercalamos momentos de sono agarradinhas com sexo intenso.
No dia seguinte, depois que os pais de minha “namorada” tomaram café da manhã, eu e Leticia fomos ao deck curtir o sol em nossas bucetas. Praticamente repetimos o que fizemos no dia anterior. Porém, depois que voltamos do jantar, na cama, minha amiga propôs a participação do marido dela no nosso próximo encontro. Segundo ela, seu marido havia me achado bem interessante e disse que se ela sentia falta de uma mulher na cama, deveria tentar primeiro comigo. Por mim estaria tudo bem, eu já o tinha visto várias vezes e o achava muito bonito. O problema, imaginava eu, seria a reação do Fernando.
Querem saber se rolou ou não, aguardem a continuação.
Logo após a publicação de “Letícia a Bi”, minha amiga ficou com muito medo de ser descoberta por algum parente, amigo ou colega de trabalho. Esse foi o motivo pelo qual a continuação demorou tanto e também o que me fez evitar citar locais e nomes além dos já publicados.
Nas fotos anexadas abaixo não sou eu nem a Letícia quem aparece. Porém já estivemos em situação semelhante às que lá estão.
Beijos.

