O Dia Em Que Quase Me Dei Mal

Olá, amigos.

24 de dezembro de 2025, véspera de natal. Fui passar o dia com minha irmã e minha mãe. Como disse antes, mamãe ficara revoltada comigo por causa do fim do meu casamento com Antônio. Por isso, este natal foi especial. Foi o primeiro depois de ter feito as pazes com ela. Mamãe não mora mais em São Paulo e estava voltando à cidade para passar as festas conosco.
Era por volta das 10 da manhã, quando minha irmã me enviou a mensagem de que mamãe havia chegado. Chamei um carro de aplicativo e fui esperar a chegada. Detalhe: eu não estava em minha casa quando pedi o carro, mas sim num salão de beleza no Tatuapé e isso foi bom para mim como vocês vão saber. Demorou cerca de dez minutos para o carro chegar. Diferentemente do que é de praxe, logo que o motorista confirmou meu nome, desceu do carro e abriu a porta trazeira. Achei uma atitude estranha, mas nada que pudesse despertar preocupação. Estava enganada.
Mal partiu com o carro, o motorista começou puxar conversa.

_Então vamos para a Penha, Dona Lindinalva?

_Sim.

_Senhora já morou lá?

_Sim – novamente respondi economizando palavras.

_Bairro bom! Também sou de lá e acho que te conheço.

_Ah é? Acho que não.

_Acho que não se lembra de mim. A senhora foi casada com o Antônio?

_Sim, fui.

_Ele sempre me falava da senhora... a senhora ainda trabalha na Paulista?

_Não, não trabalho mais.

Pensando tratar-se de um amigo do meu ex-marido, não me passou pela cabeça o verdadeiro interesse daquele homem com aquelas perguntas, apesar de já estar incomodada. Foi então que ele fez a pregunta que me deixou preocupada:

_E o Fernando, como vai?

_Que Fernando?

É claro que eu sabia de qual Fernando ele perguntava (para quem não leu meus relatos da série “De Donzela a Depravada...” tratava-se de meu amante). E ele continuou em um tom mais firme.

_O Fernando, que você conheceu na lua de mel e com quem você pôs chifre no Antônio, ora essa!

_Não sei do que você está falando... acho que você está me confundindo...

_ Tô não, dona... Quantas Lindinalva existem nesta cidade? Quantas delas morou na Penha e trabalhava na Paulista? E destas quantas foi casada com um tal de Antônio e é negra como você? Então, vai dizer que é coincidência, sua safada.

_Você tá inventando coisas na sua cabeça – disse já desesperada.

No momento em que eu disse isso ele precisou parar num semáforo. Foi quando tentei abrir a porta... em vão.

_Dona, essa porta tem uma alavanquinha de segurança que impede a abertura pelo lado de dentro e eu acionei quando abri para você. Não adianta querer escapar e nem pense em gritar pela janela, será pior para você.

Antes do semáforo abrir ele tirou um papel, não sei de onde e me mostrou. Eram duas fotos impressas em sulfite, uma era do meu perfil e outra que publiquei num relato, com um borrão sobre os olhos, mas que frente-a-frente comigo não tinha como negar que era eu. Mesmo assim, eu negava.

_Como não é você? Não queira me fazer de besta. Li todas as suas histórias, bati muita punheta, sonhei em te conhecer e agora parece que meu desejo veio do céu como um presente e eu não vou desperdiçar.

Eu tive medo do que ele pretendia. Não poderia ser coisa boa e ficava cada vez mais evidente. Tudo me levava a crer que ou eu daria numa boa ou seria estuprada... e depois, sei lá. Naquele momento me lembrei da minha noite de núpcias quando me senti estuprada só por não ter tido prazer com meu marido. Eu sabia que somente um golpe de sorte faria com que eu escapasse de um evidente estupro de verdade.
Num certo momento lembrei de um recurso que poderia dar um jeito na situação... Abri minha bolsa e ele percebeu.

_O que você vai pegar? Não quero seu dinheiro, quero aquilo que você mostrou pro catador de papelão e me fez bater muitas punhetas me sentindo no lugar dele.

Ele falava de um dos relatos já descrito aqui, em que eu realizei uma fantasia do Fernando que era exibir minha buceta e minha bunda para um morador de rua enquanto este batia punheta. Pelo jeito, aquele safado havia lido e talvez decorado meus relatos e, por muito azar de minha parte ele veio a me conhecer, justamente naquela situação.

Tentando demonstrar frieza, depois que ele percebeu que eu abrira a bolsa, respondi:

_Não é dinheiro que estou pegando, porra! É meu RG! Você não vai me levar pra um motel?

_Ah, ah, ah... Que motel, que nada! Até seria bom, mas fica para uma outra vez, depois que eu te levar para o lugar especial pra onde estamos indo.
Estiquei meu braço, até a maçaneta da outra porta, sem ele perceber. Também estava travada... lembrei que, após eu entrar no carro ele havia aberto essa porta com pretexto de estar fazendo barulho. Nesse momento, comecei achar que não tinha mais jeito, até que, um motoqueiro foi fechado por ele e começou uma discussão. Estávamos na Radial Leste, chegando a Estação Artur Alvim do Metrô. No calor da discussão, eu aproveitei e enfiei a mão na bolsa. Procurei um frasco que não era tão pequeno, mas no desespero, parecia que não iria achar. O motorista teve que parar por causa do trânsito enquanto a discussão com o motoqueiro continuava. Finalmente achei o que eu queria. Abri a janela, que era de acionamento manual, procurei a maçaneta do lado de fora e consegui abrir a porta. O desgraçado ainda segurou o meu braço, mas um jato de gás de pimenta o fez largar. Saí do carro e corri no contrafluxo. Se ele fosse suficientemente louco para largar o carro e correr atrás de mim, talvez teria me alcançado porque eu estava com sapato de salto alto. Felizmente, a sorte pareceu ter se lembrado de mim. Escutei a típica buzina de moto vindo atrás. Era o motoqueiro que deixou de discutir quando percebeu que eu precisava de ajuda. Veio com a moto pela calçada. Pediu para eu subir na garupa, entrou na primeira travessa e depois em outras como se estivesse num labirinto. Foi para despistar, disse. Parou quando chegamos a um terminal de ônibus, comprou uma garrafa de água mineral para mim e perguntou o que aconteceu. Disse que o motorista, provavelmente, queria me sequestrar. É óbvio que eu não revelei a motivação. Depois que meu coração voltou ao ritmo normal, disse ao motoqueiro que estava indo para a casa da minha irmã almoçar com ela e com minha mãe, mas aquela situação toda me fez desistir. Foi quando procurei em minha bolsa o meu celular. Ele não estava lá. Provavelmente eu o havia deixado no carro. Infelizmente isso me fez perder a informação de quem era o motorista e a placa do carro. Nem procurei saber se pela administração do aplicativo isso seria possível de outra maneira. Só sei que na primeira oportunidade bloqueei meu celular, cancelei aquela linha e adquiri outra. Também tive a feliz ideia de, na hora de pedir o carro, dar o endereço de uma padaria aonde eu iria retirar uma encomenda. Padaria que não fica muito perto da casa de minha irmã.
O almoço não foi cancelado. Jair, o motoqueiro, me levou até a casa de minha irmã. Tudo em segurança porque ele carregava outro capacete na moto e me emprestou. Ele foi convidado a almoçar conosco e aceitou para alegria de minha irmã. Lá eu contei o que pude contar para minha mãe e depois com detalhes para minha irmã que ficou inconformada com a minha história, que aliás é bem difícil de acreditar, mas que aconteceu mesmo.

Por causa disso, pensei em remover meus relatos e cancelar meu login neste site. Depois, pensando bem, resolvi só enxugar minha lista de amigos. O motorista do aplicativo chegou a me falar que tentou ser meu amigo e disse o nome de perfil, mas fiquei tão traumatizada que esqueci. Mesmo assim, decidi manter minha conta. Serei mais cuidadosa daqui por diante quando for pedir uma viagem por aplicativo. Se não estiver acompanhada, não vou chamar e além de deixar o spray de pimenta ficará mais fácil de localizar bolsa assim como a maquininha de choque.

Seguem abaixo as fotos que o desgraçado me mostrou.

Foto 1 do Conto erotico: O Dia Em Que Quase Me Dei Mal

Foto 2 do Conto erotico: O Dia Em Que Quase Me Dei Mal


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Comentários


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lozo Comentou em 26/12/2025

Conto delicioso, gostoso de ler e muito bem escrito, rico em detalhes, que maravilha. Realmente quando a mulher é muito gostosona tem isso, todos querem pegar. Sendo linda, gostosa e bem safadinha é uma deliciosa tentação. Votado e aprovado




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Dia Em Que Quase Me Dei Mal

Codigo do conto:
250265

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
26/12/2025

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3

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