Apaixonado (e enrabado) pelo meu amigo policial: Capítulo 2



(Continuando)

No alto da minha indignação, não consegui me conter. Falei, em tom de brincadeira, para ele e a nenê virem morar comigo. Disse que se ele quisesse poderia até largar a Polícia e virar meu trophy husband. Ele deu uma longa gargalhada, tomou um gole de cerveja e respondeu "você não sabe a quantidade de vezes que isso me passou pela cabeça...”.

Ao ouvir isso, eu travei; correu um frio pela minha espinha. “Por favor, elabore”, eu disse. Ele, então, me explicou o que quis dizer. Foi uma explicação simples, de um minuto e meio no máximo, mas que, para mim, pareceu levar uma hora. Bruno falou que, durante o treinamento na academia, ele teve algumas experiencias com outros caras. Disse que foi algo natural, pois eles passavam muito tempo junto, devido ao internato, e que, quando conseguiu realmente compreender o que aquilo tudo significava, concluiu que ele também gostava de homens. “Tá”, eu falei, “mas onde eu entro nessa história?”. Então ele me explicou que, ao olhar para o passado, para a amizade que tivemos, ele se deu conta que, na verdade, o que sentia por mim não era pura e simplesmente amizade. Disse que sempre soube que era algo mais forte do que isso, mas que apenas depois de se descobrir foi que percebeu o que esse ‘mais forte’ significava.

Eu estava em choque. Não sabia qual reação esboçar, o que falar. Você até espera ter uma conversa desse tipo quando é adolescente, mas não quando é um homem feito. Acho que essa é uma grande desvantagem em ser gay. Como nós normalmente nos descobrimos mais tarde na vida, esses dramas que, em filmes e séries, são comuns a adolescentes, são por nós sentidos quando já somos adultos. E isso é uma grande merda. Porque a minha vontade, naquele momento, era de simplesmente pular nos braços do Bruno e dizer: “a partir de agora, nós somos namorado e namorado”. Porém, não pude. Quando se é adulto, as coisas não são tão simples. Ele tem esposa e filhos. Eu tenho o meu trabalho. Infelizmente, isso tem de ser muito bem ponderado. Não podemos apagar as pessoas que somos para viver um amor que queríamos ter vido. É preciso achar um equilíbrio entre nossas vontades e nossas obrigações. Depois de um tempo calado, perguntei a ele “e desde quando você sabe disso?”. “Sendo bem honesto, desde a primeira vez que beijei a boca de um homem e não senti a repulsa que achei que sentiria”. “E por que nunca me falou nada?”, eu indaguei. “Nunca achei o momento certo. Sempre tinha um impeditivo. Ou você tava namorando, ou eu; ou você tava sem tempo, ou eu. Tô feliz que finalmente consegui botar isso pra fora”.

“E o que eu faço com essa informação, Bruno? Ou melhor, o que você quer fazer? Se você tivesse me dito isso antes, quem sabe agora a gente já até taria casado, mas agora...”. “É sério?”, ele me interrompeu. “Como assim, ‘é sério?’, Bruno”. “Você gostava de mim?”, ele perguntou. “Mas isso não é óbvio, porra? Pelo amor de deus, Bruno! Você me acolheu quando todo mundo me odiava. Você me deu apoio quando eu não tinha mais ninguém. Quando eu chorava, era você que me fazia rir. Era com a sua porra de camiseta que eu limpava minhas lágrimas, Bruno; de ninguém mais. Como eu não iria gostar de você?”. Os olhos dele encheram de lágrimas. Os meus também. Ele estendeu sua mão e se inclinou levemente para frente. Eu fiz o mesmo, colando minha testa na dele. Depois de alguns momentos nos encarando, dizendo coisas com os olhos que não éramos capaz de dizer com a boca, nos beijamos. Esse foi, sem qualquer sombra de dúvidas, o melhor beijo que eu já dei na minha vida. Foi diferente do beijo que eu dei no Vinícius. Com o Vini, eu não satisfiz nada mais que uma tara da puberdade, um desejo meu, e apenas meu. O que eu queria, com ele, era a apenas a sensação da conquista, do ganho, do dever cumprido. Com o Bruno foi diferente. Com o Bruno, o beijo não significou apenas uma conquista, não se esgotou em si mesmo; foi muito mais do que isso. Com aquele beijo, eu e Bruno conjuramos os adolescentes que um dia fomos e lhes dissemos: ‘vocês são uns idiotas’; recuperamos o tempo que perdemos e selamos um acordo que condicionava o futuro de um ao futuro do outro. Sabíamos que, a partir daquele momento, nossas vidas não mais seria vida se não vividas em conjunto.

Quando nos soltamos, não conseguíamos parar de rir. Ríamos como duas crianças vendo vídeos de gatos se assustando. Eu estava leva; sentia que a qualquer momento iria sair flutuando por aí. Bruno também parecia estar. Eu queria continuar grudado nele, mas o bar tinha começado a encher. Perguntei, na cara de pau, se ele não queria ir para a minha casa. “Com uma condição”, ele respondeu. Veio bem perto do meu ouvido e falou “que você sente bem gostoso na minha pica”. Vou ser bem honesto: naquele dia, acho que furei uns cinco sinais vermelhos. Meu carro tem 375 cavalos de potência; naquela noite, eu usei todos eles.

A pegação começou já no elevador. Deveria ter me controlado, mas simplesmente não consegui. Eu parecia um adolescente. Meti a mão na pica dele por dentro da calça sem me importar se alguém estivesse vendo. E que pica... Tão grossa quanto os braços. Cheguei a ficar com água na boca. Quando finalmente entramos no meu apartamento, não conseguimos nem chegar no quarto. Antes mesmo de a porta fechar atrás da gente eu já estava de joelhos no chão na frente dele. Nesse momento, o lado policial do Bruno veio à tona. Eu fiquei completamente nos céus. Como eu sou versátil, tenho duas, e só duas preferências: ou sou o dominador (como fui com o Júnior), ou sou dominado. Naquele dia, mesmo sem saber, Bruno escolheu que eu seria o dominado. E eu aproveitei isso para um caralho. A pica dele era grande e grossa, uma pica imponente, que assusta. E ele sabia usar ela muito bem. Metia na minha garganta sem dó. Parecia que fodia uma boceta. Quanto mais eu engasgava, mais ele gostava. E mais ele metia. A baba chegou a escorrer no meu pescoço. Eu nem tentei parar. Sabia que não iria conseguir. Naquele momento, eu pertencia àquele homem. Ele faria de mim o que ele bem entendesse. Quando ele estava prestes a gozar, tirou seu pau da minha boca. Não me falou sequer uma palavra. Ele me puxou para cima e ficou me encarando.

“Vamos para o quarto”, eu disse. Ele assentiu. No quarto, joguei ele na minha cama. Lentamente, tirei minha roupa. Não tenho um corpo tão escultural quanto o dele, mas não sou de se jogar fora. Enquanto eu me despia, ele me comia com os olhos. O pau dele babava como se ele estivesse gozando. Quando finalmente tirei minha cueca, perguntei “o que você quer que eu faça?”. “Deita de costas”, ele disse. E assim eu fiz. Eu até tinha camisinha e lubrificante, mas fiquei quieto. Queria sentir aquele homem dentro de mim sem capa e no cuspe. Depois de um tempo me encarando, ele se posicionou entre as minhas pernas. Eu o ajudei a encaixar seu pau na entrada do meu cuzinho. Quando encaixou, ele meteu tudo de uma vez, sem dó. Eu soltei um gemido alto, fino, gemido de cabacinho, mesmo. Ele urrou de prazer. Começou a bombar devagarinho e foi aumentando a velocidade. Puxei aquele homem para perto de mim, e, de novo, grudei minha testa na dele. Eu não tirou os olhos de mim por um segundo. Metia igual um boi. Metia forte. Eu estava sendo completamente dominado por aquele homem, por aquele policial. Abri minhas pernas o máximo que consegui. Ele agarrou tão forte as minhas coxas que depois ficaram por uma semana marcadas. Quando ele anunciou que iria gozar, pedi que ele gozasse dentro, que me enchesse com sua porra, que me engravidasse. Ele gozou olhando nos meus olhos. Foi uma das melhores sensações que senti na minha vida.

Sei que o que vou contar vai parecer clichê, e talvez até seja, mas não me importo: sem tirar o pau de dentro de mim, Bruno passou a mão pelos meus cabelos, deu um beijo em minha testa e depois em minha boca, e disse que me amava. Eu quase chorei. Só não chorei porque seria ridículo chorar depois da primeira transa que a gente teve. Mas tive que me segurar muito. Eu o abracei e disse que também o amava. Depois que terminamos ele ligou para a mulher e disse que teria que cobrir um amigo, por isso não voltaria para casa naquela noite. Dormimos pelados e juntinhos. Ainda estamos tentando descobrir como tocar nossa relação, mas tanto eu quanto ele estamos muito felizes por temos um ao outro. Eventualmente, posso contar outras experiências que tivemos – como a vez que comi ele fardado.

Apenas uma observação: quanto ao Júnior, depois da semana que ele passou aqui nós praticamente paramos de nos falar. Acho que, por ele ter só agora se descoberto gay, ele quer aproveitar a vida (digo, sentar em tantas picas quanto o cu dele aguentar), então nossa ‘relação’ foi basicamente um dead end.


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Comentários


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olavandre53 Comentou em 22/04/2024

Parabéns pelo lindo e bem escrito conto, ele é digno de um advogado de sucesso como vc. Bjs

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ksn57 Comentou em 19/04/2024

Votado ! Realmente muito bom...

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apimentado24 Comentou em 15/04/2024

Muito bom, votado.

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chaozinho Comentou em 14/04/2024

Poxa, achei que depois de tanto tempo, vocês morariam juntos. Mesmo assim valeu pelo vontade guardada de foder com ele.

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loudra Comentou em 08/04/2024

Um dos melhores contos que já li. Feliz por você

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paudocegrosso Comentou em 08/04/2024

Muito bom ,mas cadê a continuação ?

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baraldini Comentou em 08/04/2024

Que mix de tesao e paixão hein!? Pqp! Votado! E na torcida para que vocês terminem bem e juntos!

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engmen Comentou em 08/04/2024

Uma sequencia erótica mas com profundidade das mazelas humanas. Muito bom!

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brazuca-gringo Comentou em 07/04/2024

Muito bom! Conta com detalhes a primeira vez que você enrabou ele. Ele ainda era cabaço?




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico johann

Nome do conto:
Apaixonado (e enrabado) pelo meu amigo policial: Capítulo 2

Codigo do conto:
212451

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/04/2024

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