Ela veio andando com calma. Um salto preto fino batendo firme no chão de terra. Vestia uma mini saia justa, que contornava suas curvas com perfeição. O top do Flamengo marcava sua cintura e realçava seu colo de forma provocante. A bolsa de lado balançava no compasso da caminhada.
Os olhares vieram como um reflexo.
Os rapazes que jogavam bola no campinho pararam. O menino do rádio transmissor quase deixou cair o aparelho da mão. Um senhor na calçada baixou os óculos pra ver melhor. Até as mulheres a observaram com curiosidade e respeito — porque Talita não passava despercebida, ela dominava.
Ela subiu a rua estreita com a confiança de quem já era rainha ali. Parou na frente de um bar onde o som vibrava forte. Estava cheio de gente, mas era como se o tempo tivesse desacelerado. Ela encostou no balcão, pediu uma cerveja, e quando virou o rosto de leve, lançou um olhar que misturava charme e desafio.
Um dos caras que dançavam perto se aproximou: — "Primeira vez por aqui, gata?"
Ela sorriu de lado, brincando com o canudo da bebida: — "Primeira, mas parece que já estavam me esperando."
Ela sabia o efeito que causava. E usava isso com sabedoria.
O cara ficou sem resposta. E ela continuou, girando os quadris lentamente no ritmo do beat, como se cada batida da música fosse feita pro corpo dela. Dançou sem pressa, no centro do bar, com olhos fechados e um sorriso no canto da boca. Aquilo não era apenas dança, era presença, era poder.
E foi nesse primeiro dia, nessa chegada marcante, que Talita cravou seu nome ali.
Bela descrição.. e cada palavra faz jus ao que as imagens mostram.
Linda, mas se fosse vascaina seria melhor ainda!