Seis da manhã. O dia amanhecendo. O céu começando a clarear, trânsito aumentando, gente indo trabalhar. E eu lá, no meio daquela rua maldita, rodeado de trans pauzudas, com as rolas pra fora, batendo, olhando, me medindo, me avaliando, me desejando. Aquele tipo de clima que te destrói e te faz gozar só de estar respirando ali no meio.
O chão molhado de urina. Camisinha estourada jogada no meio-fio. Bituca de cigarro por todo lado. Cheiro de porra velha no ar. E eu andando pela calçada, olhando aqueles paus balançando. Pesados, grossos, cabeças roxas brilhando na ponta, veias saltando, troncos que pareciam de outro planeta. Só de olhar, meu cu já pulsava, tremia, piscava, pedindo, implorando pra ser aberto, rasgado, usado.
Meus olhos travaram nela. Uma trans morena, linda, com aquele corpo que hipnotiza qualquer um. Cabelo longo, sorriso de deboche. Aquele olhar de quem sabe que manda, que controla, que destrói. Rola pra fora. Grossa, pesada, quente, dura. Aquele balanço hipnótico que me fazia esquecer do mundo. Me olhou como quem olha pra um inseto, um lixo, uma coisa. E aquele sorriso sujo me desmontou.
Não precisei pensar. Não precisei falar. Não precisei ouvir convite. Eu simplesmente ajoelhei. Na calçada, na frente dela. Na frente de quem quisesse ver. Gente passando, ônibus freando, moto buzinando. E eu ali, de boca aberta, segurando aquela tora com as duas mãos. Quente, grossa, pesada. Parecia uma tora de árvore. A cabeça roxa, brilhando, me encarando, latejando. E eu comecei a mamar.
Lambia, babava, enfiava. Tentava engolir. Tossindo, engasgando, chorando. Mas não parava. Porque puta não para. Porque lixo não recua. Eu sou isso. Nasci pra isso.
No meio dessa cena, parou um carro. Encostou devagar. Vidro abaixou. O cara olhou pra ela, olhou pra mim, de joelhos, sugando aquela rola preta no meio da rua. E mandou, sem dó, sem cerimônia, sem piedade. “Entra aqui, viado. Vem mamar também.”
Sem pensar, sem falar. Só levantei, abri a porta e entrei. Sentei no banco do passageiro. Ela veio direto pro banco de trás. Como se aquilo fosse o normal, o certo, o natural da vida.
O cara puxou a calça. Soltou aquela rola. Irmão… que rola. Uma tora desumana. Grossa. Grossa de um jeito que parecia que ia rasgar meu rosto só de chegar perto. Cabeça vermelha, brilhante, latejando. Veias saltadas. Pesada. Parecia que aquela pica respirava. Me chamou pelo olhar. Me puxou pela nuca. Me colocou entre os bancos.
Comecei. Mão numa. Boca na outra. Lambendo, chupando, revezando. Cabeça indo e vindo. Baba escorrendo. Garganta fechando. Engasgando. Tosse. Cuspe. Mas não parava. Não tinha como parar. Eles me seguravam pela cabeça, guiando, socando, batendo a rola na minha cara. Me chamando de viado, de puta, de cadela, de privada, de lixo da rua.
Eu gemendo. Tremendo. Pingando de baba, de suor, de vergonha, de tesão, de destruição.
De repente, sem nem me perguntar, o cara segurou meu braço. Me virou. Me dobrou entre os bancos. Me pôs de quatro, virado pra trás. Com o rosto colado no banco de trás e a bunda empinada pro painel, pro volante. Totalmente exposto. Cu piscando no meio daquele carro. Aberto. Tremendo. Latejando.
Ele segurou minha cintura. Segurou forte. Encaixou aquela tora nojenta na porta do meu cu. E meteu. Meteu seco. Sem camisinha. Sem cuspe. Sem nada. Meteu de uma vez. Socou tudo. Sentou até o talo. Até minha visão escurecer. Até meu corpo inteiro travar. Até minha espinha estalar.
A dor rasgou. Abriu. Incendiou. Eu gritei. Eu urrei. Eu tremi. Senti meu cu abrir num nível que parecia que nunca mais ia fechar. Parecia que ele tava me abrindo em duas partes. Cada estocada era uma martelada. Plác. Plác. Plác. Aquele barulho molhado. Carne na carne. Cu na tora. Estalo no quadril.
Eu me segurava no banco, chorando, gemendo, pedindo, implorando pra não parar. Pra me destruir. Pra me quebrar. Pra me arrebentar. Porque eu sou isso. Porque eu sou só isso. Lixo. Puta. Cadela. Privada ambulante.
Enquanto ele me destruía, me rasgava, me desmontava, eu não parei de mamar. Ela segurava minha cabeça. Puxava. Guiava. Socava aquela tora preta na minha garganta. Batia na minha cara. Me chamava de viado, de boca de porra, de privada da rua.
Eu gemia com a boca cheia, com o cu sendo arrombado, sentindo os dois me destruindo ao mesmo tempo. Um socando no cu. Outro na garganta. Minhas pernas tremiam. Meu corpo inteiro vibrava. O cheiro do carro era insuportável. Suor, porra, mijo, cu aberto, baba, saliva. Aquele cheiro ácido, pesado, podre, que me fazia querer morrer e gozar ao mesmo tempo.
Quando ele começou a acelerar, segurou meu quadril mais forte, gemendo mais rouco. Eu sabia. Ele segurou fundo. Socou até o limite. Travou. E explodiu. Leitada quente. Forte. Grossa. Jato atrás de jato batendo no fundo do meu cu. Eu senti. Eu ouvi. A porra batendo lá dentro. Enchendo. Escorrendo. Vazando. Meu cu tremendo. Aberto. Latejando. Queimando.
No mesmo segundo, ela segurou minha cabeça, socou até a garganta e descarregou na boca. Leitada grossa. Quente. Pesada. Jorrando. Estourando. Me enchendo. Me afogando. Eu tossindo. Babando. Cuspindo. Mas engolindo. Porque é isso que eu sou. Privada ambulante. Boca de porra. Cu de macho. Lixo da rua.
Saí do carro com as pernas tremendo. A porra escorrendo pela coxa. O cu todo aberto. Latejando. Queimando. Pulsando. A boca melada. Lambuzada. Escorrendo. E só pensava… é isso. É isso que eu sou. É isso que eu mereço. E eu volto. Volto quantas vezes for preciso. Porque isso aqui me destrói, me humilha, me rasga. Mas é isso que me mantém vivo.
Vou dar uma volta nessa rua, espero ter a mesma sorte que vc....
Delicia de conto, fiquei com vontade de estar no seu lugar. Onde fica na barra funda a rua da neca