A noite estava morna, silenciosa demais para uma terça-feira de meados de 2024. Minha esposa chegaria tarde – mais um compromisso de trabalho que a mantinha fora até altas horas. Sozinho no quarto que dividíamos, uma vontade antiga e pouco comum começou a coçar por baixo da pele. Não era saudade, nem tédio. Era algo mais visceral, mais secreto. Movido por esse impulso quase irracional, fui até a cômoda e revirei a gaveta de calcinhas dela. Meus dedos roçaram sedas, rendas, algodões, até encontrarem o que procurava: uma fio dental preta, minúscula, quase um fio de sombra. Sem hesitar, vesti-a. A sensação do tecido fino enfiado no rabo foi um choque elétrico. Uma vergonha deliciosa percorreu minha espinha, seguida por uma onda de volúpia. Aquela peça íntima, símbolo máximo da feminilidade que eu tanto admirava (e secretamente cobiçava para mim mesmo), agora colava à minha pele, aguçando o tesão de sentir o que até então só observava. Mas não bastava. Precisava de mais. Fui até o armário. Busquei a calça jeans dela, a da Lança Perfume, número 38. Eu sabia que era um tanto maleável, permitindo que eu a vestisse, apesar de ficar justa – muito justa. Demorei a encontrá-la, o que me estranhou. Afinal, aquela calça em especial deixava minha esposa deslumbrante, marcando cada curva do bumbum dela. Foi só no fundo do armário, quase escondida entre casacos, que achei a bendita peça. Logo tratei de vesti-la. A luta para passar o denim pelas pernas, o aperto justo nos quadris e coxas, foi um misto torturante e glorioso de vergonha e tesão. A presença da calcinha fio dental sob o jeans intensificava a sensação, um lembrete constante da minha transgressão íntima. Porém, ao ajustar a calça e tatear minha própria bunda sob o tecido grosso, meus dedos roçaram algo no interior do bolso traseiro. Algo rígido, diferente. Introduzi a mão no bolso e retirei o objeto: eram fotos impressas em formato Polaroid. Minha esposa junto de um homem. Em uma, ela estava deitada numa cama, ele ao lado, sorrindo. Na outra, abraçada a ele diante de um espelho, a expressão dela era de uma intimidade que me cortou. Mais duas: uma dele sozinho, outra dela sozinha, provavelmente um fotografado pelo outro. O impacto foi instantâneo, um soco no estômago seguido por um tsunami no cérebro. Não estava preparado. Aquilo não era fantasia, não era conto. Era prova material, tangível, de um envolvimento extraconjugal. Traição. Palavra pesada, fria, que ecoou no quarto silencioso. E o mais improvável, o mais cruelmente irônico: eu tomava ciência disso no exato momento em que praticava meu ritual mais íntimo, meu tesão transgênero, vestindo as roupas dela. Apesar de desconcertado, com o coração acelerado, uma irritação morna subindo pela garganta, sem saber como lidar com aquela bomba, senti algo inconfundível. Meu pau, estrangulado pela calcinha e pela calça jeans justa, parecia uma barra de ferro. O ciúmes, puro e ácido, misturou-se ao tesão que já me consumia, criando uma poção explosiva. Diante daquele cenário absurdo, desci o zíper da calça. Tomando meu pênis como o caule, a glande como um botão prestes a explodir, colhi num orgasmo rápido e violento aquela flor do desespero. Ali, naquele jato quente e curto, juntaram-se o tesão e a frustração. A humilhação crua de saber que era corno. O ódio surdo por gostar disso e apreciar o extremo da minha indignidade masculina. Matutando sobre os fatos, as peças começaram a se encaixar com uma clareza dolorosa. Ela viajara recentemente a trabalho com esse homem. Lembrava-me dela ter levado justamente essa calça na mala. As fotos... seriam um presente dele? E o fato delas estarem no bolso traseiro daquela calça específica... era um indício quase torturante de que ela vestira aquele jeans – o mesmo que eu agora usava, o mesmo que a deixava tão gostosa – no momento em que as recebera. Será que treparam depois? A imagem dela, vestida com a calça da Lança Perfume justíssima, a calcinha fio dental preta, entregue àquele homem, me encheu de tesão novamente. Ser corno assim, sabendo do que ela fez, sem ela saber que eu descobrira, me projetou num dilema cruel: escancarar a situação, confrontar, arriscar tudo? Ou deixar rolar, alimentar-me em segredo daquela dor-doce? Como bom corno manso, amansei. A covardia, o prazer secreto, o medo de perder o que queria tanto possuir e ver possuída por outros... tudo se fundiu na decisão. Guardei a calça com cuidado, dobrando-a como se nada tivesse acontecido. A calcinha, lavei em segredo antes de devolvê-la à gaveta. Esperei por ela. Quando chegou, cansada, com um leve sorriso nos lábios, nada disse. Beijei-a como sempre, perguntei sobre o trabalho, ouvi sua resposta com atenção. Escolhi seguir. Continuar. Saber que minha esposa exerce sua liberdade sexual de forma libertina, longe do meu controle, me faz amá-la ainda mais. E odiar-me um pouco mais por isso. Mas principalmente, me faz sentir vivo, pulsante, no centro do meu próprio abismo particular – o padrão se repetia com a clareza cruel de um mantra. Eu me sentindo menos que homem, obtendo tesão na cobiça alheia pela minha esposa. O abismo, dessa vez, não me fez perguntas — apenas me levou à tolerância. Daquele episódio em diante, aceitei a dura sina do corno submisso, saboreando a humilhação como único remédio para a minha incompletude.
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Você fez bem de aceitar ser corno manso submisso, agora com pequenas atitudes você deve se mostrar submisso a ela e qdo ela se sentir que vc é submisso a ela, mostre seu desejo de ver ela com um macho de verdade. Depois poderá colocar a femea que tem dentro de você para ela. Bjnhos
Olha, eu acho que vc não deve pensar em humilhação... menos homem... nada disso! Afinal, para deixar o seu amor se divertir e sentir prazer com outro, precisa ser é muito macho! Isso não é brincadeira não. Não é qq homem que suporta isso. Fica tranquilo, continue a amá-la e receber dela todos os carinhos que essa puta que vc chama de esposa, possa lhe dar.
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