De uma hora para outra eu tinha uma nova família. Uma mentirosa como irmã, uma madrasta que passou a me evitar, uma irmãzinha que eu amava e um pai tentando colocar todos sob suas asas. Ele estava radiante. Maiara era uma ótima mãe e realmente o amava. Eu e Letícia conversávamos o básico e eu não sentia nenhuma necessidade de melhorar nosso relacionamento. É como se nós fossemos estranhos convivendo na mesma casa, mesmo depois de tudo aquilo que aconteceu. Eu até tentei agarrar a Maiara e beijá-la algumas vezes, mas não consegui. A Letícia sempre estava com o namorado. Também, foram aparecendo imprevistos como, as férias escolares de meio de ano, férias do meu pai. Tudo colaborando para que houvesse desencontros. Tudo ficou estranho. Diante disso, eu só queria minha vida de volta, mas isso não seria possível.
Meu pai já havia percebido meu afastamento e a única forma que encontrei de sair daquela situação foi dizendo a ele que eu queria morar com meus avós. Ele relutou, chorou, mas respeitou minha decisão. Acredito que aquele foi o pior em sua vida.
No dia em que eu iria me mudar, me despedi de Maiara. Eu abri meu coração dizendo que eu queria que ela fosse minha mãe, que ela havia me dado uma irmãzinha linda que me fez querer ser alguém importante na vida dela. Maiara simplesmente desabou em lágrimas e saiu correndo para seu quarto. Já meu pai, nesse dia, ele não chorou, não estava bravo. Ele somente respirou fundo, me abraçou e disse:
— Meu Bebê, há alguns anos eu perdi a sua mãe, hoje eu perco você, mas não fico triste porque você, ao contrário de sua mãe, nunca vai desistir de mim. Eu te amo do fundo do meu coração e se eu tivesse mil vidas, em todas, eu queria ter você como filha. Te amo, te amo.
Beijou minha testa, respirou fundo novamente, me deixou beijar minha irmãzinha e foi ao encontro de minha madrasta. Eu não me recordo de minha reação, eu só me recordo de estar dentro do carro com a vovó e o vovô. Nesse dia a Letícia não saiu do quarto, não se despediu de mim. Eu não sei se eu queria vê-la, se eu queria me despedir dela.
Só o fato de não ter que conviver com a Maiara e a Letícia tirou um peso enorme de meus ombros. Meu medo era ultrapassar algum limite e acabar me machucando ou machucando um dos três.
Meu pai sempre me visitava com a desculpa que estava indo falar sobre os negócios com meu avô. Maiara foi algumas vezes e me deixava brincar com minha maninha que já andava por si só. Ela passou a me interrogar como uma mãe faz quando os filhos ficam longe:
— Você já comeu?
— Você está precisando de alguma coisa?
— Como estão suas notas?
Apesar da distância estávamos nos aproximando cada vez mais. Contudo, a Letícia, em nenhum momento apareceu para me visitar.
Dias se passam. Meu pai retornou com a mesma desculpa de visitar meu avô. Mas nesse dia ele trazia uma caixa com presentes nas mãos. O primeiro era um cofre que eu só poderia abrir quando eu terminasse um curso superior. Só poderia ser de meu pai!. O segundo era um par de tênis da All Star, preto e de cano longo, presente da Maiara. E, para minha surpresa, o terceiro era da Letícia, um diário.
Eu não sabia o motivo de tanto empenho em me agradar, mas realmente gostei dos presentes. Só não sabia o que fazer com aquele diário porque eu nunca pensei na possibilidade ter um.
Morando com meus avós, minha cabeça estava mais leve, mais aliviada, eu não precisava evitar ninguém.
Os meses passaram muito rapidamente eu já estava no terceiro colegial. Era a hora de decidir qual curso superior eu escolheria.
A Thais continuava sendo minha melhor amiga, mas eu passei a fazer parte do grupo de alunos que jogavam basquete. Eu era a única garota que jogava no time. Os meninos eram muito amigáveis, mas parece que eles não me viam como uma garota. Isso me incomodava. Não sei se por eu gostar de cortar meu cabelo curtinho e sempre usar roupas folgadas ou se já me rotulavam de alguma coisa pejorativa.
Certo dia, durante a aula de educação física, eu e Thais estávamos conversando porque era o dia do futsal e só os garotos brincavam, nós meninas ficávamos na arquibancada e nesse dia a professora de educação física resolveu falar conosco. A Thais, principalmente, a odiava porque ela achava que a professora ficava se mostrando para os meninos por ter colocado silicone e ter uma bunda grande. Eu também a achava meio putona.
A professora estava passando de grupinho em grupinho até que chegou nossa vez. Ela cordialmente nos cumprimentou e perguntou por que nós não nos enturmávamos com as outras garotas. A Thais apenas cruzou os braços e coube a mim tentar responder. Disse que tínhamos um bom relacionamento com todos da classe, mas que eu e a Thais éramos como irmãs e pensávamos de forma parecida apesar de nãos termos gostos parecidos em relação a roupas e outras coisas. Ela ouviu minhas palavras atentamente e perguntou em seguida o que iríamos estudar depois que as aulas acabassem. Eu titubeei, mas a Thais respondeu quase sem pensar que estudaria odontologia. E veio o maldito, porquê. A professora perguntou por que ela estudaria odontologia. Dessa vez Thais se calou e disse que não sabia o motivo dela escolher aquele curso. Eu, nesse momento, não sabia o que dizer. Apenas disse que eu não sabia o que queria. Então, a professora nos aconselhou dizendo:
— Muitas pessoas se arrependem dos cursos que escolheram, mas mesmo sendo um curso que você se arrependa daqui a alguns anos, vocês não devem parar de estudar agora, porque voltar a estudar depois de anos não é fácil. Muitas pessoas começam a trabalhar, acabam engravidando etc. Sempre vai aparecer alguma coisa que vai competir com os estudos e aí fica fácil deixar os estudos em segundo plano. Eu sofri muito ao entrar em uma faculdade aos 28. E essa faculdade ainda era particular. Imagina se eu fosse tentar entrar em uma boa universidade pública. Concluindo, esse é último anos escolar de vocês, façam com que esses anos todos que vocês estudaram sirvam como uma catapulta para novos desafios. Espero que vocês não cometam os mesmos erros que eu cometi deixando para depois meus sonhos e parte dos sonhos de meus pais que se sacrificaram para me ajudar a estudar.
Depois de ouvir tudo aquilo, a barreira psicológica que existia entre nós caiu. Percebemos que não havia motivo para criticarmos uma pessoa que nem conhecíamos.
Thais ficou inquieta sem ter muito o que falar, então coube a mim, novamente, tentar não deixar a conversar esfriar. Perguntei a ela qual seria a profissão do futuro, qual seria a profissão que ela nos indicaria. Ela não respondeu diretamente. Só respondeu que a melhor profissão de todas é aquela que nós escolhermos. E, do nada, a Thais perguntou se ela tinha namorado quebrando toda linha de raciocínio da professora que estava tentando se enturmar e quebrar o gelo quando havia entre nós.
E para nossa surpresa ela respondeu:
— Não, namorado, não. Eu tenho uma namorada.
Eu não sabia onde enfiar a cara e a Thais arregalou os olhos e ficou vermelha sem saber como continuar a conversa. Depois daquele silêncio constrangedor, Thais disse:
— Que legal, mas você não parece ser lésbica. E mais uma vez ficamos desconcertadas. — Ela respondeu:
Qualquer mulher que você olhe na rua pode ser uma lésbica, nós não temos cara de lésbica, somos mães, esposas, filhas, irmãs. Em suma, todas nós mulheres podemos transitar por todos os rótulos disponíveis de opções sexuais e, mesmo assim mantermos nossas características femininas se nosso objetivo for esse. E eu não sou apenas lésbica, mas também bissexual.
Nossa! Foi o papo mais aleatório que tive na minha vida. Ela disse que gostava de homens e mulheres e que se descobriu assim na adolescência e ainda não sabia como lidar com isso.
Thais parecia mais aberta ao diálogo e disse:
— Mas você gosta que os garotos fiquem babando em você?
A professora respondeu:
— Eu adoro saber que sou desejada e me motiva ainda mais saber que os homens me desejam. Eu estabeleci uma regra para mim mesma. Quanto mais sou desejada por um homem, mais chances das mulheres que também gostam de mulheres me desejarem. Hoje, eu gosto mais de mulheres, mulheres delicadas e discretas porque minha ex-namorada era muito ciumenta e agressiva, mais do qualquer namorado que eu já tive. E isso quase me fez desistir de me relacionar com mulheres. Hoje estou feliz. Tenho além de uma namorada, uma companheira para todas as horas. E vocês, são namoradas?
Eu percebi uma malícia nessa pergunta. A Thais respondeu:
— Claro que não! Somos apenas amigas, credo!
Eu comecei a dar risada e respondi:
— Eu tenho uma namorada e a Thais é minha amante.
Continuei a rir e a Thais envergonhada me deu vários empurrões negando o tudo que falei.
Nesse momento a professora percebeu que era brincadeira e disse:
— Não sei se é verdade, mas vocês formam um lindo casal!
Ela levantou e se despediu indo até a quadra onde os garotos jogavam.
A Thais ficou muito brava comigo e me perguntou que história era aquela de ter namorada. Eu só respondi:
—Seu tivesse uma namorada claro que seria você. Ela ficou muito vermelha, mas não respondeu minha provocação.
Os dias estavam voando, e eu já estava a quase um mês com meus avós. Eu me sentia amada e eu não precisava me esforçar em ser gentil e nem precisava socializar com mais ninguém...
Meu avô era um nordestino de aparência carrancuda. Mas na realidade ele era um amor de pessoa para todos aqueles ao seu redor, seja para com nossa família ou até mesmo com os funcionários do mercadinho. Eu já havia percebido que ele estava tramando alguma coisa, porque ele estava inquieto e passou o mês todo tirando a tranqueiras de dentro da minha antiga casa, onde eu morava com o papai. Fez pequenas reformas. Eu tinha certeza que ele iria alugar aquela casa. Meu pai também estava escondendo algo. Ele e o vovô passaram a semana saindo juntos e a vovó não me dizia nada.
Eu fiquei aflita só em imaginar quem seria os moradores daquela casa. Será que minha privacidade seria novamente afrontada.
Tentei me manter ocupada e não pensar em nada além do que eu faria quando terminasse os estudos. Durante as obras eu ia quase que diariamente à casa da Thaís. Ficávamos lá conversando. Mas ela parecia estar dispersar, parecia estar me escondendo alguma coisa. Eu gostava de ficar no quarto dela. Ele era confortável e aconchegante.
Percebendo que ela estava com o pensamento em outro lugar, perguntei de forma direta e reta:
— Por que você está me ignorando? O que eu fiz dessa vez?
Ela desconversou e disse:
— Eu, te ignorando? Eu, não! Eu apenas não dormi bem.
A resposta dela não me convenceu em nada. E insisti:
— Você quer eu vá embora? Eu estou atrapalhando alguma coisa?
Ela respondeu dizendo que era coisa da minha cabeça. Ela só estava cansada. Nisso eu me levantei e comecei a sair do quarto. Ela segurou minha mão e disse que eu era uma bobona. E me puxou para dentro do quarto. Percebendo que o clima ficou tenso. Ela decidiu dizer o que a incomodada:
— Bebê, você é a minha melhor amiga e sinto muito não ter contado quando isso aconteceu. Eu fiquei com o Denis.
Não sei o porquê, mas aquilo doeu mais que ouvir que a Letícia tinha namorado. Doeu, porque eu praticamente cresci junto com a Thais e saber que ela tinha ficado com um garoto do colégio foi quase que uma traição.
Eu só fechei meus olhos por alguns segundos e tentei parecer uma pessoa madura. E disse:
— Por que você não me contou? Eu sou sua melhor amiga e nunca te escondi nada.
Claro que eu nunca contaria o que eu havia feito com a Letícia e depois com a Maiara. Nesse momento eu queria apoiá-la apesar de estar magoada com sua atitude, mas eu não sabia o que dizer:
— Nossa, você finalmente beijou alguém! E aí! Como é beijar na boca?
Ela deu uma risadinha sem graça e disse:
— Pensei que meu primeiro beijo seria como nos filmes. Mas não foi como eu imaginei.
Ali eu percebi que ela teve suas expectativas frustradas e eu tinha que aproveitar aquele momento.
— Thais, por que você não gostou?
— Ah, sei lá! O Denis é muito bacana, bonito, mas não teve química em nossos beijos. Nós não acertávamos a posição de nossas cabeças e ainda ele saiu enfiando a língua na minha boca. E mais, ele tem bafo. Foi um horror meu primeiro beijo.
Eu ouvia tudo aquilo com um alívio muito grande. Não sei se foi egoísmo da minha parte, mas adorei vê-la desapontada. Tive que me conter para não rir. Eu tentei consolá-la:
— Poxa, Thais! Que azar o seu. Mas não se preocupe, vocês irão se acertar com o tempo.
Ela me olhou seriamente, percebendo meu sarcasmo e disse que entre eles não haveria uma segunda vez.
Ela era quase que uma irmã para mim. Eu gostaria de poder contar todos meus segredos, mas acredito que ela se assustaria e iria me rejeitar.
Na realidade, sendo sincera, eu queria que ela se sentisse culpada por não ter me contado sobre suas aventuras amorosas. Eu pensei que ela sempre me contaria tudo, mas me enganei.
Depois de alguns minutos, eu disse que iria embora. Senti que eu havia perdido uma parte dela e isso não teria volta:
— Thais, eu realmente tenho que ir, outro dia eu volto.
Tentando se desculpar ela disse:
— Por favor, me perdoe! Eu não queria te magoar. Eu me senti insegura depois que aquilo aconteceu conosco. — Eu respondi:
— Aquilo, eu não lembro de ter feito nada de errado. Então, eu não sei o que significa, aquilo.
— Claro que você lembra que você quase me beijou.
— Eu não me lembro de nada.
Já irritada, ela bufou coçou a cabeça.
— Bebê, você está me irritando, por favor não faça isso!
Vi que ela realmente estava irritada. Então, a peguei pela mão e sentamos na cama.
— Thais, eu me lembro perfeitamente daquele dia. Eu não sei o que deu em mim, mas eu realmente queria ter te beijado. Você estava tão linda, suas presilhas tão coloridas te deixa muito atraente e sua franja tapando seus olhos e tão sexy. Eu simplesmente queria sentir sua boca, sua língua, tocar seu rosto e alisar seus cabelos. Eu queria sentir o gosto de sua pele, seu cheiro. Sei lá! Eu só queria estar com você.
Ela estava atônita, e com as bochechas vermelhas. Eu não sei como falei tudo aquilo. Ela ficou imóvel. Então passei a mão em seu rosto e ela abaixou os olhos e se deitou na cama ficando só com os pés balançado no ar e tapou o rosto para que eu não a visse.
Aproveitei que ela tapava o roto e montei sobre ela. Ela não reagiu e tirou a mão do rosto e me olhou fixamente nos olhos como se aguardasse alguma coisa. Dessa vez eu não a seguraria.
— Thais, você quer que eu vá embora?
Ela não respondeu e fechou os olhos.
Eu abaixei meu corpo me deitando sobre ela e pude perceber seu coração disparado e sua respiração mais carregada e profunda.
— Thais, você quer que eu pare?
Ela continuou calada, mas dessa vez ela fechou os olhos e umedeceu os lábios engolindo a saliva. Eu levei minha mão ao seu rosto e toquei seus lábios. Em seguida, eu me abaixei e perguntei bem baixinho em seu ouvido:
— Eu quero te fazer uma proposta. Se você me deixar te beijar e meu beijo não for melhor do que o do Denis, eu nunca mais tentarei te beijar e votaremos a ser amigas como antes ou você pode deixar de ser minha amiga, se quiser. Eu te admiro e tenho respeito muito por você. O que você acha?
Ela abriu os olhos e respondeu:
— Se você fosse realmente minha amiga não me pediria isso.
Eu não sabia o que dizer e me sentei na cama e quando comecei a ficar em pé ela me puxou e me apertou contra seu peito fechando os olhos e fazendo biquinho aguardando ser beijada. Não era como eu havia planejado, mas já era um começo.
Eu toquei seus lábios novamente e coloquei minha mão em sua nuca. Primeiro eu beijei a ponta de seu nariz, algo que a fez rir. Depois beijei sua testa e tirei parte dos cabelos que cobriam seus olhos e ela permanecia de olhos fechados e sorrindo como se estivéssemos brincando. Depois dei um beijo em cada lado de suas bochechas e esfreguei meu nariz no dela provocando ainda mais risos. Percebi que os risos eram mais de nervosismo do que diversão. Então umedeci meus lábios e beijei seu queijo, mas agora abrindo bem a boca o sugando e encostando minha língua levemente. Depois disso eu não ouvi mais risos, ela simplesmente deixou a boca semiaberta como se aguardasse meu beijo. Eu fui arrastando meus lábios até seu lábio inferior e o mordi delicadamente. Percebi que ela não estava incomodada com meu toque. Ela estava gostando e parecia estar aguardando o desfecho do beijo já que eu prometi que seria o melhor do que o do garoto.
Nesse momento minha consciência pesou. Me senti mal por induzir minha melhor amiga a fazer algo só para me satisfazer. Então, decidi parar e falei:
— Ponto! Tá beijada. O que você achou?
Ela abriu os olhos e franziu a testa com se não tivesse entendido e se sentou na cama ao meu lado e disse:
— Cadê o beijo que seria o melhor do mundo? Você está me zoando?
Então me levantei e sentei em seu colo, ali mesmo na beirada da cama. Segurei sua nuca com as duas mãos e fui aproximando minha boca na dela e a beijei. Tentei ser delicada, mas eu não me contive, eu queria sentir sua língua, fui enfiando a minha em sua boca tentando pender a dela, também, suguei seus lábios como se fosse uma sobremesa que eu lutei para conseguir. Beijei seu pescoço, beijei atrás de suas orelhas. Ali meu objetivo era aproveitar ao máximo. E ela estava totalmente submissa, mas não abriu os olhos em nenhum momento. Ela sentia arrepios quando eu beijava seu pescoço e minha língua percorria sua pele. Fui diminuindo o ritmo, mostrando que iria parar, mas ela tomou iniciativa e me pendeu abraçando meu pescoço... Parece que eu ganhei a aposta.
Nos beijamos ardentemente por alguns minutos e quando paramos não havia o que dizer, apenas ficamos deitadas uma ao lado da outra criando coragem para falar algo.
— Onde você aprendeu a beijar assim? — Thaís perguntou.
Eu não poderia revelar meus segredos, mas poderia aguçar sua imaginação.
— Eu apenas sigo meus instintos. — Respondi aproveitando para segurar a não dela.
Eu não sabia se voltaríamos a nos beijar, eu precisava aproveitar aquele momento. Soltei sua mão e me deitei de bruços ao lado dela que estava de barriga para cima. Joguei meu braço sobre sua barriga e pousei minha mão eu seu peito esquerdo e aguardei sua reação. E, nada. Ela só virou o rosto para o outro lado. Mantive minha mão e apertei um pouco seu seio. Mas ela virou de costas para mim me obrigando o mudar de tática. Eu a abracei pelas suas costas e voltei a colocar a mão em seu seio, mas dessa vez voltei a beijar seu pescoço passando minha língua e mordendo sua orelha com objetivo de tirar o foco de minha mão apalpava seu seio. Desse jeito ela não recusou. Porém sua blusa era apertada e o sutiã me atrapalhou. Então desci minha mão para sua barriga e apertei seu quadril a puxando para ficarmos frente a frente. Comecei a beijá-la novamente e sua boca estava molhada e seus lábios quentes. Sem perder tempo, puxei sua perna e a coloque sobre meu quadril. Eu não precisava mais tomar a iniciativa de beijá-la. Ela parecia estar treinando como beijar. Seus movimentos eram travados, mas ela começou e tentar prender a ponta da minha língua .
Eu estava gostando de seu beijo, mas não sentia o que senti com a Letícia e depois com a Maiara. Com as duas foi surreal. Porém eu tinha que aproveitar aquele momento com ela.
Eu tinha pouco tempo porque a mãe dela chegaria logo e meu medo era que o irmão dela aparecesse de repente.
Minha tática foi deixar minha mão em seu bumbum e apertar sua nádega ao mesmo tempo que a beijava desviando o foco dos meus dedos que entravam em sua calça de moletom. Nessa hora ela abriu os olhos e me encarou, mas não falou nada e nem tirou minha mão. Eu continuei a apalpar sua nádega. Mas agora aproximando meus dedos de sua xaninha. Então ela iria falar algo, mas cobri sua boca com minha mão e aproximei meus dedos ainda mais, mas ela puxou minha mão prendendo meus dedos. Eu não tinha o que fazer a não ser apelar:
— Thais, eu sei que você gostou do meu beijo, mas eu preciso aproveitar cada momento com você porque não sei se teremos outra oportunidade. Então, deixa eu te mostrar o que eu sei fazer. Eu prometo parar se você quiser. Mas acredito que você não vai querer que eu pare. Pode ser?
Ela me encarou como soubesse que aquilo tudo era uma conversa furada, mas não disse, não.
Eu já estava impaciente e a voltei a enfiar minha mão em sua calça e enfiei meu rosto em seus peitos. Mas a roupa dela não ajudava e tive que tentar baixá-la com a boca. Fiquei beijando o seu pescoço e tentando alcançar seu seio. Ela tentava tirar minha boca de cima de seu peito, mas eu já estava fungando entre eles, mas ela não me deixava puxar sua blusa. Só me restava continuar com a mão em sua nádega. Pelo mesmo isso ela não estava reclamando. Enfiei toda minha mão em sua roupa e toquei meu dedo médio em seu cuzinho. Não sei por qual motivo, mas eu queria enfiar meu dedo nele. Ela tentou voltar a ficar de barriga para cima, mas não deixei e mantive meu dedo naquele buraquinho que estava quente e enrugado. Ela cobriu o rosto como antebraço como se dissesse: —vai, faz o que você quiser. Eu só podia agradecer por sua benevolência e passei a esfregar meu dedo com toques circulares e senti toda a umidade da sua calcinha nas costas de minha mão. Quando comecei a tatear buscando a entrada de sua xaninha ela mexeu o quadril como se me proibisse de tocar lá. Só consegui tocar de leve e estava molecada e tanta umidade. Tentei mais uma vez aproveitando para puxar sua nádega a abrindo e expondo sua xaninha e quando eu ia tocar, ela puxava o quadril. Eu só consegui ficar dedilhando seu cuzinho. Ela não me deixava tocar em sua bocetinha.
Já que ela negava a xana eu só me restava aproveitar seu cuzinho. Suas rugas haviam sumido. Parece que ela gostava de ser tocada lá. Eu tinha que testar isso. Continuei tentando chupar seus peitos, sem sucesso e comecei a enfiar a pontinha de meu dedo médio. Ela continuava tapando o rosto com o braço e parte de seu cabelo. Tirei minha mão rapidamente e dei uma balada em meu dedo. E quando votei a massagear seu cuzinho ela se virou ainda mais para mim. Ela realmente gostava daquilo. Eu não tive dúvida e fui enfiando meu dedo com muita facilidade. Para meu espanto, e ela empinou ainda mais a bunda. Eu só tentava descobriu o que ela realmente queria. Naquela posição eu só conseguia tocar parte de sua bocetinha com meus dedos anelar e indicador. Ela estava bem molhada e meu dedo atolado em seu cuzinho entrando e saindo e aquela vaquinha escondendo a cara de mim. Ela não me deixava chupar seus peitos, não me deixava tocar em sua bocetinha, mas parecia adorar uma dedada no cu. Isso tudo foi muito louco... fiquei surpresa mesmo foi quando ela deitou de barriga para baixo e com meu dedo atolado começou a ficar de cócoras. Puxou seu moletom e o deixou nas pernas ficando só de calcinha que era amarela com borboletas coloridas. Consegui ver seu rosto que estava descabelado e vermelho. Ela nem olhou para mim e enfiou a mão entre as pernas e começou a se masturbar. Era como se eu não estivesse lá. Só me restava socar seu cu sem dó. Aquele biscate estava só me usando como consolo. Com raiva a empurrei na cama a deixando de quatro. Fui para suas costas e prendi a pele de seu cuzinho com meu dedo indicador e meu polegar. Isso a fez rebolar em meus dedos e só senti sua mão pegar meu dedo anelar e encostar em seu cuzinho. Ela queria outro dedo. Eu não sabia se era um filme ou se era realidade. A menina que eu jurava ser uma santa adorava se socada no cuzinho. Eu só obedeci e enfiei o outro dedo e a senti gemer baixinho. Quando tentei tirar sua calcinha ela disse:
— Para! Só soca!
Eu me surpreendi e passei a enfiava lá no fundo e retirar meus dedos. Ela por algumas vezes molhava o cuzinho com a umidade de própria bocetinha e me deixava enfiar meus dedos novamente. Ela simplesmente engoliu meus dedos com o cu e continuou se masturbando alucinadamente. Seu rosto estava corado e todo suado. Ela ficou linda descabelada e suada.
Eu não estava satisfeita eu queria tocar em sua bocetinha e chupar seus peitos. Mas quando tentei baixar sua blusa, mais uma vez, ela prendeu minha mão. Percebi que os peitos, não daria jogo. Então mantive meus dedos da mão esquerda em seu cuzinho e puxei sua calcinha de lado com minha mão direta. Eu não consegui tocar nada e ela me atrapalhava com a mão. Passei a beijar e morder seu bumbum tentando alcançar seu clitóris. Tive que puxar a mão dela e substituir pela minha. Quando, finalmente a toquei, percebi que ela raspava a xaninha e ela estava ensopada de baba de boceta. Eu comecei puxando seus grandes lábios os prendendo entre meus dedos indicador e anelar fazendo movimentos para frente e para trás puxando parte daquele suco todo para seu clitóris. Ela estava impaciente e tentava voltar a se masturbar. Fui tentando enfiar um dedo aproveitando sua lubrificação. Entrou a falange do meu dedo médio e comecei a movimentar juntamente com os dedos em seu cuzinho a fodendo rapidamente. Tentei enfiar meu dedo mais fundo em sua bocetinha, mas ela segurou minha mão. Já que eu não podia na frente em tentei atrás. Enfiei meus dedos ainda mais fundo em seu cuzinho e aquela vaquinha começou a gemer, mas não de dor. Ela estava com uma cara de quem já havia sentido aquilo. Enfiei mais fundo e parei de mexer em sua xaninha a deixando se masturbar. Eu socada em seu cu e ela esfregava o clitóris feito louca. Ela estava tão relaxada que meus dedos saiam e entravam sem muito esforço. Então comecei a colocar o terceiro. Entrou parte dele. Aí ela resmungou afastando a bunda e voltei só com dois. Eu tentava beijá-la, mas aquela putinha não queria saber de outra coisa a não ser dedada no cu e bater siririca. Seu corpo estava suado. Chupar seus peitos, nem pensar. Só me restava socar e prender meus dedos em seu cu e a entrada da boceta com o dedão.
Eu já estava ficando cansada, ela demorava muito para gozar. Então, com um pouco de raiva. Eu me ajeite em suas costas e segurei em seus cabelos. Dei uma bela babada em meus dedos em enfiei três dedos em seu cuzinho e aguardei sua reação. Ela começou a tremer e gemer e disse:
— Fode! Fode forte que eu gozo.
Eu não tive dúvidas. Eu girava e enfiava meus dedos e aquela biscate linda, toda suada, começou a urrar e tampar a própria boca e em poucos segundo depois de sentir as pregas arrebentadas, ela começou a tremer e se contrair dando início a um orgasmo intenso que faz enrolar o lençol e modê-lo. Aquela doida realmente gostava de ser socada no cuzinho. Quando eu estava retirando meus dedos, ela falou:
—Não tira! Continua que eu consigo gozar mais uma vez.
Eu me assustei, mas não tirei e quando comecei a socar e girar meus dedos. De repente alguém acende a luz. Meu coração quase saiu pela boca. Era a mãe dela que estava na porta nos observando. Eu estava com quase toda minha mão no cu da fila dela e mordendo seu bumbum. Já a filha dela estava toda suada, gemendo baixinho e pedindo para eu não tirar meus dedos além de estar com as calças no meio das pernas.