Na noite que rolou o lance com o "hétero" no bar, saí de lá um pouco frustrado, mas também meio realizado e com muito tesão. Fui caminhando até em casa. Não é perto, mas curto caminhar.
Atravessei o centro deserto e meio perigoso de SP na madrugada, mas já estou acostumado. Tenho olhos nas costas. Não conseguia parar de pensar no que aconteceu, e ao mesmo tempo em que pensava em gozar de alguma forma, já estava tarde, e pensava mais em descansar.
Na primeira rua do meu bairro em que entrei, subi para virar à esquerda, de onde andaria mais umas 4 quadras até em casa, e passei por um morador de rua de cuja existência eu não teria dado conta, tão longe estavam meus pensamentos, se ele não tivesse falado comigo olhando para trás:
- Bem que podia me conseguir um tênis desse, olha como eu tô.
Estava com um tênis velho e uma sandália, um em cada pé. Uma calça moletom cinza, grande para ele, mas que não caía muito, e uma jaqueta de moletom vermelha surrada. Era negro, forte sem ser musculoso, altura média, levemente mais alto que eu, e ainda mantinha um olhar aguçado apesar das mazelas de morar na rua.
NUNCA que passaria pela minha cabeça fazer uma putaria com um cara assim, isso nem chegou a ser uma hipótese. Prezo muito por higiene o bom cheiro.
— E eu volto pra casa descalço? — Falei rindo, em tom de piada.
Sei que eu não deveria nem ter dado ouvidos, mas fui voluntário em uma assistência social e pelo menos um tratamento humano eu poderia dar.
— Esse tá me apertando, já estou com o pé machucado. — insistiu ele.
— Pô, cara, até tenho uns velhos para doar mesmo, mas está lá em casa. — falei nesse tom mesmo, esperando que ele desistisse e fosse embora.
— Você mora longe?
Nessa hora eu respirei fundo e só soltei o ar rápido. Tinha entrado na personagem e não podia sair.
— Umas 5 quadras.
— Vamos lá.
Na mesma hora me arrependi de ter parado. Não sabia o quanto dava para confiar, o que mais aquele cara ia querer. E moro em apartamento, nunca que eu iria levá-lo para entregar o tênis lá em cima. Ele perguntou se tinha água, falei que podia encher umas garrafas e também tinha uns biscoitos.
Começamos a andar em direção a minha casa e ele começou a falar. De início parecia ser só conversas aleatórias para engajar num assunto, mas depois vi que o cara se perdia fácil nos assuntos, falava de situações aleatórias, não conectava nada com nada... Ao mesmo tempo que respondia a algumas das minhas perguntas com coerência. Ou estava se fingindo de doido ou estava a meio caminho de se tornar, talvez por conta de álcool e drogas.
Deu muita vontade de mijar.
— Tenho muito que mijar, bora ver um lugar escuro.
— Faz em qualquer lugar.
— Não, comigo não funciona assim. Essa árvore aqui. Pronto!
Parei na árvore para mijar a cerveja que consumi no bar e ele atravessou a rua e se sentou no degrau da entrada de um estabelecimento, fechado, óbvio. Terminei e fui até ele. Ele não conseguia levantar e estendeu a mão pedindo ajuda. Pensei que ia sujar minha mão (me desculpem), mas tive que pegar a mão dele e puxar.
Já de pé, ele começou a resmungar por causa de uma dor na ligação do quadril com a perna, enquanto eu tentava disfarçadamente cheirar a mão. Graças ao Pai não estava com mau cheiro. Pelo contrário, estava com cheiro de sabonete recém usado.
Seguimos de frente de vagar enquanto ele falava que tinha se lesionado e por isso estava com dificuldade de se levantar, e baixou um pouco a cintura da calça no lado direito para mostrar onde foi, apalpando, deixando uns pelinhos à vista. Na hora eu gelei! Tentei conter meus instintos, mas ele continuava a explicar. Fui relaxando e pensei que pelo menos dar umas apalpadas não faria mal.
— Onde? Aqui? — Toquei com as pontas dos dedos.
Ele pegou meus dedos e corrigiu minha posição.
— Aqui!
Não era onde meus instintos me mandavam tocar, mas já era no início da virilha dele. Examinei, já anestesiado com a situação.
— Dói quando aperta?
— Só um pouco.
Tirei a mão esbarrando em todo cumprimento do pau mole dele, que apontava para baixo, mas que ainda assim fazia volume na calça.
Ele continuava tateando, fazendo cara de dor. Não parecia estar querendo se exibir, mas era exatamente o que estava acontecendo. Eu fazia perguntas, ele respondia mostrando o local, e sem qualquer justificativa eu voltava a tocar, tocava partes que não tinham nada a ver com a história. Coloquei meus dedos para dentro da calça enquanto dava atenção às queixas dele, e senti as pontas encontrarem a raiz do pau ainda mole. Dei uma roçada, aproveitando a falta de resistência (e aí começa minha bad que sucedeu o fato, pois senti que me aproveitei de alguém indefeso), peguei numa área maior da virilha, encontrando em cheio o pau dele.
O assunto acabou voltamos a caminhar lado a lado, e ele continuou conversando, mas os assuntos começaram a perder o nexo. Cheirei os dedos disfarçadamente e não só não estavam com mau cheiro, como cheiravam levemente a creme, significando que ele dava algum jeito de se cuidar, ou em albergues, ou assistência social... A possibilidade de a putaria continuar tomava conta do meu corpo ao mesmo tempo em que me parecia errado de tantas formas possíveis. Mas até aquele ponto eu sabia que poderia curtir.
Aproveitei que entramos num ponto da rua mais deserto e que ele estava viajando nos assuntos, eu, movido por uma coragem irresponsável que só o tesão pode provocar, enquanto eu validava e reafirmava tudo que ele dizia, simplesmente agarrei com minha mão direita o pau dele em cheio sobre o moletom, como quem agarra a mão do namorado, e continuamos andando e conversando como se nada estivesse acontecendo.
Uma mistura agridoce de tesão intenso e culpa. Parecia que eu estava abusando de um incapaz. O pau dele tampouco subia. Continuava aquela borracha negra macia.
Ficamos uns minutos assim, às vezes disfarçava quando apontava alguém na esquina, ou passando perto de locais com câmeras... Fui além e meti a mão por dentro da calça dele enquanto ainda caminhávamos e falávamos assuntos aleatórios, e ele simplesmente não reagia. Continuava conversando e interagindo como se minha mão não estivesse envolvendo seu pau, apertando de leve, trocando calor com aquela rola aveludada.
Na última curva antes da minha casa, que era mais movimentada, pausamos nossa brincadeira.
Já na porta de casa, disse a ele que não poderia subir, pois tinha câmeras e visitas eram proibidas, mas que traria o tênis. Ele entendeu e atravessou a rua. Achei até que fosse embora, mas subi tão rápido que não deu tempo de ver, apenas fui cumprir a promessa, ciente de que o lance tinha acabado, mas pensando como seria se continuasse.
Enchi uma garrafa de suco com água, ensaquei uns biscoitos, um par de meias que eu não mais usava e o tênis. Demorei uns 5 min, achando que ele já tivesse ido embora. Até olhei pela janela e não o vi.
Quando desci e abri a porta do prédio, ele estava no outro lado da rua, sentado na calçada. Levantou-se assim que me viu e veio até o portão. Queria experimentar o tênis e na rua era complicado. Abri o portão e o chamei para dentro. Orientei que fosse até a primeira escada, que lavava para o mezanino. Ele se sentou, deixou a sacola com água e biscoitos de lado enquanto experimentava o tênis.
Numa avidez sem tamanho, comecei a apalpar o pau dele enquanto ele testava os tênis que não entravam com a meia, fazendo com que desistisse da meia. Tentei com dificuldade encontrar o pau dele diretamente, já que estava curvado, até que, como quem perde a paciência, ele se deita na escada e desamarra a calça, descendo-a até a coxa, e dessa vez a inocência dele começou a ir embora. Peguei a rola dele, antes tendo certeza de que estava tudo em ordem, e sim, estava. Certeza que tomava banho toda noite em algum lugar. Comecei a mamar enquanto ele olhava para o teto. O pau foi ganhando volume, até que depois de uns 5 minutos de mamada já estava completamente duro, revelando-se um pau levemente grosso, com um cumprimento médio. Mamava e olhava para ele, que fechava os olhos. Perguntei se estava bom, e ele balançou a cabeça positivamente. Coloquei meu pau para fora e comecei a tocar uma enquanto mamava com vontade. Tentei fazê-lo pegar, mas evitou. Do nada ele se dobra interrompendo o processo, perguntando se eu tinha 5 reais. Por sorte eu tinha umas notas no bolso, e peguei unicamente a de 5 reais. Aqui já me toquei que ele não era tão inocente assim.
Com o dinheiro na mão, ele voltou a relaxar na escada e voltei a mamá-lo. Perguntei se ele queria gozar, e acenou que não. Então acelerei minha punheta até que gozei na escada, gemendo com o pau dele na boca.
Ele então voltou a experientar o tênis. Um ficou apertado, então foi com pares diferentes. Pegou tudo, e abri a porta para ele. Se despediu.
Fiquei dias vivendo sentimentos contraditórios sobre episódio, por isso não escrevi de imediato. Esses dias até cruzei com ele na rua. Mesmo de boné, ele me reconheceu, provando que não era tão doido. Pediu mais um par de tênis, mas não tive coragem dessa vez, e iria receber família no dia seguinte, e estava concentrado espiritualmente nisso.