Entre Segredos e Desejo Minha cunhada me confessou



Era feriado quando Helo veio nos visitar. O clima estava leve, conversávamos na varanda enquanto tomávamos café. Entre risadas e lembranças, de repente, ela mudou o tom da conversa e soltou a pergunta que me deixou em alerta.
Vi… e o Ricardo?
Naquele instante senti meu corpo gelar, mas disfarcei. Perguntei o que tinha ele, como se não tivesse entendido a intenção.
Ela então me encarou com aquele olhar curioso e provocador. Me diz uma coisa, aconteceu alguma coisa entre vocês? Porque, olha, se tivesse acontecido seria normal. Ele é um homem que mexe com qualquer uma.
Meu coração acelerou, mas respondi com firmeza. Claro que não. Você me conhece. Sabe que sempre coloquei qualquer homem no seu devido lugar. Quantas vezes já me viu dar fora em alguém? Quase sempre de um jeito que beirava a humilhação.
Ela riu alto, aquela risada solta que sempre me intrigava, e disse ainda rindo. Eu sabia do seu caráter, por isso mesmo o indiquei.
Nesse momento, percebi no sorriso dela algo escondido, uma ponta de malícia que não precisava ser explicada. Foi ali que a certeza me atravessou: ela também já tinha experimentado Ricardo. Aquela risada carregava um recado silencioso, como quem dizia meu pedaço… e não quero dividir.
Continuamos conversando sobre trivialidades, mas eu já não ouvia com clareza. Por dentro, minha mente queimava em perguntas e imagens que me corroíam. Ela já teria sentido aquilo que agora me consumia? Já teria se perdido na mesma intensidade que me arrebatava noite após noite?
E então, ainda naquela mesma conversa, ela deixou cair outra bomba. Mexendo distraidamente na xícara, comentou com naturalidade. Vi, pensei numa coisa… será que amanhã você me empresta o Ricardo? Preciso fazer umas compras, renovar umas peças, e ele seria perfeito. Imagina que ajuda boa, carregar sacolas, dar opinião, ser companhia.
O sorriso dela, no entanto, não deixava dúvidas. Não era sobre sacolas. Não era sobre opinião. Era sobre ele.
Mantive meu rosto sereno, como se não tivesse captado a provocação. Sorri de leve e respondi que não haveria problema. Mas por dentro, eu sabia que aquela era a forma dela me lembrar que ainda havia uma disputa não declarada entre nós.
Naquele feriado, entre uma xícara de café e sorrisos superficiais, o jogo tinha mudado.
Depois da provocação sobre “emprestar” Ricardo, fiquei remoendo em silêncio. Mas não queria deixar aquilo passar. Resolvi sondar, ainda naquela tarde.
Esperei o momento em que estávamos só nós duas novamente, na varanda, enquanto a casa descansava no calor do feriado. Olhei bem nos olhos dela e falei com firmeza.
— Helo, você sabe que eu não sou boba. Esse jeito que você fala do Ricardo, esse riso malicioso… parece até que tem mais coisa aí.
Ela tentou desviar, mas não resistiu. Abriu um sorriso enviesado e, sem negar, apenas disse:
— Vi, você sabe… ele é um homem diferente. É normal que mexa com qualquer mulher.
Foi a confissão que eu precisava. Não houve palavras diretas, mas o suficiente para confirmar o que eu já intuía. Helo conhecia Ricardo de um jeito que não era apenas profissional.
Eu mantive a expressão neutra, mas por dentro o ciúme me queimava. Sorri de leve e encerrei o assunto, sem dar espaço para mais provocações.
No fim da tarde, depois que ela foi descansar no quarto de hóspedes, chamei Ricardo discretamente. Ele se aproximou sério, sempre atento, e esperei que me olhasse nos olhos antes de falar.
— Amanhã você vai cuidar bem da Helo, Ricardo. Será o dia dela.
Ele assentiu, calmo, sem reação além de um breve “sim, senhora”.
Respirei fundo e continuei:
— E anote aí: quinta e sexta não precisa vir. Mas no sábado e no domingo eu vou precisar de você. Vamos fazer uma viagem para o sítio do pai da Karol.
Ele apenas confirmou com a cabeça, mantendo a postura impecável, mas eu sabia que aquelas palavras carregavam muito mais do que simples instruções. O jogo estava apenas começando.
Na manhã seguinte ao feriado, acordei mais cedo que o normal. O sol ainda nascia quando entrei na cozinha para preparar o café. Mas minha mente não estava tranquila. A lembrança da conversa com Helo, do sorriso dela, da malícia escondida nas palavras, me acompanhava como uma sombra.
Ricardo chegou como de costume, pontual, impecável, cumprimentando-me com a mesma seriedade de sempre. Eu apenas confirmei com um aceno, mantendo o tom neutro.
Disse calmamente: Hoje você acompanha a Helo. É o dia dela.
Ele apenas respondeu que sim, sem questionar. Essa postura contida, quase fria, só aumentava minha inquietação.
Helo surgiu pouco depois, animada, vestida para as compras. Estava linda, e ela sabia disso. Ao ver Ricardo à porta, sorriu de um jeito que me fez gelar por dentro. Não era apenas o sorriso de uma cunhada simpática. Era o sorriso de uma mulher que sabe o efeito que causa.
Eles saíram juntos, e o silêncio da casa se tornou insuportável. Caminhei pelos cômodos tentando ocupar a mente, mas a cada minuto minha imaginação me traía. Será que ela puxaria conversa como fez comigo? Será que tocaria o braço dele no carro, sorrindo como só ela sabia sorrir? Será que teria coragem de ir além?
Peguei-me parada diante do espelho, me encarando com firmeza. Eu, a mulher que sempre controlou tudo e todos ao redor, agora estava ali, tomada pelo ciúme, imaginando cenas que não sabia se eram reais ou não. A simples ideia de Helo viver o que eu vivi com Ricardo me corroía.
As horas se arrastaram. Cada barulho de carro na rua me fazia correr até a janela, esperando ver os dois voltando. E cada minuto que passava sem notícias era como uma tortura.
No fundo, eu sabia: não havia como controlar o que acontecia lá fora. Mas uma certeza crescia dentro de mim — se ela achava que podia disputar com sorrisos e provocações, estava enganada. Ricardo já era parte de mim, e nenhuma outra mulher, nem mesmo Helo, iria mudar isso.

Já passava das seis da tarde quando finalmente ouvi o motor do carro estacionando em frente de casa. Meu coração acelerou. O som da porta batendo foi como um gatilho. Corri até a janela, mas logo recuei. Não queria parecer ansiosa.
Abri a porta principal com calma, como quem apenas cumpria uma rotina. Ricardo saiu primeiro, como sempre, sério, impecável, e foi abrir a porta para Helo.
Ela desceu sorridente, carregando algumas sacolas. Seus olhos brilhavam de satisfação. Mas não era só o prazer das compras. Havia algo mais no ar, uma leveza no corpo, uma malícia escondida no sorriso.
— Foi ótimo, Vi — disse ela, animada. — O Ricardo é perfeito para isso. Opina bem, tem paciência, até me ajudou a escolher uns vestidos.
Minha pele arrepiou, mas mantive o semblante firme. Sorri como se fosse apenas uma informação trivial.
Olhei para Ricardo. Ele, ao contrário, não sorria. Limitou-se a carregar duas sacolas e entrar com elas no corredor. Sua postura era impecável, quase rígida, como se quisesse esconder qualquer detalhe que pudesse ser lido além da superfície.
Observei os dois em silêncio. Helo falava demais, como se quisesse encher o ambiente de palavras e esconder o que não dizia. Ricardo falava de menos, como se cada frase pudesse se tornar uma armadilha.
Quando ele colocou as sacolas sobre o sofá, seus olhos cruzaram os meus rapidamente. Foi um instante breve, mas suficiente para me atravessar. Ali, no fundo daquele olhar sério, havia algo que não se dizia.
Helo continuava rindo, exibindo suas compras, mas para mim já não importava. Eu não ouvia o que ela mostrava. Eu só via os gestos sutis, os silêncios entre as frases, a rigidez de Ricardo e o excesso de leveza dela.
E naquele contraste, tive certeza: alguma coisa havia acontecido. Talvez não o suficiente para ser dito em voz alta, mas mais do que gostaria de imaginar.
Passei o resto da noite sorrindo, mantendo a imagem da mulher firme e controlada. Mas por dentro, a disputa se tornava cada vez mais real.
Quando Helo já estava recolhida, chamei Ricardo à varanda. O silêncio era pesado, minha respiração curta. Eu precisava da verdade.
Olhei diretamente para ele e falei, com a voz firme.
— Ricardo, eu não quero desculpas. Eu quero a verdade. O que aconteceu hoje?
Ele respirou fundo, demorou a responder, e finalmente disse em tom baixo:
— Senhora, não queria que chegasse a isso… mas sei que não descansará até ouvir. Ela insistiu. Disse que precisava me agradecer de alguma forma por ter recebido essa oportunidade.
Meu peito se apertou. Apertei os dedos contra a mesa, tentando manter o controle. Ele desviou os olhos por um instante e completou.
— Sim, fomos a um motel. Fizemos sexo. Mas não houve sentimento. Para mim, foi apenas uma forma dela expressar gratidão. Nada além disso.
Meu coração explodiu dentro do peito. O que eu temia estava ali, em palavras. O sangue ferveu, o ciúme queimou, mas mesmo assim eu segurei a compostura.
Ele voltou a me encarar, firme.
— Senhora, quero que saiba… o que aconteceu não muda nada. Eu não senti nada por ela. A única coisa que eu preciso é que a senhora nunca permita que Helo descubra que contei. Isso a destruiria.
Fechei os olhos por um instante. O impacto daquela confissão me atravessava como lâmina. Por fora, permaneci fria, mas por dentro o mundo desmoronava.
Abri os olhos, respirei fundo e respondi em tom gelado.
— Está bem. Isso morre aqui.
Ele assentiu em silêncio. Mas quando se afastou, eu sabia que nada estava igual.
Naquela noite, fiquei sozinha na varanda, olhando para o vazio. Sentia ciúme, raiva, e ainda assim, desejo. A imagem de Helo com ele me consumia, e em vez de me afastar, só aumentava minha obsessão. Ricardo já não era apenas um segredo meu. Era também um fantasma compartilhado — e isso me deixava ainda mais presa a ele.
Deitei naquela noite, mas o sono não veio. A confissão de Ricardo ecoava dentro de mim como um veneno. A cada vez que fechava os olhos, via Helo em minha mente, no banco do carro, sorrindo para ele do mesmo jeito atrevido que tinha feito na varanda. Via a cena deles entrando em um quarto de motel, um espaço anônimo, abafado, carregado de segredos.
Meu coração disparava, e meu corpo inteiro se revirava na cama. Tentei afastar os pensamentos, mas quanto mais lutava contra eles, mais vivos se tornavam. Imaginava as mãos dele no corpo dela, os lábios que eu conhecia agora colados aos dela. A respiração de Helo ofegante, o peso de Ricardo sobre ela, a força que já me havia consumido uma noite inteira.
O ciúme me dilacerava. Doía saber que ela tinha sentido aquilo que eu sentira. Mas, paradoxalmente, meu corpo reagia de forma incontrolável. A cada cena que minha mente inventava, eu me agitava mais. Sentia meu corpo quente, trêmulo, melado, como se fosse eu ali, como se a raiva e o desejo fossem a mesma coisa.
Revirei-me de um lado para o outro, mordendo os lábios, tentando sufocar os gemidos que escapavam sozinhos. Era como se minha imaginação tivesse virado uma arma contra mim. O mesmo homem que me consumia com prazer agora me consumia em imagens de ciúme.
Passei a noite inteira assim, num êxtase doloroso, entre raiva e desejo. Ao amanhecer, meus olhos ardiam, mas meu corpo ainda latejava. E uma certeza me atravessava: Ricardo já não era apenas meu amante. Ele era minha obsessão.
A semana avançou lentamente, e cada dia parecia um teste de paciência. Com a troca da folga, Ricardo permaneceu presente, acompanhando a rotina da casa, o que significava que Helo também tinha mais oportunidades para se aproximar dele.
Logo no primeiro dia, percebi como ela aproveitava qualquer detalhe para puxar conversa. Se estávamos indo ao mercado, ela insistia em sentar no banco da frente ao lado dele. Se Ricardo carregava sacolas, ela fazia questão de elogiar sua força, sempre com aquele sorriso insinuante.
— Ele é mesmo impressionante, Vi. Até parece que nasceu para cuidar da gente — dizia, enquanto eu fingia não dar importância.
Eu respondia com calma, sempre com um tom firme, mas por dentro meu sangue fervia. Cada palavra dela era uma provocação calculada, como se testasse até onde poderia ir sem ultrapassar o limite.
Ricardo, por sua vez, mantinha a postura séria. Respondia com poucas palavras, nunca passava do profissionalismo. Mas eu via em seu olhar algo que confirmava o que ele me dissera na varanda. Ele não se deixava levar por Helo. Ainda assim, a forma como ela insistia me corroía.
À noite, durante um jantar, Helo chegou a comentar em tom leve:
— Acho que nunca vou me acostumar com a presença do Ricardo. Ele parece um personagem de filme, não é?
Raquel e Fernanda não estavam ali, mas se estivessem, certamente aplaudiriam a ousadia da cunhada. Eu apenas sorri e respondi em voz baixa:
— Ele é apenas um motorista, Helo. Não crie fantasias.
Ela riu, como sempre, mas o brilho nos olhos dela denunciava a provocação.
Ao longo daquela semana, meu ciúme cresceu em silêncio. Cada vez que Helo se aproximava dele, cada vez que o olhava de forma descarada, eu sentia como se uma disputa invisível estivesse acontecendo bem diante dos meus olhos. E, mesmo tentando manter o controle, dentro de mim só havia uma certeza: Ricardo já não era mais apenas meu segredo. Ele estava no centro de um jogo perigoso, onde eu e Helo medíamos forças a cada gesto.
Naquela semana, Helo insistiu em me acompanhar para algumas compras no shopping. Era fim de tarde quando saímos juntas, e claro, Ricardo nos levou. Ele dirigia sério, como sempre, o olhar fixo na estrada, as mãos firmes no volante. Eu o observava discretamente pelo retrovisor, sentindo aquela presença imponente que já conhecia tão bem.
Helo, ao meu lado, parecia inquieta. Falava demais, ria alto, e a cada oportunidade voltava o assunto para ele. Quando chegamos, Ricardo abriu a porta para nós, e eu já percebi como ela o olhou — como uma mulher olha um homem, e não como cunhada ou patroa da família.
Entramos em uma loja de roupas, e logo Helo começou seu teatro. Pegou dois vestidos e, ao invés de perguntar a minha opinião, virou-se diretamente para Ricardo.
— Me diz, qual desses fica melhor em mim? Esse vermelho ou o preto justo?
Ele hesitou por um instante, educado, tentando desviar. Mas ela insistiu, dando uma volta no corredor estreito, posando como se desfilasse só para ele.
Eu observei tudo em silêncio. Meu sangue ferveu, mas meu rosto se manteve calmo, quase indiferente. Dentro de mim, no entanto, uma chama ardia. Eu sabia exatamente o que ela estava fazendo: provocando, testando, me desafiando.
Ricardo, contido, respondeu baixo.
— O preto parece mais elegante.
Helo sorriu, satisfeita com a resposta. Aproximou-se ainda mais dele, fingindo arrumar a alça do vestido contra o corpo, quase encostando. Depois suspirou alto, exagerada, e disse em tom provocador.
— É, você sempre tem bom gosto, Ricardo.
A cena parecia feita sob medida para me atingir. Mas eu não cedi. Cruzei os braços, olhei firme para ela e apenas disse calmamente:
— Helo, escolha o que quiser. No fim das contas, é você quem vai usar.
Ela riu, mas percebi a mensagem silenciosa. Era como se tivesse acabado de marcar território diante de mim.
Voltamos para casa em silêncio. Ricardo permaneceu sério, mas eu sentia a tensão no ar. Era impossível não perceber que, naquele jogo de provocações, cada gesto, cada olhar, cada palavra, estava aumentando ainda mais o fogo dentro de mim.
E a disputa entre mim e Helo seguia viva, cada vez mais perigosa.
A volta para casa foi silenciosa. Helo sorria no banco de trás, satisfeita com suas sacolas, como quem saboreava uma provocação secreta. Ricardo mantinha o olhar firme na estrada, postura impecável. Eu, ao lado dele, queimava por dentro. O ciúme me consumia, mas por fora exibia apenas frieza.
Quando chegamos, Helo entrou primeiro, distraída com suas compras. Eu fiquei na porta e, antes que Ricardo pudesse se afastar, sussurrei com firmeza:
— Venha até a varanda.
Ele obedeceu. A noite estava pesada, carregada do silêncio e do desejo que nos cercava. Quando ficou diante de mim, não precisei dizer mais nada. Ele simplesmente me virou, encostando-me de frente para a mureta. Apoiei as mãos no frio da pedra quando senti sua respiração quente em meu pescoço.
Em segundos, ele baixou minha roupa e me penetrou por trás, com força. Meu gemido ecoou alto na noite. Cada estocada era firme, profunda, me enchendo até o limite. Minhas pernas tremiam, eu mal conseguia me manter em pé, mas ele me segurava pela cintura, me mantendo presa a ele, me castigando com prazer bruto.
Quando já estava exausta, ele deslizou as mãos em meu corpo, me virou levemente e, sem aviso, se ajoelhou. Sua boca me devorou sem piedade. Chupava com fome, sua língua mergulhando em mim até me deixar trêmula e arqueada contra a mureta. Eu gritava o nome dele, sentindo a explosão do orgasmo me atravessar como um raio.
Mas não terminou ali. Ele se levantou devagar, me virou novamente e, segurando firme minhas coxas, aproximou-se do meu outro segredo. Sua glande roçava meu ânus, e eu gemi, arfando, tomada pela mistura de medo e desejo.
— Vai devagar, Ricardo… — sussurrei, ofegante.
Ele me segurou com firmeza e penetrou lentamente, abrindo espaço em mim com cuidado, até estar inteiro dentro do meu fundo apertado. Um grito rouco escapou da minha garganta, minhas mãos se agarraram à mureta como se fosse cair.
Os movimentos começaram lentos, intensos, me preenchendo por inteiro. Eu gemia desconexa, entre dor e prazer, até que meu corpo se entregou completamente. Quando ele acelerou, cada investida me deixava mais fora de mim, minhas pernas quase não se sustentavam.
Senti quando ele não conseguiu mais segurar. Seus gemidos graves me envolveram, e em um último movimento profundo, ele despejou todo o seu néctar quente no fundo do meu ânus. Um calor intenso me atravessou, fazendo meu corpo estremecer por completo.
Fiquei ali, arqueada contra a mureta, ofegante, minhas pernas bambas, enquanto ele ainda me segurava firme, como se soubesse que sem ele eu desabaria.
Ofegante, quase sem voz, consegui sussurrar:
— Agora sim… você é só meu.
Ainda sentia minhas pernas trêmulas quando ele me ergueu da mureta e me levou no colo para dentro da casa. O silêncio do corredor era cúmplice, como se escondesse o segredo proibido que nos consumia. Ao entrar no quarto, me deitou devagar na cama, tirando o restante das minhas roupas com calma, os olhos fixos nos meus.
O que havia sido selvagem lá fora se transformou em ternura aqui dentro. Ele espalhava beijos lentos pela minha pele, do pescoço ao ventre, até que meu corpo arqueava em suspiros de entrega. Quando me penetrou, não foi com pressa. Foi fundo, mas devagar, cada estocada marcada por um olhar, por um beijo, por um suspiro.
Eu gemia baixo, quase chorando de prazer, sentindo o contraste da força bruta da varanda e agora o carinho intenso que me envolvia. Ricardo entrelaçou seus dedos nos meus, prendendo-me não só pelo corpo, mas pela alma.
Então, num momento de ousadia e intimidade, ele deslizou para meu outro segredo. Com cuidado, abriu espaço devagar, penetrando-me pelo ânus enquanto seus lábios buscavam os meus. Um gemido profundo escapou da minha garganta, misto de dor e prazer. Ele foi paciente, atento a cada reação minha, até estar inteiro dentro de mim.
Dessa vez não havia brutalidade. Seus movimentos eram lentos, profundos, quase reverentes. Meu corpo se rendeu completamente, e quando o orgasmo me tomou, veio acompanhado de lágrimas discretas, escorrendo pelo canto dos olhos.
Ele continuou até derramar-se em mim, enchendo meu fundo com seu néctar quente, me deixando ainda mais marcada por dentro. Depois me abraçou forte, o peso do seu corpo sobre o meu, e ficamos assim até o sono vencer.
Adormeci entre suspiros, ainda sentindo sua presença em cada parte de mim.
A manhã amanheceu clara, mas dentro de mim ainda havia a sombra da noite passada. Cada músculo do meu corpo pulsava com a lembrança dele me tomando de todas as formas, me preenchendo por inteiro, me chupando até me perder, e depois se derramando no fundo do meu corpo. Levantei devagar, como quem guarda um segredo quente demais para ser revelado.
Na cozinha, encontrei Helo já sentada à mesa. Vestia uma bata leve, cabelo solto, celular em mãos. Sorriu quando me viu.
— Dormiu bem, Vi? — perguntou com naturalidade, mas o brilho nos olhos era de provocação.
Sentei-me com calma, servi meu café e respondi com serenidade.
— Dormi profundamente. Foi uma noite excelente.
Ela riu baixo, mexendo a colher na xícara.
— É, eu também tive um sono pesado. Acho que as compras me cansaram. Ricardo realmente é uma companhia e tanto.
Meu coração disparou, mas mantive o rosto impassível. Levei a xícara aos lábios e falei num tom frio, quase irônico.
— Ele é eficiente, sim. É por isso que está conosco.
Helo apoiou o queixo na mão, me observando com aquele sorriso enviesado.
— Engraçado… parece até que ele nasceu para estar ao lado da gente.
Respondi sem hesitar, olhando diretamente em seus olhos.
— Não se engane, Helo. Ele nasceu para trabalhar. É isso que ele faz, e faz muito bem.
Ela riu alto, fingindo concordar, mas percebi que minhas palavras a atingiram. Era como um duelo silencioso, travado entre duas mulheres que sabiam mais do que diziam.
Enquanto ela falava de vestidos, lojas e planos para os próximos dias, eu só pensava em Ricardo. Lembrava dele me erguendo contra a mureta, me penetrando por trás até minhas pernas cederem, e depois me levando para a cama, onde me tomou lenta e carinhosamente até se perder em mim de novo.
Engoli um gole de café e sorri em silêncio. Ela poderia rir, provocar, insinuar. Mas havia algo que Helo jamais saberia. Ricardo já era meu de um jeito que nada poderia mudar.
Depois do café da manhã com Helo, subi para o quarto fingindo normalidade. Por dentro, porém, meu corpo clamava pela presença dele. Eu precisava olhar nos olhos de Ricardo, precisava ouvir dele o que já sabia, mas queria gravar como promessa.
Chamei-o discretamente pela porta de serviço. Ele veio de imediato, sério, postura impecável como sempre. Fechou a porta atrás de si e aguardou em silêncio, até que nossas respirações se misturaram.
Aproximei-me devagar, toquei seu peito firme e disse em voz baixa:
— Ricardo, nunca mais duvide. Você é meu.
Ele não respondeu de imediato. Apenas segurou meu rosto com as duas mãos, o olhar cravado no meu, profundo, como se fosse capaz de atravessar minha alma. Então beijou minha boca com força, um beijo longo, carregado de tudo que não podia ser dito em palavras.
Eu me rendi naquele beijo. Meu corpo já tremia quando senti suas mãos descendo pela minha cintura, me puxando contra ele. E ali, de forma rápida e urgente, me penetrou novamente, me tomando de pé, encostada à parede da cozinha.
Foi intenso, voraz, mas também cheio de uma devoção silenciosa. Ele gemia baixo em meu ouvido, e entre cada investida, murmurava:
— Só sua… só sua.
O orgasmo me veio como uma onda quente, arrancando de mim gemidos abafados contra seu ombro. Minhas unhas se cravaram em suas costas, deixando marcas que ninguém além de nós dois veria.
Quando terminou, ainda colado a mim, beijou meu pescoço com ternura. Seus olhos voltaram a encontrar os meus e, sem que eu pedisse, disse em tom firme:
— Senhora, não existe outra. Só você.
Fiquei em silêncio, apenas sorrindo. Não precisava de mais nada. O pacto estava selado.
E enquanto ele saía pela porta de serviço, ajeitando a roupa, eu respirei fundo, com a certeza gravada em minha pele: Ricardo era meu. Só meu.

Vou deixar aqui a fotinha minha e da Helo.

Foto 1 do Conto erotico: Entre Segredos e Desejo Minha cunhada me confessou


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Comentários


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mauricio50tao Comentou em 04/09/2025

Mulher, vc não precisa disputar nada com ninguém. Vc simplesmente pega, toma para si tudo que quiser e todos tb!

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fernando1souza2 Comentou em 04/09/2025

Tesão demais!

foto perfil usuario mans

mans Comentou em 03/09/2025

Duas gostosas




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Ficha do conto

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vivianebeatriz

Nome do conto:
Entre Segredos e Desejo Minha cunhada me confessou

Codigo do conto:
241520

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
03/09/2025

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