Naquele quarto estava impregnado com o cheiro de suor, lubrificante e desejo. Gabriel me comia com uma intensidade que desmentia suas palavras de "primeira vez". A cada estocada, sentia a realização de algo que nem sabia que desejava. Meus gemidos, que no começo eram contidos, agora ecoavam no quarto, misturando-se com a respiração ofegante dele. Eu me agarrava aos lençóis, sentindo a força do seu corpo sobre o meu, e o prazer rasgava qualquer vestígio de dor inicial.
Ele me virou, deitando-me de barriga para cima, e continuou a investir. Seus olhos verde-mel estavam fixos nos meus, não mais com a malícia de antes, mas com uma paixão intensa e confusa. Era um olhar que perguntava e respondia, que quebrava o muro entre a sua "vida de casado" e aquele momento.
Eu podia sentir que ele estava perto, o ritmo das estocadas se tornava mais frenético, a respiração mais descontrolada ele me chamando de safado, putinha, e batendo na minha bunda (que por sinal, sou bem bundudo). Ele soltou um gemido alto, e apertou minha cintura com suas mãos fortes e falou:
— “Vou gozar dentro de você safado!”
Senti seu corpo tensionar e o calor da ejaculação dentro de mim. Aquela porra jorrando dentro do meu cu, quentinho, e o cheiro de sêmen misturou-se ao nosso aroma. Foi um alívio e um prazer explosivo, que me fez soltar um grito abafado e também gozar, sujando a nossa barriga.
Ele desabou sobre mim, e ficamos ali, colados, os corações batendo no mesmo ritmo acelerado.
O silêncio que se seguiu não era de constrangimento, mas de saciedade e cumplicidade. Gabriel levantou-se primeiro, ele pegou um lençol limpo e nos limpou com um cuidado inesperado, sem pressa.
Enquanto nos vestíamos, a tensão sexual havia dado lugar a uma intimidade mais profunda.
— "Você... foi incrível," ele disse, a voz ainda um pouco rouca, o corpo relaxado. Ele me deu um beijo rápido, mas com mais sentimento do que qualquer beijo roubado na marcenaria.
— "Você também, safado," respondi, sorrindo. "Para quem nunca comeu um 'cu', você foi bem profissional."
Ele riu, um som gostoso e aberto, e deu de ombros, mas um brilho nos olhos me dizia que ele estava no ápice do tesão. Ele sentou-se na beira da cama, e me puxou para sentar ao seu lado.
— "Eu sei que a gente não deveria estar fazendo isso. Minha mulher e tal..." Ele começou, mas sua voz sumiu.
— "Eu sei," eu disse, tocando seu braço. Senti o músculo definido sob minha mão. "É só um segredo nosso. Não precisa falar mais nada."
Mas ele me olhou no fundo dos olhos, aqueles olhos verde-mel, aquela pele e aquela tatuagem que me desmontavam.
— "Eu não quero que seja só um segredo, e também não quero que seja a última vez," ele confessou. O rosto do marceneiro 'maloka' estava sério, quase vulnerável. "Eu... eu gostei de você. Não só da pegação. É diferente."
A ficha caiu de novo, só que desta vez, mais pesada. O desejo estava virando algo mais complexo. Eu, o cara que nunca tinha sido passivo, e ele, o "hétero" casado que nunca tinha comido um "cu", estávamos ali, na beira da cama, confessando uma atração que ia além do sexo.
— "Eu também," sussurrei, sentindo meu coração apertar de uma forma boa e perigosa.
Ele sorriu, aquele sorriso que me deixava de joelhos.
— "Então, combinado," ele disse, levantando-se. "Isso fica entre a gente. Mas vamos fazer de novo. Sexta-feira que vem a gente repete o 'troca-troca'?"
— "Combinado, gato. Fechado!" respondi, me levantando também.
O marceneiro me acompanhou até o banheiro, lá nos beijamos mais, ele pediu mais uma foda, mais comecei a sentir a dor no meu rabo, e falei que não conseguia, o safado me jogou entre a parede e começou a lamber e chupar meu cu, logo me veio o misto de tesão e falei pra ele pôr o pau de novo. Fodemos mais uma vez, ali no chuveiro, acho que o safado estava a semanas sem transar, a greve do sexo que a mulher dele tinha dado foi séria kkkkk, gozar muito dentro do meu cu, querer me dar o seu cuzinho, e agora querer me foder gostoso de novo?! É muito tesão acumulado, não acham?
Depois do banho me vesti, e fui embora, Gabriel me levou até a porta, e me deu um último beijo de despedida. Um beijo que era um contrato silencioso, uma promessa perigosa. Saí da casa dele com a boca inchada, o corpo cansado e a alma acesa. E com a certeza de que a marcenaria da moto vermelha se tornaria o centro do meu universo.