A vida nos prega partidas dolorosas

A minha última publicação foi a 1 de junho, de 2025, mas a contar algo, que se tinha passado antes do Carnaval.
Acontece, que dias depois de começar as aulas das férias de Carnaval, algo aconteceu, que é, o que vos vou contar hoje.
Eram 8:15 h fui levar minha grande paixão há escola, pois ela ia dar aulas ás 8:45 h.
Tendo regressando á Pastelaria, onde fui ajudar a Lurdinhas, que já estava a preparar, sandes e galões para as clientes.
Seria aí umas 10:30 h, recebo uma chamada do telemóvel de Inês, só que não foi esta, a sua voz, que me chegou aos ouvidos.
- Estou, é o Kapa?
Eu: - Sim sou eu, quem fala?
- Sou a Paula, colega da Inês, para lhe dizer, que Inês está viva, mas vamos a caminho do Hospital de S. Bernardo, pois sua companheira caiu e partiu a perna esquerda, não venha já, aguarde um pouco e depois venha para saber o que se passou (é o que dizem os Bombeiros) eu estou junto dela, e só saiu, quando você chegar…
Eu: - Bem, me aguarde, pois vou só vestir algo, e depois logo sigo, me aguarde, entretanto, vou ligar para um amigo médico aí do Hospital…
E foi, o que fiz, ligando para meu amigo João, por sinal Ortopedista a trabalhar neste Hospital e no Outão.
Este tinha ido tomar o pequeno-almoço, por isso, logo, que o telemóvel tocou, logo me atendeu, nestes termos;
- Kapa, grande maluco, que andas tu a fazer hen?
Eu: - Onde estás tu grande doido?
João: - Onde julgas, que estou, de férias queres ver?
Eu: - Espero, que estejas no Hospital de S. Bernardo, pois a Inês vai a caminho, em uma Ambulância do INEM, caiu na Escola e acho, que partiu uma perna, vê lá o que se passa, pois eu vou tomar um banho, e já sigo para lá!
João: - Calma amigo, quando ela chegar, vai fazer a triagem e de seguida irá fazer R-X, depois logo se vê a gravidade da coisa, vem nas calmas, pois estas coisas levam tempo.
João: - Se não estou enganado, deve ser ela, pois chegou agora uma ambulância do INEM, segura-te, que já vou a caminho, eu tomo conta do caso, fica tranquilo!
Eu: - Agradeço amigo, ela é a minha coisa, mais querida, vai uma colega com ela, dá-lhe alguma informação, abraço.
Nisto desligamos os telemóveis, e no meu caso, logo Colaboradora e Clientes quiseram saber, o que se tinha passado.
Expliquei e Lurdinhas logo disse:
- Vá despachar, que eu tomo conta da loja, e depois a Cris deve estar a chegar, não fico só, por muito tempo.
Agradeci, e fui tomar um banho, vestir, entretanto, quando desci já minha Prima Cris, estava na loja.
Cris: - Kapa, vai nas calmas, e vai dizendo, o que se vai passando, beijinho para a Inês…
E foi assim, que nas calmas fui até ao Hospital, aqui chegado, não me queriam deixar estacionar o carro, mas puxei pelo meu cartão de dador de sangue e perguntei ao segurança:
- Isto já não vale nada?
Este coitado, encolheu os ombros, e virou costas…
Entrei, e lá estava a Paula.
Esta ao me ver, logo veio ter comigo e disse:
- Kapa, apareceu aqui um médico chamado João, disse ser vosso amigo, e que ia atender a Inês, mas até agora não disseram nada…
Entretanto, dirigi-me ao guiché das informações e perguntei sobre a Inês, coisa, que me fizeram esperar um pouco, e após me identificar como companheiro de Inês, chamaram-me, e com autorização do médico, entrei e encontrei o João, que me informou o seguinte:
- Inês está estável, já fez Raio-X, mas vai seguir para o H. do Outão, pois aqui não temos condição para lhe fazer o tratamento.
Perguntei-lhe se era possível ver ela, coisa, que logo me levou até junto dela, que estava em uma maca, já a ser levada pelos Bombeiros.
Trocamos um beijinho, e lá seguiu ela, indo junto o médico João…
João virou-se para mim, e disse:
- Vai para casa, almoça, e lá pelas 17:30 h vai á visita. Ao chegares dizes quem és, e pedes para falar comigo, tudo tranquilo, ela está bem, o osso apenas está estalado, mas vai ter de ficar engessado umas semanas e os primeiros dias vai ficar no H. do Outão…
Olhei para ele com cara de espanto, e ele ainda disse:
- Eu conheço-vos, e sei, que são teimosos, e têm a mania, que estão bem.
Depois desta, peguei na Paula, e dirigimo-nos á Escola, onde a deixei, e fui falar com o Diretor, explicando o que se iria passar dali para a frente.
Bem, para não esticar muito esta parte de nossas vidas, apenas acrescento, que esta fratura, foi no osso “FÊMUR” da perna esquerda, e entre o gesso, e toda a fisioterapia, que teve de seguida, demorou 4 meses até ficar de novo uma mulherzinha…
- “Meio ano sem dar aulas, pois tudo aconteceu a 12 de Março, e só teve alta no dia 14 de Julho “.
Para nós casal foi bem difícil todo este tempo, sem passeios entre outras coisas, mas sempre fomos curtindo um pouco, pois os Pais, irmã/cunhado e os sobrinhos vieram até nossa casa.
Este intervalo de tempo, deu para pouco, mas isso virá em outro dia breve, assim espero.
Abraço, e comentem se der para tal…
-1 – foto de como foi a fratura