Meu shortinho de lycra e o porteiro tarado – Parte 1

Na época desse relato eu ainda dividia apartamento com uma amiga num condomínio próximo ao meu estágio e como eu odiava cozinhar, toda noite vivia pedindo algo para comer, porém, na maioria das vezes me esquecia de descer antecipadamente para receber e sempre o motoboy tinha que me ligar. Isso mudou uma noite que um entregador quase brigou comigo pela demora em atendê-lo, desse dia em diante comecei a descer para esperar em algum banquinho lá na portaria.

Eu sempre dava boa noite para o porteiro, não passava disso, mas com aquele tempo lá parada Beto começou a puxar alguns assuntos comigo, como percebo tarado de longe, logo notei bem o jeito que ele me olhava. De começo ignorei, ele não era o primeiro e nem o último cara que me olhava daquela maneira, porém, chegou uma noite que aquele homem perdeu o controle e deixou o tarado vir à tona.

Eu nem me preocupava com a roupa que ia receber as entregas, então não pensei e saí com um shortinho antigo que eu tinha desde quando era mais nova, costumava ficar apertado, mas por ser de lycra esticava bastante e era confortável, porém só fui perceber que estava com esse short no momento que notei aquele homem olhando para minha cintura enquanto eu caminhava em direção à portaria.

Minha consciência desceu instantaneamente para o meio das minhas coxas, deu para sentir o tecido esticado sobre os lábios da minha bocetinha, mesmo de calcinha devia estar marcando horrores, até tentei fechar um pouco mais as coxas ao caminhar, mas isso só fez a barrinha do short subir e parecer mais coladinho que o normal. Eu não sabia onde enfiava a cara, ainda assim tive que me aproximar para aguardar a entrega enquanto aquele homem me comia com os olhos, nem me sentei no banquinho me sentindo intimidada por aqueles olhares enquanto ele me dava um boa noite.

Uma conversa trivial estava quase impossível naquela situação com ele me olhando, então sentindo um pouco de raiva perguntei:
- O que foi beto?
- Nada Bia, Deus é mais!
- Como assim? Fala!
- Não da, tem coisa que não se fala em público.
- Eu sei o que está pensando, não sou inocente!
- Sabe mesmo? Certeza?

Novamente ele olhou minha cintura, tentei me justificar:
- Eu saí correndo de casa, nem percebi que estava vestida assim...
- Não tem problema nenhum, pelo contrário...
- Besta! To até com vergonha!
- Vergonha? Devia estar é orgulhosa!
- Do quê?
- De ser maravilhosa assim!

Eu estava virada de lado para ele, mas o safado até esticou o corpo para fora da janela da guarita para me olhar inteira novamente, já o diabinho que habita minha mente me deu uma tentação gostosa de provocá-lo, me virei novamente de frente, Beto fixou o olhar na direção da minha cintura e voltei a perguntar:
- O que foi? Fala!

Beto olhou para o lado para ver se não tinha ninguém por perto e perguntou:
- Posso mesmo?
- Fala, já disse que pode!
- Meu pai amado, você é maravilhosa!
- Seu tarado! Não tem vergonha?
- Você disse que eu podia falar!

Apenas dei mais umas bravejadas com ele e felizmente o motoboy chegou para entregar meu pedido, mas aquela não era minha noite de paz, até o motoboy me comeu com os olhos enquanto me entregava o jantar, voltei para casa sem saber se ficava com vergonha ou raiva daqueles tarados. No dia seguinte não sei o que deu na minha cabeça quando fui descer para aguardar meu jantar, mas vesti novamente aquele short, coloquei uma blusa na cintura para disfarçar caso tivesse mais alguém lá e desci, aquele homem estava mais solto ainda para puxar assunto comigo, para meu tormento eu também gostava de me sentir desejada.

Foi então que após algumas conversas ele acabou dizendo:
- Desculpa Bia se ontem fui muito abusado, pode se vestir do jeito que você quiser!
- Relaxa Beto, não me incomodou, sempre saio com a roupa que gosto independente do que pensem

Dei uma afrouxada no nó que amarrava minha blusa na cintura e no mesmo instante aquele safado fixou os olhos nas minhas coxas, comecei a sentir uma certa excitação com aqueles olhares e então tirei de vez a blusa da cintura e comentei:
- Não disse...

Beto olhando para meu corpo todo apenas comentou:
- Melhor eu ficar quieto senão apanho...
- Vocês homens são uns safados, não tem nada de mais na minha roupa ué!
- Na roupa não Bia, é em você!
- O que tem eu?
- Maravilhosa dos pés à cabeça!

Agradeci o elogio e olhei para aquele moreno alto com cara de safado, no mesmo instante pensei nos tipos de coisas que ele devia estar querendo fazer comigo, foi então que o diabinho da safadeza acordou dentro de mim de vez. Já faziam meses que eu não saía com ninguém, após terminar meu namoro e começar meu estágio minha vida era tão corrida que a última coisa que eu pensava era relacionamento, levantava cedo para o estágio, a noite já ia direto para a aula e nos finais de semana ainda tinha que estudar.

Para meu tormento o desejo acumulado aflorou dentro de mim de forma involuntária tudo de uma vez, aquele calorzinho que tira a lucidez da nossa mente começou a brotar no meu ventre e eu não soube mais como reagir na frente daquele homem, foi então que tentando me desvencilhar dos pensamentos resmunguei para ele:
- Pode parar, você deve falar isso para todas! Não sou dessas... - Fiz cara de brava
- De jeito nenhum Bia! Só você que me deixa assim!
- Mentiroso, fala pra todas que passam aqui, eu sei!
- Claro que não! Nunca teria coragem de falar essas coisas porque estou trabalhando, se descobrem vou pra rua..
- Hmm, sei... - Fingindo duvidar da sinceridade daquele tarado
- É sério, te ver que me faz perder o controle!
- Faço como? O que você quer fala!

Eu sabia bem o que aquele tarado queria só do olhar pelo meu corpo, mas aquele joguinho me excitava, só que infelizmente tinham umas pessoas chegando na portaria e sequer tivemos chance de continuar a conversa. Naquela noite, voltando para meu apartamento percebi o que estava acontecendo, minha mente estava começando a ficar atormentada pelo desejo acumulado, estava quase no ponto de me entregar para coisas erradas...

Continua...