Eu sempre me perguntava quem tinha tempo para motel àquela hora. Agora entendia: quando a vontade batia, qualquer hora era hora.
Minha insegurança atrapalhava. Achava que logo levaria um pé na bunda, mas ela só se aproximava mais: presentes, fotos, mensagens sem parar. Confesso: eu gostava. Venerava Rose.
O segredo tornava tudo mais gostoso, mais perigoso. Adorava mandar mensagens safadas para ela.
“Só penso em você sentando na minha rola. Saudades.”
“Você me deixa molhada com essas mensagens”, ela respondia. “Domingo vou almoçar na sua casa.”
O domingo chegou voando. A campainha tocou. Abri a porta: Rose, sozinha. Sem marido. Sorriu com aquele jeito de quem sabe o poder que tem. Quase engoli em seco.
Estava um escândalo: cabelos loiro-platinado com mexas brancas caindo em ondas até os ombros, bronzeado artificial brilhando na pele. Vestido preto justo, colado como luva, marcando seios fartos, cintura fina, quadril largo. Saltos altos a deixavam mais alta, mais dona do pedaço. Bolsa pequena, sorriso de quem já venceu.
— Oi, querido — disse, beijando meu rosto devagar demais. O perfume doce invadiu tudo. Saudade daquele cheiro.
Entrou rebolando sutil. Minha mãe a recebeu com abraços e gritinhos de “quanto tempo!”. Fiquei ali, fingindo mexer no celular, mas só olhando.
Minutos depois, cozinha. Mãe no fogão, Rose na bancada, pernas cruzadas, vestido subindo nas coxas.
— Meu Deus, como você tá bonito — disse ela, alto o bastante para minha mãe ouvir. — Tá virando homem de verdade. Sua mãe deve ter orgulho.
Minha Mãe riu, sem desconfiar.
— Ele é meu orgulho, sim. Mas ainda é meu bebê.
Rose me lançou um olhar de canto, mordendo o lábio. Só eu vi.
— Bebê? Esse aí já é homem feito — retrucou, tom inocente que não enganava ninguém.
Sorri sem graça. O sangue subiu. Ela se inclinou um pouco; o decote quase me hipnotizou. Eu amava aqueles seios balançando enquanto a comia.
A conversa rolava, cheiro de assado no ar. Mãe bateu na testa.
— Ai, acabou o molho de tomate!
Levantei rápido.
— Eu vou buscar, mãe.
Rose ergueu a sobrancelha.
— Eu vou com ele — disse, já de pé, ajeitando o vestido que subiu mais um centímetro. — Preciso de ar. E posso ajudar a escolher o molho.
— Tá bom, mas não demorem.
Saímos pela porta dos fundos. Carro na garagem, sol forte no capô. Entrei no banco do motorista. Rose deslizou para o passageiro com lentidão calculada, vestido subindo até a virilha. Liguei o motor. Ar-condicionado gelado.
Mal saí da garagem, ela virou o corpo inteiro para mim. Cinto apertando os seios contra o tecido fino.
— Finalmente sozinhos — sussurrou, voz rouca. — Você fica lindo dirigindo.
Engoli seco.
— Rose…
— Shhh. — Puxou o decote. Renda preta do sutiã. Seios quase saltando. — Olha pra mim.
Olhei de relance. Ela sorriu, abriu as pernas devagar. Vestido até a virilha. Calcinha de renda preta, fina, quase transparente. Dois dedos afastaram o tecido. Buceta depilada, brilhando.
— Tô molhada desde que entrei na sua casa — gemeu. — Só de pensar em você me comendo no motel…
Pisei no freio no semáforo. Coração na boca. Ela riu, se tocou devagar, olhos cravados nos meus.
Abriu meu zíper. Dedos frios envolveram meu pau já duro.
— Olha o que você faz comigo — sussurrou. Começou devagar. Polegar na cabeça. — Acordo pensando nisso. Durmo pensando nisso.
Agarrei o volante. Pé tremendo no acelerador. Ela acelerou. Mão firme, subindo e descendo com vontade. Seios balançando a cada solavanco. Puxou mais o decote. Sutiã escorregou. Mamilo rosado, duro.
— Me diz que quer tanto quanto eu — pediu, voz rouca, olhos no meu pau. — Me diz que não aguenta mais.
— Rose, a gente tá no carro…
Ela apertou mais. Punheta rápida, quase bruta. Som úmido no silêncio.
— Não ligo. — Inclinou-se, lambeu a ponta com a língua quente, voltou a bater. Cabelos loiros no meu colo. — Largo tudo. Casamento, casa, carro. Só quero você me fodendo todo dia. Vou me separar essa semana. Juro.
— Calma… você tá falando sério?
Parou um segundo. Olhos marejados de tesão e algo mais.
— Nunca falei tão sério. — Voltou com força. Braço inteiro se movendo. — Te amo, caralho. Te amo desde o primeiro nude. Faço qualquer coisa. Qualquer.
Gemi. Prazer subindo, cabeça girando. Mercado a dois quarteirões. Ela se contorcia no banco, calcinha de lado, dedos enfiados na buceta enquanto me batia.
— Goza pra mim — ordenou, voz trêmula. — Goza pensando que sou sua. Só sua.
Gozei forte. Jatos quentes na mão dela, no volante, no banco. Ela lambeu os dedos devagar, olhos nos meus.
— Agora dirige — disse, ajeitando o vestido com calma.