A academia começava a esvaziar. Fim de tarde. A luz âmbar do sol batia nas janelas altas e riscava os aparelhos com tons metálicos. Os poucos que ainda treinavam estavam nos últimos exercícios. Você também. Mas não pela necessidade de treino — e sim por ele. O cara do agachamento livre. Braços cobertos por veias, costas amplas, short colado nas coxas grossas. Rosto fechado, barba por fazer. Um tipo de masculinidade que não se explica, só se impõe. Ele não falava com ninguém. Só cumprimentava com um aceno seco. Mas seus olhos, hoje, ficaram mais tempo do que o normal em você. E você sentiu. Fingiu alongar, ajeitar o peso, secar o suor, qualquer coisa pra não sair dali. Ele foi até o bebedouro. Você também. Ombros roçaram. Pele com pele. Nenhum de vocês recuou. — Tá pesado hoje? — você disse, sem olhar direto, mas com firmeza na voz. — Sempre pesa mais no fim. — ele respondeu. Silêncio. Ele completa, depois de alguns segundos: — Você treina bem. Já reparei. Aquela frase caiu com o peso de um convite. Um sinal. E você não perdeu a chance. — Quer alongar no vestiário? — a pergunta saiu natural. Como se aquilo fosse rotina. Ele aceitou com um simples levantar de queixo. No vestiário, vazio e abafado, o som dos passos ecoava no piso molhado. Ele tirou a camiseta. Você também. Os dois só de cueca. Corpos suados, tensos. Você chegou por trás. Encostou. Guiou os ombros dele num alongamento qualquer, só pra tocar. Suas mãos desceram devagar até o abdômen firme dele. Ele não recuou. Quando virou o rosto e os olhos dele te encontraram, não havia mais dúvida. Você encostou a boca na barba dele. Ele segurou sua nuca. O beijo veio seco, firme, cheio de urgência. Línguas, dentes, suor, força. Nenhuma palavra. Você se ajoelhou, sem hesitar. Ele tirou a cueca. O pau dele estava grosso, quente, pulsando. Você o engoliu com fome contida, como se já soubesse o sabor. A mão dele na sua cabeça guiava o ritmo. Gemidos baixos. Ele te fodia a boca com o mesmo domínio com que pegava peso: direto, profundo, controlado. Depois, ele te puxou. Beijou sua boca lambida de sêmen e suor. Te virou de costas. Desceu sua cueca devagar, com reverência. E então, ajoelhou. Sim, ele. A língua quente dele encontrou sua entrada com precisão. Você arqueou. Ele te comeu com a boca como se fosse um prêmio merecido. Sem parar. Até você tremer. Então, ele se levantou, cuspiu na mão, se molhou. Alinhou o corpo ao seu. E entrou. Lento, profundo. Você gemeu baixo, viril. Ele começou a te foder com ritmo, com controle. Os dois suando, colados, respirando pesado. O som dos corpos batendo preenchia o vestiário como uma trilha primal. Ele te segurava firme, marcando território. Quando gozou, grunhiu seu nome no seu ouvido, grave, rouco, homem. Você veio logo depois, jorrando no banco e no piso, sem nem encostar no pau. O corpo respondia sozinho. Satisfeito. Animal. Ficaram ali por um tempo. Ofegantes. Encostados um no outro. Ele passou a mão nas suas costas como quem agradece sem dizer nada. Nenhuma palavra foi dita. Só um olhar antes de sair — o tipo de olhar que promete mais. Que afirma o que nenhum dos dois ousaria dizer em voz alta: Isso não foi um acaso. Foi o começo.
Faca o seu login para poder votar neste conto.
Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.
Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.
Denunciar esse conto
Utilize o formulario abaixo para DENUNCIAR ao administrador do contoseroticos.com se esse conto contem conteúdo ilegal.
Importante:Seus dados não serão fornecidos para o autor do conto denunciado.