Durante a madrugada passada, percebi estar cometendo um grande erro. O de fingir que essa história não fosse minha, mas é.
Usei a terceira pessoa como uma proteção, talvez medo. Hoje em dia está difícil acreditar em alguém. Como se isso me afastasse da responsabilidade do que estava dizendo, como se fosse só uma narradora qualquer, observando de longe, quase como quem conta um segredo que não quer admitir.
Era mais fácil assim. Mais seguro para mim e para eles. Mas durante a madrugada, percebi estar me escondendo da parte mais verdadeira da minha vida. O de tentar disfarçar o que vivo com a mamãe e meu irmão. Quero colocar em palavras aquilo que grita dentro de mim, estava fazendo-me perder a coisa mais preciosa que tenho: a porra da minha história.
Essa é minha história. E eu cansei de tratá-la como se fosse de outra mulher. Não é. Sou eu. Fui eu que me apaixonei pelos dois. Fui eu que beijei a minha mãe naquela noite chuvosa. Fui, eu, que tremi ao encostar no meu irmão pela primeira vez com medo e com desejo.
Fui eu que chorei escondida no banheiro, que ri com eles até doer a barriga, que passei noites acordadas ouvindo a respiração deles, tentando entender como tive tanta sorte — e também tanto medo ao mesmo tempo.
Não quero mais contar como se fosse uma ficção, porque essa vida que a gente leva, mesmo com suas dores e segredos, é a mais real que eu já vivi e ainda vivo.
Assumir minha voz foi uma libertação. Uma entrega. E se é para contar essa história… que seja de corpo inteiro. Com todas as minhas memórias, todos os meus desejos, todas as minhas verdades.
Não quero mais desperdiçar a maior oportunidade da minha vida: a de me escutar, de me revelar, de me amar do jeito que sou — amando dois corpos, duas almas, num só lar.
Meu nome é Carolina. E essa… é a minha história.
Trabalho como designer gráfico, o que lhe dá liberdade para trabalhar de casa. Sou inquieta, provocadora, cheia de atitude — sou uma ‘menina-mulher mimada’. Passo horas ouvindo playlists no YouTube enquanto desenho capas de livros independentes e posts para redes sociais de pequenas marcas.
Meu estilo é ousado: amo usar lingeries, calças jeans rasgadas, tops justíssimos, tênis All Star de cano alto, sapatos, sandálias, botas de salto alto. Por baixo, sempre escolho uma lingerie que poderia facilmente ser o look principal. Amo as cores vinho, azul-petróleo ou nude transparente.
Adoro tirar selfies sorrindo. Tenho seguidores nas redes sociais, onde posto fotos do corpo, das tatuagens e por onde passo.
Atualmente estou solteira, porém, tive três relacionamentos sérios. Sou ciumenta, gosto de dominar e provocar. Tenho uma ligação intensa com a minha mãe, e com meu irmão. Sempre brinco: o fogo em mim que nunca esfria. Sou uma mescla de devoção e atração.
Agora vou falar um pouco do Juliano. Ele é bom homem. Trabalha como fisioterapeuta numa clínica particular. Meu irmão é metódico, observador, tem um físico que mescla o cuidado da academia com a preguiça de quem odeia rotina. Tem mãos grandes, um olhar quieto e voz grave. É o cara que resolve tudo. Após a morte do nosso pai há 15 anos, ele é o homem da casa, o que se divide entre responsabilidade, segredos e desejos.
Meu irmão é vaidoso, corpo depilado, sempre com o cabelo cortado, malha quatro vezes na semana. Gosta de ir a festas liberais escondido da namorada.
Tem preferência por camisetas lisas, calças de sarja e tênis pretos. Gosta de roupas práticas, sempre usa cuecas box, das quais eu e a mamãe, adoramos arrancar com os dentes.
É fã de filmes antigos, especialmente noir e terror psicológico. Tem um fraco pelo rock, gosta de músicas eletrônicas.
Foi para o Chile com Isabella, sua namorada, dois meses atrás — uma viagem com muitas fotos postadas. Ele é o único de nós três que tem um relacionamento.
Falando na Isabella, ela tem 24 anos, estuda direito e nem sonha que o namorado dela mantém relação de incesto, comigo e com a nossa mãe.
Tenho certeza de que cada beijo que ele dá na Isabella não é o mesmo beijo que ele dá na gente. E vou além: cada transa que ele tem com ela difere comigo e com a mamãe. Conosco, ele se sente inteiro. Com Isabella, ele tenta se sentir normal.
Agora, irei falar um pouquinho da mamãe. Ela é o tipo de mulher que não envelheceu. Aos 50, ela está lindíssima. Mamãe gosta de fazer exercícios físicos. Cuidar da beleza. É terapeuta holística, atende em sua clínica. Lá é um espaço zen com incensos, música calma e cristais espalhados entre samambaias e almofadas coloridas.
É fã de sertanejo, de vestidos longos, mas não abre mão de uma boa lingerie rendada preta mesmo nos dias mais frios. Usa perfumes adocicados e gosta de joias caras. Nos pés, ela geralmente usa rasteirinhas e tem uma obsessão por botas de couro com salto fino.
Mamãe viajou para Portugal, Espanha, Estados Unidos, Tailândia e Argentina. Aprendeu a gostar de festas liberais. É só olhar os álbuns e vai ver que não estou mentindo.
Nos últimos meses, prefere está preferindo ficar em casa. Evita redes sociais, porém, posta frases de efeitos no status do WhatsApp.
Entre nós três, ela é a mais centrada, também a que guarda mais fogo quando transamos. Quando ela toca, é com intenção. Quando ela fala, é com doce veneno. Acho que a descrevi com perfeição.
O que começou com uma brincadeira, naquela noite de 5 de novembro de 2012 — Não vou culpar o montante de vinho que tomamos, ou irei? Já contei como começou no conto passado.
Entre beijos e gemidos sobre o carpete da sala — se transformou em um pacto proibido. O negócio foi tão sério que até fizemos uma reunião depois se decidíamos continuar ou esquecer.
Em novembro desse ano, vai fazer treze anos desde a primeira vez. Lá vai doze anos de amor, de companheirismo, de aventuras, de pecado, de tudo.
Agora vou contar sobre a nossa primeira viagem, após o nosso começo. Foi para Trancoso, em dezembro de 2012, ainda naquele verão. Ficamos tão empolgados, mamãe alugou uma casa de temporada na beira da praia, com coqueiros balançando e muita natureza em volta, com um deck que serviu de nossa testemunha.
Lembro-me bem desse dia. Estávamos encantados por tudo que estava acontecendo conosco. A brincadeira era boba. Brincávamos de pega-pega, na areia, ao pôr do sol, em frente à casa alugada.
Eu usava biquíni azul e rasteirinhas. Mamãe, um maiô branco, e também de rasteirinhas, e o Juliano de calção preto, sem camiseta e chinelos havaianas. Ele filmava tudo com a câmera digital. Nesta época, em 2012, os celulares não eram tão bons gravando.
Ele, ainda moleque, com a testosterona a mil, à flor da pele, o pênis do meu irmão ficou duro lá na areia da praia, ao ver nós duas correndo uma atrás da outra, perto da água e ao som das ondas.
Tinham poucas pessoas na orla andando na areia. As mais próximas, tipo cem, duzentos metros de distância da gente. Foi a mamãe que notou o volume entre as pernas do Juliano. Ela me avisou, falando no meu ouvido: Carol, olha o Juliano, acho que ele tá…”
Eu ri quando vi. De fato, o volume era evidente, e a ideia de que meu irmão ficou excitado com a nossa brincadeira também me deixou animada, acho que até com mamãe. Foi ela que notou meu irmão de pau duro. Aí combinados de correr atrás dele. Sem dizer nada, eu e a mamãe corremos atrás do Juliano.
Juliano percebeu e saiu correndo, fugindo de nós em direção à casa alugada. Fomos atrás, com os pés cheios de areia da praia, subindo os degraus, depois batendo no chão de madeira da varanda.
Entramos correndo pela sala, mas ele era mais rápido que nós duas.
Quando chegamos o Juliano se escondeu atrás da porta e nos deu sustou. Mamãe e eu gritamos. Depois disso, o ambiente mudou, saiu a brincadeira de correr, dando lugar a algo mais forte, digamos: mais proibido.
Nós três ofegantes, meu irmão encostado na parede e nós duas próximas dele. Mamãe o beijou primeiro, um beijo intercalado com pausas devido à corrida. Eu passava as mãos pelo seu peito e as costas dela, sentindo suas respirações rápidas. Ele me puxou pelo braço, descolando-se da boca da mamãe, e nossos lábios se encontraram em um beijo profundo, cheio de culpa, por que não? Mas cheio de desejo.
Recordo-me desse dia, meu biquíni e o maiô da mamãe, mais o calção dele, não demoraram para cair ao chão. Gemíamos mesmo sem ainda ter transado. O anseio, a pressa era tanta que nem nos importamos em arrumar os trajes de banho e fechar a porta, somente queríamos sentir, de extravasar, sei lá, mais o quê?
Fomos para o quarto, onde a mamãe teve o cuidado de fechar pelo menos as cortinas, onde a luz fraca do final de tarde entrava pela janela. Eu e ele já estávamos deitados aos beijos na cama.
Em seguida, ela veio e se juntou a nós. Ele me beijou. Eu o beijei. Mamãe me beijou. Eu a beijei. Eles se beijaram. Ela foi a primeira a receber a penetração do meu irmão. Hierarquia, né? Mamãe foi indo por cima. Eu, excitada vendo meu irmão e minha mãe transar na minha frente. Agora, escrevendo, lembro de cada cena.
Sentei-me na boca Juliano, sentindo sua língua brincar na vagina com uma intensidade que me fez dar gritinhos e gemer, até cheguei a beijar a mamãe. Ela ficou cavalgando em cima dele. E eu me concentrando nas suas linguadas, sentindo um tesão do caralho. Ele intercalava entre me segurar e segurar a mamãe.
Depois, foi a minha vez. Recordo-me de ter ficado de quatro. Ele entrou em mim na xota, e eu gemi. Mamãe, ao lado, ficou nos observando, tocando a si mesma, beijando-o.
Nesta época, ele não era bom de cama. Gozava muito rápido, tinha ejaculação precoce. Diz ele: ter perdido a virgindade antes de nós, com uma amiga de escola. Ele tinha 16 na época dessa viagem.
Recordo que ele gozou rápido, não me dando tempo nem de aquecer, tirou e gozou nas minhas costas. Mamãe riu, passando as pontas dos dedos na região onde ele ejaculou, espalhando com a palma da mão, o sêmen em mim.
Tive a ideia de nós três irmos banhar. Fizemos o Juliano passar o sabonete na gente e depois nos ensaboar. Brincadeiras daqui, de cá, eu e a mamãe nos ajoelhamos na frente do meu irmão, que estava de pé, com o membro daquele jeito. Garoto novo, sabe como é, né?
Nós duas compartilhamos, o chupamos juntas. Ele ficou “sambando”, inquieto, passando as mãos em nossos cabelos, sentindo nossas bocas e mãos disputando território.
Depois, primeiro, ele pegou a mamãe de pé, com ela de costas. Eu ao lado, observando e me tocando intensamente. Não sobrou tempo para mim, na emoção, meu irmão gozou dentro dela. Esqueceu de tirar. Ele fazia isso direto, sempre, ainda não conseguia segurar.
Às vezes, eu me pergunto, como conseguimos manter isso em pé por tanto tempo. Mamãe ainda morre de medo de que alguém, um vizinho, um parente, descubra.
Falar isso em voz alta ainda me assusta. Não porque me arrependo — porque não me arrependo nem um segundo — mas porque o mundo aqui fora não tem estrutura para entender o que vivemos.
Eu tinha 18 anos quando tudo começou. Era só uma garota qualquer, confusa, preocupada em passar no vestibular, cheia de vontades e perguntas. E de repente, me vi tocando a pele da minha mãe e a desejando ao mesmo tempo. Louco, isso? Me vi apaixonada pelo meu irmão. Nas nossas transas, eu não o via como irmão.
Ele sempre foi protetor, mais depois do falecimento do nosso pai. E mais do que tudo, Juliano virou o homem da casa.
Foi muito esquisito beijar minha mão na boca. Sempre foi. Antes mesmo de qualquer beijo, eu a admirava. E quando tudo mudou entre nós, eu senti como se algo antigo se revelasse. Como se estivéssemos só cumprindo o que já estava escrito. É muito doido.
Não lembro o ano. Juliano havia acabado de tomar banho para ir à faculdade. Só esperei ele abrir a porta e sair. Eu o beijei no susto, foi no automático. Nossos corpos se entenderam antes de qualquer coisa. E ali transamos… mamãe não estava, foi impossível parar.
Mas nunca foi fácil. Acredite. A gente precisou esconder tudo, mudar a estrutura da casa, como: aumentar o tamanho do muro da casa, colocar câmeras, escurecer com insulfilme os vidros das janelas. Evitar amizades com os vizinhos, amigos de escola, faculdade e colegas de trabalho.
Odiamos e odiávamos receber visitas de parentes em casa. Era um ‘deus nos acuda’. Já me vi chorando sozinha no quarto, depois de um almoço com familiares em que precisei fingir sermos somente uma casa normal. Perdi amizades por me afastar. Terminei dois relacionamentos por medo de ser descoberta. Porque eu sempre percebia: um deslize, uma frase mal colocada, um gesto entre mim e Juliano… ou entre mim e a mamãe… e alguém começava a desconfiar.
Lembro de um namorado que tive por três meses, seu nome era Fábio. Ele dizia que eu era “distraída demais”, que parecia “apaixonada por outra pessoa”, mesmo quando estava com ele.
E ele tinha toda razão, era verdade. Eu voltava pra casa toda noite, com saudade deles. Não era justo com o Fábio. Não, não era justo comigo. Eu terminei, chorei de alívio mesmo, porque eu não queria casar com ele.
A gente criou códigos. Criou regras. Criou silêncios. Tínhamos dias em que precisávamos fingir distância em casa, porque havia parentes vindos de São Paulo. E isso era foda, sabe? Fingir que não quer tocar. Fingir que não quer beijar.
Mas toda vez que ficávamos sozinhos, voltávamos um para o outro, bastava uma noite juntos. Um abraço demorado. Um café da manhã, com os pés tocando embaixo da mesa. E eu lembrava por que escolhi isso. Não é só sexo — apesar de termos histórias que dariam livros e mais livros. É amor. É um tipo de amor que me ensinou a ouvir, a ceder, a cuidar. Conheço o corpo dos dois como conheço as linhas da própria palma.
Já pensei muitas vezes no que seria da minha vida sem eles. Eu e meu irmão ainda moramos na casa da nossa mãe. Já pensamos em ir embora, cada um comprar sua casa, seu apartamento. Já me perguntei se seria melhor tentar ser “normal”. Mas o que é normal, afinal? Amar e transar com dois parentes de sangue? … Não deveria ser um crime, nem é crime.
A gente se protege. A gente briga, discute, fica sem falar com o outro, como num relacionamento. A gente se guarda. Mas prefiro viver essa verdade do que qualquer outra.
Hoje, mais madura, com 30 anos, eu olho pra tudo o que vivemos e sinto orgulho. Sinto um tipo estranho de paz. Porque amar é sempre um pouco como se despedir o tempo todo. Mas amar assim também me fez ser quem eu sou. E eu não trocaria isso por nada.
Nos próximos contos/relatos. Vou contar do jeito que foi. Do jeito que senti. Com cada toque, cada chupão no meu pescoço, cada tremor de prazer. Vou contar das vezes em que estive só com o Juliano. Quando era ele me pegava de jeito faminto. Vou te mostrar como era quando a gente se trancava no quarto com a desculpa de um filme, mas mal dava tempo de dar play. Os beijos, os gemidinhos, o suor, os arrepios… tudo.
Também vou contar das noites sexo entre mim e a mamãe. Quando só restava a umidez de nossas bocas, nossos seios, nossas coxas. Quando eu me sentia não só desejada, mas profundamente amada por ela. Mamãe ainda me toca como quem lê minha alma. Afinal, mãe é mãe, né? E às vezes, tudo o que eu mais precisava era exatamente isso: ser lida.
Houve muitas noites em que os três transava a exaustão, falarei delas também, claro. Mas agora, vou encerrar esse depoimento aqui, porque cada um tem sua história. E cada pessoa guarda sua verdade.
Eu estou pronta pra contar todas as minhas. Página por página. Gota por gota.
Carol.
Imagino que devem ser unidos e confidentes um do outro. Q texto lindo. Q narração épica. Já tô ficando fã de vcs.
É um tipo de conto de pegar o rolo de papel higie... senta na cadeira e descascar a bronha até gozá , crlho
Oie. Eu escrevo em primeira pessoa justamente por isso. Pra me libertar da minha clausura em me comportar como uma dama exemplar, sendo tão rameira e lasciva por dentro. Ponho pra fora aproveitando da proteção, do cenário e do contexto do site, onde podem me julgar, mas jamais me condenar. Parabéns à essa família de gente linda. Seu irmão é um tesão! Kkkkk... Bxos.
Gostei - continue escrevendo mais
Impactante, mesmo nesse site. Sem palavras pra descrever tanta coragem, que delícia, amei ler 👄
Há relatos que transmitem uma profundidade que vem da alma, uma intensidade que grita como alerta do que sufoca. Amor e prazer jamais se prenderão a convenções morais e sociais. Um poderoso testemunho, que show!
Nossa Carol...amo acompanhar vcs nos teus relatos. Obrigado por compartilhar conosco. Aqui não tem apenas tarados por sexo. Não... Tem pessoas como eu que usam essas ferramentas para desabafar sentimentos que sao reprimidos devido a uma sociedade retrógrada, preconceituosa e cheia de falsa moralidade. Adoro ler e me excitar com a relação de vocês. Bjs: Jhon
Adorei os relatos
Se estiver querendo ou precisando de um parceiro pra encarar essa jornada...