Meu anjo (3/5)



Oi, Anjo.        
Eu preciso escrever, porque se não botar isso pra fora eu vou explodir.
A cada dia que passa, eu sinto que tô me enrolando mais nessa teia que eu mesmo deixei acontecer.
Acordei ontem com o cheiro dele ainda no meu lençol.
A cena da noite passada ainda grudada na minha pele: o corpo quente, o gemido, o prazer proibido.
E, junto, a culpa. Sempre a maldita culpa.
Victor me mandou mensagem logo cedo:
"Mano, ontem foi uma loucura no trabalho, desculpa por ter furado. Vinni curtiu o filme?"
Eu encarei a tela por uns segundos, o coração apertando.
Respondi com o mais neutro possível:
"Sim, tranquilo. A gente viu o começo e depois ele foi embora."
Mentira descarada.

Naquela tarde, Victor apareceu na minha casa.
Chegou rindo, jogando o tênis no canto da sala, como sempre fez.
— Cara, o Vinni tá meio estranho. — Ele falou isso depois de um tempo, mexendo na geladeira como se fosse a casa dele.
Eu senti o estômago gelar.

— Estranho como? — tentei soar casual.
— Não sei… meio distraído. Tipo… distante. — Ele pegou uma garrafa d’água e me olhou. — Ontem mesmo, quando falei que não ia conseguir ir ver o filme, ele ficou mudo no telefone. Você percebeu alguma coisa?
Eu engoli seco, sentindo o suor frio na nuca.
— Não… acho que ele só tava cansado mesmo.
Victor se jogou no sofá e suspirou.
— Espero que seja só isso. Porque eu gosto dele, sabe? Esse cara me faz bem.
Eu só consegui balançar a cabeça, sorrindo fraco.
Por dentro, Anjo, eu tava derretendo de vergonha.
Ele confiava em mim. Ele sempre confiou.

Eu jurei pra mim mesmo que ia parar.
Que aquela noite tinha sido a primeira e última.
Mas no dia seguinte, Vinni me mandou mensagem:
"Tô passando perto do teu prédio. Café?"
Eu hesitei.
Olhei pro celular umas dez vezes antes de responder.
"Não posso hoje, tô cheio de coisa pra fazer."
Mentira. Eu só tava tentando salvar o que restava da minha consciência.
Ele mandou uma carinha triste.
"Então amanhã."
E, claro, no dia seguinte, ele apareceu.

Lá estava ele, encostado no carro, camiseta clara e óculos escuros, sorrindo como se nada pudesse dar errado.
Eu sai do prédio, parando na sua frente, ignorando todo o meu bom senso.
— Você tá me evitando, Gabriel? — ele perguntou, direto.
— Eu tô tentando… — eu sussurrei, sem conseguir encará-lo por muito tempo.
Ele deu um passo na minha direção, e o perfume dele me atingiu.
— Eu não consigo parar de pensar em você.
Anjo, eu juro que tentei ser forte.
Eu tentei lembrar do Victor, da nossa amizade, de tudo que tava em risco.
— Isso tá errado — eu falei, sentindo minha voz tremer.
— Então me manda embora — ele desafiou. — Olha nos meus olhos e diz que não quer.
Eu não consegui.
Porque eu queria. Queria demais.
Ele segurou meu rosto e me beijou ali mesmo, na porta do meu prédio.
Beijo quente, língua, dentes batendo.
Eu puxei ele pra dentro quase sem perceber.
No elevador, já era só mão e boca.
A gente se encostou na parede espelhada, e eu senti o pau dele duro contra o meu.
O reflexo no espelho parecia mostrar quem eu realmente era: um traidor excitado demais pra se importar.
Chegamos no meu apartamento tropeçando nos próprios pés.
Ele tirou a camiseta antes mesmo de fechar a porta. O corpo dele brilhava com o calor do dia.
Eu ataquei o pescoço dele, sentindo o gosto salgado da pele suada.
As mãos dele apertavam minha bunda com força, e a gente se espremeu contra a parede da sala.
Ele ajoelhou ali mesmo, abriu meu zíper e puxou minha cueca junto.
Meu pau pulou livre, já duro e louco de tesão. Vinni engoliu sem aviso, e eu tive que morder o punho pra não gemer alto.
— Porra… — escapou da minha boca. — Assim você vai me fazer gozar rápido demais.
Ele só riu com os olhos e chupou mais fundo.
A boca dele quente, molhada, subindo e descendo com fome.
Eu agarrei os cabelos dele, sentindo sua chupada que me deixava cada vez mais louco.
Quando senti que ia gozar, puxei ele pra cima.

— Não… quero sentir você.
Levei ele pro quarto. Tirei a calça dele devagar, deixando ele nu na minha frente.
O pau dele duro, grosso, brilhando na ponta. Eu beijei, lambi, chupei até ele gemer meu nome.
Depois, virei ele de costas.
A bunda perfeita dele na minha frente me fez esquecer de tudo por alguns segundos.
Beijei, lambi, senti ele tremendo.
— Mete logo… — ele gemeu, impaciente.
Coloquei a camisinha, passei lubrificante e entrei devagar.
A sensação dele me recebendo apertado, quente, me arrancou um gemido.
Comecei devagar, depois mais forte, segurando na cintura dele.
Ele rebolava, gemia, e pedia mais.
Cada estocada era uma mistura de prazer e tesão. Naquele momento, só existia o calor do corpo dele e o som dos nossos gemidos.
Eu gozei primeiro, tremendo, sentindo o corpo inteiro vibrar.
Ele se virou e terminou se masturbando na minha boca, gozando no meu peito.
Caímos exaustos na cama.
E, como sempre, depois do prazer veio o peso.
Vinni dormiu rápido, satisfeito.
Eu fiquei acordado, olhando o teto, pensando no Victor.

No outro dia, o Victor me ligou de novo.
Falou que vai passar aqui no fim de semana, que sente que o Vinni tá distante.
E pediu:
"Mano, se tiver algo errado, você me fala, né? Você é meu anjo."
Eu fechei os olhos e quase chorei, Anjo.
Porque eu tô longe de ser um anjo agora.
Eu sou a sombra que tá destruindo o que ele tem de mais bonito.
E, mesmo assim… quando o celular vibra com o nome do Vinni, meu corpo inteiro responde.
Eu não sei mais quem eu sou nesse jogo.
Só sei que já tô afundado demais pra voltar.
Mais um pecado pra essa lista que você guarda pra mim.
E foi isso, Anjo.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico escritos

Nome do conto:
Meu anjo (3/5)

Codigo do conto:
239310

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
01/08/2025

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