Eu a provocava cada vez mais, descrevendo em detalhes tudo o que faria quando a tivesse em meus braços. Nas respostas, ela confessava o quanto estava excitada, que não conseguia resistir sem se tocar, às vezes precisando até de um banho frio para aliviar o tesão. Do outro lado da tela, eu também não resistia: me masturbava imaginando suas curvas sob minhas mãos, a boca que tantas vezes desejei devorar. A tensão, que começou com um vestido numa festa, agora queimava como fogo em cada troca de mensagem.
Numa dessas conversas, escrevi:
*"Acho que não vou aguentar mais só imaginar… precisamos sentir um ao outro."*
O coração disparou quando soube que a veria no evento de domingo. Ali, eu precisava conter todo o desejo, afinal, para todos, eu era apenas o “menino da igreja”. Mas dentro de mim, eu sabia: em breve a fantasia se tornaria realidade.
Numa noite de evento, aproveitei a chance de acompanhá-la ao levar uma amiga para casa. No caminho de volta, já a sós, meu corpo já não suportava a espera. Abracei-a forte e sussurrei ao ouvido: *“te quero muito”*. Ela estremeceu, mas seguramos a tensão.
Mais uma semana se passou sem que eu pudesse provar seu corpo. Até que, finalmente, criei coragem: a convidei para se encontrarmos numa quarta-feira, sob o pretexto de “conversarmos”. No fundo, eu sabia que queria possuí-la por completo.
Andamos de carro pela cidade até encontrar um local mais escuro, sob uma árvore florida. Parei o carro. O silêncio carregado dizia mais que mil palavras. Tirei o cinto devagar, me aproximei, toquei seu rosto, ajeitei uma mecha de cabelo e a beijei.
No primeiro instante, ela ficou surpresa, sem reação. Seu corpo tremia — não beijava alguém havia muito tempo. Mas logo se entregou. Nossos lábios se encontraram com cada vez mais intensidade, e cada beijo trazia o gosto de tudo que ainda estava por vir.
Naquela noite, descobrimos que a barreira tinha sido quebrada. Agora, já não havia mais volta: estávamos prontos para o próximo passo.