Neto chegou ao sítio no final da tarde de sexta, o coração batendo como um tambor. Trazia uma mochila com uma bermuda, seguindo o conselho de Verônica, mas esperando não precisar usá-la por muito tempo. Foi recebido na varanda por ambas, ainda vestidas com roupas leves de verão. A atmosfera era carregada de um doce suspense. Depois dos cumprimentos, Verônica, com uma doçura que não escondia sua firmeza, perguntou:
- "Neto, querido, você nos daria a permissão para ficarmos confortáveis? Gostaríamos de retirar nossas roupas”
Ele, com a voz um pouco embargada, apenas conseguiu acenar.
- "Claro. É a casa de vocês”
O que se seguiu foi um striptease casual, mas devastadoramente sensual. Elas não fizeram um show, mas cada movimento, cada peça de roupa descartada, era um convite. Primeiro os vestidos, depois as camisetas, e por fim as meias, até que ficaram paradas diante dele, não nuas, mas envoltas na seda e renda das lingeries novas. A preta e cinza em Verônica acentuava suas curvas maduras, realçando a pele morena. O azul-celeste em Juliana fazia seus olhos brilharem e sua pele jovial parecer ainda mais pura. Era, de fato, muito mais erótico do que a nudez completa.
- "Decidimos ficar assim” - explicou Juliana, girando para ele admirar o conjunto por completo - "Pelo menos até você decidir que está pronto para ficar nu conosco”
Neto engoliu seco, sentindo a bermuda que vestia (ele havia trocado a calça na chegada) ficar instantaneamente apertada. O jantar foi uma prova de fogo. Verônica, com notável desenvoltura, preparou uma massa deliciosa, enquanto Juliana arrumava a mesa, seus corpos quase nus, mas não completamente, deslocando-se pela cozinha com uma graça felina. A conversa era banal, cheia de risadas e lembranças, mas os olhares eram intensos, carregados de desejo não verbalizado.
Após a refeição, foram para a sala, onde terminaram a primeira garrafa de vinho tinto. O frio da noite começou a se instalar, e Verônica acendeu a lareira. O fogo crepitante lançou sombras dançantes sobre seus corpos semi despidos, criando um ambiente íntimo e primal. Sentaram-se no sofá grande, mas logo deslizaram para os almofadões no chão, em frente ao calor das chamas.
Quando o vinho acabou, Juliana se ofereceu para buscar outra garrafa. Ao se curvar para pegar a garrafa vazia da mesa baixa, seu corpo se arqueou de uma forma que apresentou a Neto, em seu conjunto de azul-celeste, uma visão perfeita e inesquecível de suas nádegas firmes e arredondadas. Ele não pôde evitar fixar o olhar, sua boca ligeiramente aberta. Assim que Juliana saiu da sala, Verônica se inclinou para Neto, seu sussurro um bafo quente e embriagado perto de seu ouvido.
- "Ela gostou muito de você sabia? E pelo jeito que você está olhando para a bunda da minha filha, você também gostou bastante dela”
Neto se envergonhou, sendo pego em flagrante.
- "Verônica, me desculpa. Foi um lapso, um instinto. Ela... ela tem idade para ser minha filha”
Verônica não recuou. Seus olhos, refletindo o fogo, estavam sérios.
- "Sim, tem idade de ser sua filha. E eu não ligo de você fazer sua filhinha feliz. Mas eu não sairei daqui. Então, espero que você não ligue para minha presença”
A audácia da proposta ecoou na sala, mais alta que o estalar da lenha. Neto, atordoado pelo vinho e pela situação, balbuciou a primeira coisa que lhe veio à mente, uma defesa frágil e convencional:
- "Você está bêbada"

