Meu caso com o vizinho machinho marrento
O apartamento em frente ao que meu pai e eu morávamos esteve desocupado por mais de um ano antes da família dele se mudar. Eram apenas dois apartamentos por andar num condomínio tranquilo de classe média num bairro da zona sul de São Paulo. A universidade onde eu cursava o primeiro ano de ciências da computação não ficava longe, assim como a sede da multinacional onde meu pai trabalhava, o que nos permitia chegar sem muito estresse aos nossos compromissos.
O cargo do meu pai na empresa o obrigava a fazer viagens constantes tanto pelo Brasil quanto para o exterior e, com isso, eu passava muitas vezes alguns bons períodos sozinho. O que me levava a sentir muita saudade dele durante essas ausências prolongadas, pois desde que ficamos sozinhos, nos tornarmos grandes amigos e experienciamos um amor que ia muito além de uma relação pai/filho. Nunca houve nenhuma imoralidade entre nós, mas era inegável o tesão que sentíamos um pelo outro, o que as constantes trocas de carícias comprovavam e podiam até ser questionadas caso fossemos vistos por aqueles que jamais entenderiam como uma relação entre dois homens, especialmente ligados biologicamente, pode se tornar quase incestuosa.
Eu me virava bastante bem com as tarefas domésticas e, praticamente todo gerenciamento da casa ficava a meu encargo, uma vez que tinha mais tempo livre e permanecia mais tempo envolvido com os problemas domésticos. Tínhamos uma empregada semanal que dava conta do serviço mais braçal, enquanto eu me encarregava das compras no supermercado, do preparo da maioria das refeições, embora meu pai fosse um cozinheiro de mão cheia, e de toda e qualquer demanda que o cotidiano doméstico exige.
Quando meu pai não estava viajando, fazíamos uma vasta programação juntos, tipo cinema, teatro, partidas de futebol que ele adorava assistir tanto na televisão quanto nos estádios, embora eu nunca tivesse sido fã do esporte, passeios pela cidade e localidades próximas, almoços ou jantares aos finais de semana em restaurantes e pizzarias. Sempre tínhamos assunto para longas conversas, e dava a impressão que o tempo do qual dispúnhamos era insuficiente para tudo que tínhamos por dizer um ao outro.
Meu pai era um quarentão bonito, alto, físico atlético pois na adolescência e juventude era praticante de diversos esportes, o que o deixou com um corpão maçudo cheio de músculos bem trabalhados. Com uma inegável virilidade dada pelo rosto anguloso e hirsuto e uma distribuição bastante mácula dos pelos corporais, aliada a genitais avantajados que tinha dificuldade de alojar e camuflar nas calças, fazia uma figura atraente e cobiçada pela mulherada. Contudo, a decepção com o casamento e assumindo toda a responsabilidade para me criar, o deixaram cético em relação as mulheres. Canalizou suas energias para se tornar o melhor pai do mundo me fazendo foco exclusivo de seu amor e, desde que entrei na puberdade, também do tesão que se acumulava em seu corpo, daí gostar tanto de estar constantemente comigo sentado em seu colo ou entrelaçado em seus braços. À medida em que fui crescendo deixou de se preocupar em disfarçar as ereções que o acometiam quando estava comigo e, foram elas que também passaram a assolar o tesão que tomava conta do meu corpo quando estava com ele.
Quando esses vizinhos se mudaram eu estava com dezenove anos, era um garotão introvertido e um pouco solitário. Nem tanto pela falta de amigos, pois tinha juntado um bocado deles ao longo dos anos, mas pela falta que meu pai me fazia quando viajava. A minha carência estava ligada a ausência de um homem, de um macho que fosse capaz de apagar aquele fogo que ardia dentro de mim, o fogo do desejo carnal, o fogo do sexo. Como sempre tive um diálogo muito aberto e franco com meu pai, eu lhe expus essa carência e o que estava acontecendo com a minha sexualidade e, juntos, acabamos por concluir que eu era gay e que não deveria me esconder do mundo por causa disso, mas viver essa sexualidade com respeito ao meu próprio corpo e aos outros, com honestidade e retidão de caráter. Essa constatação e todo apoio que recebi do meu pai me fizeram confiante e aberto a conhecer alguém com quem pudesse compartilhar toda uma vida.
Quando durante a adolescência meu corpo começou a passar por transformações e se tornar cada vez mais atraente e sedutor, as primeiras investidas foram as das garotas do colégio e do próprio condomínio que se aproximavam de mim cheias de segundas intenções enquanto eu, como todo moleque virgem nessa idade, era mais inocente do que uma noviça de convento. No entanto, meus sonhos noturnos, minhas fantasias, meus fetiches sexuais não estavam relacionados a elas, mas aos garotões cheios de testosterona e, quanto mais parecidos com meu pai, mais a fim deles eu ficava.
Já no primeiro mês após os novos vizinhos se mudarem, começaram os problemas com o filho deles, um cara com a minha idade ou pouco mais. O casal também tinha uma filha, segundo ficamos sabendo, mas que cursava uma faculdade em outro Estado, razão pela qual ninguém a conhecia. O filho, Carlos Eduardo, vulgo Cadu, por outro lado, foi se transformando na maior dor de cabeça do síndico e, por consequência, o terror do condomínio. Segundo as fofocas que logo começaram a circular, o casal estava vivendo um período tumultuado no casamento e, não raro, os vizinhos dos andares de baixo e de cima, se queixavam das discussões que duravam horas, aos berros e recheadas de palavrões. Quando não era a briga do casal, era o filho que trazia uma galera mal encarada para o apartamento e tocava músicas ensurdecedoras no mais alto volume, fazendo com que até as paredes reverberassem ao som dos batuques. A cada episódio o síndico era acionado e cobrado a intervir, o que logo gerou uma animosidade geral contra a família. Nem mesmo as multas aplicadas pelo condomínio pareciam resolver a questão.
O barulho das brigas do casal não me incomodavam tanto, uma vez que ambos trabalhavam e só regressavam à noite, deixando as discussões para os finais de semana quando geralmente meu pai e eu nos ausentávamos em viagens curtas, ou eu ia passar o final de semana na casa de algum amigo ou colega da faculdade. A barulheira do filho já era mais incomoda, pois prejudicava minhas leituras e estudos por acontecer durante os dias de semana, o que algumas vezes me obrigou a usar protetores auriculares para me manter concentrado. No entanto, nunca fizemos uma queixa formal apesar de sermos os vizinhos mais próximos e, portanto, os mais afetados.
O que começou a pegar mesmo foi quando o tal do Cadu, passou a estacionar uma motocicleta entre a minha vaga na garagem e a do apartamento deles no vão estreito formado pela coluna de sustentação. Liguei para a portaria e pedi para o porteiro ligar para o apartamento e solicitar que viessem tirar a motocicleta, uma vez que era impossível entrar no carro, pois a porta não abria o suficiente para alguém passar. Os minutos foram passando e nada de alguém aparecer. Eu tinha uma prova na primeira aula e não podia me atrasar, precisei chamar um Uber depois de ficar esperando por meia hora. Quando voltei da faculdade fui reclamar com o síndico contando o ocorrido.
- Eu já deixei dois avisos no apartamento informando que o regulamento interno não permite estacionar fora das demarcações das vagas, mas pelo visto, não adiantou. – disse-me ele. – Não se preocupe, Felipe, vou agora mesmo reforçar o aviso pessoalmente.
- Obrigado Sr. Otacílio! Desculpe vir incomodá-lo, mas quase perdi uma prova e tive que pedir um Uber.
- É para isso que estou aqui, fique tranquilo, não é incomodo algum! – devolveu gentil. – Seu pai ainda está viajando, faz dias que não o vejo?
- Está sim, Sr. Otacílio, e ainda deve demorar um tempinho para ele voltar.
- Você passa muito tempo sozinho, Felipe, deve sentir saudades. Esses dias minha esposa até comentou comigo que deveríamos te chamar uma hora dessas para almoçar ou jantar conosco. Você é um garoto muito querido pelos vizinhos. Todos comentam sobre a sua educação e simpatia.
- Obrigado Sr. Otacílio!
Na manhã seguinte lá estava a motocicleta novamente, ainda mais mal estacionada do que no dia anterior, e voltei a pedir ao porteiro que mandasse alguém vir tirar a moto para eu poder ir para a faculdade. Foram 45 minutos encostado no carro esperando a boa vontade do tal Cadu, que estava vendo pela primeira vez. Ele não era muito mais alto do que eu, que já me considero alto em meus 1,88, no entanto, o que o sujeitinho tinha de músculos era algo estarrecedor, ainda mais para um gay meio nerd como eu. Ele desceu usando um short folgado dentro do qual uma benga enorme e, se eu não estivesse enganado ou muito deslumbrado, estava à meia bomba àquela hora da manhã. O tronco nu era encimado por ombros largos e vigorosos, o peitoral musculoso era revestido por dois redemoinhos de pelos entre os mamilos. O abdômen tipo tanquinho tinha uma trilha de pelos que descia do umbigo em direção à virilha. As coxas, bem, as coxas peludas não perdiam em espessura para o tronco de uma árvore. A cara contrariada e sonolenta não via um barbeador há pelo menos três dias.
- Bom dia! Vou perder a primeira aula por sua causa! O regulamento interno do condomínio proíbe o estacionamento nesses vãos entre as colunas e, como você pode constatar, não consigo nem abrir direito a porta do carro. Espero que esta seja a última vez que preciso incomodar o porteiro e o síndico pelo seu relapso. – despejei raivoso, depois da longa espera.
Não foi possível identificar o que ele rosnou em resposta, palavrões com certeza, antes de subir na moto, dar a partida e acelerar ao máximo fazendo um barulho ensurdecedor e, rolando-a de ré até eu conseguir entrar no carro.
- O que não te deixa entrar pelo vão da porta é esse bundão, não a minha moto! – exclamou, antes de eu sair da vaga. Não revidei por estar com tanta raiva que acabaria falando mais do que devia e a coisa engrossar ainda mais.
A atitude dele só confirmou o que os outros moradores já comentavam, o rapaz era mal educado, desrespeitoso e arrogante. Fiquei feliz ao não encontrar a motocicleta estacionada perto do meu carro no dia seguinte e, ingenuamente, acreditei que a questão estava resolvida.
A felicidade durou tão somente um dia, pois no seguinte, lá estava a motocicleta novamente, impedindo que eu entrasse no carro. Chamei o síndico, avisei o porteiro e todo aquele mesmo estardalhaço.
- Este rapaz é impossível! Na próxima reunião de condomínio vou fazer constar em ata essa irregularidade e mandar mais uma multa para os pais dele. – disse o Sr. Otacílio que, com toda boa vontade, tentou me ajudar a empurrar a motocicleta pesada para o lado, mas ela estava travada.
- Dessa vez não vou ficar aqui esperando por mais de meia hora, vou direto bater na porta deles! – exclamei, sem paciência.
- Eu vou com você! – exclamou o síndico, tão furibundo quanto eu.
Esmurrei a porta depois que os três toques na campainha não surtiram efeito. O troglodita veio abrir a porta em trajes sumários como naquele dia, a única diferença era que desta vez aquela jeba não estava à meia bomba, mas ereta formando uma barraca em sua virilha.
- Vou deixar as gentilezas de lado, uma vez que não funcionam com você! – comecei, elevando o tom de voz. – Quero que desça e tire aquela porra de motocicleta agora mesmo! Minha paciência tem limites, e você extrapolou!
- Já notifiquei seu pai, e isso vai lhes custar uma multa! Vou tomar outras providências se você voltar a estacionar a moto entre as colunas. Está avisado! – sentenciou o síndico.
Ele foi pegar as chaves e desceu conosco no elevador, ninguém abriu a boca até chegarmos à garagem.
- Até tem espaço para abrir a porta do carro. Eu não tenho culpa se o garotinho aí tem uma bunda enorme que não passa por lugar algum! – exclamou o desaforado, enquanto dava uma apertada na ereção.
- Vá se foder, infeliz! Da próxima vez não vou perturbar ninguém, vou derrubar essa merda e passar por cima se for preciso! – devolvi exasperado.
- Para isso você precisava ser macho! Como não é o caso, vou fingir que não ouvi esse disparate! – retrucou petulante.
A questão ficou resolvida por umas semanas. Quando meu pai voltou de viagem contei tudo o que aconteceu e ele foi ter uma conversa com o síndico. Na reunião condominial ficou registrada a infração e a aplicação da multa que o pai dele tentou impugnar ameaçando inclusive de entrar com uma ação contra o condomínio. Tornaram-se pessoas não gratas. Cruzei com o Cadu algumas vezes nas áreas comuns do prédio, ora sozinho ora acompanhado pelo bando de amigos que inspirava pouca confiança. Ele aproveitava a chance para sussurrar algum impropério ou uma observação quanto a minha masculinidade. Eram blefes, pois ninguém jamais suspeitou da minha sexualidade, minhas atitudes não deixavam transparecer minha homossexualidade.
No dia seguinte à viagem do meu pai para a Europa pela empresa, onde permaneceria por três longas e saudosas semanas, a Honda CB 1000R estava novamente lá entre as colunas. Bufei e simplesmente dei um chute que a fez tombar contra a porta do carro da mãe do Cadu. Além do abaulamento na porta do carro, pontos da carenagem da motocicleta sofreram arranhões quando a arrastei pelo piso da garagem. Pus o Sr. Otacílio a par da minha atitude e fui para a faculdade com a alma lavada.
Voltei mais tarde que o habitual da faculdade e o sujeitinho estava a minha espera, sentado com a porta aberta no carro da mãe. Na hora eu soube que ia dar merda, a cara dele já denunciava o que estava para acontecer.
- Qual é a tua, ô bichinha? Fodeu com a minha moto e ainda afundou a porta do carro da minha mãe! – começou ele, vindo na minha direção com o peito enfunado parecendo um pavão.
- Eu te avisei! Fui paciente até demais, outro já teria estourado essa merda muito antes! – revidei, ao sair do carro.
- Você perdeu a noção do perigo, foi? Olha para mim e me diz se você vai me encarar? – ameaçou, erguendo um dos braços e fazendo saltar seus tríceps.
- Se você acha que vai me intimidar com essa mixaria, está redondamente enganado! E, sai da minha frente que eu não tenho tempo a perder com cafajestes e ratos de academia! – devolvi, forçando a passagem entre o corpanzil dele e a coluna de concreto.
O marrentinho virou o bicho. Me prensou contra a coluna, fechou a mãozona no meu pescoço e apertou até me deixar sem fôlego. Dei-lhe uma joelhada no volumão sob o jeans e ele me largou no mesmo instante, levando ambas mãos para o que tinha de mais precioso, enquanto protestava com uma voz tão fina quanto a de uma menininha.
- Caralho, veadinho! Quase me aleijou, seu merda! – exclamou
- Veadinho é a tua mãe, seu boçal! – estava aberta a briga.
Ele avançou novamente contra mim, trocamos socos, fui superado pela força dele e rolamos pelo chão da garagem desferindo golpes a torto e direito até a gritaria chamar a atenção dos condôminos que entravam na garagem e nos apartarem. Meu nariz sangrava, o corpo estava tão tenso e tomado de adrenalina que não sentia a dor das pancadas que levei. Ele tinha sangue escorrendo no lábio inferior, na lateral da testa crescia um abaulamento arroxeado do tanto que bati a cabeça dele contra o piso frio. Me salvaram da fúria dele quando ele estava deitado em cima de mim me contendo com seu corpão pesado e desferindo o soco que detonou meu nariz.
- Filho da puta do caralho, eu vou te matar, moleque! Juro que vou te matar seu merda! – berrava ele quando foi contido por dois moradores.
- Filho da puta de merda! Sou eu quem vai te matar, seu desgraçado! – revidei, mesmo sabendo que não era páreo para aquele canalha parrudão.
- Vou te foder, você não perde por esperar! – retrucou
- É você quem vai se foder se voltar a relar a mão em mim! – eu já nem sabia mais do que estava falando, quando dois funcionários me impediam de atacá-lo novamente.
Por sugestão do Sr. Otacílio fui fazer um boletim de ocorrência na delegacia do bairro e fui submetido a um exame de corpo de delito. Quando meu pai me ligou naquela noite, omiti a briga para não o preocupar. Alguns colegas da faculdade se dispuseram a emboscar o Cadu e descer o pau nele, mas, apesar da raiva que sentia daquele sujeito, não queria me meter numa confusão ainda maior. A briga e a indignação dos demais moradores do condomínio rendeu assunto para mais de uma semana. Todos os funcionários se posicionaram a meu favor e também se ofereceram para dar um cacete no machinho marrento, pois ninguém ia com a cara dele.
Quando meu pai voltou da viagem eu ainda tinha as sequelas da briga evidentes pelo corpo, grandes hematomas no tórax e costas, manchas arroxeadas debaixo dos olhos devido ao soco que ele deu no meu nariz que, felizmente, não quebrou. Nem preciso dizer como meu pai ficou possesso quando soube do ocorrido, e quis ir na casa do vizinho acertar as contas com o delinquente. A muito custo consegui o convencer a não arrumar confusão, mas não de ele abrir um processo por agressão sugerido por colegas advogados do departamento jurídico da empresa. O que mais me chateou nessa história foi que meu pai ficou receoso de me deixar sozinho por tanto tempo sabendo que eu corria o risco do sujeitinho voltar a fazer provocações ou mesmo me agredir novamente. Eu sempre fiz de tudo para não lhe trazer aborrecimentos, detestava vê-lo com o cenho franzido por minha causa.
-Não gosto de te ver assim, Papi! Eu vou ficar bem, juro! Sei me defender, não sou mais criança!
- Você sempre vai ser a minha criança, Felipe! Temo que esse sujeito volte a te machucar quando eu estiver longe sem ter como te proteger. Talvez devêssemos nos mudar daqui! Essas pessoas são encrenqueiros natos e, pelo que conversei com o Sr. Otacílio, já tiveram problemas em outro condomínio no qual moravam. Podem ser pessoas perigosas e, deixar você sozinho me preocupa. – sentenciou.
- Eu gosto daqui Papi, não gostaria de me mudar. É perto da faculdade, nosso apartamento é confortável e aconchegante, temos tudo que precisamos a uma curta caminhada pelo bairro, os demais vizinhos são pessoas legais. Eu vou ficar bem, prometo! – retruquei; porém, sabendo que ele estaria permanentemente preocupado comigo enquanto estivesse fora.
O clima beligerante fez com que os vizinhos da frente parassem com as brigas do casal, com o escarcéu que o filho fazia trazendo baderneiros para a casa deles e, se livrando da motocicleta que não tinha espaço nas duas vagas de garagem deles. Foram quase três meses de uma tranquilidade quase total, não fosse uma ou outra encrenca que arrumaram com os porteiros por conta de entregadores que foram barrados na portaria e impedidos de subir aos apartamentos conforme o regulamento interno do condomínio. Uma das vítimas foi o Josevaldo, o porteiro diurno, um sujeito muito boa gente, mas de pavio curto que já fora segurança e que não levava desaforo para casa. Ele devia ter pouco mais de trinta e cinco anos, era fortão, daquele tipo de homem cujo físico avantajado se desenvolveu na lida dura do campo de onde veio para tentar a sorte na cidade grande. Era de falar pouco, tinha um sorriso acanhado, não sei se com todos, mas comigo sim; o que o fazia parecer engraçado pelo contraste gritante entre sua compleição física e arrojo e a timidez. Ele sempre tinha algo para me dizer quando eu passava pela portaria e, fazia tempo que eu andava desconfiado que ele sentia um tesão inconfesso por mim. A maneira como me olhava, como parecia se transformar num leão faminto quando sarava minha bunda, como me devolvia os sorrisos que eu lhe dirigia ao cumprimentá-lo, a necessidade de dar umas apertadas na rola quando eu dava uma parada rápida para papear eram sinais evidentes de que se sentia sexualmente atraído por mim. Também foi o primeiro dos funcionários a se oferecer para descer o cacete no Cadu depois da nossa briga.
- É só falar comigo, Felipe, se ele te provocar outra vez eu parto aquele desgraçado em dois! Onde já viu bater em você, justo o molecão mais simpático do prédio. – afirmou.
- Obrigado, Josevaldo, você é um fofo! Mas, não vai ser preciso partir ninguém ao meio, pense no seu emprego, não quero que se prejudique por minha causa. – ele ficou encabulado quando o chamei de fofo e precisou disfarçar mais aquela ereção que começou a ganhar vida entre suas pernas musculosas.
Era um sábado pela manhã, bem cedo, por volta das cinco horas e mais um tanto quando voltei de uma festa com a turma da faculdade. Fui tomar uma ducha, pois havia dançado muito na festa e queria relaxar antes de tirar uma soneca para compensar a noite na gandaia. Estava me enxugando quando a campainha começou a tocar como se fosse um alarme desesperado, além da porta estar sendo esmurrada. Vesti apressado uma cueca e fui ver do que se tratava. Abri apenas uma fresta e me deparei com o marrento metido apenas num short, o que parecia ser uma espécie de uniforme daquele babaca.
- Preciso me esconder, me deixe entrar! – exclamou, me empurrando e invadindo o apartamento feito um lunático.
- Não! Cai fora! Vou avisar o porteiro e pedir que chame a polícia, se não sair daqui nesse instante. – retruquei, tentando o enxotar à força.
- Não precisa se dar a esse trabalho, ela já está lá embaixo para me capturar! Fique de bico calado e me esconda, não quero ser preso!
- Isso é problema seu! Aqui é que você não fica! Some daqui! – impus, o que ele ignorou completamente enquanto voltava a trancar a porta.
- São só alguns minutos até eles revistarem o nosso apartamento e irem embora! Precisa me ajudar!
- Nem pensar! Vou denunciar que está aqui! – devolvi resoluto
- Caralho, seu pentelho da porra, quer que te dê outra surra? Eu não vou ser preso, se tentar alguma gracinha dou um jeito em você! – ameaçou.
No hall do elevador ouviam-se vozes altercadas enquanto o apartamento da frente era invadido por um bando de policiais, mandando que saíssem do caminho e dissessem onde estava o delinquente. O pai do Cadu, pelo que deu para deduzir, uma vez que não tinha como saber o que estava acontecendo atrás da porta, chegou a levar uns cascudos dos policiais quando tentou dar uma de machão. A mãe logo começou a chorar dizendo que o filho não estava e que era um rapaz ajuizado, bom filho e estudante devotado, que o que estava sendo cometido contra ele era uma enorme injustiça. Para variar, o discurso pronto que toda mãe de bandido costuma usar em defesa do filho.
- Seu filho faz parte de uma gangue que invadiu e roubou pelo menos quatro apartamentos de luxo, dona! De inocente ele não tem nada, temos um mandato para revistar a casa e capturar o meliante. Vocês é que decidem se vai ser por bem ou por mal! – sentenciou uma voz grossa e impositiva.
- Então você é um ladrãozinho de merda! – exclamei surpreso, ao ouvir a afirmação. – Bem que a cara não esconde que é bandido!
- Eu não roubei porra nenhuma! Tem que acreditar em mim! – devolveu ele, quando tocaram a campainha. – Não me entregue, cara! Não fiz nada do que estão querendo me acusar, juro! Se você me entregar, estou fodido!
- Pensasse nisso antes de virar ladrão e sabe-se lá o que mais! – retorqui, decidido a entregá-lo.
- Bom dia, desculpe incomodar a essa hora! Estamos numa diligência para capturar o vizinho aí da frente, você por acaso sabe do paradeiro dele? – perguntou-me um cara musculoso e tremendo de um macho sensual que se apresentou como delegado, ao mesmo tempo que seu olhar examinava cada detalhe do meu corpo que, só então, reparei estar coberto apenas e sumariamente nas partes pudendas, já que estava usando uma das minhas cuecas que mal as cobria.
- Não, não sei, e tenho raiva de quem sabe! Não vou com a cara desse sujeito e, o senhor pode perguntar ao síndico e aos funcionários sobre a briga que eu e ele tivemos. Espero que o encontrem e o façam sumir do condomínio, ninguém suporta essa gente! – descarreguei.
- Por acaso, você nos permitiria examinar seu apartamento? Ele não pode ter sumido tão rapidamente, o porteiro nos avisou que ele estava em casa, a não ser que tivesse ajuda de alguém ele não teria como escapar, o prédio está todo cercado. – disse o delegado, sem tirar os olhos da minha quase nudez.
- Se alguém o ajudou, com certeza não fui eu! Acabo de chegar em casa e, como o senhor pode constatar, nem consegui me vestir direito antes de o senhor tocar a campainha, posso assegurar que ninguém entrou aqui. Não que eu queira prejudicar seu trabalho, mas sem um mandado judicial eu não vou permitir que entrem na minha casa. Todos aqui conhecem a mim e ao meu pai e sabem que somos pessoas idôneas. Lamento não poder ajudá-lo e espero sinceramente que encontre o bandido que está procurando.
- Entendo! Mais uma vez desculpe pelo incômodo e, por essa bela paisagem! – exclamou, dando uma piscadela e esboçando um sorriso malicioso.
Quem não estava entendendo mais nada era eu. Por que raios não entreguei o sacripanta de bandeja para a polícia? Teria sido tão fácil, era só deixá-lo entrar e levar o desgraçado para os quintos dos infernos. Pronto, todos estaríamos livres dele. O Cadu havia sumido da minha vista e fui procurá-lo pelo apartamento.
- Onde você se escondeu, seu bandido desgraçado? Dá o fora daqui agora! Não quero ser acusado de cúmplice de um ladrão! – afirmei, ao encontrá-lo refestelado sobre a minha cama, manipulando a pica com a mão enfiada no short.
- Cheirosa a sua cama, tem o cheiro da sua pele! Dá um tesão da porra! – devolveu ele, como se nada do que aconteceu o perturbasse. – Já disse que não sou ladrão, não sou bandido, que porra cara! – emendou exaltado
- Saí daí, nojento! Quer que eu volte lá e diga onde podem te encontrar? Então suma daqui!
- Dei foi um vacilo, só isso! Não nego que invadimos uns apartamentos e fizemos um rapa em tudo de valor, mas eu não fiquei com nada, pode acreditar! Eu só participei pelo desafio, pela adrenalina de invadir um prédio cheio de tecnologias de segurança. Não roubei nada! – afirmou.
- Não estou nem aí pelas razões que te levaram a virar um criminoso! Agora dá o fora da minha casa!
- Me dá só mais um tempinho, até ter certeza que os meganhas se mandaram! Eles me acordaram na marra, não deu tempo de fugir e procurar outro lugar para me esconder. E, essa porra toda me deu uma puta fome, não tem nada aí para a gente beliscar? – eu não estava acreditando na desfaçatez do sujeitinho.
- Cara, você é doido! A polícia no seu encalço e você pensa em comida? Vá se ferrar! Não, não tenho nada, vai embora!
- Onde você comprou essa cuequinha de veado não tinha para homem? A propósito, essa sua bundona carnuda é maravilhosa! Desde que me mudei sinto um puta tesão e a comeria com todo prazer! – exclamou, ao dar um tapa nas minhas nádegas quando voltou desconfiado e amedrontado para a casa dele, após a polícia deixar o condomínio.
- Não, não tinha, sua mãe já tinha comprado todas! Vai se foder!
- Eu quero é foder essa bundinha tesuda! – disse, ao entrar na casa dele.
Foram mais de duas horas de berros, gritos e muita discussão depois de ele adentrar à casa deles. O pai exaltado ameaçava-o de expulsão. A mãe tinha um vocabulário mais sujo e baixo que o de uma prostituta, ao repreendê-lo pela situação na qual os colocou. Ele devolvia os insultos e ameaças com a mesma ênfase e raiva. O coitado do Sr. Otacílio não parava de receber queixas da vizinhança incomodada com a discussão acalorada e de baixo nível.
Ao passo que eu, procurava digerir o fato de ele vir procurar refúgio comigo, uma vez que simplesmente nos odiávamos. E também, o súbito tesão que se abateu sobre mim quando voltei a reparar na caceta dele debaixo do short, e que devia ter proporções avantajadas já que balançava solta exibindo seu contorno impudico. Pelo que me lembrava, jamais tinha sentido um tesão tão intenso por um homem, exceto, é claro, pelo meu pai. Eram esses pensamentos que tumultuavam a minha mente quando fui me deitar tentando tirar um cochilo para me refazer da festiva noite anterior. Eu estava naquele estágio entre o sono, a divagação e os sonhos que te fazem acordar ao menor ruído. Este parecia estar vindo da cozinha e, antes que me conscientizasse do que se tratava, o Cadu estava em pé dentro do meu quarto. Cheguei a soltar um grito do tanto que me assustei ao me deparar com vulto seminu dele.
- O que faz aqui? Como entrou na minha casa? Que espécie de maluco você é? Saia imediatamente da minha casa, eu vou avisar a portaria que você invadiu meu apartamento! – desatei a falar, esfregando os olhos para ter certeza de que não estava sonhando.
- Eita, precisa desse escândalo todo? Deixa de ter chilique! Estive aqui agora há pouco! – respondeu ele, como se adentrar à casa dos outros fosse a coisa mais natural desse mundo. – Se eu fosse você, trancava a porta da saída de serviço, por que vai que uma hora dessas entra um maluco de verdade com más intenções! Preciso ficar aqui por um tempo, deu merda lá em casa, meu pai me expulsou de casa. – acrescentou.
- E eu com isso? Aqui você não fica! Pode tirar o cavalinho da chuva! Por nada desse mundo vou abrigar um bandido dentro da minha casa! Vaza! Vaza, ou chamo a polícia! – ameacei.
- Você é burro ou não entendeu que eu não sou nenhum bandido, cacete? – devolveu arrogante. – Eu aviso a portaria, eu chamo a polícia, eu faço isso e aquilo. – desdenhou, imitando minha voz exaltada.
- Pois é isso que vou fazer, uma vez que o burro aqui é você que ainda não entendeu que eu não te quero na minha casa, não quero olhar para essa sua cara de cafajeste, não quero nada com você! – revidei, pegando o celular da mesa de cabeceira e teclando o 190 da polícia, pois aquilo tinha que parar de uma vez por todas. – Alô, quero denunciar uma invasão! Meu apartamento foi invadido por um bandido que está aqui nesse momento e pelo qual vocês estiveram procurando essa manhã. – informei ao atendente da central da polícia.
- Ficou doido, seu veadinho! Quer foder com a minha vida, seu estrupício tesudo? – perguntou ele, quando se atirou sobre mim e arrancou o celular da minha mão.
Entramos em luta corporal em cima da cama, eu disposto a ferrar com ele, e ele disposto a não se deixar levar pela polícia. O mastodonte tinha muita força, preciso reconhecer, o que não seria de espantar com todos aqueles músculos enormes que ele usava para conter meus socos e chutes. Depois de cinco minutos, ele me prensava contra o colchão com seu corpão taludo, segurando minhas mãos acima da cabeça e forçando o joelho sobre uma das minhas pernas para que eu parasse de chutar. As respirações de ambos estavam aceleradas pelo esforço e pela raiva.
- Me solta! Quer levar outra joelhada nas bolas? Sai de cima de mim, seu traste!
- Nem se atreva a mexer esse joelho se não quiser experimentar a força do meu soco! Caralho de fulano enfezadinho! – ameaçou, fechando o punho a centímetros do meu rosto. E eu sou lá de obedecer malandro? Ergui o joelho com tudo, mas não acertei bem no alvo como daquela vez.
- Seu puto, qual é sua? Qual é o seu problema com os genitais dos machos? – indagou estupefato e aliviado pela joelhada não ter atingido seu sexo.
Com a tentativa frustrada, acabei com o corpo virado meio de lado com ele encaixado sobre a minha bunda. A briga nos excitou, o que percebi a sentir meu cuzinho dando uma travada assim que senti a ereção dele se encaixando no meu rego praticamente exposto, dado que a cueca afundou dentro dele durante a troca de golpes. Subitamente estávamos nos encarando, rostos quase colados um no outro, arfando profundamente, olhos se observando mais atentamente pela primeira vez como dois animais medindo forças e, um inexplicável calor acompanhado de espasmos tomando conta do meu corpo e; pelo visto, do dele também, pois repentinamente não sabia mais o que fazer comigo, nem com o corpo trêmulo debaixo do dele de onde vinha uma onda de luxúria que o deixou desconcertado.
- Você está me dando um tesão da porra! Essa cueca mais parece uma calcinha, além de não cobrir esse bundão está socada no rego, caralho quem é que aguenta com isso? Estou de pau duro! - exclamou excitado.
- Me solta! É a última vez que eu peço na boa! – retruquei, com o pinto endurecendo e o ânus piscando mais que semáforo quebrado em dia de chuva.
- E se eu não soltar, o que vai fazer? Não sei se você já se tocou, mas tenho muito mais força que você, e esses seus olhos, essa sua boca estão me tirando dos eixos. Caralho, cara, como você consegue ser tão tesudo? Estou com uma puta vontade de meter minha pica nesse rabão. – ele grunhia assanhado e guiado pelos hormônios.
Não consegui revidar, a boca dele cobriu a minha, sua língua lambeu a minha, seus dentes capturavam meus lábios, o torso nu e suado dele roçava no meu, sua virilha se encaixava no contorno carnudo das minhas nádegas e me fazia sentir a pressão do pauzão duro no rego. Só posso estar fora do meu juízo perfeito, pensei quando comecei a aventar a possibilidade de transar com aquele troglodita marrento.
O Cadu já não me continha com tanta força, foi afrouxando a pegada durante o beijo demorado e úmido que me fez sentir sua língua lambendo a minha úvula. Parei de reagir, deixei-o se apossar de mim para sentir a pele quente daquele machinho parrudo roçar na minha. Ele estava me encarando quando puxou minha cueca até a altura dos joelhos, isso me fez estremecer num misto de tesão e medo sabendo que minha virgindade estava em risco. Ele afastou as bandas da bundinha roliça e lisinha até fazer surgir o cuzinho plissado e rosado, e isso o fez perder os brios movido por um tesão que já não controlava. Soltei um gemidinho ao sentir a língua dele lambendo meu anelzinho e se intrometendo entre as preguinhas que foram se abrindo antes do espasmo involuntário a prender dentro delas.
Ele arriou o short e soltou o bichão duro e pingando, guiou-o ao longo do meu reguinho liso até o buraquinho quente e deu uma forçada que, imediata e involuntariamente, se travou apavorado.
- Preciso meter nesse cuzinho, Felipe! Você pode até me entregar para a polícia depois, mas, antes disso, eu preciso entrar nesse rabão! – ronronou ele, enquanto me colocava na posição de frango assado.
- Eu nunca levei vara no cu, você é enorme, não sei se vou aguentar! – devolvi num sussurro libidinoso.
- Vou meter devagar, não tenha medo! – devolveu, tomando meu rosto entre as mãos e me beijando vorazmente para incutir confiança.
Ele empurrou a massiva tora de carne pulsante para dentro do meu cuzinho, que foi se dilacerando para receber o invasor obstinado, enquanto eu gania após ter soltado um grito de dor. Quanto mais fundo ele enfiava o pauzão grosso, mais meu anelzinho vibrava ao ser arregaçado. Meus gemidos de dor e prazer ditavam a cadência com a qual ele bombava meu rabinho apertado.
- Porra de cuzinho quente e macio que você tem, seu veadinho tesudo! Nunca comi um rabo tão estreito e gostoso! – exclamava, sentindo arrepios por todo o corpo.
- Faz devagar, Cadu, está me rasgando! – gania eu, enlouquecido pelo tesão e pelo prazer que se espalhava dentro de mim.
De quando em quando, ele tirava o caralhão e voltava a enfiá-lo na minha rosquinha úmida que se abria generosa para recebê-lo.
- Está doendo? – perguntou, ao notar como o anelzinho estava ficando vermelho e levemente inchado.
- Um pouco, eu acho! Nem sei mais o que estou sentindo, está tudo confuso, dói e dá prazer! – respondi gemendo com a respiração acelerada.
O arfar profundo dele também estava mais ruidoso à medida que ele socava cada vez com mais força o pauzão nas profundezas das minhas entranhas. Comecei a esporrar entre ganidos, enquanto meu cuzinho era dilacerado pelo mastro potente dele. O pauzão grosso pulsava a cada apertão que meus esfíncteres davam travando-o no buraquinho macio, o que o deixava cada vez mais ensandecido, grunhindo e liberando o ar entre os dentes cerrados.
- Tesão da porra! Eu vou gozar, eu vou gozar! Vou te dar meu leite, vou encher esse rabo com leite de macho! – grunhia se estremecendo todo, depois de eu sentir o caralhão dele inchando e meu ânus ir se encharcando de sêmen pegajoso.
- Ai Cadu, estou ficando todo molhado por dentro! – exclamei em êxtase, antes das nossas bocas se unirem num beijo devasso e prolongado.
Senti um vazio enorme quando ele sacou o cacetão ainda pingando do meu cuzinho arreganhado. Ele se lançou pesadamente ao meu lado, me puxou para cima de si e envolveu meu corpo em seus braços. À medida em que nossas respirações voltavam ao ritmo normal, fomos sendo envolvidos por um torpor prazeroso e, pouco depois, adormecemos enrodilhados.
Dormimos até o início da tarde, meu estômago dava sinais de fome quando meus olhos foram se abrindo devagar tentando se localizar no tempo e no espaço. Percebi que ele estava acordado, seu braço envolvia minha cintura e o caralhão descansado havia se alojado entre as bandas quentes da minha bunda.
- Estou faminto! – disse ele, ao notar que eu havia acordado.
Eu respondi que também estava, me levantei, vesti a cueca e fui para a cozinha descolar algo para comer. Não demorou ele estava atrás de mim, circundou minha cintura, deu uma encoxada de leve, fungou minha nuca antes de dar um chupão na pele arrepiada.
- Quando vai me deixar entrar nesse cuzinho novamente? – perguntou num ronronar lascivo.
- Estou todo ardido e molhado e você já quer me comer de novo? – questionei
- Isso que você está preparando aí vai saciar meu estômago, mas não vai tirar minha fome de cu, do seu cuzinho! – respondeu.
Eu só gostaria de saber para onde foi toda aquela aversão que sentíamos um pelo outro, o que foi feito da minha determinação em expulsá-lo do nosso apartamento, o que o estava deixando tão gentil e afetuoso. As horas foram passando, conversa vai, conversa vem e o safado foi ficando. Contou-me sobre a relação complicada com o pai, a quem acusou de gostar e se importar mais com a irmã do que com ele, o que o levou a fazer todo tipo de provocações só para irritá-lo. Mencionou que os pais há muito não se suportavam, mas que mantinham o casamento por aparência e conveniência. Disse que abandonou a faculdade também para provocar os pais. Falou dos colegas mal-encarados e de como se juntou a gangue deles para a princípio cometer pequenos delitos, mas que ultimamente foram se tornando roubos cada vez mais ousados, voltando a garantir e até jurar que ele mesmo jamais roubou nada, só os acompanhava pela adrenalina que isso lhe causava. Ficou a explorar tudo o que havia no meu quarto, perguntou-me sobre meus gostos musicais, filmes, leituras, uma vez que notou a quantidade de livros que tinha nas prateleiras. Entre um questionamento e outro, ficava me encarando com o tesão enchendo sua cabeça de pensamentos libidinosos que me verbalizava na intenção de tê-los realizados. Também me questionou sobre a minha relação com o meu pai.
- Você e seu pai se dão muito bem, não é? – começou. – Nas poucas vezes em que os vi juntos deu para sacar que rola uma treta entre vocês. – afirmou
- Sim, a gente é bem próximo! – respondi. – De que treta você está falando, não entendi?
- Sei lá, é você que vive com ele, deve saber se rola uma treta melhor do que eu. – retrucou. – Dá para perceber pelo jeito como se olham, se tocam e se abraçam que isso vai muito além de uma relação pai/filho. Até porque eu já flagrei vocês dois se beijando uma vez lá na garagem quando ele ia para o trabalho e você para a faculdade, foi um beijo de boca! – revelou.
- Você devia estar muito do chapado para ter visto o que nunca existiu! – exclamei apressado
- Eu estava bem lúcido, posso te garantir! Você se pendurou nos ombros dele e, Vapt, as duas bocas estavam coladas uma na outra! Sabia que me deu um puta tesão? Teu pai grande e forte segurando o filhotinho tesudo e dando um beijo nada casto em sua boca, é deixar o pau de qualquer um trincando.
- Nem vou me dar ao trabalho de discutir isso com você! Onde já se viu falar uma besteira dessas? – me defendi, pois há tempos eu sabia que meu relacionamento com meu pai estava a um passo de se tornar incestuoso e, que nenhum dos dois se reprimia para isso não acontecer.
- Depois dessa manhã eu não julgo nem culpo seu pai, você é muito tesudo e eu nunca senti tanto prazer numa foda quanto a que seu cuzinho apertado me fez sentir. Eu no lugar dele te pegava todos os dias para dar um trato nesse rabão gostoso. – ele soltava as frases me encarando fixamente nos olhos e dando apertões na rola que dava sinais de um despertar lascivo.
Não demorou muito para ele se atracar comigo, não numa briga, mas para dar vazão ao que os hormônios fervendo em suas veias provocavam. Sentir o corpão dele junto ao meu, as peles arrepiadas se roçando, o cheiro másculo dele invadindo minhas narinas, a saliva de sabor intenso escorrendo para dentro da minha boca durante os beijos devassos que ele me dava, suas mãos tateando pelo meu corpo quase nu, não fosse a cuequinha socada no rego e que lhe permitia livre acesso às minhas nádegas e ao buraquinho que ele havia descabaçado e arregaçado horas antes, me transportavam para um universo inexplorado que me levava a questionar se era dele que eu estava começando a gostar, ou se era dos prazeres que um macho estava me fazendo sentir pela primeira vez.
- Quero despejar leitinho na sua boca! – exclamou, quando a ereção já não cabia mais no short e ele a tirou voltando a me exibir o caralhão reto, grosso e cabeçudo vazando pré-gozo. – Chupa minha rola! – ordenou dominante.
Foi o cheiro almiscarado que se espalhava pelo ar que me levou a obedecer cegamente, quando ele forçou meus ombros para baixo para que me ajoelhasse a seus pés. Levei umas pinceladas do cacetão melado na cara e tentei colocá-lo na boca, mas só consegui abocanhar pouco além da chapeleta estufada quando me pus a chupar o sumo viscoso que ela soltava. Fiquei tentado a tocar no sacão quando vi nitidamente o contorno das duas bolonas dentro dele e, sem parar de chupar a pica, acariciei os testículos pesados com as pontas dos dedos. Ele bufava desesperado, agarrou minha cabeça e a afundou na virilha pentelhuda, socando fundo na minha garganta até me deixar sem ar.
- Mama minha caceta, filhotinho de papai! Mama a rola de um macho que eu vou te dar muito leitinho! – ronronava ele cheio de tesão.
Sufocado com o pauzão entalado na goela e as lágrimas a escorrer, eu me agarrava às coxas peludas dele e sugava afoitamente aquela carne quente que latejava na minha boca. De repente, senti-o estremecer, o caralhão deu uma pulsada forte e minha boca foi se enchendo dos jatos fortes e quentes de porra que ele ejaculava enquanto rugia. Engoli-os um a um saboreando e me deliciando com sua cremosidade morna.
- Você mama gostoso demais, seu veadinho! Me fez gozar forte e gostoso! – exclamou, enquanto eu terminava de lamber e limpar o esperma espalhado ao longo da rola dura dele.
O pauzão mal chegou a amolecer quando ele voltou a se esfregar em mim, arriando minha cueca para amassar minhas nádegas polpudas. Começamos a nos beijar freneticamente, suas mãos potentes abriam meu rego para facilitar o dedo depravado a encontrar meu orificiozinho e o invadir. Ao mesmo tempo que a musculatura anal travou aprisionando o invasor eu soltei um gemidinho carregado de luxúria. O Cadu o fez rodopiar entre as preguinhas o que me deixou com tanto tesão que acabei implorando pela penetração.
- Entra em mim, Cadu! Entra no meu cu! Mete teu pauzão grosso no meu rabo! – sussurrei, mastigando com os esfíncteres o dedo que me bolinava.
Ele me lançou sobre a cama, escancarou meu reguinho e lambeu meu cuzinho sensível e ligeiramente inchado pela foda daquela manhã. Ele mordiscava a parte interna dos meus glúteos, lambia sofregamente meu ânus, metendo a ponta da língua no buraquinho piscante, enquanto eu gemia cada vez mais alto e mais excitado. Guiando a pica, apontou a cabeçorra na fendinha estufada e deu uma forçada abrupta.
- Ai meu cu! Ai, ai, ai! Devagar, cacete, ainda estou todo arreganhado da foda dessa manhã! – gani agoniado.
- Não foi rola de macho que você pediu, putinho gostoso? Abre esse buraquinho, abre! Abre para o macho te foder, tesudinho! – ronronava ele, empurrando o pauzão até o fundo do meu cuzinho, só parando quando senti os pentelhos dele roçando meu reguinho liso.
- Eu sei, mas seu pau é enorme e muito grosso, está rasgando minhas preguinhas, seu brutão!
- Fica quietinho! Pediu, agora não reclama! – retrucou, me pegando forte pela cintura e socando o caralhão fundo no meu buraquinho num vaivém desembestado que me obrigava a ganir e gemer para suportar a potência das investidas dele, enquanto ele me alargava esfolando e queimando minhas preguinhas. – Eu avisei que estava com muita fome, não avisei? Esse rabão é tudo de bom, sacia todo e qualquer desejo de macho. – grunhia ele, metendo cada vez mais forte e obstinado.
Nunca imaginei que um machinho marrento como ele podia ser tão gostoso fodendo, e me entreguei a sua volúpia desenfreada mesmo sabendo que meu cuzinho ia ficar sensível por alguns dias. Eu me agarrava a tudo que podia, mordi o canto do travesseiro, gemi forte o que o fez sentir todo o poder de sua dominância, aumentando ainda mais o tesão que estava sentindo. Suas mãos cobriram as minhas e eu entrelacei meus dedos nos dele, apertando-os com toda força que tinha. Ele cravava os dentes na minha nuca, dava chupões na pele quente e arrepiada e sussurrava sacanagens no meu ouvido, o que me deixou tão ensandecido que empinei a bunda para que as estocadas entrassem cada vez mais fundas. Na ânsia de me foder, o pauzão às vezes escorregava para fora deixando um vazio enorme no meu ânus, mas ele logo voltava a socá-lo para dentro até o talo fazendo com que o sacão batesse sonoramente no meu reguinho aberto.
A partir do tesão que estava sentindo no cu, uma sensação prazerosa foi se espalhando por todo meu baixo ventre e senti que ia gozar com o pau sendo esfregado contra o colchão. Soltei um ganido rouco quando comecei a ejacular liberando toda a tensão acumulada.
- Está gozando, não é veadinho tesudo? Estou te fazendo gozar socando meu cacete no seu cuzinho apertado, não é? – rugia ele, satisfeito por me levar ao orgasmo.
- Ai meu cu, Cadu! Esse tesão no cu está me matando, seu macho safado!
Simultaneamente ele gozava dentro de mim, urrando e jorrando seu leite viril, enquanto amassava meus mamilos e os pelos suados de seu tronco másculo roçavam minhas costas.
A tarde findava lentamente, nossos corpos continuavam entrelaçados como se não quisessem se apartar.
- Você sabe que não pode ficar aqui, meu pai volta de viagem no próximo final de semana, e ele não vai gostar nem um pouco do que aconteceu aqui. – avisei.
- Me deixe ficar até lá, depois dou um jeito de procurar outro lugar para ficar. Não quero voltar para casa e dar esse gostinho para o meu pai. Deixa eu ficar, Felipe, deixa!
- E pretende passar todos esses dias usando apenas esse short, desfilando por aí com essa benga escandalosa balançando a cada passo que dá? – questionei
- Sei que você se amarra na minha rola, pense bem, vai poder brincar com ela todos os dias, tomar leitinho diretamente na fonte, sentir teu macho preenchendo seu rabinho. – devolveu com um risinho safado.
- É só nisso que você pensa? Não vou te deixar sozinho aqui dentro enquanto estou na faculdade, você não é nada confiável!
- Você não acredita em mim, não é, seu veadinho? Fique tranquilo, não vou roubar nada, pois sei que é nisso que está pensando! Já disse que não sou ladrão!
- Não é para mim que você deve se explicar, mas para a polícia que esteve aqui a sua procura!
- Se eu não estivesse tão afim de você, te dava umas porradas para largar a mão de ser escroto comigo. – afirmou. – Estou com as chaves de casa, quando meus pais saírem para o trabalho vou pegar umas roupas e posso ficar por lá enquanto estiverem fora, mas à noite ou quando voltarem para casa preciso que me dê abrigo. Você não pode ser tão insensível, me deixa ficar.
- E os teus comparsas, por que não vai procurar guarida com eles?
- Por que não quero mais me envolver com eles! Você mesmo viu no que deu quando a coisa pegou, a polícia veio me capturar como se eu fosse um criminoso. Quero ficar com você, e sei que você também me quer por perto, que quer meus beijos, que quer sentir minha rola deslizando para dentro do seu cuzinho e o encharcando com minha porra. Nega se for capaz!
- Você não presta!
- Mas você gosta de mim mesmo assim!
E lá estava eu com um hóspede indesejado dentro de casa, dentro da minha cama, explorando minha paciência, minha boa vontade, minha sexualidade. No tempo que eu passava na faculdade, ele voltava para o apartamento deles. Tão logo os pais regressavam do trabalho, ele vinha ficar comigo mudando completamente a perspectiva com a qual eu o julgava. Podia-se até dizer que nos tornamos amigos e amantes descompromissados.
- Vai contar para o seu pai o que está rolando entre nós? – perguntou-me ele, depois de uma transa.
- Vou! Nunca tive segredos para com ele e não vou começar agora!
- Vai contar que eu te descabacei, que meto meu cacete no seu cuzinho todas as noites, que você ficou viciado no meu leitinho de macho? Ele que já tem bronca comigo vai querer me esfolar vivo por ter maculado o filhotinho dele.
- Vou contar o que tiver que ser contado, e é bom você ficar bem longe daqui de casa quando ele estiver por aqui. – devolvi.
Nada como um pai para conhecer o filho que tem. Procurei agir da maneira mais natural possível quando ele voltou de viagem e, ensaiava o melhor jeito de contar que o garotão meliante do vizinho, que ele estava processando por agressão, tinha tirado a minha virgindade numa trepada totalmente desejada e consentida.
- Aconteceu algo de diferente durante a minha ausência? – começou perguntando, naquele seu jeitão de dar voltas antes de chegar onde queria. – Você está diferente, tem um brilho diferente no olhar, está mais sensual.
- Nem sei por onde começar, e você precisa me prometer que não vai ficar zangado comigo e nem tomar alguma medida drástica. – devolvi
- Felipe, Felipe! Quando você começa a me pedir desculpas antecipadamente é porque aprontou alguma ou .... não, não me diga que aquele delinquente te agrediu outra vez!
- Não Papi, não é nada disso! É que ... bem ... tem a ver com ele, mas .... quer dizer ... ele não ... isto é ... eu e ele ... nós não brigamos. – nunca pensei que fosse tão difícil dizer uma simples frase. – Ele ... quer dizer ... o Cadu ... ele tirou a minha virgindade! – ufa, finalmente consegui.
- Como é? Aquele filho da puta cafajeste, canalha fez o que? – perguntou agoniado meu pai, levando ambas mãos à cabeça como se precisasse se assegurar do que acabara de ouvir.
- É, foi isso! Mas não foi culpa dele, não, não foi! Eu ... eu ... eu fiquei com muito tesão e aí rolou! Rolou numa boa, Papi, eu juro!
- Como rolou numa boa, Felipe? Antes de eu sair em viagem vocês dois se atracaram aos socos e pontapés na garagem e agora você me diz que rolou numa boa! Como pode uma coisa dessas?
- Tesão? – indaguei constrangido
- Como tesão, Felipe? Que tesão?
- Aquele que deixa a gente meio besta! Aquele que deixa o cuzinho piscando! Aquele que deixa o cara com o pauzão tão duro que não se pensa em mais nada, a não ser sentir aquilo tudo dentro da gente! – tentei justificar.
- Eu sempre soube que mais dia menos dia isso ia acontecer, Felipe! Você é um garotão muito lindo, bondoso, dotado de uma sensibilidade e uma sensualidade que deixa qualquer homem excitado, mas com aquele sujeitinho que não vale nada! Ele te forçou, te machucou?
- Não Papi! Ele foi gentil e cuidadoso, juro! Foi uma experiência maravilhosa! Foi a primeira vez que tive vontade de transar com um cara!
- Tinha que ser justamente com esse cafajeste, Felipe? Onde isso aconteceu, na casa daquela gente, na garagem, no nosso .... – ele não podia acreditar que seu filhote tinha crescido debaixo de suas barbas sem que ele percebesse que estava criando asas e tendo sua primeira experiência sexual.
- É, foi aqui! – eu ainda não sabia se ele estava muito puto, ou se só estava estarrecido com a notícia.
- E como foi que esse malandro entrou aqui dentro? O que ele fez para você o deixar entrar na nossa casa? Caralho, Felipe, eu estou tão indignado que nem sei o que pensar. Meu Lipezinho e aquele delinquente .... – o Papi só estava estarrecido, concluí. Se estivesse muito puto já teria atravessado o corredor e arrancado o Cadu lá de dentro e dado uma boa surra nele.
Expliquei tim-tim por tim-tim como tudo se deu, ele me ouvia sem parar de me encarar, dava para perceber no seu olhar que chegara à conclusão que o filhotinho dele começara a se interessar por homens além dele. Durante todo o final de semana ele ficou me analisando com olhares de soslaio, talvez para entender que eu já não era mais o menininho inocente que ele imaginava. O passamos praticamente só dentro de casa, pois lá fora chovia torrencialmente com o fim tardio do verão, e essa proximidade sem outras distrações, mudou ligeiramente a maneira como me abordava. Enquanto eu, só de olhar para ele dentro da bermuda surrada e folgada sentia as preguinhas anais se contorcendo em êxtase. A admiração, o amor incondicional que sentia por aquele homem e a devoção incestuosa que sentia por ele, agora ganharam mais um sentimento depois que descobri os prazeres que uma pica de macho é capaz de proporcionar, o tesão. Sim, eu estava sentindo muito tesão pelo meu pai, por mais indecente que esse sentimento pudesse ser.
Depois que soube que deixei de ser virgem, meu pai, que sempre havia me deixado sentar em seu colo, que trocava selinhos nos cantos da boca, que me abraçava e me trazia para junto de seu tronco maciço e viril sem nenhuma intenção escusa, já não conseguia mais negar para si mesmo que eu o excitava, que me ver circulando pela casa com aquelas cuequinhas cavadas que ficavam socadas no meu rabão polpudo, enchia sua mente e seu instinto de macho de desejos inconfessáveis.
Eu o estava ajudando a preparar o almoço quando ele esbarrou em mim junto ao balcão da pia. Ele se deteve bem atrás de mim, largou o que tinha nas mãos e me abraçou enfiando as mãos sob a camiseta regata que eu estava usando até a erguer na altura dos meus ombros. Estremeci ao sentir os pelos do peito largo dele roçando minhas costas, e inspirei fundo inclinando a cabeça um pouco de lado o que facilitou o acesso dele ao meu pescoço onde pousou um beijo molhado.
- Você está ainda mais viçoso! Sua pele parece ter adquirido uma textura mais aveludada e, até seu cheiro mudou. – disse ele, apertando seu corpão contra o meu. – Não foi somente o brilho no seu olhar que mudou. É como se fosse uma fruta que amadureceu.
- Nunca vou querer deixar de ser seu Lipezinho, Papi! – devolvi, empinando a bunda até sentir a rigidez dele sob a bermuda.
- Não, não vai, Lipezinho! – sussurrou na minha nuca, enquanto mordiscava a pele abrasada.
Almoçamos trocando olhares sem disfarçar o tesão que estávamos sentindo. Aquilo estava ficando ardiloso, desafiador, excitante e perigoso, ingredientes mais que suficientes para nos levar a um desatino, depois de anos reprimindo nossos instintos.
Ele estava sentado no sofá vendo TV, ou melhor, navegando à procura de algo que o interessasse. Distraído, não se deu conta de que havia enfiado a mão sob a bermuda e manipulava o caralhão onde uma comichão persistente lhe tirava a serenidade. Eu cruzava a sala de tempos em tempos, do quarto dele para a lavanderia levando as roupas que tirava da mala dele para serem lavadas. Ele precisava dar um apertão na verga cada vez que me via passar com uma das nádegas completamente exposta debaixo da camiseta que mal cobria a dobra entre as coxonas e a bundinha carnuda.
- Vou fazer um suco, quer um pouco? – perguntei, após deixar as roupas dele na máquina de lavar. Com o sim dele fui preparar o suco
Ao voltar para junto dele, entregar-lhe o suco e perguntar o que estava assistindo, me sentei no colo dele como fazia todas as vezes que ele voltava de viagem depois de um longo período fora. Era assim que trocávamos chamegos para matar a saudade. Ele tomou o suco, jogou o controle da TV para o lado e me abraçou.
- Eu não podia ter desejado um filho melhor do que você, Lipezinho! Companheiro, carinhoso, sempre preocupado com o meu bem-estar, o que mais um pai pode querer de um filho? – questionou com um sorriso avassalador.
- É que você é o melhor pai do mundo, Papi! – devolvi, querendo dar um selinho no canto da boca dele, mas antes de chegar perto do rosto dele, ele me puxou contra si e colou sua boca na minha num ímpeto inesperado.
Eu fui abrindo a boca lentamente, deixando-o capturar meus lábios e consumando o beijo pouco casto. Nossas línguas começaram a se lamber, a dele foi penetrando vagarosamente na minha boca e, excitado pelo sabor de sua boca, eu a chupei, ao mesmo tempo que rebolava sobre o cacetão duro que cutucava minha bunda. Depois que se sente a primeira rola no cu, não se recusa mais nenhuma.
Ele não estava me beijando como pai, mas como macho. A intensidade e o furor com o qual sua língua se movia na minha boca expressavam todo tesão que estava sentindo. Suas mãos desceram pelas minhas costas, se fecharam ao redor da minha bunda e a amassaram com volúpia. Eu rebolava sutilmente fazendo com que o cacetão duro dele se insinuasse no meu rego. Uma rodela úmida foi surgindo na bermuda dele.
Ele puxou a minha cueca para o lado tirando-a do reguinho onde se achava socada o que deixou meu cuzinho exposto e vulnerável. Nossas bocas não conseguiam se separar, o beijo rolava quente e excitado. Ele liberou o pauzão cerceado pelo tecido da bermuda e eu me sentei sobre ele encaixando-o entre as bandas carnudas do meu reguinho quente. Rebolei mais um pouco, acariciei a barba espinhenta do meu pai enquanto o beijava e, de repente, Flupt, a cabeçorra melada do caralhão dele escorregou para dentro do meu cuzinho. Soltei um gemido e me agarrei aos ombros dele, ele voltou a grudar a boca na minha. Fui rebolando e deixando meu peso cair vagarosamente sobre seu colo. O caralhão duro como uma barra de ferro, grossão e reto, foi me invadindo, alargando, me rasgando e me fazendo gemer enquanto ele capturava meus lábios entre os dele.
Pensei que ia explodir de tanto tesão. O que senti naquele momento era muito maior e significativo do que aquilo que senti quando o Cadu estava dentro de mim. Minha musculatura anal se contraía em espasmos ao redor daquela estaca grossa de carne latejante puxando-a para as profundezas do meu cuzinho macio e quente. Um estremecimento percorreu todo meu corpo antecedendo o gozo. Os jatos eclodiam do meu pinto sem controle lambuzando a barriga do meu pai com minha porra leitosa. Ele quase ensandeceu, deu umas três socadas fortes debaixo para cima me empalando no caralhão que pulsava com força despejando todo seu conteúdo másculo na minha ampola retal até ela começar a vazar e escorrer entre os pentelhos dele. Por um lapso de tempo ficamos naquela posição, nos encarando sem conseguir pronunciar uma única palavra sequer, bastava o olhar para nos fazer entender que aquilo não devia ter acontecido que, apesar de todo prazer que isso nos proporcionou, tinha algo de pecaminoso e, talvez por isso, nunca mais houve esse tipo de lance entre nós.
Fui me levantando devagar, o caralhão à meia-bomba escorregava lentamente para fora do meu buraquinho arregaçado e caiu pesadamente sobre a coxa dele, algumas gotas do sêmen cremoso pingaram do meu cuzinho antes de ele se fechar completamente. Caminhei até o banheiro do meu quarto como se ainda houvesse uma estaca cravada no cu. Meu pai me seguiu e entrou debaixo da ducha comigo.
- Você está bem, Lipezinho? – perguntou, tocando suavemente no meu rosto. Lancei-me em seus braços e contra seu tronco másculo agarrando-me a ele com todas as forças.
- Amo você, Papi! Amo muito! Me perdoe por não ter me mantido virgem.
- Foi seu momento, filhotinho! Estou orgulhoso por ter um filho tão amoroso, e só espero que algum dia encontre o homem certo que te mereça. – disse, me apertando contra si.
Por pouco mais de dois meses o Cadu ficou se abrigando em nossa casa até que num belo dia a mãe dele veio procurar por ele e pedir que voltasse para casa. Ele e o pai fizeram as pazes, ele voltou a frequentar a faculdade e deixou de sair com a gangue de delinquentes. Agora passava seu tempo comigo, só que ainda apenas quando meu pai estava viajando. Meu pai nunca ia aceitar aquele sujeitinho arrogante que tirou a minha virgindade, por mais que ele soubesse que mais dia menos dia isso seria inevitável.
Andar com o veadinho tesudo e nerd, como o Cadu costumava se referir a mim, foi mudando seu modo de ser. Tornou-se mais responsável, menos agressivo e até já cumprimentava funcionários e vizinhos do condomínio, algo que ninguém jamais esperava.
Eu gostava dele de um jeito estranho, não era amor nem paixão, era algo mais carnal ligado ao seu jeitão predador de macho que me excitava nele, e me fazia trepar sem outro objetivo que não me satisfazer em sua rola intrépida. Ele dava sinais de ciúmes, mas negava terminantemente quando eu caçoava dele e, tenho para mim, por todo seu comportamento, que se tomou de amores por mim. Nunca alimentei esse sentimento nele, deixando bem claro que, quando muito, éramos amigos com privilégios. Não era um homem como ele que eu queria para compartilhar a vida, por mais gostoso que fosse foder com ele.
Eles se mudaram do prédio pouco depois da minha formatura na faculdade, sem deixar saudades entre funcionários e vizinhos. Nem mesmo eu fiquei abalado quando o Cadu veio se despedir e me deixar seu novo endereço numa cidade do interior não muito distante. Entendi nossa separação como o fim de um ciclo que não trouxe sofrimento, deixava apenas uma boa lembrança do quanto foi bom perder o cabaço no cacetão guloso daquele machinho marrento.