Depois daquela noite com o brinquedo, o clima entre nós não voltou ao “normal”.
E ainda bem.
O que antes era apenas brincadeira virou linguagem. Um jeito novo de se provocar, de se possuir, de se devorar.
As mensagens dele continuavam. Sempre carregadas. Sempre calculadas.
Vídeos de casais vivendo o estilo hotwife. Mulheres libertas, homens subjugados.
Cenas de esposas em outros braços. Em outras camas.
Sussurrando para a câmera que "ainda não volto, ele não terminou comigo".
No início, eu ria, revirava os olhos, fingia que era só loucura dele.
Mas quando estava sozinha… eu assistia de novo.
E cada vez era mais difícil resistir.
O brinquedo virava meu refúgio. Meu escape. Meu vício.
Meus dedos tremiam enquanto eu me entregava a cada imagem, cada gemido, cada olhar daquela fantasia.
Até que, num dia comum — uma tarde qualquer — ele foi longe demais.
Me mandou uma sequência de vídeos.
Esposas voltando para casa com as pernas trêmulas, a calcinha cheia de porra.
Outras, sem calcinha, com a pele ainda marcada, escorrendo porra de sua buceta. Sem vergonha. Sem pudor.
Meu coração bateu mais rápido.
Fechei os olhos. E imaginei.
Imaginei abrindo a porta de casa daquele jeito.
Imaginei o olhar dele me recebendo.
Imaginei o silêncio. A tensão.
E ele, ajoelhando sem dizer uma palavra.
Naquela hora, percebi: ele não estava apenas brincando.
Estava me preparando.
E pior…
Parte de mim queria ver até onde ele teria coragem de ir.
Mas o que ele não sabia…
É que eu também estava pronta pra jogar.
No dia seguinte, algo mudou.
Ele me mandou mais uma daquelas imagens sujas, explícitas, com a legenda:
“Será que você teria coragem?”
Mas, dessa vez, eu não deixei ele no vácuo.
Respondi com uma foto minha no espelho, só de calcinha, com o brinquedo ainda dentro de mim.
“Já estou treinando.”
Não houve resposta por longos minutos.
Quase pude ouvir a respiração dele acelerar do outro lado do celular.
Foi aí que eu percebi…
Ele queria me ver ultrapassar a linha.
E eu estava pronta pra cruzá-la com salto alto e rindo da cara dele.
Naquela sexta, anunciei casualmente:
— Vou sair com as meninas. Um bar novo, do outro lado da cidade.
— Vai tarde? — ele perguntou, tentando esconder o nervosismo.
— Talvez. — respondi com um sorrisinho. — Me espera acordado?
Não levei calcinha.
O vestido curto, colado, provocante.
No carro, tirei uma foto sentada, pernas afastadas, a pele nua visível entre o tecido.
Enviei sem legenda.
Dois minutos depois, recebi uma mensagem dele:
“Você não vai ter coragem.”
Dei um gole no drink e respondi:
“Tarde demais.”
Não precisava fazer nada além de existir ali, daquele jeito.
Sabendo que tinha deixado ele em casa, em chamas, imaginando mil coisas.
No meio da noite, desapareci por uma hora. Não atendi ligações.
Só reapareci com um áudio:
— Estou chegando em casa… Mas não vou te contar como foi.
Vou deixar você descobrir se houve algo ou não.
A tensão estava construída.
O jogo, virado.
E naquela noite, quando entrei no quarto e vi ele me esperando, entendi uma coisa:
Agora ele era meu brinquedo.
Entrei no quarto sem pressa.
Ele estava sentado na beirada da cama.
Sem camisa. Com os olhos famintos.
Quase imóvel… como se estivesse com medo de quebrar o feitiço.
Me aproximei devagar, o salto marcando presença a cada passo.
Sem dizer nada, joguei a bolsa no chão, subi no colchão, e sentei sobre ele — de vestido, ainda quente da rua, da noite.
Encostei a boca no ouvido dele e sussurrei, com aquela voz que ele já sabia que vinha carregada de veneno e desejo:
— Quer saber onde estive? Ou prefere provar?
Ajoelhei sobre a cama, levantei o vestido e, com dois dedos, deslizei lentamente por minha intimidade — quente, escorregadia, com aquele aroma que misturava tesão e mistério. E falei.
— Vem. Mostra que é meu de verdade.
Lambe. Como se não importasse de onde veio.
Ele hesitou. Por um segundo. Só um.
E então cedeu.
Se ajoelhou diante de mim, segurou em minhas coxas e começou o oral com uma entrega que misturava luxúria, submissão e medo.
Ele não sabia o que havia acontecido lá fora.
E isso só o deixava mais excitado.
Quando terminou, ofegante, de olhos vidrados, com o rosto ainda molhado de mim, eu segurei o queixo dele e soltei, rindo com um sorriso maldoso e provocativo.
— que delicia meu amor, assim que eu gosto
Você nem sabe se eu estava limpa…
Mas meteu a língua como um cachorrinho com fome.
queria ve se minha bucetinha estivesse lotada de porra
Ele fechou os olhos, como se aquilo o quebrasse por dentro — ou o fizesse gozar só de ouvir, e falou
- Você não teria coragem.
Então ainda com um sorriso no rosto disse.
— É isso que você queria, né?
Pois agora aguenta.
Porque se continuar assim... uma hora não vai ser só provocação.
E ele sabia.
Eu não estava mais brincando.
Mais tarde, já com ele adormecido, exausto, deitado entre minhas pernas como um devoto vencido pela própria fantasia…
Peguei o celular.
Deslizei pelos sites que ele tanto visitava. Vi lingeries com frases sujas, submissas, provocantes.
Até que uma me fez sorrir de canto. Era exatamente o que eu precisava.
Tirei um print.
Abri a conversa com ele.
E enviei.
Era uma calcinha branca, mínima, com a frase bordada em vermelho:
“Por favor, devolva cheia.”
Abaixo, só escrevi:
— Quero esse modelo.
Já decidi o que vestir na próxima vez.
Você só precisa decidir se vai aguentar.
A mensagem foi marcada como lida segundos depois.
Mas ele não respondeu.
Não precisava. (CONTINUA)