— Vamos almoçar juntos de novo? — mandei uma mensagem para Marcela. Eu a havia conhecido no atendimento. Minha turma era nova e, durante o treinamento, foi ela quem me ensinou tudo.
Marcela tinha um corpo de chamar atenção: cerca de 1,55 m, bunda empinada, seios firmes. Tingia os cabelos de loiro e os braços mostravam que frequentava academia. Seu rosto não era dos mais atraentes, mas o conjunto da obra a tornava uma mulher interessante.
O detalhe é que ela namorava um cara que trabalhava na mesma operação em que a gente atendia. Ele era daqueles funkeiros que vivem se gabando, usando correntes de ouro, falando dos shows que os dois iam, contando como ela gostava de ir para motel e ficar no quarto mais caro. Ele se achava — e tenho certeza de que nem precisou se esforçar para conquistá-la. Marcela era daquelas que amam esse tipo de cara.
Não demorou muito para que eu e ela nos déssemos bem. Ela me explicou tudo sobre a operação e a gente conversava sobre qualquer coisa. Eu sentia que Éder, o namorado dela, não tinha nenhum ciúme de mim. E, sinceramente, nem tinha motivo. Não sou exatamente alguém atraente: tenho cerca de 1,75 m, sou um pouco forte, mas nada que chame atenção. E sempre soube que homens que não ligam para roupas de marca, carros ou motos não despertam o interesse de alguém como a Marcela.
Mas, com o tempo, ela foi se abrindo cada vez mais. Passou a me abraçar com frequência, e esses abraços começaram a durar mais do que o normal. Um dia, na hora de nos despedirmos, acabei dando um beijo perto dos seus lábios. Depois disso, ela me olhou com malícia — ou pelo menos foi o que pareceu.
Depois daquele quase beijo, as coisas entre a gente mudaram. Marcela começou a me olhar diferente, com um brilho nos olhos que antes não existia. E eu? Eu tentava me convencer de que era coisa da minha cabeça. Mas não era.
No almoço do dia seguinte, ela sentou do meu lado, mais próxima do que o habitual. O braço dela roçava no meu, e quando eu olhava, ela fingia que não percebia. Ria das minhas piadas com uma vontade exagerada, colocava a mão no meu ombro, no meu peito... sempre com aquele toque leve, como se nada fosse.
Na operação, quando passávamos perto um do outro, ela fazia questão de me encostar. Às vezes o quadril, às vezes o braço... uma vez, quando estávamos juntos no refeitório, ela deixou cair a tampa da marmita. Quando se abaixou para pegar, apoiou a mão na minha coxa — só que não foi na coxa exatamente. Foi mais acima, rápido, e logo tirou, rindo, como se tivesse sido sem querer.
— Foi mal! — disse, com um sorrisinho no canto da boca. — Estou atrapalhada hoje.
Comecei a perceber que aquilo era frequente demais pra ser acaso. Mas, ao mesmo tempo, ela nunca deixava claro. Era sempre sutil, no limite.
O namorado dela? Continuava andando pela operação como se nada estivesse acontecendo. Falava alto, chamava atenção, sempre com aquelas correntes e aquele ego inflado. Às vezes até vinha me cumprimentar, como se fôssemos colegas de verdade. Mal sabia ele que, aos poucos, Marcela estava ficando mais próxima de mim do que dele.
Uma tarde, enquanto eu digitava algo no sistema, Marcela se aproximou por trás e colocou a mão no meu ombro. Depois deslizou os dedos até minha nuca, como se estivesse brincando. Me arrepiei inteiro. Ela ficou ali, sussurrando:
— Você é mais interessante do que imagina.
E saiu andando, rebolando como se fosse só mais um dia comum.
Nosso almoço já virava rotina. Sempre no mesmo restaurante, de frente pra um motel discreto, quase camuflado entre árvores e muros altos. Era perto do trabalho, e o movimento por ali era surpreendente, até mesmo no meio do dia.
Enquanto comíamos, ficávamos observando os carros que entravam e saíam, tentando adivinhar as histórias por trás de cada um.
— Aquele ali tem cara de ser amante — Marcela disse, apontando com o queixo para um sedã preto que acabara de sumir no portão automático. — Olha a placa coberta por sujeira e o vidro fumê... certeza.
— E aquela caminhonete? — retruquei, rindo. — Aposto que é um casal casado fugindo da rotina.
Ela me lançou um olhar divertido, mas com algo a mais. Um brilho malicioso, como quem já estava com a ideia na cabeça há um tempo.
— Você já foi num motel durante o dia? — perguntou, girando o canudo no copo de suco.
— Nunca — respondi, sincero. — Não faz muito meu estilo. E você?
Ela deu um sorriso curto, os olhos meio fechados.
— Já. É mais excitante do que parece... tem algo no risco, sabe? Na pressa, no horário errado. As pessoas acham que só à noite as coisas acontecem.
Houve um momento de silêncio entre nós. Ela apoiou o queixo na mão e me encarou por alguns segundos. Depois falou baixo, quase num sussurro:
— E se... amanhã a gente fosse até lá?
Fiquei olhando pra ela, sem saber se estava brincando ou falando sério. Mas o sorriso no canto dos lábios dela dizia tudo. Era sério.
— Só pra ver como é — completou, mordendo levemente o canudo, os olhos ainda presos nos meus.
No dia seguinte em vez de almoçar eu estava lá com as duas mãos nos seios de marcela os pressionando um contra os outros os mamilos durinhos que eu fazia questão de lamber, eu passava a minha língua fazendo movimentos circulares os deixando bem meladinhos, seus seios brilhavam com a luz do Sol que entravam pela janela. Eu a lambuzava e ela jogava a cabeça pra trás, a safada nem ligava de estar traindo o namorado. Sinceramente eu também não ligava, o cara era um babaca.
Abaixei uma das minhas mãos a levando até sua calcinha, quando enfiei um dos meus dedos pela parte lateral, os lábios vaginais dela já estavam enxarcados, a calcinha só faltava pingar, O beijo de Marcela era sensacional também, o errado, a chance de ser pega acho que mexia com ela, eu era só uma aventura e eu nem queria saber, naquele momento só queria foder com aquela gostosa.
Marcela tomou atitude deitando na cama e me puxando para cima de si, ela só queria rola, ela só queria ser fodida por uma pica diferente. Então eu aproveitei, eu gostei tanto do beijo dela, que até hoje eu saio com ela só pra sentir o seu sabor e é claro que ninguém sabe disso.
Mas voltando a história, enquanto ela estava por baixo era eu que dominava. Ela abria bem as suas pernas e entrelaçou as minhas com os seus pés, podia sentir seu calcanhar na minha panturrilha, senti um tesão da porra. Ela então apertou as minhas nadegas enquanto eu metia com ela. As unhas dela chegaram a me machucar.
Ficamos assim um bom tempo e agora tínhamos pouco tempo para voltar para o trabalho a sua boca estava toda vermelha, seu cabelo bagunçado, E eu ali metendo sem parar, eu a enforcava, batia em seu rosto, ela olhava de volta pra mim sorrindo e eu a olhava de volta com um olhar feroz, segurava os braços dela com força e ela sempre pedindo por mais.
- Goza pra mim, goza – Ela pediu olhando para o relógio na parede, seu pedido foi uma ordem, e eu obedeci.
Não foi só sexo. Foi intensidade. Desejo comprimido, explodindo em olhares, gemidos contidos e mãos impacientes. E no fim, quando me deitei ao seu lado, o peito subindo e descendo devagar, ela olhou pra mim com um sorriso quase inocente.
— Sabia que ia ser bom com você — sussurrou, ajeitando o cabelo loiro atrás da orelha. — Mas não sabia que ia ser tão bom.
Saímos do motel no mesmo silêncio que entramos, como dois cúmplices voltando de um crime. Ninguém ali fora sabia o que havia acontecido entre aquelas quatro paredes. Só nós dois. E isso bastava.
Voltamos para a operação com dez minutos de sobra antes do fim do expediente. Cada um seguiu para o seu setor. Fingir normalidade nunca pareceu tão estranho.
E foi aí que aconteceu.
Eu estava encostado perto da entrada da sala de supervisão, quando vi Marcela chegando. Éder a esperava com aquele sorriso bobo de sempre, todo cheio de pose. Ela nem titubeou: foi até ele, segurou o rosto dele com as duas mãos e deu um beijo demorado bem no meio da boca. Um beijo quente, como se ela estivesse cheia de saudade.
Eu congelei.
Ela se afastou sorrindo, ajeitou o crachá no pescoço, e antes de entrar, olhou discretamente na minha direção. Só um olhar rápido, mas cheio de significado. Não havia culpa ali. Nem arrependimento. Apenas controle.
Era como se ela estivesse no comando de tudo. De mim, dele, da situação inteira.
E ao invés de sentir raiva ou nojo... eu me vi ainda mais envolvido.
Ela não era como as outras. Não seguia regras. Jogava o próprio jogo — e fazia todo mundo dançar no ritmo dela.
E foi nesse exato momento que percebi: eu estava ferrado. Mas completamente viciado nela.