Era um domingo comum na casa do meu pai. Ele tinha o costume de sair cedo para a feira, e o resto da casa só acordava mais tarde. Eu, como sempre, levantava por volta das oito, pegava o celular e ficava na sala, sozinho, esperando o tempo passar.
A casa estava silenciosa quando ela apareceu. Era a sobrinha da mulher do meu pai: uma bonita jovem de 23 anos, branca, cabelo castanho comprido, seios e bunda médios; que morava na casa de baixo. Subiu para pegar umas roupas e passou por mim com um “bom dia” distraído. Entrou no quarto, ficou um tempo lá dentro e depois saiu com uma sacola cheia. Parou na porta e perguntou se eu podia ajudá-la a carregar o restante. Aceitei.
Descemos juntos. A casa dela era simples, bem arrumada, com cheiro de roupa lavada. Depois que deixamos as sacolas, ela me perguntou se eu queria ficar por ali até meu pai voltar. Disse que sim e me sentei no sofá, o celular ainda na mão, sem muito o que pensar.
Foi então que ela começou a provar as roupas diante do espelho da sala. A cena era simples, mas me deixou paralisado. Havia algo curioso, diferente, quase hipnótico, no modo como ela se movia. Eu não entendia direito o que sentia, apenas observava, em silêncio, como quem assiste a um momento que não deveria, mas não consegue evitar, era a primeira vez que eu via uma mulher nua na minha frente.
A manhã passou devagar. Quando ouvi o som do carro do meu pai lá em cima, despedi-me e voltei para casa. Foi naquela manhã que algo dentro de mim mudou. Não sabia ao certo o que era, só sentia uma mistura estranha de calor e ansiedade. As imagens ainda vinham à mente, vivas, mesmo depois que tudo já tinha acabado. Era como se o corpo tivesse aprendido uma linguagem nova, que o pensamento ainda não entendia.
O coração batia rápido, a respiração vinha curta, e uma sensação de culpa se misturava com um prazer difícil de explicar. Eu não sabia se era errado sentir aquilo, mas também não conseguia negar o quanto era intenso. Foi o primeiro momento em que percebi o poder que uma lembrança pode ter sobre o corpo, e o quanto a imaginação pode se tornar mais real do que qualquer coisa ao redor.
Entrei no banheiro ainda com o corpo em alerta, o pensamento preso à cena que eu havia testemunhado. A água caía, morna, enquanto eu tentava me acalmar, mas a lembrança insistia em voltar; viva, quase palpável. Foi ali que percebi, pela primeira vez, o que era o desejo: uma força silenciosa que não obedece à razão, que nasce sem pedir permissão e transforma o corpo em território desconhecido. Naquela manhã, pela primeira vez, eu me masturbei.
safadomalhadocam