Quase perdi o Homem da minha vida.



Oii!
Voltei pra contar mais uma. Ainda dói um pouco lembrar todos os detalhes, pois foi tudo recente e acho que só tô escrevendo mais pra desabafar mesmo.
No final tudo ficou bem e foi importante, pois nosso amor se fortaleceu.
Quase no final do segundo semestre de 2020 eu perdi meu avô, para a Covid. Foi uma perda muito traumática na minha vida, acho que senti mais do que se fosse meu pai. Meu pai sempre trabalhou muito por nossa família e meu vô foi quem cuidou das coisas do dia a dia. Era também como um pai.
Com o passar do tempo fui ficando retraída, desligada, sem energia, até que descobrimos que eu estava ficando depressiva.
Também foi quando mais precisei do meu esposo, que nuca saiu do meu lado. Sempre cuidou de mim, assumiu todas as responsabilidades, me polpando de tudo o que pudesse agravar meu quadro. Teve ocasiões em que ele precisou me dar banho. Meu homem, meu macho gostoso que me fodia como se eu fosse a última puta do mundo, me vendo em situações que eu não queria nem que minha mãe visse. Aquilo me matava por dentro ainda mais.
Com o tempo de psicoterapia e psiquiátrica eu me estabilizei, voltei a ser funcional, mas ai eu quis tirar o tempo atraso, resolver tudo o que tinha deixado acumular, tirar tempo de qualidade com meus pais, nossa filhinha, meu trabalho. Tudo! Só não me lembrei do amor da minha vida!
Eu pensava nele, é claro, e desejava ele, mas não pensava no peso que fui pra ele, e no quanto ele tinha definhado naquele período. A gente transava em intervalos cada vez maiores. Eu tinha vontade, sentia tesão por ele, mas parecia que eu já não era mais eu mesma. Aquela mulher safada que adorava ser uma putinha submissa para aquele homem. Que me pegava imaginando ele gemendo e gozando...
Meu esposo parecia cada dia mais exausto e distante, quase não me procurava, e quando rolava já não parecia ter sido tão satisfatório pra ele, ou quando ele precisava viajar e fazíamos sexo por vídeo, ele já não parecia tão excitado pelas coisas que eu fazia ou falava. Parecia que eu sempre decepcionava.
Quase regredi meu quadro por causa disso. Não percebi na hora que eu exigi que meu homem, meu macho gostoso, suprimisse sua parte mais selvagem, mais masculina mesmo. Vamos combinar, o homem pode ser maravilhoso de boa pessoa, mas se agente mesma gosta de ser elogiada, ou notada, homem nenhum deve gostar de rotina, ou de fazer sempre as mesmas coisas. E, até nas sacanagens eu tava repetitiva, falando sempre as mesmas fantasias, querendo fazer tudo do mesmo jeitinho que tava garantido pra mim.
Quando dei por mim, estava sendo tratada como uma amiga. E, a coisa ficou muito pior antes de melhorar.
Era já 2023 quando eu recebi uma ligação da minha melhor amiga na vida. Uma das poucas pessoas que eu amo como se fosse família, minha irmã de outra mãe. Ela tinha mudado pra outra cidade da região metropolitana e estávamos quase sem contato havia quase 2 anos.
Ela pediu pra conversar, e se podia ser pessoalmente. Marcamos num café no shopping, e fomos. A saudade foi tanta que conversamos sem parar, até esquecemos o motivo do encontro. Ela tava separada e tinha acabo de sair o divórcio. Ela me perguntou se eu me importaria de ela ficar na minha casa por uns dias, talvez um mês, enquanto colocava os pensamentos no lugar.
Não tinha o que pensar, minha amiga da vida, nem precisava perguntar. E, dois dias depois ela já estava lá, morando conosco. Mas deixa eu contar um pouco sobre a Paula.
Sabe aquelas morenas coxudas, bundudas e da cinturinha de pilão? Pois é. Mas baixinha que eu pouca coisa, mas com um corpão, que até eu fico admirando às vezes. Ela sempre foi a gostosa da turminha, cabelos cacheados na altura do peito, olhos doces, e ainda por cima é super sensual. Nem sei se ela nota isso.
Ao longo da vida ela sempre foi aquela amiga por quem as outras amigas sempre brigam com os namorados, sabe? Todos os namorados da gente, em algum momento deram em cima dela. Essa é a Paulinha. Que pra piorar ainda tem esse nome de adolescente. Mas, eu amo! haha
Mas, não pensei em nada disso, só abri minhas portas pra minha amiga. E, foi aí, no instante que ela se instalou e saiu do quarto, recém tomada banho, com cheirinho de limpeza e um pijama lindo, bem composto e decente, mas que não tinha como não ficar sensual naquele corpo. Na hora que ela abriu a porta e saiu assim para jantar meu coração disparou, deu um aperto no peito, parecia que algo muito pesado tava em cima das minhas costelas, eu fiquei meio zonza, foi horrível. Corri pro meu quarto e coloquei debaixo da lingua um comprimido que o Psiquiatra tinha passado. O único pensamento que predominava era, perdi meu marido. E eu nunca iria pedir pra minha amiga sair da minha casa.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico michellej

Nome do conto:
Quase perdi o Homem da minha vida.

Codigo do conto:
248332

Categoria:
Confissão

Data da Publicação:
01/12/2025

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2

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