Relato do que esta minha esposa esta fazendo comigo
Vou chamar ela de Daiane, porque não quero expor ninguém. Nem a mim, nem a ela. Nós éramos casados e morávamos juntos. Só nós dois. Sempre foi assim. Daiane sempre foi uma pessoa tranquila, reservada, muito organizada. Nunca gostou de bagunça, nem de confusão. No começo, isso fazia dela alguém previsível — e eu achava isso bom. Com o tempo, as coisas começaram a mudar. As conversas diminuíram. As brigas aumentaram. Discussões por coisas pequenas, mas carregadas de um peso estranho. Ela começou a se fechar mais. Já não explicava onde ia, nem se importava em chegar mais tarde. Não era agressiva — era distante. E isso doía mais. Eu sentia que tinha algo errado, mas não conseguia apontar. Era como viver com alguém fisicamente presente, mas emocionalmente em outro lugar. Até aquela noite. Daiane chegou em casa depois da meia-noite. Disse que estava muito cansada. Nem discutimos. Foi direto tomar banho e deitou. Dormiu rápido, pesado, como quem descarrega um dia que não quer explicar. O celular dela ficou na mesa. Eu não sou de mexer em celular alheio. Nunca fui. Mas naquela noite, algo dentro de mim pediu resposta. Não foi curiosidade — foi instinto. Abri. E vi uma foto que eu não estava preparado para ver. Daiane estava agarrada a um homem. Um homem negro, forte, presença marcante. O braço dele envolvia a cintura dela com firmeza, como se aquele lugar já fosse familiar. O corpo dela estava encaixado no dele de um jeito que não deixava dúvidas. Não era pose casual. Era intimidade. O que mais me atingiu não foi só o abraço. Foi o rosto dela. Ela sorria de um jeito que eu não via fazia muito tempo. Um sorriso solto, entregue. Um sorriso de quem se sentia desejada. Meu coração disparou. Senti raiva, tristeza, humilhação. Mas também senti algo que me deixou confuso — uma espécie de choque silencioso, como se uma verdade estivesse sendo jogada na minha cara depois de muito tempo sendo ignorada. Fechei o celular devagar. Fui até o quarto e fiquei olhando ela dormir. A mesma mulher tranquila. A mesma rotina. Mas agora, eu sabia que havia outra versão dela — uma que não voltava para casa comigo. Nos dias seguintes, tudo fez sentido. As brigas. O afastamento. O olhar distante. Ela já tinha ido embora antes mesmo de sair pela porta. Nunca a confrontei naquela noite. Algumas descobertas mudam tudo sem precisar de palavras. O clima entre nós ficou pesado. Silêncios longos. Olhares evitados. Ela percebeu que algo tinha mudado, mas também não perguntou. Talvez porque soubesse. Hoje, quando penso nisso, entendo que não foi só uma traição. Foi o fim de algo que já vinha morrendo aos poucos. A foto só revelou o que o coração já desconfiava. E por isso conto assim. Sem nomes reais. Sem detalhes desnecessários. Porque certas histórias não precisam ser expostas — só compreendidas.
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