O vizinho: primeiro olhar, última inocência - Parte IV



Seus lábios me acordaram primeiro - macios e mornos na curva do meu ombro. "Bom dia, dorminhoca", Saulo sussurrou, seus dedos brincando com meus fios de cabelo. Abri os olhos para encontrar seu olhar cheio daquela ternura que nunca mudou.

Meu corpo lembrou antes da minha mente - o shorts ainda entreaberto, a pele ainda marcada por minhas aventuras solitárias. Saulo não parecia notar. Seu beijo foi lento, profundo, como quem reconhece um território amado depois de uma breve ausência.

Por um instante, tudo mais desapareceu.

---

Ele me levou para o quarto como se eu fosse feita de luz - seus braços fortes envolvendo meu corpo como sempre souberam fazer. Na cama, suas mãos me despiram com uma reverência que arrancou um suspiro meu. Nenhuma pressa. Apenas aquele ritual conhecido:

- Seus lábios no meu pescoço, onde sabia que eu derretia
- Seus dedos traçando círculos nos meus quadris, como quem reconhece cada curva
- O momento em que entrou em mim, com um gemido abafado no meu ombro

Não foi sexo. Foi uma reconquista silenciosa.

Nos movemos no ritmo que nossos corpos decoraram em anos de intimidade. Quando ele parou, profundamente dentro de mim, apenas para me olhar nos olhos, senti algo se partir dentro do meu peito.

"Te amo", ele murmurou, e eram as mesmas palavras de sempre, mas hoje soavam como um julgamento.

Gozei com lágrimas nos olhos - não de prazer, mas de uma culpa tão intensa que doía. Ele seguiu logo depois, seu corpo tremendo contra o meu, seu rosto enterrado no meu cabelo como se fosse seu porto seguro.

---

Saulo me deixou na cama ainda tremendo, com um último beijo na testa. "Vou me arrumar pro trabalho", disse, seus dedos brincando com meu anel de casamento antes de sair.

Ouvi o chuveiro ligar, seus passos pela casa, a porta fechando. E então - o silêncio.

Minhas pernas ainda tremiam, minha bucetinha ainda pulsava com a lembrança dele. Mas agora, sozinha, a culpa voltava em ondas:

Como pude?

Toquei meu próprio corpo onde suas mãos haviam estado. Ainda quente. Ainda dele. Enquanto isso, minha mente traidora:

O vizinho sequer sabe meu nome.

Virei de lado, enterrando o rosto na almofada que ainda carregava seu cheiro. Do apartamento ao lado, ouvi a risada do garoto - inocente, alheia ao turbilhão na cabeça da vizinha.

E então percebi o pior:

Eu não chorava por ter traído Saulo em pensamento.
Chorava porque, mesmo depois de tudo, ele continuava me amando como se eu ainda merecesse.

O cheiro de Saulo ainda impregnava minha pele quando deslizei da cama. Meu corpo inteiro vibrava com a lembrança do amor que acabáramos de fazer - cada carícia, cada suspiro, cada "eu te amo" sussurrado. A culpa deveria ter me paralisado. Em vez disso, me levou nua até a cozinha, como se meu corpo precisasse de punição.

Peguei um copo de água gelada e bebi como se tivesse vindo do deserto, a água escorreu pelo meu pescoço, entre meus seios pequenos e firmes, pelos sulcos da minha barriga lisa. Foi quando senti o peso do olhar.

Através da janela, no apartamento em frente, ele estava parado na cozinha. Uma xícara esquecida na mão. Seus olhos escuros - normalmente tão indiferentes - agora grudados em mim com uma fome crua. Não sorriu. Não acenou. Apenas olhou, como um leão vê uma presa que ele pretende devorar.

Meus mamilos endureceram antes que eu pudesse controlar. Meus dedos se contraíram no copo d'água. E então - a traição mais suja de todas - senti o melado quente escorrer entre minhas pernas.

Puta que pariu, eu estou virando uma vadia.

Ele com certeza viu tudo. Viu quando meu peito arrepiou. Viu quando minha respiração acelerou. Viu quando, sem querer, me arquei levemente para frente - oferecendo mais.

E então, como se um interruptor tivesse sido desligado, ele virou as costas e desapareceu na cozinha deles.

Fiquei parada, nua e trêmula, o copo gelado esquecido na mão. Minha bucetinha ainda marcada pelo amor do meu marido, agora escorria numa traição silenciosa.

Na janela, meu reflexo me encarou:

Uma esposa amada.
Uma mulher molhada por outro.
Uma vadia que, no fundo, queria que ele tivesse visto mais, tivesse feito algo.

Continua...
Votem e comentem.
Beijinhos...

Foto 1 do Conto erotico: O vizinho: primeiro olhar, última inocência - Parte IV


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Comentários


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mila123 Comentou em 29/04/2025

Edtarado ainda bem que ainda está sendo gostoso acompanhar meu diário Beijinhos...

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edtarado Comentou em 29/04/2025

Mais um conto excelente. Estou cada vez mais impressionado e interessado em ler as continuações. Adoraria ser seu vizinho e te ver totalmente nua.

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mila123 Comentou em 29/04/2025

Spritefanta Você vai descobrir Beijinhos...

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spritefanta Comentou em 29/04/2025

Você é muito gostosa e safadinha

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mila123 Comentou em 29/04/2025

Sedutor, Vc é realmente um sedutor. Beijinhos

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osedutor30 Comentou em 29/04/2025

Como eu queria ser esse vizinho… ter a visão desse lindo corpo nu…




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O vizinho: primeiro olhar, última inocência - Parte IV

Codigo do conto:
234491

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
29/04/2025

Quant.de Votos:
5

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