POR CAUSA DA MULHER



EU SEI EXPLICAR A AUTOESTIMA DO HOMEM BRANCO. Eu nunca fui bom aluno. Estudava em uma escola fraca, convivia com notas vermelhas e provas de recuperação. Por causa de uma mulher, eu resolvi cursar o ensino médio em uma das escolas mais tradicionais de São Paulo. Depois de beijar a garota, Tatiana - era esse o seu nome - me convenceu que eu conseguiria ser aprovado no exame de ingresso. Por causa da mulher, eu acreditei.


Parecia loucura. Então me matriculei num cursinho preparatório à noite, comandado por um professor japonês rígido e metódico. E foi ali que eu conheci Naomi.

Naomi era filha do coordenador. Mestiça, olhos verdes puxados, cabelo cacheado que ela deixava solto, volumoso. Era quase da minha altura, com 1,70m, magra e um corpo esguio. Disciplinada, ela era a melhor aluna da turma. Eu fiquei hipnotizado, mas logo descobri que Naomi namorava um cara mais velho, universitário, que a buscava de carro toda sexta-feira à noite.

Mesmo assim, ela me dava bola.

O primeiro beijo rolou no dia da prova. Sozinhos entre tantos desconhecidos, ela tomou a iniciativa e me comprimentou com um beijo na boca. Nos beijamos como se já tivéssemos feito aquilo antes, como se estivéssemos esperando isso há semanas. Antes de começar a prova, ela me deixou um bilhete com o telefone de casa.

Nos falamos algumas vezes por telefone fixo e combinamos um encontro. Uma tarde, no Shopping Ibirapuera. Discretos, como se fossemos amigos, mas com beijos rápidos entre pilastras, mãos dadas entre corredores vazios. Tudo muito comportado, não fosse pelo namorado traído.

A notícia da aprovação saiu na semana seguinte. Eu passei. Ela não. Na minha escola os professores ficaram incrédulos. Os bons alunos ficaram de fora. Eu entrei. Mas Naomi... sumiu.

Quando liguei na casa dela disseram que ela estava de castigo. Que o pai ficou furioso. Pensei que nunca mais conseguiria encontrá-la. O tempo passou e eu já dava aquilo como encerrado, até porque ela já tinha um namorado.

Então recebo uma ligação inesperada. Era Roberta, uma amiga da Naomi que também fez o cursinho com a gente: “Eu tô ligando porque a Naomi quer te ver”. Silêncio do meu lado. O coração acelerou. “Ela vai passar a tarde aqui em casa amanhã, se você quiser, passa aqui. Fica com a gente um pouco”.

— Claro que eu quero.

Roberta morava só com a mãe, divorciada, em um apartamento na região da Saúde. Ela costumava passar o dia sozinha, enquanto a mãe trabalhava. Peguei o metrô. Depois andei umas cinco quadras em silêncio. Quando cheguei encontrei as duas no apartamento, um pouco bagunçado. Elas já estavam lá há algum tempo.

Naomi me recebeu com um selinho na boca, igual no dia da prova. Roberta não queria atrapalhar o clima. “Eu vou descer pra comprar umas coisas, deixo vocês tranquilos”, ela disse antes de sair com sorriso no rosto.

Assim que a porta se fechou, Naomi me segurou pela mão e me levou até o quarto da amiga. Ela estava linda, usava usava um shorts de algodão claro e uma blusa de alcinha. Trocamos poucas palavras e nos beijamos. Tentei dizer algo, mas ela me puxou pela camisa e me beijou de novo. Diferente de todos os beijos anteriores, agora ela parecia me devorar.

As mãos começaram a explorar nossos corpos. O calor subiu. Ela me empurrou devagar até a beirada da cama. Sentou no meu colo, uma perna de cada lado, me olhando nos olhos.

A blusa foi pro chão. Por baixo, os seios pequenos, redondos, perfeitos. Cabiam na palma da minha mão. Eu os beijei com vontade, sentindo os mamilos enrijecerem na minha boca e ela gemia baixinho quando eu passava a língua por entre eles.

Nos deitamos na cama, os dois meio sem jeito, meio ansiosos. As mãos dela desciam pela minha barriga, entrando por dentro da minha bermuda. Eu estava duro, pulsando. Ela me tocava com carinho, deslizando os dedos no meu pau. Enquanto isso eu terminei de tirar o shorts, sem muita cerimônia, admirando cada centímetro do corpo dela, deixando ela só de calcinha.

Depois subiu de novo em mim. Montou no meu colo, com os joelhos apoiados de cada lado do meu quadril. Me olhou nos olhos enquanto afastava a calcinha com uma das mãos - “eu não tenho camisinha”, adverti. Ela parecia não se importar, segurou o meu sexo com a outra mão e guiou devagar até se encaxiar, deslizando sobre mim - “eu tomo pílula, seu bobo”.

Ficamos assim por um tempo. Ela sentada em mim, os movimentos lentos, os olhos fechados e a boca entreaberta. Eu segurava firme sua cintura, sentindo cada movimento. Depois ela se deitou de costas e eu me encaixei entre suas coxas, entrando de novo, devagar, aproveitando cada segundo. Ela me envolvia inteira, os braços nas minhas costas, os olhos cravados nos meus. Eu me movia dentro dela com cuidado, tentando não perder o controle cedo demais. Beijei sua boca, o pescoço, seus seios.

Depois, viramos de lado. Ficamos encaixados, colados, minhas mãos segurando sua cintura, o rosto dela perto do meu, virado para trás buscando meus beijos. Nessa posição eu não aguentei e acabei gozando dentro dela.

Naomi não se importou. Ela sorriu, virou o corpo devagar e começou a descer pelo meu corpo. Os lábios passaram pelo meu peito, pela barriga, até ela me envolver por completo com a boca. Fechei os olhos e deixei a cabeça cair no travesseiro. A língua firme, os olhos me encarando de vez em quando — era impossível não me perder naquilo.

Então puxei ela com cuidado pra cima de mim, invertendo as posições. Ela entendeu o recado. Nos ajeitamos com naturalidade, encaixados em um 69 lento e molhado. A boca dela em mim, minha língua nela, e os dois se contorcendo ao mesmo tempo. Cada gemido era um convite pra continuar, pra ir mais fundo, pra não parar. As mãos dela apertavam minha coxa. Eu sentia seu corpo se abrir na minha lingua, quente, úmido, entregue.

Depois disso, ela se virou de novo, deitou de bruços, e se colocou de quatro no meio da cama, sem dizer nada. Apenas olhou pra trás, com os cabelos caindo de lado. Me aproximei por trás e entrei devagar, com uma mão firme na sua cintura e a outra percorrendo suas costas, até a nuca.

A respiração acelerada, da pele batendo contra a pele. Eu me movia dentro dela com força, sentindo o corpo dela tremer a cada investida. Ela jogava o quadril pra trás, encontrando meu ritmo. Às vezes olhava por cima do ombro, mordendo os lábios.

Quando ela pediu pra mudar de posição, nos viramos juntos. Deitei sobre ela de frente, a boca na dela, os corpos encaixados. Ali, a gente se olhava, suava, gemia baixinho, até que o orgasmo dela veio, com o corpo dela se arqueando sob o meu. Em seguida eu gozei de novo, mas dessa vez tirei de dentro dela e lambuzei sua barriga e os seios.

Não importa que aquela tenha sido a última vez. Que depois ela tenha sumido, voltado pro namorado, ou que a vida tenha seguido como se nada tivesse acontecido. Naquela tarde, deitado ao lado dela, com o corpo ainda quente, o coração disparado e o cheiro dela grudado em mim — eu me sentia invencível. Olhando pro lado, eu via a perfeição nua deitada ali, comigo. E ela era minha. Por causa da mulher, naquela tarde, EU ERA FODA PRA CARALHO.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
POR CAUSA DA MULHER

Codigo do conto:
234508

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
29/04/2025

Quant.de Votos:
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