A Nerd da Turma - Fetiches - Capitulo 21



Na manhã seguinte, o campus ainda estava calmo. Era cedo — cedo demais para a movimentação habitual dos estudantes apressados e do barulho nos corredores. Caminhei em direção ao bloco administrativo apenas para entregar um documento, sem esperar encontrar ninguém ali.
Foi então que, virando o corredor do terceiro andar, a vi.
A coordenadora.
Ela caminhava em minha direção com a mesma elegância discreta da noite passada — mas, agora, sob a luz fria e impessoal do ambiente acadêmico, havia algo ainda mais provocante em sua presença. Usava uma saia lápis azul-marinho que moldava perfeitamente o contorno dos quadris, equilibrada por uma camisa branca de botão levemente ajustada à cintura. O cabelo estava preso em um coque bem feito, e os óculos de armação escura reforçavam aquele ar de mulher séria, metódica... e cheia de segredos.
Seu salto fazia um som suave no piso, quase ritmado. Por um instante, foi como se o tempo desacelerasse de novo — como na noite anterior.
Ela me viu, e o canto da boca se curvou num sorriso breve, mas cheio de intenções silenciosas.
— Bom dia — disse ela, parando a poucos passos de mim.
— Bom dia — respondi, mantendo o olhar no dela, tentando ler algo por trás daquela expressão calma. Eu sempre ficava nervoso perto dela.
Ela me encarou por um momento, depois olhou discretamente ao redor — o corredor estava vazio.
Então, com um tom mais baixo e confidente, disse:
— Gostei da noite de ontem.
A frase ficou suspensa no ar. Simples. Honesta. Mas carregada de camadas. Me peguei sorrindo, talvez até mais do que deveria. Eu sabia que a sem vergonha era casada e tinha um filho pequeno, e ela simplesmente ficando com a Nayara e dando em cima de mim naquele corredor.
— Eu também gostei — respondi. — Muito mais do que esperava, na verdade.
Ela inclinou a cabeça ligeiramente, os olhos fixos nos meus, como se estivesse analisando a minha reação, testando os limites entre o que era jogo e o que era verdade.
— Achei que fosse me arrepender — confessou, ajustando os óculos com um toque rápido e delicado. — Mas, curiosamente... acordei leve. Raramente me sinto assim.
—Então talvez a gente tenha feito tudo do jeito certo.
Ela riu com o canto da boca. Foi a primeira vez que vi uma risada sincera nela — não aquela de conveniência que usava em reuniões ou quando precisava manter postura.
— Talvez — murmurou.
Por um instante, ninguém disse nada. Ela se virou para seguir, mas antes de dar o primeiro passo, virou levemente o rosto para trás:
—Não sou boa com isso. Não costumo... repetir certas experiências. Mas... — ela fez uma pausa sutil — se acontecer de novo, não será por acaso.
E então foi embora. Passos firmes, postura impecável.
Fiquei ali, parado por mais alguns segundos. O corredor parecia mais estreito agora. Mais quente.
Minha vontade era contar tudo para o Augusto — afinal, eu tinha dormido com a coordenadora do nosso curso. Mas eu o conhecia bem. Ele não saberia manter a boca fechada. Sem contar que ele estava transando com a Nayara... e ainda me escondeu isso.
— Eu sei que você está ficando com a Nayara — falei durante o café, no intervalo das aulas.
— Tá maluco? — Augusto tentou se fazer de desentendido.
— Porra, somos amigos ou não somos? Eu conheço vocês. Tá tudo bem, só não quero ser feito de trouxa — falei olhando nos olhos dele. E o pior é que eu realmente não me importava.
— Eu fiquei com ela umas três vezes, no máximo... Depois ela sumiu. Vocês não tinham mais nada, né?
Neguei com a cabeça. Augusto e Nayara achavam que estavam sendo discretos. Se sentiam espertos.
Augusto pegou o copo de café e deu um gole demorado, como se estivesse digerindo minha resposta. Ficou me olhando por alguns segundos, depois soltou um sorriso torto, daquele tipo que mistura sarcasmo com curiosidade mal disfarçada.
— E a Lilian, hein?... tu ainda tá com ela?
Levantei uma sobrancelha, tentando manter a expressão neutra.
— Ela ficou de passar lá no meu apartamento essa semana.
Ele arregalou um pouco os olhos e soltou uma risadinha de surpresa.
— Aquela mulher parece blindada. Cheia de regra, toda certinha...
— É... parece — respondi, desviando o olhar por um instante. - Ela finge que não, mas tem fogo por trás daquela farda.
Augusto soltou uma risada mais alta e balançou a cabeça.
— Caralho, tu é um desgraçado mesmo. A coordenadora, a Nayara, a policial... Vai virar lenda nessa faculdade.
Fingi um sorriso, mas por dentro sabia que ele não tinha ideia do que realmente estava acontecendo. Cada uma daquelas mulheres era um enigma. E quanto mais eu me envolvia, mais difícil estava de entender se eu ainda controlava alguma coisa — ou se já era só um peão no meio do tabuleiro delas.
— E você? Vai continuar fingindo que não sabia que a Nayara estava jogando nos dois lados? — perguntei, mais por provocação do que por real curiosidade.
Augusto deu de ombros, como quem não liga, mas o jeito que desviou os olhos me entregou outra verdade.
— Mulher é tudo complicada, mano. — respondeu, com um tom mais defensivo.
—É, são sim...
Sabia que em algum momento tudo aquilo ia estourar. O problema é que eu já estava fundo demais pra sair ileso.
O celular vibrou no bolso. Era uma mensagem da Lilian:
“Me busca na frente do quartel? Saio em 10.”
Não precisei pensar duas vezes. Peguei as chaves do carro, ajeitei o boné na cabeça e desci. O sol da tarde já começava a se esconder entre os prédios, tingindo tudo com um tom dourado e preguiçoso.
Quando virei a esquina, avistei ela.
Parada na calçada em frente ao quartel, de braços cruzados, ela parecia saída de um filme. Usava a farda completa: calça firme, coturnos pretos polidos, o cinto com acessórios da polícia, e a blusa justa marcando sutilmente o volume dos seios. Os cabelos estavam presos em um coque disciplinado, e os olhos verdes, intensos, pareciam ainda mais claros sob a luz do fim do dia.
Ela olhou diretamente para mim quando parei o carro, e aquele olhar... era firme, confiante, como se dissesse que ela sabia exatamente o que estava fazendo comigo.
Desceu da calçada com passos decididos e entrou no carro.
— Obrigada — disse, com a voz tranquila, mas carregada de algo mais. — Estava precisando de um respiro depois de hoje.
— Você tá linda. Fardada assim... — comecei, e parei por um segundo, porque o que eu sentia subiu direto pro peito. — Confesso que é um fetiche meu.
Ela arqueou uma sobrancelha, mas não sorriu.
— É mesmo? — Os olhos verdes dela me atravessaram. — Então você vai ter que se comportar... senão eu vou ter que te algemar.
O coração acelerou. Eu dei uma risada curta, tentando disfarçar a excitação que me atingiu como um raio. Aquilo era diferente. Lilian tinha presença. Dominava o ambiente mesmo em silêncio.
— Não prometo nada — respondi, com a voz um pouco mais baixa.
Ela se encostou no banco, relaxando. O cinto cruzava o peito dela de um jeito que deixava ainda mais evidente o quanto tudo naquela mulher era naturalmente provocante — mesmo sem esforço.
— Me leva pro seu apartamento. Mas dirige devagar. Quero sentir o caminho.
Assenti em silêncio, as mãos no volante mais tensas do que deveriam. O motor ronronava sob o capô, mas quem parecia no controle da situação era ela.
O carro seguia pelas ruas menos movimentadas da cidade, os faróis refletindo no asfalto úmido. Dentro do veículo, o silêncio permanecia, mas carregado de um subtexto que se tornava cada vez mais evidente.
Lilian olhava pela janela, o rosto levemente iluminado pela luz dos postes. De repente, sem tirar os olhos da rua, ela falou com a voz baixa, mas cheia de intenção:
— Já recebeu um boquete... enquanto dirigia?
Demorei um segundo para assimilar. Olhei de relance, surpreso, quase rindo de nervoso.
— Do nada assim?
Ela virou o rosto devagar na minha direção, um leve sorriso nos lábios.
— Estou perguntando. Sim ou não?
— Não... nunca.
Ela soltou um som leve com a garganta. Algo entre riso e provocação. Sem desviar os olhos dos meus, soltou o cinto com um clique seco. O movimento simples — os dedos firmes puxando a trava, o cinto deslizando — pareceu muito mais carregado do que deveria.
— Então é dia de novidade — disse, encostando-se mais no banco, o tom de voz firme, mas envolvente.
Engoli seco. O coração já batia acelerado desde o momento em que a vi de farda, mas agora... aquilo estava saindo do controle. E, de novo, ela era quem conduzia tudo — mesmo comigo ao volante.
— Lilian...
— Relaxa. Não vou te fazer bater o carro — ela respondeu com um olhar calmo, quase divertido. — Só quero ver até onde você aguenta.
Tirei meu cinto e abaixei a minha calça enquanto estávamos parados no semáforo. E então quando o carro voltou a se locomover, Lilian se curvou em direção a minha rola que estava ereta. Eu mantinha as mãos no volante e tentava conduzir o carro com naturalidade. Mas Lilian era ótima no que fazia, ela enfiava todo meu pau já melado com a sua saliva dentro de sua boca, e contornava a minha rola com a sua língua. Entrei na rodovia e fui pela direita para curtir o momento. As janelas do carro estavam parcialmente abertas e o vento entrava pelas janelas deixando tudo mais ainda envolvente.
- Eu adoro o sabor da sua rola – Lilian falou enquanto segurou meu pau com a sua mão direita com força e voltou a engolir tudinho. Ela me punhetava e chupava, o som do carro tocava Foo Fighters The Pretender.
Ali eu estava me sentindo o rei do mundo, tinha me esquecido de tudo que Nayara já tinha aprontado comigo, só queria curtir Lilian, dar mais valor a ela, olhava para o lado e via suas costas musculosas, a farda grudada a sua pele. Uma policial estava me chupando enquanto eu dirigia e eu só queria foder com Lilian bem gostoso, sem pensar em mais nada.
- Goza na minha boca, deixa eu engolir tudo – E como sempre eu obedeci a ordem de uma autoridade, e eu obedeceria todas às vezes, esporrei muito enquanto a mesma fazia questão de engolir tudo e no final ainda voltou para o seu lugar sorrindo.
- Assim que entrarmos, você terá que me recompensar – Ela disse olhando para o horizonte. A lua já estava no céu.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
A Nerd da Turma - Fetiches - Capitulo 21

Codigo do conto:
239187

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
30/07/2025

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