Técnico da internet



O calor da tarde era denso, grudento. Minha internet havia abandonado o mundo digital na véspera, e o técnico foi escalado para um conserto entre 14h e 18h. Às cinco e quinze, a campainha finalmente soou.

Abri a porta e ele estava lá. O técnico. A camisa da empresa estava um pouco amarrotada, justa demais nos ombros largos e nos braços musculosos, cobertos por uma penugem escura que capturou a luz do fim de tarde. Ele carregava uma maleta e um ar de cansaço profissional, mas seus olhos claros faiscaram por uma fração de segundo quando pousaram em mim.

“Problema com a conexão?” ele perguntou, a voz mais suave do que eu esperava.

“Só entra e sai,” eu respondi, afastando-me para deixá-lo passar.

O apartamento era pequeno. Ele passou por mim, e o leve atrito do seu braço contra o meu peito enviou um pequeno choque elétrico pela minha espinha. Ele cheirava a calor do dia, suor limpo e metal.

Ele se agachou na frente do roteador, e a calça de trabalho, de um tecido comum, tensionou perfeitamente sobre as coxas robustas e o traseiro surpreendentemente cheio. Fiquei observando, não o equipamento, mas a forma como seus músculos se moviam sob o tecido. Um tipo diferente de aquecimento começou dentro de mim.

Ele se virou, e nossos olhos se encontraram. Desta vez, não desviou. Havia um questionamento mudo no olhar dele, um convite ou um desafio. Ele limpou a boca com o dorso da mão.

“Vou ter que checar a tomada principal. Normalmente fica no quarto,” ele disse, erguendo-se.

“Por aqui,” eu disse, liderando o caminho. Meu quarto era minimalista, a cama, larga, era o ponto focal. Ele se inclinou para examinar a tomada atrás do criado-mudo, e a barra da calça cedeu, revelando a cintura firme e a pele morena das costas.

Foi quando ele se endireitou e se virou. Estávamos a talvez trinta centímetros de distância. O ar parou de circular. O único som era a respiração levemente ofegante dele. Ele não disse nada. Apenas me encarou, seu peito subindo e descendo devagar.

Eu fechei a distância. Não foi abrupto, foi deliberado. Coloquei minha mão no seu braço, sentindo o músculo duro sob a camisa de poliéster.

“Parece que o problema é mais embaixo,” eu disse, minha voz baixa, mas firme.

Seus olhos se arregalaram levemente, mas ele não recuou. Pelo contrário, um leve sorriso surgiu em seus lábios.

“É?” ele sussurrou, desafiador.

Minha outra mão encontrou a nuca dele, puxando-o para mim. O beijo não foi uma pergunta; foi uma afirmação. Era intenso, dominador. Seus lábios abriram-se sob os meus com um gemido abafado, e suas mãos agarrou minhas laterais, não para me empurrar, mas para me puxar para mais perto.

Eu o guiei para a cama. Ele caiu sobre o colchão, olhando para cima de mim com uma mistura de surpresa e desejo fervilhante. Minhas mãos foram rápidas. Abri o cinto dele, desapertei a calça e puxei tudo para baixo num movimento fluido. Ele estava semi-ereto, e um suspiro escapou dele quando o ar frio tocou sua pele.

Eu o observei por um instante, deitado na minha cama, vulnerável e completamente ardente. Curvei-me e prendi seus pulsos acima da cabeça com uma das minhas mãos, enquanto a outra explorava seu corpo—o tórax largo, a barriga lisa, a coxa poderosa. Ele arqueou as costas, oferecendo-se.

“Você é tão lindo,” eu falei; enterrando meu rosto no pescoço dele, mordiscando a pele salgada.

Ele gemeu, profundamente   que vinha do seu centro. Sua resistência era zero, sua submissão, total. Libertei seus pulsos e ele imediatamente agarrou os lençóis, seus nós dos dedos brancos.

Preparei-o com uma urgência que fazia ambos estremecerem. Quando finalmente me enterrei nele, foi com um movimento lento e inexorável que fez seus olhos se enrolarem para trás. Um grito abafado escapou de seus lábios.

“Meu Deus…” ele choramingou, suas pernas encontrando automaticamente minha cintura.

Eu estabeleci um ritmo implacável. Cada investida era uma reivindicação, cada empurrão mais fundo do que o anterior. A cama rangia em protesto, mas o som era abafado pelos nossos gemidos e pelo suor que pingava de mim sobre ele. Suas mãos vagavam pelo meu corpo, agarrando meus ombros, meus braços, meus glúteos, tentando me puxar ainda mais para dentro dele.

Ele era incrivelmente apertado, quente, e a visão dele debaixo de mim—completamente perdido no prazer, os músculos do abdômen tensionados, a boca entreaberta—era a coisa mais erótica que eu já tinha visto.

“Isso… não para…” ele suplicou, entre gemos cortados.

Eu não parei. Acelerei, sentindo a pressão se acumulando na base da minha espinha. Sua mão desceu freneticamente entre os corpos dele, e eu a afastei.

“Não,” ordenei, disse. “Só eu.”

A expressão de êxtase submisso em seu rosto foi quase o suficiente para me fazer explodir. Ele concordou com a cabeça, entregando-se completamente.

Poucos minutos depois, com um último empurrão profundo, ele gritou, seu corpo se contorcendo violentamente debaixo de mim enquanto a release o atingia, pintando seu torso de forma espasmódica. A visão e a sensação de suas contrações internas foram o meu gatilho. Deixei-me ir com um rugido abafado, enterrando-me nele até o fim, meu próprio orgasmo parecendo extrair cada última gota de energia de nós dois.

Desabei sobre ele, ofegante, nosso suor misturando-se num único fluido salgado. Seus braços envolveram minhas costas, fracos, e ele plantou um beijo molhado no meu ombro.

Ficamos entrelaçados por um tempo que pareceu simultaneamente um instante e uma eternidade.

Ele se vestiu em silêncio, seus movimentos lentos, deliberados. Na porta, ele parou. O cansaço tinha sido substituído por uma serenidade profunda.

“Acho que a conexão está estável agora,” ele disse, o canto da boca curvando-se num sorriso tímido.

Eu retribuí o sorriso, me apoiando na moldura da porta.

“E se cair de novo?”

Seus olhos claros encontraram os meus, e desta vez, o olhar era pesado, promissor.

“Você tem o meu número,” ele disse, antes de se virar e desaparecer pelo corredor.


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Ficha do conto

Foto Perfil taradenhum
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Nome do conto:
Técnico da internet

Codigo do conto:
242055

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
09/09/2025

Quant.de Votos:
1

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