Era feriado prolongado. Eu não tinha planos, só a perspectiva de ficar em casa matando o tempo. Então chegou a mensagem de Lorena:
“Vem pra Monte Verde. Quero fazer um ensaio no meu chalé… e não quero passar esse feriado sozinha.”
Fiquei em dúvida por alguns minutos, mas aceitei. Era a desculpa perfeita: fotografar, respirar o ar frio da serra, rever minha amiga que cada vez mais me surpreendia.
A estrada até lá foi longa, curvas sinuosas, o frio aumentando a cada quilômetro. Quando cheguei, o chalé de madeira parecia saído de um cartão-postal, lareira acesa, pinheiros cercando a casa.
Ela me recebeu sorrindo, moletom largo escondendo o corpo que eu já conhecia melhor do que deveria. Tentou me entregar um envelope com dinheiro, eu recusei.
— Não, Lorena. Eu faço porque gosto de fotografar.
— Então me fotografa do jeito que eu quero — disse, com um olhar que queimava mais do que o fogo da lareira.
Subiu pro quarto e voltou transformada. Saia curta, calcinha clara. Se sentou à beira do sofá da sala, deixou o tecido subir, revelando a renda da peça íntima. Sorriu, encarando-me.
Ajustei a câmera. O primeiro clique cortou o silêncio do chalé.
Ela cruzava as pernas, mostrava e escondia a calcinha, erguia a saia até expor tudo. Os peitinhos pequenos marcavam sob o tecido, bicos duros pelo frio da serra. Logo tirou a saia, depois a calcinha, ficando de joelhos no sofá, cabelos caindo no rosto, seios à mostra.
Os bicos rígidos se tornaram o centro do ensaio. Lorena os beliscava, erguia os seios entre os dedos, olhava para a câmera — ou melhor, para mim atrás dela.
Cada clique era uma luta. O pau duro no jeans, eu escondendo a respiração pesada, tentando parecer só fotógrafo. Mas a cada pose, mais claro ficava: aquele feriado não seria apenas sobre imagens.