Rosa, no canto, olhava para os números piscando, fingindo indiferença, mas com um rubor nas maçãs do rosto. "Calma, Eliezer. Foi só um jeito de tirar vocês dois daquela discussão. Ele estava alterado. E eu disse 'vê quanto fica e depois me fala'. Não é um cheque assinado."
"É quase isso, Rosa! Você me desautorizou na frente daquele canalha! E agora o estrago está feito" resmungou Eliezer enquanto o elevador chegava ao seu andar.
Naquela noite, o silêncio pesado dominou o apartamento. Eliezer se sentia desrespeitado e explorado. Rosa, por sua vez, parecia estranhamente inquieta.
Na manhã seguinte, assim que Eliezer saiu para o trabalho, Rosa pegou o celular e subiu para a cobertura, onde ficava a lavanderia. Ela não pretendia lavar roupa. O que ela não sabia é que Fabrício a esperava no saguão, casualmente mexendo no celular, "esperando um táxi".
O telefone tocou no bolso dele. Fabrício atendeu, a voz baixa e carregada de uma falsa cordialidade:
"Alô? Ah, sim... é você. Pensei que não ia ligar."
Rosa (Com a voz um pouco mais trêmula do que o normal disse) "Eu... eu ia te mandar uma mensagem, mas achei melhor ligar para falar sobre aquilo. Você já viu quanto ficou o concerto?"
Fabrício (Passeando os olhos pelo saguão, um sorriso malicioso no canto da boca) "Ah, o carro... Sabe, Rosa, eu já comecei a ver isso, mas... honestamente, ontem a noite eu fiquei pensando em outra coisa."
Houve um silêncio. Um silêncio que Rosa não preencheu com a pressa de desligar que deveria ter tido.
Rosa indagou: "O quê?"
Fabrício continua: "Fiquei pensando que a sua intervenção foi muito gentil. Você é uma mulher de fibra. A maioria das esposas ficaria quieta. Mas você não. Você tentou apaziguar. E sabe, a verdade é que o seu marido estava muito alterado, me senti até ofendido. Mas quando você falou, a sua voz... me acalmou. É uma pena que a gente só se fale assim, em momentos de stress."
Rosa engoliu em seco. "Ele não é sempre assim, Fabrício. É que ele está muito estressado no trabalho, com as contas... Você sabe como é."
"Eu imagino, disse Fabrício. Mas o estresse não justifica. Eu reparei que ele não te dá o valor que você merece, Rosa. Aquele jeito de falar que você 'não trabalha'... como se cuidar de tudo em casa não fosse um trabalho de 24 horas por dia."
Ouvir aquilo de um estranho, de repente, parecia validar todas as frustrações guardadas de Rosa. Ela suspirou, um suspiro longo, que Fabrício pôde ouvir perfeitamente.
Rosa respondeu: "Você tem razão. Às vezes é cansativo, sabe? Sinto que as minhas necessidades são sempre as últimas da lista. Aquele carro... a gente vive apertado. E ainda ter que pagar por um erro dele..."
Fabrício (Se encosta em uma das colunas do saguão, sentindo que a isca tinha fisgado) "Exatamente. Então, vamos fazer o seguinte, Rosa. Esquece o carro. A batida foi pequena, nem compensa o stress. Eu relevei. Meu prejuízo eu resolvo. O que eu realmente quero é ter a chance de te pedir desculpas pela confusão. E se você quiser, podemos tomar um café aqui por perto. Só para colocar as coisas no lugar. O Eliezer não precisa saber, claro. É um assunto delicado entre vizinhos, apenas um café.
Após o primeiro "café", se tornou uma rotina pelas manhãs. Na primeira semana, sempre que Eliezer saía para o escritório, Fabrício ligava. A voz de Fabrício era um bálsamo para as orelhas de Rosa, oferecendo uma atenção e um apreço que sentia falta em casa.
Fabrício disse: "Sabe, Rosa, eu vi você chegando ontem com as compras. Tinha uma sacola pesada na mão e ele estava no celular. Eu pensei: 'Como ele deixa uma mulher como a Rosa carregar tanto peso sozinha?'"
Rosa respondeu: (Rindo baixinho, uma risada que ela não dava há meses) "Ah, Fabrício, você é bobo. É que ele estava falando de trabalho."
Fabrício insistiu: "Não, eu não sou bobo. Eu sou um homem que sabe reconhecer a beleza e a dedicação. Você me perdoa se eu disser que ele tem sorte em ter você e não valoriza? É um desperdício."
Na segunda semana, os encontros passaram do telefone para o saguão. Rosa descia "para ir à padaria" ou "checar a correspondência". Fabrício, agora, não precisava mais fingir que esperava um táxi.
Um dia, Eliezer liga para Rosa do trabalho para perguntar algo sobre uma conta. Ela atendeu com a voz um pouco ofegante e apressada.
Rosa atendeu dizendo: "Oi, Eliezer, tudo bem? Não posso falar agora, estou na rua... uma amiga me ligou com uma emergência. Te ligo mais tarde, tá?"
Na verdade, Rosa estava ao lado de Fabrício, atrás de uma das grandes colunas do saguão, no hall de entrada. Fabrício segurava a mão dela, e seus olhares tinham uma intensidade que ultrapassava a simples e recente amizade.
Fabrício: (Sussurrando, depois que Rosa desligou) "Viu? Eu sei que você não tem que dar satisfação a ele. Você é uma mulher livre."
Rosa respodeu: (Tirando a mão, mas com um sorriso no rosto) "Preciso ir. Ele pode desconfiar."
Fabrício (Chegando mais perto, a voz baixa, repleta de malícia) "Vai, mas me liga mais tarde. Quero ouvir sua voz quando estiver sozinha no quarto... Faz uma live, quero ver como voce vai está vestida, põe uma roupa bem sex. Depois Me conte sobre o seu dia. Eu quero saber tudo sobre você Rosa."
E assim, a situação do carro, que Eliezer pensou que teria que pagar com dinheiro, estava sendo resolvida com algo muito mais caro: o segredo de Rosa e a invasão da sua vida por um estranho. Fabrício não queria mais o dinheiro, Rosa comunicou a Eliezer.
Mas ela sabia que Fabrício queria outra coisa.
A desconfiança começou a rondar Eliezer. Ele não engolia a história de Fabrício ter "relevado" o prejuízo do carro. Em sua mente, um vizinho safado como Fabrício só podia estar tramando um golpe. Imaginou que Fabrício, sem querer cobrar o dinheiro diretamente de Rosa, estaria esperando uma oportunidade para invadir o apartamento e roubar algo de valor equivalente à dívida. Eliezer agiu rápido. No sábado de manhã, enquanto Rosa estava na manicure, instalou uma pequena câmera Wi-Fi discretamente em uma estante da sala, estrategicamente posicionada para capturar toda a extensão do cômodo: a entrada principal, o sofá, e até as cortinas, que se agitavam levemente com o vento da janela entreaberta.
Preferiu não contar nada a Rosa. Não queria deixá-la alarmada com a ideia de invasão. "É só para ter certeza de que estamos seguros, caso ele tente algo", pensou, sentindo-se um protetor da família.
Uma semana depois, saíu para o trabalho como de costume, com o aplicativo da câmera no celular emitindo a notificação de "Gravação em Andamento".
Às dez horas da manhã, o celular de eliezer vibrou com um alerta de "Movimento Detectado".
Seu coração acelerou. Seria agora?
Eliezer sabia que Rosa não estaria em casa naquela hora, ela havia avisado que iria visitar sua tia, num bairro vizinho e só voltaria a tarde.
acesseu o feed ao vivo, apertando os olhos para ter certeza.
A câmera era perfeita, ele havia testado antes, o som era muito nítido assim como a imagem, apesar de ter um preço elevado, valia muito apena o investimento.
Não ouviu golpes na porta como sinal de arrombamento, apenas som de chaves girando, e uma conversa ainda não compreensível.
A porta do apartamento se abriu, e não foi arrombada. Foi destrancada.
Rosa entrou primeiro, sorrindo de um jeito que eu não via há anos – um sorriso cúmplice, nervoso e excitado. Logo atrás dela, Fabrício entrou, não como um ladrão furtivo, mas com a familiaridade de quem é esperado. Ele estava com uma camisa casual, desabotoada demais para um "vizinho".
"Tem certeza que ele só volta mais tarde?", Fabrício perguntou, a voz dele saindo audível e carregada de insinuação.
"Absoluta. E hoje ele tem reunião até às 17 hrs", Rosa respondeu, gesticulando para ele fechar a porta.
O alívio de que ele não estava roubando foi substituído por uma onda de náusea. Seu medo de ser roubado havia se transformado na dolorosa certeza de ser traído.
Fabrício nem sequer olhou para a sala. Seu foco era Rosa. Ele segurou o braço dela com firmeza, agarrou- a ali mesmo a beijou, e ela correspondeu. Eliezer quase desmorona, Sentiu um misto de raiva e dor, naquele instante.
Fabrício e rosa caminharam apressadamente, desaparecendo da visão da câmera na direção do corredor – o corredor que levava ao quarto do casal,, que agora já não era só de Rosa e Eliezer, havia um terceiro personagem ali.
Eliezer estava paralisado, observando o feed parado. Na sala, a única coisa que se movia eram as cortinas, balançando lentamente pelo vento, em um ritmo estranhamente melancólico, enquanto o tempo passava.
Cerca de uma hora depois, houve movimento.
Rosa, sozinha, passou rapidamente pela sala, foi até a geladeira na cozinha, pegou um copo de suco( o copo de Eliezer), e voltou ao quarto com a mesma pressa. Ela nem percebia a câmera entre objetos na estante.
Quinze minutos depois, os dois reapareceram na sala, nus, e agora estavam diferentes: desgrenhados, com sorrisos largos e os olhos brilhando. Eles se dirigiram diretamente para o sofá.
O que aconteceu em seguida foi explícito. Fabrício puxou Rosa para si, e eles começaram a se beijar na minha sala, no centro do meu lar. A câmera capturava cada detalhe.
Fabrício beijava-a no pescoço. Rosa ria, um riso alto e descuidado. O toque era urgente, e em segundos, o sofá estava bagunçado . Eles continuaram se beijando e se pegando no sofá, ignorando completamente o mundo exterior, consumidos pela malícia e pela paixão roubada.
O vídeo continuou a rodar. Ele, Eliezer, estava assistindo a tudo, paralisado no seu escritório, observando a traição se desenrolar no conforto da sua sala, no local que deveria ser o seu refúgio, no móvel onde ele e Rosa assistiam TV todas as noites. Fabrício fez Rosa chupar sua rola enquanto entrelaçava os dedos nos cabelos dela. Rosa obedecia a tudo, como que querendo exatamente aquilo. Fabrício manda rosa se levantar e a coloca de bruços no sofá, e ali mesmo começou a fode- lá, dando estocadas as vezes lentas e outras vezes fortes.
Rosa gemia e pedia mais: Me fode Fabrício, me chama de puta meu nego, me enche de leite por favor,,,
Fabrício ficava louco: Toma rola sua minha putinha, que vontade eu estava de comer essa buceta carnuda, sua cadela!
De repente Eliezer que estava de cabeça baixa sobre mesa, ouve gemidos e urros de Rosa e Fabrício, havia gozado, no mesmo instante!
O prejuízo do carro, que Fabrício havia "relevado", estava finalmente quitado. Ele havia trocado a dívida financeira por uma recompensa muito mais pessoal.
O que Eliezer fará agora com a gravação? Ele irá confrontar Rosa, Fabrício, ou guardará a prova para um momento mais oportuno?
Continua,,,,


