Liberando minha rosa pro Fabrício



Já passavam das 19: horas, Eliezer estava sentado na poltrona que Rosa detestava, aquela de couro rachado, que por ela já teria doado. Ele havia acabado de chegar em casa, onde a encontrou vazia. O cheiro de café frio pairava no ar da sala escura. Não havia espanto em seu peito, apenas o peso morto da confirmação.
?Ele sabia que Rosa estaria na casa de Fabrício a estas horas, mas não podia fazer nada. A frase não era uma desculpa; era uma sentença. Por muito tempo, ele tentou ser o marido, o provedor, o pilar, mas esqueceu de ser o desejo. A carência que se instalou entre eles era um buraco negro que nem a paciência, nem a rotina, nem os anos juntos puderam preencher.
Seus olhos fixaram-se no relógio na parede. Parecia que o tempo estava parado. A muito tempo, ele já não satisfazia Rosa, e ela agora buscava o que não tinha em casa nos braços de Fabrício.
?O que doía não era a traição em si, mas a metáfora que ela representava: o atestado de falência do seu próprio ser. Ele era bom, era estável, mas tinha se tornado previsível – um mapa que ela já conhecia de cor e que a impedia de explorar.
?Ele fechou os olhos e imaginou Rosa. Nua, nos braços de fabricio Fabrício, sorrindo, aquele riso leve e descompromissado que ele não via há meses, talvez anos. Era essa leveza que ela buscava e havia encontrado em Fabrício, a reafirmação de que ainda era desejável e viva, longe do peso silencioso da vida que haviam construído juntos.
?A resignação dele não era covardia; era exaustão. Ele se levantou, foi até a janela e olhou para o outro lado da rua. Não havia raiva, só uma sensação de vazio: seu casamento era um fantasma que ele não tinha mais forças para assombrar.
Eliezer esperou Rosa retornar. Ela chegou perto da meia-noite, deslizando para o quarto como uma sombra, a pressa em seus movimentos traindo a culpa que ela não conseguia mais verbalizar. Ela se deitou, de costas para ele, esperando o silêncio pesado de sempre.
?Mas Eliezer não estava mais no modo de silêncio.
?"E então, o Fabrício deve ser mesmo muito bom pra você não é?", ele disse, sua voz rouca, sem tom de acusação. "Imagino que ele não a faz perder tempo."

?Rosa estremeceu, mas não se virou. O nome dele soava estranho e seco na boca de Eliezer .
?Ele se sentou na cama, o colchão afundando.
?"Rosa," ele continuou, olhando para a nuca dela. "Eu sei que a muito tempo eu já não satisfaço você, e que o que você busca... você não encontra aqui. Eu não posso mais lutar contra o que você não quer que eu vença. Não é mais sobre honra, é sobre paz."
?Ele fez uma pausa, o som da respiração dela sendo a única coisa real no quarto.
?"Eu não vou te proibir de ir, nem vou fazer perguntas. Mas faremos um acordo. Você tem o direito de buscar a satisfação, o desejo, a... a vida que eu não te dou nos braços dele. Eu aceito esse fato. Mas a nossa casa, Rosa, este é o nosso porto, e ele precisa de alguma âncora."
?Ele moveu a mão, sem tocá-la.

?"Volte antes das dez da noite. Às 22:00, você está de volta aqui."
?O silêncio era aterrorizante. Rosa se virou, os olhos marejados, mas não de tristeza; era uma mistura de alívio e humilhação.
?"Por quê? Para manter as aparências?", ela sussurrou, a voz fraca.

?Eliezer balançou a cabeça. "Não. Por nós mesmo. Pela vizinhança, que nos verá tomar café juntos pela manhã. E por mim. Porque se você voltar antes das dez, eu posso fingir, eu posso escolher acreditar que você ainda pertence a alguma parte do meu mundo, e apesar de tudo isso eu amo você e não quero perde-la.
?Ele se deitou, dando as costas para ela. Ana então virou- se e o abraçou forte. Eu também te amo Eliezer, mas eu sei que já não consigo ficar sem o Fabrício, ele me deixa de um jeito que não sei explicar. Diz Rosa.
Eliezer então se vira e beija Rosa, como nunca beijara.
Pode deixa seu bobo, não vou te deixar, eu volto até às 22: horas.

Foto 1 do Conto erotico: Liberando minha rosa pro Fabrício

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Liberando minha rosa pro Fabrício

Codigo do conto:
246499

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
05/11/2025

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