Seu parceiro, um soldado novato, estava do lado de fora, mantendo a guarda e observando o movimento da rua. Oliveira estava ao volante, com o braço apoiado na janela, a silhueta imponente recortada pela luz fraca do painel.
Parei a viatura de comando logo atrás. Desci com a autoridade que o cargo me conferia. — Soldado, pode fazer a volta no quarteirão e pegar um café? Preciso dar uma instrução particular ao Oliveira sobre o relatório de ontem — ordenei ao novato. O rapaz não hesitou. Bateu continência e se afastou.
Entrei no banco do carona da viatura dele. O cheiro de couro, suor e da noite urbana nos cercou. No rádio, o som das ocorrências era um ruído de fundo que parecia vir de outro planeta.
— Arriscado, Sub — Oliveira disse, sem desviar o olhar do para-brisa. Mas eu vi o volume na calça dele reagir à minha presença imediatamente. — O risco é o que me mantém acordado, Oliveira.
Minha mão não pediu licença. Desceu direto para o volume rígido sob o tecido azul-petróleo. Ele soltou um suspiro pesado, a cabeça pendendo para trás no encosto do banco. — Aqui na rua? Alguém pode passar... uma câmera, um morador...
— Então seja rápido — sussurrei, abrindo os botões da farda dele com a urgência de quem não tem tempo para preliminares.
Ele não esperou mais. Com uma mão ele vigiava o retrovisor e com a outra me puxou pela nuca. O beijo foi bruto, com gosto de adrenalina. Ele se ajeitou no banco, abrindo espaço. Eu me ajoelhei no assoalho apertado da viatura, entre o câmbio e as pernas dele.
O pau de Oliveira saltou para fora, latejante e imenso, um contraste escuro e poderoso contra o cinza do estofado. Comecei a mamar ali mesmo, o som da minha boca sendo abafado pelo ronco do motor que ele mantinha ligado para disfarçar qualquer movimento.
— Isso... mama tudo, Sub... porra... — ele murmurava, a mão apertando meu cabelo enquanto os olhos dele continuavam escaneando a rua por cima da minha cabeça.
A sensação de poder ser flagrado a qualquer momento por um civil ou por outra guarnição tornava tudo mais intenso. O prazer era uma faca de dois gumes: o êxtase de tê-lo e o pavor da expulsão da corporação.
Oliveira gozou com um solavanco, o corpo travando enquanto ele mantinha a expressão neutra para quem olhasse de fora. Limpei o canto da boca enquanto ele se recompunha rapidamente.
— O novato está voltando — ele disse, a voz voltando à frieza profissional enquanto via o vulto do soldado dobrando a esquina.
Saí da viatura dele sem dizer uma palavra, sentindo o gosto dele ainda na minha língua. Voltei para o meu carro, o coração martelando contra as costelas. O turno ainda tinha seis horas pela frente, e eu não sabia como ia sobreviver a elas.
Fofa entre militares deve ser muita tesao