Foi lá que conheci a Renata. Alta, magra, sempre com uma roupa bonita e sorriso fácil. A gente só trocava um “bom dia” no começo. Depois de algumas semanas, ela começou a puxar papo. Dizia que eu tinha um corpo bonito, perguntava sobre a minha prática. Eu desconversava, mas já sacava o flerte. E gostava.
Naquela época, eu tinha 22 anos. Magra, pele clara, cabelo loiro preso num coque torto, como quase todo mundo ali. Pequenos seios, bumbum arrebitado, pernas fortes. Eu não era a mais flexível da sala, nem a mais experiente. Mas chamava atenção.
Renata tinha mais de 40 anos e era casada com o Marcelo, de 45, que também fazia yoga, mas em outros horários. Raramente o via, mas quando via, sentia. Alto, forte, moreno, olhos verdes. Um dia me flagrou desajeitada numa postura, me encarou firme, sem sorrir, sem desviar. Não falou nada depois. Mas falou com o olhar.
Num sábado, depois da aula, Renata me chamou pra tomar um suco. Virou rotina. A gente ia a pé até uma padaria ali perto e ela falava sobre tudo: sexo, desejos, experiências. O flerte com Renata foi crescendo. Ela ficou impressionada ao saber a quantidade de namorados que eu já tive e contou que eles estavam juntos desde a adolescência e que ela e o Marcelo tinham aberto o relacionamento há alguns anos, que rolava de tudo: casais, festas, viagens.
Foi num desses papos que ela comentou que tinham uma casa na Praia Domingas Dias, em Ubatuba. Disse que era onde ela e o Marcelo passavam a maioria dos feriados. Que às vezes levavam colegas da yoga pra lá, pra praticar de frente pro mar. Ela não deu muitos detalhes, mas falou com um sorriso no canto da boca. E completou: “A gente se diverte com outras coisas também... além da yoga”. E ficou me olhando, com aquela cara de quem sabe exatamente o que acabou de fazer.
Num sábado desses, depois da aula, que ela me convidou para viajar com eles.
“O Marcelo gostou de você”. Ela disse isso assim, do nada. Sem nenhuma construção. Como quem comenta sobre o clima. Eu gelei e ri ao mesmo tempo. Meu corpo inteiro respondeu antes da minha cabeça.
Ela bebeu o chá devagar, e continuou: “A gente vai pra praia no próximo feriado. Saímos na sexta à tarde e voltamos na segunda antes do almoço. A casa é grande, tem quarto de hóspede, vista pro mar. A gente costuma praticar de manhã, beber vinho... e relaxar”.
“Ok.” foi tudo o que eu consegui dizer. Renata sorriu. “Então arruma a mala. E leva seu tapetinho de yoga. Vai que a gente ainda pratica um pouco.” Eu sabia que eles não estavam interessados em praticar yoga comigo, eles queriam me comer… e eu queria ser a comida deles.
Eu não consegui ir junto com eles na sexta feira por causa do estágio. No sábado, acordei antes do sol. Estava sem carro — nem lembro se por falta de grana, pane ou preguiça, então peguei o primeiro ônibus pra Ubatuba. Só sei que fui de mochila nas costas, sem o tapetinho de yoga.
Quando desci na rodoviária, Marcelo já estava lá. Camiseta branca colada no peito, moletom, óculos escuros. Poucas palavras. Muito perfume. A mão firme no volante me deixava úmida.
Renata me recebeu de maiô preto e suco na mão. A casa era linda, moderna, pé na areia, bastante privacidade. Me mostrou o quarto de hóspedes, com vista pro mar, lençol branco e toalha dobrada com cuidado.
O resto da tarde passou devagar. Eu tomei banho, troquei de roupa, sentei na cama, caminhei de um lado pro outro, deitei de novo. Estava ansiosa. Um pouco tímida. Tentando me ocupar de qualquer coisa pra não parecer que só esperava por eles. Mas era exatamente isso que eu fazia. Esperava.
Marcelo estava tranquilo, agia como se nada demais estivesse prestes a acontecer. Já Renata era o oposto. Carinhosa, falava perto do meu rosto, elogiava meu corpo para o marido, me tocava sempre que podia.
O jantar foi leve. Peixe grelhado, espumante, risadas soltas. Renata sentou ao meu lado, o joelho dela tocando o meu. O clima era óbvio. Ela falava do corpo, dos desejos, das experiências passadas. Em algum momento o Marcelo sumiu, enquanto eu fingia normalidade. Mas por dentro explodia de ansiedade e excitação.
Quando o assunto morreu por um instante, Renata se levantou. Me olhou com um sorriso calmo e me chamou: “vem comigo”. Subi com ela até o quarto do casal. Quando entramos, Renata fechou a porta atrás de mim, se aproximou de mim me abraçando por trás, passou as mãos pelos meus braços, devagar. Me deu um beijo leve no pescoço e me despiu devagar.
Quando restou só a calcinha minúscula, Marcelo entrou. Ele já estava nú com o pau já duro, grosso, apontando pra mim. Se aproximou, me pegou pela nuca e me beijou como se fosse dono da minha boca. Me prensou contra o corpo dele, apertando meu quadril com firmeza, puxava meu cabelo com a medida exata da dor boa, daquela que faz o corpo obedecer sem pensar.
Tirou minha calcinha com uma puxada só, me virou de costas e começou a me chupar por trás. Cada movimento da língua era longo, molhado, preciso. Eu gemia com a cara enfiada no colchão, sentindo a língua dele me abrir devagar. Me penetrou com dois dedos e logo depois com o pau.
Renata estava sentada na outra ponta da cama, ela se masturbava, enquanto assistia o marido me comer. Ele me fudeu de lado, de frente, por trás. Me segurava pela cintura e puxava com força. Mandava eu olhar pra ele, me dizia o quanto eu era gostosa, o quanto ele queria me ver gozar e Renata gemia junto. Marcelo me fez gozar três vezes antes dele gozar na minha boca, com a minha chupada.
Assim, que ele deu espaço, Renata não esperou e foi para cima de mim. Senti a sua pele quente e macia se encontrando. Me beijou forte, mordeu meu lábio, enfiou a mão entre minhas pernas, e me tocou. Ela desceu com a boca logo depois e me chupou como se quisesse me virar do avesso. Sabia onde insistir, onde morder, onde afundar a língua. Fiquei de pernas abertas pra ela, sem vergonha, até me fazer gozar de novo. Depois me virou de lado, me abriu com os dedos, me penetrou com eles. Se esfregou em mim. Coxa contra coxa, buceta contra buceta. As mãos dela apertavam meus seios, me seguravam pelos pulsos, me dominavam. Os corpos colados, o atrito das nossas peles, o ritmo dos quadris. A fricção da buceta dela contra a minha me fazia perder o ar. Gozei agarrada nela, arranhando as costas, mordendo o ombro. E ela gozou comigo, gemendo no meu ouvido.
Marcelo voltou. Já duro de novo. Me puxou de volta pro centro da cama, pegou meu cabelo e me enfiou de quatro. Me comeu com força, enquanto a Renata se enfiava por baixo do meu corpo, com a boca em direção da minha vagina. Enquanto Marcelo me segurava pela cintura e metia com gosto, Renata estava por baixo de mim lambendo o meu grelinho e eu chupando a buceta dela. Eu era o recheio do sanduíche deles.
A cada pausa, mudávamos de posição. Eu por cima dele, ela na minha boca, ele em pé me comendo enquanto ela me beijava. Um rodízio de prazer onde eu era sempre o prato principal. Foram horas assim. Suor, gemido, o gozo do Marcelo escorria pelo meu corpo. Me fizeram gozar tantas vezes que perdi a conta.
Quando achei que tinha acabado, caí na cama, exausta. Fiquei ali, largada e observei o casal se entreolhar com tesão. Renata puxou Marcelo pra ela, montou nele sem dizer uma palavra. Ele segurou seus quadris, começou a comer a esposa como se ainda fosse a primeira vez do dia. Eu assisti ela gozar em cima dele, rebolando e ele gozou logo depois, enterrado nela.
Só então se deitaram comigo. Um de cada lado e a gente dormiu assim, os corpos nús, entrelaçados, grudados de suor.
Acordei com risadas. Vesti apenas uma camiseta larga e desci devagar. Eles já estavam na varanda, tomando café. Quando me viram, sorriram. Mal terminei o café e já estava com as mãos do Marcelo entre minhas pernas. Ele me levou pra sala e começamos a nos beijar, depois me colocou de quatro no tapete e me comeu ali mesmo, com força e tesão, enquanto Renata assistia sentada no sofá, se masturbando de novo.
Depois foi a vez da Renata me comer. Ela me levou para um banho no chuveiro e lá me beijou com vontade, me virou contra a parede molhada e me tocou com os dedos até eu gozar.
Após o almoço, fomos pra piscina. Os três pelados, o corpo escorregando na água, o toque quente da pele em contraste com o frescor da água. Marcelo me segurava no colo, me comia gostoso, enquanto a Renata, atrás de mim, me beijava a nuca, me mordia o ombro, me acariciava os seios. Quando saímos, eles continuaram me comendo na espreguiçadeira, Marcelo me colocou de quatro e me penetrou, enquanto minha boca se perdia entre as coxas da Renata, chupando a sua buceta. Ela gemia, me puxava pelos cabelos, gozava na minha língua enquanto assistia o marido me foder. Foi uma tarde inteira assim. Dentro e fora da água. Trocas, posições, muito sexo.
Mais tarde, outro banho — e mais uma foda com o Marcelo. No chuveiro do andar de cima. Ele me encostou na parede, me ergueu pelas coxas e me comeu olhando nos olhos. Eu já nem sabia mais o que era dor, prazer ou exaustão. Só sabia que queria mais.
Depois do jantar, que nem lembro o que foi, voltamos pro quarto. Eles me colocaram entre os dois, e me usaram o quanto quiseram. Renata me beijava a boca enquanto o Marcelo me penetrava de lado. Em um momento, me colocaram deitada de barriga pra cima. Marcelo me penetrou de frente enquanto Renata montava no meu rosto para ser chupada. Depois ela me chupava ao mesmo tempo que eu chupava o Marcelo.
Quando o meu corpo não aguentava mais nada, fiquei jogada na cama, sem forças nem pra virar de lado. E ainda assim, eles continuaram. Vi, pelos olhos semicerrados, Marcelo puxar Renata pra cima dele e de novo fazerem amor até gozaram juntos.
Dormimos assim. Colados. Minha vagina estava estava inchada e fervia como brasa. Meus músculos doíam como depois de uma maratona — mas meu corpo sorria.
Voltei daquela viagem apaixonada. Achei que tinha entrado na vida deles. Recebi mensagens, convites pra jantar, outras noites de sexo. Mas nunca mais rolou outro final de semana. Nunca mais praia. Só encontros curtos. E fui percebendo que eles tinham o mundo deles, profundo e antigo. E eu fui só isso: uma fantasia.
Amei. Fiquei vidrado
Colossal
Delícia de conto...