Eu tinha 30 anos. Loira, cabelos lisos, olhos azuis, corpo magro — bem magro — seios pequenos, mas um bumbum empinado, que ele adorava exibir. Naquele momento, cada centímetro de mim estava entregue ao que ele tinha planejado.
Havia uma garrafa vazia de espumante no chão e eu um pouco bêbada. Estávamos em um cruzeiro pelo Caribe e a noite estava muito quente. Eu suava enquanto o meu marido amarrava a venda em mim. Ele dava risada da situação, se divertindo com a própria ousadia. Antes de sair da cabine sussurrou no meu ouvido “eu já volto com a sua surpresa”.
Nosso relacionamento sempre foi fora do padrão. Desde o noivado, éramos um casal “moderno”, como ele gostava de dizer. No fundo, significava que ele queria me ver com outros homens. Ele era médico cirurgião, workaholic, desses que vivem cheirados e sempre agindo de forma impulsiva. Ele não tinha limites e às vezes parecia que ele só queria testar os meus e ver até onde eu iria por prazer.
Eu ouvi a porta se abrindo. Um vento quente passou pelas minhas costas nuas, fazendo meus mamilos se arrepiarem. Eles estavam ali, meu marido e outro homem me olhando de quatro, apenas vendada, em cima da cama.
Escutei meu marido falando com o homem: “C’est pas ma femme, c’est une pute que j’ai emmenée pour le voyage.. Tu peux la baiser autant que tu veux”. O outro homem respondeu apenas com uma risada. E eu que não falava francês fiquei sem entender nada.
A primeira coisa que senti foi a mão grossa na minha bunda. Ele passou acariciando devagar. Depois, as duas mãos abriram minhas nádegas, e a língua veio. Lambendo devagar, primeiro o contorno do ânus, depois descendo até a minha vagina. Eu gemi. De novo escutei a voz do meu marido distante: “Regarde comme elle aime ça…”
Eu me sentia uma puta que foi entregue de presente para qualquer um comer. O gosto do espumante ainda estava na minha língua, e agora se misturava ao gosto dele, quando ele se ajoelhou sobre a cama e esfregou o pau no meu rosto. Senti a glande encostar nos meus lábios e automaticamente abri a boca. Ele empurrou devagar, depois mais fundo. Ele era grande, eu já estava com a boca cheia e ainda sobrava um bocado para fora na minha mão. O homem me pegou pela nuca, pelos cabelos, guiando minha cabeça num ritmo constante. “Laisse-moi baiser ta bouche, salope”, ele disse. O som dos gemidos baixos dele se misturava aos estalos da minha saliva molhando seu pau. Eu me engasgava um pouco, mas continuava, me deliciando com aquilo.
Do lado, ouvi meu marido dizer algo que fez o outro rir de novo: “Elle adore sucer. Elle est comme une chienne en chaleur.”
O homem me deitou na cama e pela pequena fresta na venda pude ver que ele era negro, mas não consegui ver seu rosto. Com as pernas erguidas para o alto, ele lambeu minha vagina, passava a língua bem onde mais me enlouquecia, depois enfiou dois dedos dentro de mim, mexendo devagar, como que abrindo espaço para o pau dele. Então ajoelhou entre minhas pernas, segurou meus tornozelos no alto e me penetrou de uma vez, sem camisinha mesmo. Um gemido escapou da minha garganta. Alto, sem vergonha. Ele era grande, me enchia por inteiro. Ele segurava meu pescoço com uma das mãos enquanto me comia. Não com violência, mas com firmeza. Eu gozei ali mesmo. Forte. O corpo inteiro tremendo. Mas ele não parou.
O homem continuou me comendo, sem pressa. Depois ele se deitou sobre o meu corpo, a boca dele encontrou a minha, e a língua dele invadiu minha boca, molhada, insistente, quente. Enquanto a gente se beijava, eu consegui tocar o corpo dele pela primeira vez. A pele quente, o cheiro forte de suor e sexo. Ele era magro, com músculos duros sob a pele, braços definidos. Deslizei as mãos pelas costas dele até chegar na bunda dele puxando ele mais fundo para dentro de mim.
Meu marido gemia perto da cama. Eu o ouvia ofegante, se masturbando. O som da sua respiração era quase tão excitante quanto o pau do estranho me arrombando.
“Baise-la à quatre pattes, comme une chienne”, meu marido ordenou. Fui virada de quatro de novo, com a cara enterrada no travesseiro. Ele segurava minha cintura com força, me comia com estocadas profundas, ritmadas. Às vezes parava só pra me dar tapas na bunda “Elle aime ça, se faire cogner. Tu peux taper sur son cul, elle adore ça”, eu escutei o meu marido dizer. Os tapas estalavam altos, faziam minha pele queimar, mas só aumentavam a minha excitação.
Depois o homem se deitou e me puxou pra cima dele e me sentei com as pernas abertas para cavalgar. Os nossos corpos se grudavam de suor e ele chupava meus seios, mordia meus mamilos e me segurava pela cintura enquanto eu cavalgava. “Elle aime ça… Tu la vois ? Elle est une vraie salope”, ele disse.
Virei de costas e continuei cavalgando assim, rebolando devagar, me masturbando com uma das mãos enquanto sentia ele latejar dentro de mim. “Jouis, petite salope!” Meu segundo gozo veio mais longo. Silencioso. Só o ar saindo devagar pela minha boca aberta, e o corpo se desfazendo.
Quando achei que ele tinha terminado, ele se esgueirou por baixo de mim. Me chupou outra vez, lambendo cada resquício de prazer que escorria da minha vagina. Depois me deitou de bruços, subiu atrás e me penetrou mais uma vez, tão profundo que doía. A cama tremia inteira agora. Eu sentia o ranger da estrutura. Até que o homem gozou gemendo alto, e eu senti o jato quente espirrando pelas minhas costas, escorrendo devagar até o vão da lombar.
Eu estava exausta. Tentei tirar a venda, mas a mão do meu marido me impediu. “Não agora” disse, com a voz rouca. “Ele já vai embora”.
Ouvi o som de passos. A porta abrindo. O vento quente de novo. Silêncio. Quando eu tirei a venda a cabine estava vazia e eu sozinha. Só restava o cheiro de sexo, o gosto dele na minha boca. O meu marido nunca me contou quem era aquele homem. Às vezes, acho que nem ele sabia.