Secretamente começaram um relacionamento, pois ele estava em processo de divórcio, e ela num namoro… Encontravam-se quando o tesão extrapolava qualquer bom senso. Todas as vezes, o encontro era intenso. Cheio de desejo que não sabiam sentir um pelo outro.
Os meses foram passando e mais frequentes eram os encontros. Ele via nela um refúgio, uma fuga daquele momento difícil. Ela via nele o amor e a reciprocidade que gostaria de ter. Porém a necessidade dos encontros foi além do físico, então se afastaram. Durante essa distância o pensamento um no outro era constante, em todos os momentos… Então marcaram um encontro formal para terminar de vez aquela situação. Seria um ponto final?
No dia do formal encontro, encontraram-se na orla da cidade. Rio, vento, cheiro de chuva… ela estava linda. Parecia de propósito, talvez para provocá-lo. Cabelos presos num coque, pescoço nu, vestido estampado, perfume de cereja, pouca maquiagem… beleza típica do norte do país: Coxas grossas, seios pequenos, olhos castanhos cor de igarapé, pele morena, cabelos negros, traços indígenas… adorava despir àquela mulher e deixá-la nua em pêlos, vestida apenas com seu tesão. Ela conhecia cada centímetro do corpo dele e se perdia em seus braços, adorava o jeito tarado de ser comida.
Conversavam como dois estranhos, sentados em um banco, contemplavam a vista… Mas como sempre acontece naquela cidade, a chuva da tarde veio. Foram se abrigar no carro da chuva cada vez mais forte. Estavam bem protegidos da chuva e bem próximos um do outro. Não resistiram toda aquela proximidade e se beijaram em silêncio. O silêncio se manteve, as bocas estavam ocupadas, as mãos já familiarizadas percorriam seus corpos. No banco do passageiro já inclinado, ele baixou sua calça e apenas olhou para ela, que imediatamente subiu naquele colo e apenas afastando para o lado a calcinha branca, foi sendo penetrada como sempre desejou… Seus corpos se encaixavam, a respiração ofegante era um sinal do quanto estava gostoso.
Mãos dele firmes na bunda, acompanhava o ritmo do quadril dela, enquanto as bocas estavam ocupadas, beijos de olhos abertos de olho em volta, pois estavam em um local aberto e público. Isso os excitava. Carros passando, vidros embaçados, gemidos tolidos pelo bom senso.
Como sempre ela avisava que estava quase gozando para que ele aumentasse o ritmo das penetrações:
– Eu vou gozar…
– Isso, goza. Goza no pau do teu macho!!!
A chuva não passava e aquele momento ficava cada vez melhor… O cheiro de sexo, os vidros embaçados, os gemidos interrompidos por beijos.. -Vou gozar. Disse ela… Contrações à todo o vapor ditavam ainda mais o ritmo sincronizado do encontro de seus sexos… Beijos, suor, palavras censuradas fora da intimidade de qualquer casal!! O telefone dela toca e de forma repentina tem que ir embora… Devia ir buscar o namorado. Mas antes de ir, se despediram, ignorando o motivo que os levou até ali, ficando apenas um gostinho de quero mais.
E cada um foi para o seu lado.
Mais tarde uma mensagem no celular dela:
Me deve uma gozada!!
Ela riu sozinha, disfarçou para o namorado o motivo do bom humor, ficando para depois o motivo do encontro.