Ela estava bem na minha frente.
Devia ter uns 40 anos, cabelo preso num coque improvisado, legging branca colada que desenhava cada curva da bunda generosa. Por cima, usava uma camiseta da Marcha amarrada na lateral, deixando a cintura à mostra. A cada passo, o tecido da calça revelava mais — e eu não via sinal de calcinha por baixo. A visão era pura provocação.
Quando o povo parou diante do trio, ela também parou. E a bunda dela ficou encostada em mim. Primeiro leve. Depois mais firme. O povo empurrava de todos os lados, e eu aproveitei o aperto pra colar de vez. Ela não se afastou. Pelo contrário, rebolou discretamente, encaixando a bunda no meu volume, que crescia rápido, pressionado dentro da calça jeans.
O calor era sufocante. O som, ensurdecedor. Mas entre nós, o mundo parecia outro.
Minha mão escorregou pra cintura dela. Ela não reclamou. Só jogou o quadril levemente pra trás, fazendo a bunda encostar inteira no meu pau duro. A malha fina da legging deixava tudo evidente. Eu sentia a carne dela, quente, macia, pulsando de desejo. Meus dedos desceram devagar até a curva dos glúteos, e ali eu apertei. Firme.
Ela continuava de costas, mãos erguidas fingindo louvor, mas o corpo dizia outra coisa. Rebolava no ritmo do som, mas não pro céu — rebolava em mim.
Encostei o rosto no pescoço dela, sentindo o cheiro da pele suada e excitada. Sussurrei:
— Tá me deixando louco…
Ela empinou mais. A multidão dançava, pulava. Ninguém olhava pra ninguém. Meus dedos foram se enfiando entre as pernas dela, por trás. A legging estava encharcada, e a abertura entre as coxas dela me recebia com calor. Deslizei por cima do tecido, pressionando o ponto certo. Ela se apoiou em mim com força, fingindo cansaço, mas o gemido abafado que escapou não era de esforço.
Meu pau já pulsava encostado na bunda dela, e ela rebolava devagar, como se estivéssemos transando ali, no meio da multidão, sem que ninguém visse. E de certo modo, estávamos.
Ela se contorceu contra minha mão, gozando ali mesmo, de pé, com a música aos berros, as mãos ao alto e o corpo tremendo colado no meu. Quando acabou, virou o rosto de leve, os olhos brilhando.
— Louvor é corpo também — disse, com um sorriso malicioso —. E hoje eu fui tocada.
Deu três passos e sumiu na multidão como se tivesse acabado de sair de um culto.
Fiquei ali, com a respiração pesada, o pau duro, o cheiro dela grudado em mim… e a certeza de que fé e tesão às vezes se misturam mais do que a gente imagina.