Festa de peão da cidade rendeu



Todos relatos são verídicos experiências próprias minhas espero que gostem


O sol da tarde baixava sobre o rodeio, tingindo a poeira suspensa no ar de um dourado sujo. O cheiro era uma mistura potente de terra, suor de animal, gordura queimada da barraca de linguiça e algo indescritivelmente masculino. Eu estava lá mais por obrigação social do que por vontade própria, acompanhando uns amigos que adoravam a atmosfera caipira.

Foi quando ele entrou na arena para o rodeio de touros.

Não era o mais alto, mas era uma estátua de tensão e músculo. Calças jeans justas que pareciam pintadas, encharcadas de suor na coxa onde a perna se agarrava ao animal. Botas de couro enlameadas e uma camisa xadrez vermelha, aberta o suficiente para revelar um torso suado e uma penugem escura. Seu chapéu estava firmemente pressionado sobre a cabeça, escondendo parcialmente o rosto, mas eu via a mandíbula forte, apertada pela concentração e pelo esforço.

Oito segundos. Foi o tempo que ele ficou montado no animal, um monstro de músculos e fúria que saltava e girava tentando desalojá-lo. Cada movimento do touro era um teste à força daquele homem, e cada contração muscular dele era uma resposta firme, dominadora. A arena rugia, mas para mim, o som abafou. Só existia aquele balé brutal de dominação. E uma perversa vontade de ser eu a testar a resistência daquela garra.

Quando o apito finalmente soou, ele saltou do touro com uma graça surpreendente, aterrou firme e ergueu os braços para a plateia. O chapéu voou, revelando um cabelo castanho suado e um sorriso aberto e vitorioso. Meu estômago deu um nó. Ele era deslumbrante. E eu queria aquela vitória para mim.

Perdi-o de vista na confusão, mas a imagem dele ficou queimada na minha mente. Horas depois, já escuro, o rodeio se transformara em um baile country ao ar livre. Foi no bar, tentando pedir uma cerveja, que o encontrei de novo.

Ele estava encostado no balcão, sem o chapéu, a camisa xadrez completamente aberta. O suor ainda brilhava em seu peito. Nosso olhar se encontrou. Ele não desviou. Apenas segurou meu olhar com uma intensidade que fez o ar faltar nos meus pulmões. Era um olhar direto, desafiador, como o que ele havia dado ao touro. Um lábio sutilmente se arregaçou num quase-sorriso. Ele pegou duas latas de cerveja, aproximou-se e, sem cerimônia, entregou uma para mim.

“Pra comemorar minha vitória”, disse, a voz era um baixo áspero, marcada pelo hábito de gritar acima do barulho da arena.

“Parabéns. Você dominou bem o bicho”, respondi, tomando a lata e sentindo o gelo contra minha palma suada.

“Algumas coisas são feitas pra ser dominadas”, ele retrucou, os olhos percorrendo meu corpo com uma ousadia que deveria ser insultosa, mas que só alimentou o fogo dentro de mim.

“Outras coisas só precisam de uma chance para revidar”, disse, segurando seu olhar.

Ele riu, um som rouco e surpreso. “O nome é João.”

“Raphael ”, respondi.

A tensão sexual entre nós era palpável, um cabo de guerra não dito. Cada gole de cerveja, cada movimento seu, era um convite e uma provocação. Eu sabia o que queria. E pela maneira como ele me olhava, ele também sabia, e estava curioso para ver se eu teria coragem.

De repente, me inclinei para frente, invadindo seu espaço. O cheiro dele, suor e terra, era intoxicante. “Essa música tá alta demais. E você fala demais para um cara que acabou de ser montado por um touro.”

Seus olhos se arregalaram por uma fração de segundo, surpresos pela minha audácia. Então, um sorriso lento e interessado surgiu em seus lábios. “Minha caminhonete é mais quieta. Fica atrás dos estábulos.”

Dessa vez, o convite era diferente. Era um desafio. E eu estava mais do que disposto a aceitar.

O interior da caminhonete velha cheirava a café, tabaco e a ele – um aroma terroso, salgado, puramente masculino. Mal a porta se fechou, isolando-nos do mundo, eu o empurrei contra o banco do motorista.

“Acho que hoje você não manda”, disse, minha voz um sussurro áspero contra seus lábios.

Ele tentou se levantar, um brilho de desafio nos olhos, mas eu o mantive no lugar com um peso que o surpreendeu. Peguei seus pulsos e os prensei contra o volante. Ele era forte, poderia me vencer se quisesse, mas havia uma centelha de curiosidade no olhar dele. Ele queria ver até onde eu iria.

Meus lábios encontraram os dele num beijo voraz, não de paixão, mas de posse. Minha mão livre abriu os botões de sua calça, encontrando o calor e a dureza que procurava. Ele gemeu contra minha boca, um som de surpresa e rendição.

Quebrei o beijo, olhando fundo nos seus olhos. “Hoje você é montado. E vai gostar.”

Ele não disse nada, apenas prendeu o lábio inferior entre os dentes, seu peito subindo e descendo rapidamente.

Não foi gentil. Foi cru, urgente, uma disputa de poder transformada em carne. Usei saliva e o próprio precum dele como lubrificante, e então o penetrei num movimento firme e único.

Ele gritou, um som abafado e rouco que foi engolido pelo metal da caminhonete. Seu corpo arqueou, não de dor, mas de um prazer avassalador e surpreendente. Ele era forte, um peão acostumado a dominar bestas de meia tonelada, mas ali, naquela cabine apertada, ele estava entregue à minha força.

Cada arremetida minha era uma afirmação. Eu comandava o ritmo, a profundidade. Suas mãos, agora livres, se agarraram aos meus ombros, suas unhas cravando na minha carne através da camisa. Seus gemidos eram um mantra sujo e contínuo, incentivando, suplicando por mais.

Eu o observei abaixo de mim: o cowboy, o herói da arena, agora debaixo de mim, com os olhos revirados de prazer, completamente subjugado. A visão foi mais intoxicante que qualquer bebida.

O orgasmo dele foi violento, um tremor que percorreu todo o seu corpo poderoso, e o grito que saiu de sua garganta era pura, crua entrega. Sentir seu interior se contrair em torno de mim foi a gota d'água. Jorrei dentro dele com um rugido abafado, enterrando meu rosto no seu pescoço suado, marcado pelo sal e pelo sabor da sua pele.

Ficamos assim por um longo momento, entrelaçados, ofegantes. O som da nossa respiração era a única coisa real.

Eu me afastei, arrumando minha roupa. Ele se acomodou devagar, um olhar de admiração e incredulidade no rosto. Ele se limpou com um lenço que tirou do bolso, sem dizer uma palavra.

Finalmente, ele olhou para mim, um sorriso novo nos lábios – não de desafio, mas de respeito.

“Achei que só touro sabia fazer um estrago desses”, ele disse, a voz ainda rouca.

Eu retribuí o sorriso, abrindo a porta da caminhonete. O ar noturno pareceu mais limpo, mais vivo.

“No próximo rodeio”, disse eu, antes de sair, “a gente vê se você aguenta oito segundos.”

Deixei-o lá, ainda sentado, com um ar atordoado e satisfeito. E enquanto caminhava de volta para o baile, com o cheiro dele em minhas mãos, eu sabia que, naquela noite, eu tinha domado o cowboy mais selvagem de todos.


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Comentários


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olavandre53 Comentou em 02/09/2025

Meu amigo, amei este conto e o outro TB. Bjs




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241347 - Verão com meu primo - Categoria: Gays - Votos: 12

Ficha do conto

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Nome do conto:
Festa de peão da cidade rendeu

Codigo do conto:
241408

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
01/09/2025

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