Saí do mercado e decidi parar numa barraca ali perto. Três da tarde, sol estalando, pedi uma cerveja bem gelada. Minha ideia era tomar três e voltar pra casa, já que meus filhos estavam com os meus pais e eu teria a noite toda só pra mim.
Na mesa ao lado, quatro homens chamavam atenção. Todos negros, fortes, altos, quase como se fossem irmãos gêmeos — cada um parecia uma versão diferente da mesma tentação. Ombros largos, braços grossos, sorrisos safados. Eu já senti os olhares queimando em cima de mim desde que sentei, mas fingi que não percebia.
A cada gole da cerveja, minha pele esquentava ainda mais. O álcool relaxava minhas barreiras, soltava minha língua e deixava meu corpo mais atrevido. Quando virei a terceira garrafa, um deles se inclinou, me encarou e soltou:
— Sozinha assim, princesa? Vem sentar com a gente.
Sorri, mordi os lábios, e sem pensar muito, aceitei. Me levantei, consciente de cada olhar grudado no meu corpo, e fui até a mesa deles. Sentei no meio, bem no centro daquela muralha de músculos.
As conversas começaram leves: música, calor, cerveja… mas os olhares deles não eram nada leves. Eles me devoravam de cima a baixo, cada detalhe, cada curva. Eu cruzava as pernas devagar, deixava o short subir mais, e percebia um deles engolindo seco. Outro se mordeu de leve ao olhar pra minha blusa colada no peito.
Minha risada estava solta, minha voz mais quente, e por dentro eu já sentia aquele fogo se espalhando, tomando conta da minha pele. Quanto mais eles me olhavam, mais eu queria ser olhada, mais eu queria provocar.