— Eu tô maluco de vontade de você, Clara
— ele confessou. — A semana toda... te vendo de biquíni, te tocando no mar... eu não aguento mais.
— Eu também não... — admiti, sentindo meu mamilo endurecer na palma da mão dele. — Mas aqui? Do lado do seu tio?
— A gente faz bem devagarzinho. Ninguém vai ouvir. O ronco dele abafa tudo.
A ideia do perigo — de estar fazendo amor no meio da sala, cercada pela família dele — acendeu aquela faísca. Mas aqui era diferente. Era um segredo nosso, cúmplice.
— Tá bom... — concordei. — Mas tem que ser de ladinho. E muito quieto.
Meu coração disparou. Estávamos na sala. O tio dele estava a meio metro de distância, numa altura superior no sofá. Se ele acordasse e olhasse para baixo... se alguém levantasse para beber água e acendesse a luz...
O perigo não era sujo. Era um perigo... doméstico. Divertido.
— Vamos fazer uma cabana — eu sussurrei de volta.
Lucas não precisou de mais incentivo.
Debaixo da coberta, no escuro total, começamos a nos despir. Foi uma dança lenta e desajeitada. Ele puxou minha calcinha para baixo, passando pelos meus quadris, joelhos, até eu conseguir chutá-la para o fundo do colchão. Ele baixou a cueca o suficiente para liberar o pau.
Senti a pele quente dele, nua, encostando na minha bunda e nas minhas costas.
Ele se ajeitou atrás de mim. Ele levantou minha perna de cima, enganchando-a no quadril dele para abrir caminho.
— Vou entrar... — ele avisou, guiando a cabeça com a mão.
Eu mordi o travesseiro para garantir o silêncio.
Ele entrou devagar. A posição de ladinho permitia uma penetração profunda, mas suave. Ele deslizou para dentro de mim, preenchendo aquele vazio que estava me incomodando há dias. Foi tão bom, tão quente e "certo", que meus olhos encheram de lágrimas.
Começamos a nos mover.
Era um ritmo milimétrico. Lucas empurrava o quadril contra a minha bunda, afundando em mim, e depois recuava devagar. O colchão no chão era firme, não fazia barulho. O único som era a respiração pesada dele no meu pescoço e o ronco rítmico do tio no sofá.
Roooonc... (Lucas empurrava fundo).
Pfffiuuu... (Lucas recuava).
A gente entrou em sintonia com o barulho.
A mão dele na minha frente desceu para o meu clitóris. Ele começou a me estimular enquanto me penetrava. Aquilo foi golpe baixo. A sensação do pau dele lá dentro, roçando nas paredes vaginais, combinada com os dedos dele brincando com o meu "botãozinho", me fez arquear as costas.
— Shhh... — ele sussurrou, beijando meu ombro, sentindo meu corpo tensionar. — Relaxa, amor... goza pra mim em silêncio.
Aquilo era enlouquecedor. Ter que segurar o gemido aumentava a pressão interna. Eu sentia cada nervo do meu corpo vibrando. O cheiro dele — protetor solar, mar e suor — me envolvia debaixo daquele lençol como uma tenda particular.
Eu levei minha mão para trás e apertei a bunda dele, puxando-o mais contra mim. Eu queria sentir ele todo. Eu queria sentir aquela segurança invadir meus ossos e expulsar qualquer lembrança ruim.
O prazer foi subindo, acumulando na minha barriga.
— Lucas... eu vou... — sussurrei, a voz falhando.
— Vai, linda. Eu tô com você.
Ele acelerou um pouquinho o ritmo, movimentos curtos e precisos, focados no ponto certo.
O orgasmo me pegou de surpresa pela intensidade. Meu corpo inteiro retesou. Eu enterrei o rosto no travesseiro e abri a boca num grito mudo, enquanto minha buceta contraía violentamente ao redor dele, pulsando, apertando.
Sentir meus espasmos fez o Lucas perder o controle. Ele deu três empurrões fortes, segurou meu quadril com força para não fazer barulho, e gozou dentro de mim. Senti ele tremer contra as minhas costas, a respiração dele quente e rápida na minha nuca, enquanto ele derramava tudo em mim.
Ficamos ali parados, colados, o suor misturando nossas peles, o cheiro de sexo preso debaixo da coberta com a gente.
O Tio Jorge deu um ronco particularmente alto e se virou no sofá, as molas rangendo.
Nós dois congelamos, o coração disparado. Mas o ronco voltou, regular.
Lucas soltou uma risada abafada no meu pescoço e me beijou a orelha.
— A gente conseguiu — ele sussurrou, vitorioso.
Eu me virei de frente para ele, ainda debaixo da cabana de lençol, e o abracei forte, entrelaçando nossas pernas.
— A gente conseguiu — repeti, sorrindo no escuro.
E ali, abraçada com ele no chão de uma sala estranha, me sentindo satisfeita, amada e segura, eu soube que a sombra da oficina tinha ficado para trás. Eu não precisava do perigo sujo para me sentir viva. Eu só precisava disso. Do meu amor, do silêncio e da nossa cumplicidade.

Lembrando aqui as vezes que tive que gozar em silêncio... uma delícia de conto!!
Que delícia de férias curtir a vontade
Sensacional! Bela transa!
Vc é demias, gostosa e tesão!