Eu não era um monstro aleatório. Eu era a resposta para a pergunta que ela nem sabia que tinha formulado.
Ela estava no banheiro, e a luz fluorescente transformava a pele dela em porcelana viva. Vinte e dois anos de inocência técnica e luxúria reprimida. Eu sabia tudo sobre ela. Sabia que ela era enfermeira, sabia que ela queria ser médica, e sabia, acima de tudo, que ela era virgem. Não por convicção religiosa, mas por falta de oportunidade. *Falta de um homem de verdade*, corrigi em pensamento, sentindo o peso do meu pau endurecer contra o jeans.
Quando ela tirou a roupa, o mundo parou. Ela se olhou no espelho com uma mistura de narcisismo e fome. Eu vi o jeito que ela tocou os próprios seios — 34C de perfeição natural —, não com a suavidade de quem se cuida, mas com a pressão firme de quem quer ser tocada. Ela apertou os mamilos, e eu vi a cabeça dela tombar para trás. Ela estava fantasiando.
E foi aí que eu entendi. Ela não queria um namorado doce. Ela queria ser tomada.
Eu vi a mão dela descer. Vi os dedos deslizarem para a fenda entre as pernas. Ela se tocou, esfregando o clitóris com uma urgência que denunciava sua solidão. *Isso, boneca*, pensei, sentindo meu próprio desejo se tornar uma dor física, latejante. *Prepare o terreno. Deixe tudo molhado para mim.* Ela não gozou, interrompida pela própria vergonha ou pela frustração, mas a mancha úmida na calcinha que ela vestiu em seguida era o convite formal que eu esperava.
Ela foi para a cama. Apagou as luzes. Deixou a janela aberta.
Eu entrei.
O quarto cheirava a ela. Um aroma adocicado, misturado com o cheiro metálico e salgado da excitação que ela tentou ignorar. O som da minha respiração era o único ruído, abafado pelo zumbido distante da cidade. Tirei a roupa em silêncio absoluto, cada peça caindo no chão como uma declaração de guerra. Nu, eu me sentia antigo, uma força da natureza. Meu pau, grosso e pulsando com veias saltadas, apontava para ela como uma bússola procurando o norte magnético de sua virilha.
Subi na cama. O colchão afundou.
Ela se mexeu, inquieta. O corpo sabe quando outro predador entra no território. Antes que ela pudesse acordar completamente, eu estava sobre ela.
Minha mão esquerda cobriu sua boca com precisão cirúrgica, selando o grito. Minha mão direita foi direto para a garganta, não para estrangular, mas para dominar.
Os olhos dela se abriram no escuro, dois poços de pânico azul-elétrico.
— Shhh... — sussurrei, minha voz raspando como lixa no ouvido dela. — Não estrague isso.
Ela lutou. Claro que lutou. O instinto de sobrevivência é forte. Ela se contorceu, pernas chutando, unhas tentando arranhar. Mas havia algo... *teatral* na resistência. Eu sentia os músculos dela tensos sob os meus, mas não havia a rigidez do terror absoluto. Havia calor. Muito calor.
— Eu vi você no espelho — rosnei, pressionando meu quadril contra o dela, deixando-a sentir a rocha dura que eu trazia entre as pernas. — Eu vi você se tocando. Você estava pensando em mim, não estava? Em alguém que fizesse o que você não tem coragem de pedir.
A luta dela diminuiu por uma fração de segundo. A acusação a atingiu. A vergonha de ter sido observada em seu momento mais íntimo colidiu com o medo da invasão, criando um curto-circuito moral delicioso.
Aproveitei a hesitação. Minha mão livre desceu pelo corpo dela, brutal e possessiva. Rasguei a camisola, expondo os seios que ela tanto admirava. Apertei um deles com força, sem a delicadeza que ela usou consigo mesma. Ela arqueou as costas, um som abafado vibrando contra minha mão na boca dela. Dor? Sim. Mas os mamilos dela estavam duros como pedras. O corpo não mente.
Desci a mão para a calcinha. O tecido barato se partiu com um puxão violento. E então, a verdade nua e crua: ela estava encharcada.
— Olhe para isso — murmurei, esfregando meus dedos na umidade dela e depois levando-os ao nariz, inalando o cheiro de fêmea no cio. — Você está pingando. Seu corpo sabe o que vai acontecer. Seu corpo quer isso.
Ela negou com a cabeça freneticamente, lágrimas escorrendo pelos cantos dos olhos, mas seus quadris... seus quadris fizeram um movimento quase imperceptível para cima, em direção à minha mão. Uma traição biológica.
Posicionei-me entre as pernas dela. Ela era apertada, intocada, uma fortaleza esperando para ser saqueada. A cabeça do meu pau tocou a entrada dela, quente e escorregadia. O contraste entre a inocência da anatomia dela e a sujeira da minha intenção era intoxicante.
— Vou abrir você — avisei, olhando no fundo dos olhos dela, querendo que ela visse a determinação bestial neles. — Você vai ser minha agora.
Empurrei.
A barreira do hímen ofereceu uma resistência patética antes de ceder. Ela gritou contra a minha mão, um som agudo de dor e choque, os olhos se arregalando. Eu não parei. Empurrei mais fundo, invadindo, esticando, rasgando. Senti as paredes vaginais dela se contraírem violentamente ao redor do meu pau, tentando me expulsar e, ao mesmo tempo, me engolindo.
Enterrei tudo até a base. O ajuste era perfeito, quase a vácuo. Eu podia sentir o colo do útero dela contra a cabeça do meu pau, uma intimidade forçada e absoluta.
Fiquei parado por um momento, deixando-a sentir o peso da minha invasão. Ela estava ofegante, o peito subindo e descendo rapidamente, roçando no meu. Retirei a mão da boca dela, desafiando-a.
— Grite — sussurrei. — Grite e veja se alguém se importa. Ou... gema para mim.
Ela abriu a boca, mas nenhum grito saiu. Apenas um soluço quebrado. E então, algo mudou. A dor inicial começou a se dissolver na inundação de endorfinas e adrenalina. O corpo dela, inundado de hormônios de luta ou fuga, converteu o pânico em excitação.
Comecei a me mover. Golpes longos e lentos. Puxando para fora até a pontinha e depois deslizando de volta para dentro, preenchendo cada milímetro daquele canal virgem. O atrito era insano.
— Ah... — o som escapou dos lábios dela. Não foi um pedido de socorro. Foi um gemido.
Parecia que a mente dela tinha se desligado, incapaz de processar a violação, deixando o corpo assumir o comando. E o corpo dela era uma máquina feita para foder. A cada estocada minha, a vagina dela apertava meu pau, ordenhando-o.
Acelerei. O som de pele contra pele, o *clap* úmido dos nossos corpos colidindo, encheu o quarto. Segurei os pulsos dela acima da cabeça, prendendo-a, mas ela parou de lutar. As mãos dela agarraram as minhas, entrelaçando os dedos. *Cumplicidade forçada.*
— Você gosta disso, não gosta? — provoquei, mordendo o lóbulo da orelha dela, sentindo-a tremer. — Gosta de ser fodida como uma vadiazinha sem escolha. Gosta de não ter que dizer sim, porque eu decido por você.
— Não... — ela sussurrou, mas a palavra foi quebrada por um gemido alto quando atingi um ponto sensível lá no fundo. — Ah, Deus...
— Deus não está aqui — rosnei, batendo com mais força, fazendo a cabeceira da cama bater na parede. — Só eu. Eu sou seu deus agora.
O prazer dela era visível, palpável, e isso era a coisa mais suja de todas. O rosto dela estava contorcido numa máscara de êxtase e agonia. Ela estava sendo estuprada, violada na sua própria cama, e estava gostando. A dissonância cognitiva devia estar destruindo a mente dela, mas a boceta dela... ah, a boceta dela estava chorando de alegria.
Eu senti as pernas dela subirem, os tornozelos cruzando nas minhas costas, me puxando para mais fundo. Ela estava *ajudando*. Ela estava *pedindo*.
— Mais forte — eu poderia jurar que ouvi, ou talvez fosse a telepatia da luxúria falando.
Aumentei o ritmo para uma cadência brutal. Eu era um pistão, uma máquina de carne destinada a destruir e criar. O quarto cheirava a suor, a sexo, a fluidos primordiais. Eu olhava para ela e via a transformação. A enfermeira recatada tinha desaparecido. No lugar dela estava uma criatura puramente sensorial, escrava do próprio orgasmo iminente.
— Vai gozar? — perguntei, sentindo os espasmos começarem ao redor do meu pau. — Vai gozar com o pau do seu estuprador dentro de você? Que vadia suja você é.
A humilhação foi o gatilho. Ela jogou a cabeça para trás, a boca aberta num 'O' silencioso, e o corpo dela entrou em convulsão.
— Aaaahhh! — ela gritou, alto, sem se importar com os vizinhos, sem se importar com nada.
As paredes dela se fecharam no meu pau com uma força esmagadora, pulsando, apertando, sugando. O orgasmo dela foi violento, uma tempestade elétrica que varreu qualquer resquício de resistência. Ela arranhou minhas costas, não para me afastar, mas para me segurar ali, cravando as unhas na minha carne enquanto as ondas de prazer a atravessavam.
Ver a rendição total dela destruiu meu controle.
Com um rugido animal, desisti de qualquer técnica. Segurei os quadris dela com as duas mãos, deixando marcas que ficariam roxas por dias, e soquei fundo, o mais fundo que pude, uma, duas, três vezes.
No quarto golpe, explodi.
Senti o jato quente de esperma ser disparado para fora de mim, atravessando o colo do útero dela como balas de chumbo derretido. Eu a inundei. Jato após jato de vida e dominação, preenchendo-a até transbordar. Eu queria que ela sentisse aquilo por dias. Queria que o meu cheiro ficasse impregnado na pele dela, que o meu sêmen escorresse pelas pernas dela quando ela tentasse levantar.
Mantive-me pressionado contra ela enquanto os últimos espasmos da ejaculação me drenavam. O silêncio voltou ao quarto, pesado, espesso.
Ela estava embaixo de mim, o corpo inerte, o peito subindo e descendo violentamente. O rosto dela estava virado para o lado, os cabelos grudados de suor na testa. Eu não sabia se ela estava chorando ou se recuperando do orgasmo mais intenso da vida dela. Provavelmente os dois.
Lentamente, saí de dentro dela. O som úmido da separação foi obsceno. Um fio de sêmen e lubrificação conectou nossos corpos por um segundo antes de se romper.
Fiquei de pé ao lado da cama, observando minha obra. Ela estava destruída, aberta, marcada. A mancha molhada no lençol sob ela era uma mistura da virgindade perdida e do prazer roubado.
Ela não se cobriu. Ficou ali, nua, exposta, olhando para o teto com um olhar vidrado. Ela não gritou por polícia. Não correu para o banheiro. Ela apenas... ficou.
— Boa menina — sussurrei, vestindo minha calça.
O olhar dela se desviou do teto para mim. Não havia ódio. Havia confusão. Havia choque. E, lá no fundo daquela íris azul-elétrico, havia um brilho escuro, perturbador... curiosidade? Gratidão distorcida?
Não esperei para descobrir. A semente estava plantada, literal e metaforicamente. Eu tinha quebrado a casca daquela vida perfeitinha e injetado o caos.
Saí pela janela, descendo para a escuridão da qual eu tinha vindo. Mas enquanto meus pés tocavam o asfalto quente do beco, eu sabia de uma coisa: aquela noite não tinha sido o fim. Tinha sido apenas a iniciação. E algo me dizia que, nos pesadelos dela, ela não estaria fugindo de mim... estaria correndo para me encontrar.


contradio-